-Eu devia ter aceitado logo de uma vez... – murmurou ao ver sua coruja (seguida de outra toda preta por perto), quando olhou para o céu pela varanda do seu quarto. – Ele não desiste assim tão fácil.E entre o Potter e a idiota da minha irmã, sou mais o Potter. Ainda mais agora que ela arranjou essa bola andante que chama de namorado e inventou essa bendita história de eu ser uma delinqüente irrecuperável.

As duas corujas pousaram em cima da escrivaninha, ela começou a acariciar Athena ( que recebia olhares cobiçosos de Apolo) quando...

-Então essa é sua casa? – falou uma voz conhecida.

Ela tentou gritar, mas não saiu som algum. Não podia ser ele, só podia estar ficando maluca.

-Te assustei? – de repente aquele rosto conhecido apareceu do nada e estava desmontando de uma vassoura.

-Potter, o que é que você está fazendo aqui? – ela disse entre dentes.

-Como é mesmo aquele ditado...Ah...Se Josué não vai a Montanha, a montanha vai a Josué.

Ela riu.

-É Maomé, Potter.

-Que seja...Eu não entendo...por que você insiste em não querer ir lá para casa? Meus pais adorariam te conhecer, e eu adoraria que você fosse. A Lisa, a Ana e o Remo vão estar lá... porque isso tudo hein??? Não vamos ficar sozinho na casa, se é que está pensando! – disse ele sorrindo marotamente.

-Mas eu não vou. – falou decidida. – E o que é que você está fazendo aqui?

-Eu estava em casa sem fazer nada... e o que é que eu vejo? Sua coruja trazendo sua resposta...quando eu terminei de ler sua carta tive a brilhante idéia... “ Se não estou fazendo nada, porque não fazer nada ao lado da Lílian?’

-Ficou maluco? Se alguém visse você?

-Eu voei alto, tenho certeza de que ninguém me viu.

-E se meus pais verem você?

-Diga que eu cheguei para fazer...Hey, quer dizer que você está sozinha?

-Estou. Por quê?

-Nada. – ele sorriu marotamente, mas seu sorriso se desfez rapidamente ao ouvir o som de um carro estacionando.

-Eles chegaram. – disse Lílian desesperada. – O que é que eles vão pensar de mim?

-Nada de mais, apenas diga que eu cheguei para visitá-la.

-Não mesmo. Não me agrada a idéia dos meus pais me verem sozinha com você em casa... Vão pensar que você é meu namorado, algo que, com certeza, está fora de cogitação. –disse ela pegando a capa que ele largou em cima da cama e cobrindo-o – Fique aqui e não diga nada.

-Lílian querida, chegamos.

-Já vou mãe. –disse ela abrindo a porta e se virando para Thiago( ou onde achava que ele estava) – E quieto... um pio e você vai se arrepender de ter nascido Potter!

A porta bateu fortemente e Thiago retirou a capa, sorrindo marotamente e olhando a varanda.

-Cadê a sua irmã?

-Saiu com o namorado. – disse ajudando a mãe a levar as compras para a cozinha.

-E deixou você sozinha?

-Melhor do que ter ido junto.

Nessa hora a campainha toca.

-Pois não? – um homem alto, corpulento, com cabelos pretos e olhos castanhos atendeu.

-Boa tarde, meu nome é Thiago Potter, sou amigo da Lílian ...ela está?

-Está sim...sou Bryan Evans, pai da Lily, prazer.- disse apertando a mão do garoto, apesar de o olhar estranhamente. – Não seria um namorado... seria?

-Não, claro que não. – disse ele em tom falsamente sério... “ Não pela parte dela...” completou em pensamento.

- Sei... – ele levantou uma sobrancelha. – Ela está na cozinha... Um minuto que eu vou chama-la... fique a vontade.

Thiago, sendo muito “tímido”, começou a dar uma olhada na sala... Um porta-casaco fazia-se presente logo ao lado da porta... e, mais ao lado, a escada que dava para o andar de cima.

Na parede que ficava ao lado da porta, onde uma grande estante, com livros e alguns objetos trouxas que ele não soube identificar, se fazia presente.

Duas poltronas e um sofá vermelhos e de aparência confortável, além de uma mesa de centro... ficavam no campo de aquecimento de uma bela lareira. A lareira, por si, haviam vários retratos em cima, que ele rapidamente, não agüentando sua curiosidade, foi espia-los.

Havia uma foto de uma garotinha ruiva dos olhos verdes com seus exatos oito anos sentada em um balanço e um sorriso radiante... mas, para a supresa do maroto, a mesma estava parada.

Ele olhou para as outras ( sendo que achou graça num garoto gordo, sem pescoço abraçado de uma mulher com cara de cavalo) e as mesmas estavam do mesmo modo. O maroto olhou significativamente para a direção em que o pai dela fora e franziu o cenho, voltando a olhar para o retrato. Deu milhões de cutuques no vidro do retrato de Lílian, mas ela não se moveu.

-Olá... Thiago. – disse a ruiva num tom falsamente doce, no que o maroto tomou um susto e empurrou o retrato, deixando-o cair no chão sem querer.

-Er... Oi, Lílian. Tudo bem? –ele sorriu amarelo, e viu o olhar do Sr Evans nele. – Quanto ao retrato, mil perdões... eu não conti minha curiosidade... mas, tem um problema neles não? As fotos são tão... paradas!

O Sr Evans e a Sra Evans se entreolharam e deles olharam para Thiago, como se o mesmo tivesse dito algo absurdo... Thiago os olhava com o mesmo olhar, achando que era um absurdo as fotos não se moverem... tão sem graça!

Lílian olhou de Thiago para os pais e deles para Thiago. A ruiva revirou os olhos e pegou o porta retrato, com o vidro partido no meio.

-Sinceramente Potter, você devia ter feito Estudo dos Trouxas.

-Er... as fotos trouxas não.. se movem? – disse ele entendendo o caso e começou a rir. – Ah, ta, esta explicado.

-E como vocês fazem a fotos se moverem? – perguntou a Sra Evans curiosa. Thiago encarou a Sra Evans...Lílian certamente era uma versão da mãe mais jovem, eram idênticas, possuíam aqueles mesmos olhos verdes e cabelos ruivos que ele tanto amava.

-Bem... – o maroto passou a mão pelos cabelos. – Basta coloca-las na poção certa e pronto... mas eu digo... é totalmente estranho fotos paradas. – ele sorriu no que a mãe da ruiva sorriu de volta.

Ela pegou o maroto pelo braço e chegou próximo da mãe, sobre o olhar reprovador do Sr Evans...

-Essa aqui é minha mãe, Rose Evans. Mãe esse aqui é Thiago Potter, esta na mesma casa e ano que eu em Hogwarts.

-Prazer. – disse ele beijando a mão da mãe dela.

Lílian revirou os olhos.

-Que gentil. – disse Rose sorrindo. – Vamos nos sentar... E Bryan, ele é so um amigo da Lily... – ela completou segurando a mão do marido, que corou fortemente.

-Rose!

-Não se preocupe... posso te chamar de Thiago não?

Ele sorriu, olhando para Lílian de soslaio. A ruiva estava corada.

-Claro!

-Não se preocupe, Thiago... ele é assim com todos os garotos que chegam a menos de trinta metros da Lílian.

-Tudo bem... – disse ele num tom normal.

Lílian se sentou no sofá ao lado de Thiago, enquanto os pais sentaram nas poltronas.

-Como foi que você chegou aqui? – perguntou Bryan curioso, não mais parecendo o pai com o olhar inquisidor de outrora. – Eu não vi nenhum carro ali na frente?

Thiago sorriu marotamente.

-Tive meus meios...Um momento que eu vou mostrar. – saiu da casa e voltou alguns minutos depois parecendo que estava ‘segurando’ uma coisa – Isso aqui, é uma capa de Invisibilidade e aqui uma vassoura de Quadribol.

-Capa de Invisibilidade?

-A capa de Invisibilidade, deixa quem a usar invisível. Dessa maneira. – e vestiu a capa.

Os pais de Lílian soltaram sons de admiração, Lílian revirou os olhos novamente... “Ele não é exibido somente na escola, e sim em qualquer lugar.”

E Thiago continuou contando várias coisas sobre a Comunidade Bruxa, muitas das quais Lílian nem tinha idéia que existia... E já que o mesmo, começou a perguntar o que eram aquelas coisas esquisitas na estante... Lílian e os Evans passaram a explicar sobre a Comunidade Trouxa também.

Quando Petúnia chegou em casa e viu o maroto ao lado de Lílian e metade de uma vassoura ao seu lado, impediu um gritinho. “Além de ser uma aberração, tem que trazer outra para casa!”.

Ela olhou o garoto de cima a baixo...a aparência de Thiago não era a que ela chamava de uma pessoa culta... Os cabelos espetados, parecendo que não via um pente fazia meses, uma roupa básica: camisa branca, calça jeans e tênis.

Thiago olhou discretamente para a porta da casa, enquanto fingia ouvir o relato da Sra Evans, falando sobre os eletrodomésticos... Depois daquela noite esquisita em que tivera o primeiro sonho, ele meio que sentia quando alguém estava perto ou então o observava... Num sorriso maroto ele reparou que os olhos de Petúnia pararam nos seus cabelos e viu que ela não estava gostando muito do jeito que estava ‘arrumados’, então sem querer passou a mão pelos cabelos, deixando-os num estado pior. A cara que a garota fazia era de quem tinha comido alguma coisa estragada...ele segurou o riso. Adorava pirraçar quem implicava com ele.

-E tem os... – a Sra Evans rapidamente para de falar quando vê a filha na porta.

Um silêncio mais do que contragedor cerca a todos e o Sr Evans pigarreia levemente, mas não fala nada.

-Essa é a minha querida irmã Petúnia – sussurrou para o garoto - Faça qualquer coisa, mas não dirija a palavra a ela.

-Porquê? – perguntou o garoto.

-Ela odeia bruxos.

-Seu namorado, querida irmã? – ela rapidamente cuspiu as palavras, ao reparar que todos olhavam para ela.

-Só um amigo.

A irmã passou rapidamente sem dizer uma única palavra e depois subiu as escadas correndo.

Os pais da Lílian se entreolharam envergonhados, e Thiago sorriu.

“Bem, nem toda a família é perfeita”. Pensou.

-Eu acho que já chegou a minha hora. – falou o garoto.

- É... desculpa a Petúnia... podemos dizer que ela não gosta muito de bruxos. – disse Rose um pouco rouca.

Thiago deu de ombros enquanto pegava a vassoura e a capa de Invisibilidade.

-Bem, não se preocupem... não me senti ofendido... – ele sorriu sincero. – Mas, acho que fiquei tempo demais não?

-Porque não fica para jantar?

-Se não for incômodo... – ele sorriu pelo canto dos lábios no que Lílian prendeu uma careta.

-Imagina. Lily porque você não aproveita e dá uma volta com ele enquanto eu preparo o jantar?

Ele sorriu. “ Ela não vai poder negar” pensou.

A ruiva olhou da mãe para Thiago, de Thiago para o pai e do pai para a mãe novamente, como se buscasse apoiou.

-Esta bem, vamos. – disse ela rapidamente ao encarar a mãe.

...

Tiago sorriu marotamente enquanto a ruiva fechava a porta de entrada da casa.

-O que você tem na cabeça? Eu não disse que era para você ficar lá em cima?? – disse ela com os dentes cerrados.

-Ah, Lily, você temia que seus pais gostassem de mim, não é? Mas sinto... eu sou carismático demais para não se deixar agradar... é claro que sua irmã é um caso à parte.

-Se depender de minha mãe, você sairia com uma aliança de noivado... – ela revirou os olhos.

-Bem, quem sabe isso não aconteça? – ele sorriu marotamente.

-E era ela que faria o pedido! – ela bufou de raiva e começou a andar.

-Adorei sua família... – disse ele alcançando-a – Mas amei a sua irmã. – completou ironicamente. – Acho que... – ele a segurou pelos ombros com uma das mãos e a outra estendeu-a com a palma para cima.– ... no momento que a vi passando com aquela cara de cavalo, um olhar sedutor e um sorriso deslumbrante no rosto. – ele cerrou os olhos levemente e aproximou a mão estendida para perto de si. – ... Senti que fui flechado pelo amor...

Ele colocou a mão no coração e fez uma cara tão cômica que Lílian não agüentou mais prender o riso e gargalhou.

-Nossa, sinto dizer, mas ela esta quase noiva... sua paixão nunca será correspondida. – disse ela risonha.

-Nossa, um milagre aconteceu... fiz Lílian Evans rir?

-Bem, fazendo essa cara mais idiota que o normal, acho que até a Petúnia riria.

-Que mal me pergunte... quem é o namorado da minha amada?Não seria aquele barril...

Lílian tornou a rir.

-Nada escapa de teus olhos não é, Potter?

-Não é à toa que eu uso óculos.

-Achei que era para parecer mais inteligente...

-Poxa, assim ofende.

Ela riu, no que ele a acompanhou.

-Lílian, não entendo porque que a gente briga tanto.

-Não entende?

-Não. Desde quando eu te conheço, o único dia que você não gritou comigo foi hoje... Apesar de fazer comentários desagradáveis sobre mim.

-Porque hoje você se comportou direitinho. – disse rindo.

Ele levantou a sobrancelha.

-E desde quando eu não me comporto direito?

-Sempre.

-Sempre? – ele parou.

-Claro, você vive me beijando e me chamando para sair. – ela parou e se virou para olhar para ele.

-E você prefere qual comportamento? – ele sussurrou no ouvido dela.

Mas ele nunca chegou a saber, pois naquele momento um grito ecoou pela praça em que estavam, estava deserta, a não ser por um homem encapuzado, com os olhos vermelhos e fenda no lugar do nariz, rodeados por três mascarados.

Lílian se virou e Thiago colocou a mão na boca da garota para que ela não gritasse.

-Shi, não podemos ser ouvidos... – eles se esconderam atrás das árvores.

-Quem você acha que é?

-Voldemort...

-Hã? – disse ela sem entender nada.

-Shi... não é hora para explicações, ok? Só não sabia que ele já estava começando a agir tão rápido. – disse ele sério, o olhar brilhando de raiva.

-Thiago eu estou com medo, eles estão matando uma pessoa. –disse ela abraçando o garoto, os gritos de dor eram ouvidos nitidamente, estavam torturando a pessoa.

Thiago puxou a varinha do bolso, enquanto beijava a testa da ruiva ternamente.

-Não chora, não vou deixar nada acontecer com você.

-Mas... – ela se separa dele levemente e o encara com os olhos marejados.

-Olha, não podemos ficar aqui, é muito perigoso, eu quero que se acalme. Trouxe sua varinha?

Ela balançou a cabeça positivamente, sentiu o coração dele bater tão acelerado como o dela. Thiago também estava assustado, mas não demonstrava isso, sua voz soava meio trêmula, porém calma.

-Se prepare para correr, com a varinha em punho...você vai na frente. Vou tentar distraí-los. Se acontecer alguma coisa comigo não olhe para trás, vá buscar ajuda.

-Não, eu não vou te deixar aqui, vamos juntos.

-Lily, não discuta.

-Eu não vou. – ela agarrou ainda mais o garoto.

-Lily, pelo Amor de Merlim, isso não é uma brincadeira! – disse ele sussurando nervoso.

-Sei muito bem disso Potter, mas eu não quero deixar você aqui à mercê deles...

-Certo então vamos juntos...Agora.

Começaram a correr, mas infelizmente seus vultos foram vistos.

-Ora, ora. – disse uma voz fria que acabara de aparatar na frente dos garotos, juntamente com outros dois vultos ( o terceiro ficou com a vítima) – O que temos aqui? Se não é o herdeiro dos Potter e sua namorada...

-Voldemort – disse Thiago com raiva.

Os comensais riram. E Voldemort estreitou os olhos quando viu uma pequena aura dourada contornando o corpo do garoto.

-Vejo que é muito corajoso garoto, a ponto de dizer meu nome...assim com tanta vontade, ou então tolo demais...

-Fique longe da gente! – falou com a varinha em punho, tomando a frente de Lílian – Estupefaça! – disse rapidamente, mas Voldemort desviou e o golpe atingiu um dos comensais.

-Atitude tola rapaz. Crucio.

A dor que invadira o corpo de Thiago foi tanta que ele caiu de joelhos e por fim no chão, ele sentia seu corpo rasgar-se internamente.

-Li...ly...fu...ja...

-Thiago – a garota se ajoelhou ao lado do corpo de garoto e começou a chorar.

-HAHAHAHA, que comovente, mas não se preocupe ela terá o mesmo fim.

-Estupefaça.

-Estupefaça.

-Impedimenta.

Gritaram três vozes ao mesmo tempo. Lílian sabia que o Estupefaça foi dela e o desespero foi tanto que atingiu o Comensal ao invés de Voldemort. Mas de quem era os outros dois?

Olhou para o chão Thiago tinha parado de se contorcer.

-Não sabia que você atacava crianças inocentes Tom. – disse Dumbledore. – Moody levem os dois para a casa dela. Agora. –sua voz soava com raiva.

-Deu pra proteger seus alunos agora, Dumbledore? – falou Voldemort levantando irritado.

-Crucio.

-Protego.

-Vamos garota. – rosnou Moody, carregando Thiago.

- Deixe-o lá em cima. – falou ela escancarando a porta.

-Filha – disse os pais desesperados, ao ver a filha toda suja e muito pálida. – O que foi que aconteceu?

-Eu estou bem mãe, é só o que importa, agora temos que cuidar do Thiago. É melhor trazer compressas, ele está ardendo em febre.

Moody o deitou na cama da garota, ela rapidamente tirou seus óculos e o cobriu.

-Meu trabalho esta feito, então eu vou voltar. – falou Moody.

Quando a mãe trouxe as compressas ela começou a passar pela testa dele, sempre repetindo para si mesma.

-Você vai ficar bom, eu sei que vai.

-Deixa filha, eu cuido dele. – disse a mãe chegando perto.

-Não mãe, eu quero fazer isso.

-Como estão os garotos? – disse Dumbledore chegando, estava com o rosto um pouco ferido.

-A Lily está bem, e está lá em cima cuidando do garoto. – falou Rose.

-Vou subir.

-E...

-Todas as dúvidas serão esclarecidas Sr e Sra Evans, tudo a seu devido tempo. – disse ele encarando-os com aqueles olhos azuis através dos oclinhos de meia-lua.

...

-Sta Evans, como está?

Ela se virou.

-Estou bem, mais o Thiago esta com febre e delirando. – seus olhos se encheram de lágrimas. – Prof. ele vai ficar bem? O Sr está bem ?Conseguiram pegá-lo? E aqueles...

-Calma, uma pergunta de cada vez. O Sr. Potter vai ficar melhor, ele não ficou exposto Maldição Cruciatus a ponto de afeta-lo completamente...A febre e o delírio são perfeitamente normais e com os cuidados da Sta garanto que amanhã mesmo ele ficará bem melhor. E ele deverá dormir aqui esta noite.

Lílian ficou vermelha.

-Quanto a mim, nada grave...como vê, só alguns arranhões.

-E ao Vol...

-Ele escapou...Agora se me dá licença, posso pegar uma dessas corujas emprestadas? – perguntou, apesar de saber perfeitamente que a preta era de Thiago.

-Claro Professor.

As duas corujas estavam cochilando uma do lado da outra, Dumbledore, após escrever o bilhete, acariciou a coruja preta de leve e sussurrou baixinho.
-Quero que você leve isto pro Alan, está bem?

A coruja deu um pio baixinho, abriu as asas e levantou vôo.

-E prof. Dumbledore?

-Sim.

-Quem era a pessoa que eles estavam torturando?

O rosto de Dumbledore ficou levemente abatido.

-Você não o conhece, mas conhece alguém que tem parentesco.

-Quem?

-Um grande amigo, um auror, o Sr. Robert Filbet, pai da Sta Filbet.

Grossas lágrimas caíram dos olhos de Lílian.

-Ele... morreu?

-Não, mais está em um estado que os não-bruxos chamam de coma.

-Coitada da Alice.

-Bom Sta Evans, vou descer. Tenho assuntos a tratar com seus pais.

N/A: * se escondendo atrás de um escudo* Sei que muita gente vai me matar ou mandar azarações para mim por ter feito isso com o Thiago e tão cedo... mas, pensem bem isso serviu para, de alguma forma, aproximar os dois não??? Ah, só não me ameaçem muito nos comentes, ok??