Explicações de Malfoy
Capítulo 02 – Explicações de Malfoy
Gina e Hermione prepararam o quarto para Draco, que agora arrumava suas coisas numa gaveta.
Já era de tarde, e ele então saiu, cumprindo (para a surpresa das garotas) sua promessa.
- Volto ao anoitecer, certo?
- Sim, Malfoy.
- Até lá, então, Weasley. – e aparatou
Mione olhava pela janela, em direção a casa, pensativa.
- O que foi?
- Não sei... Você acredita na lenda?
- Sim, claro... Só não acredito que Você-Sabe-Quem tenha continuado a morar lá depois de vender a casa para os Malfoys.
- Nem eu... Mas acho tudo muito estranho... Por que Malfoy pediria ajuda a VOCÊ?
- Não faço a menor idéia... E eu não acredito nem um pouco nesta história de "a casa está em reforma, e vocês moram mais perto".
- É, nem eu...
- Vou tentar falar com ele hoje à noite, depois que Rony dormir, e que Harry for embora...
- Certo, depois me conte tudo!
- Okay! - as duas sorriram.
- Gi, agora eu tenho que ir... Nos vemos amanhã?
- Claro!!! Tchau, Mione!
- Tchau, Gi! - e a menina de cabelos lanzudos desapareceu no ar.
Gina começou a preparam o jantar, pois já havia passado da hora do almoço.
Mais tarde, Harry e Rony aparataram, e infelizmente, viram Draco na sala...
- O QUE ELE FAZ AQUI???
- Calma Harry... O Malfoy pediu para ficar aqui uns dias, pois a casa dele está em reforma...
- É, Potter... Agora fica até mais fácil para eu visitar a Gina durante a noite...- disse ele com um sorriso maroto, vendo Gina afastar-se, olhando-o com nojo.
- Nem pense!!!
- VOCÊ VAI DEIXA-LO FICAR AQUI??
- Ele sai ao amanhecer e volta ao anoitecer... Não se preocupe, ele só quer um lugar para dormir...
- Certo, certo... - Harry já estava mais calmo - Bom, só passei para deixar o Rony... - ele beijou Gina - Tchau, meu amor.
- Tchau.
Rony deu mais uma olhada no loiro, antes de entrar na cozinha, e voltar, dois minutos depois, subindo as escadas para o quarto com um prato de comida, um copo de suco e trancando-se lá dentro.
- Não sei o quê seu irmão tem contra mim, Weasley... – Draco disse para Gina.
- Tem certeza de quê não sabe mesmo, Malfoy...? – ele lançou-lhe um olhar significativo.
- Todos na sua família me odeiam...
- Então por quê feitiços, você nos pediu ajuda?
- Eu já falei...- mas ela interrompeu-o.
- Ninguém engoliu a sua historinha, Malfoy. Diga-me a verdade.
- Por que eu deveria?
- Porque eu quero te ajudar... – disse ela aproximando-se dele.
Eles estavam realmente muito perto. A ponta dos narizes, ambas geladas por conta da neve que lá fora caía, se tocavam, a respiração ofegante se misturando, enquanto os olhos se encaravam diferente.
Gina nunca vira o quão bonito ele poderia ser.
Draco nunca vira o quão esplêndida ela poderia ser.
Nenhum deles jamais viram o que era óbvio.
- Eu te digo... – disse ele baixo – Mas prometa-me uma coisa. Não conte para ninguém. – ela assentiu silenciosamente – Aquela casa é assombrada. Não agüentaria ficar lá por nem mais um minuto, coisas estranhas acontecem a todo o tempo. Você está aqui, algo acontece lá. Você vai lá, algo acontece aqui. E digamos, que não sejam coisas muito boas...
- Que tipo de coisas?
- Mortes. Meu pai morreu naquela casa. Bom, acho que tenho algo a agradecer àquele lugar... – disse ele fingindo pensar melhor.
- Draco! – ela calou-se – Desculpe, não deveria tê-lo chamado pelo primeiro nome.
- Está tudo bem... – ele disse – Vou subir... Estou com sono. Saio amanhã de manhã. Vou tentar vender aquela coisa.
- Certo, certo... Quero só ver quem vai comprar...
- Algum bruxo idiota e com muita vontade de morrer... – disse ele levantando-se e sorrindo, o sorriso mais bonito que Gina já vira.
- Boa noite, Draco. – ele olhou-a e, subindo as escadas disse:
- Boa noite, Gina.
A garota dirigiu-se para o seu quarto, e dormiu quase que instantaneamente, um garoto de cabelos platinados assombrando seus sonhos.
No dia seguinte, ao acordar, nem Draco, nem Rony estavam em casa. Harry estava sentado na sala. De repente, ela se sentiu triste, por encontra-lo ali.
- Harry, o quê faz aqui?
- Estou esperando o Rony...
- Ele já foi...
- Não foi, não... Ele está dando um último cochilo. Ele espiou Malfoy a noite toda... Coitado.
- É...
- Gina... Ele me disse que você quase beijou Malfoy. Isso é verdade?
- Não, claro que não... – disse ela, com as mãos suando frio.
- Espero realmente que não.
Um garoto de cabelos muito ruivos, espetados para cima saiu rolando escada abaixo.
- AI! UI! AI! Isso dói! Socorro! – ele caiu de costas no chão – Custava uma ajudinha?
- Rony, você está bem?
- Claro... Nem estou machucado... – disse ele com a voz enrolada. Estava com uma voz sonolenta e ao mesmo tempo sarcástica.
- Você... Rolando a escada... Foi o máximo!!! – disse Harry caindo na risada.
- Isso mesmo... Dê risada das desgraças dos outros...
- Ah, Rony... Não fica de mal-humor.
- Bobona! – Harry e Gina dobravam-se no chão de tanto rir – Poxa, dói!
- Há há há !!!
- Vou me trocar. – ele subiu as escadas devagar, olhando para o chão e contando os degraus que subia.
Mais tarde, Gina e Hermione saíram para fazer compras, conversando e discutindo sobre o que Draco falara para a garota.
- Só prometa que não contará a ninguém...
- Certo!
As duas entraram no Super-Mercado "Café-Almoço-Jantar-Boas Refeições" .
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