..:Turn It Back:..



Lílian sentiu as mãos de Ana afagarem sua nuca, mexendo nas mechas escarlates tranquilamente. As lágrimas corriam por seu rosto, sem que ela pudesse controlá-las agora, os vagos soluços rompendo o silêncio.

_Vai ficar tudo bem Lily, não chora mais, não vai resolver nada... Não sei ao certo o que dizer, mas... Eu estou aqui pra tudo.

Lily não respondeu, apenas assentiu com a cabeça. Estava recostada no colo da morena, como uma criança assustada que pede por proteção, e Ana a estava protegendo, ela sabia.

_Eu só queria poder pensar em outra coisa, qualquer coisa... Mas ele não sai da minha cabeça! Eu sinto tanta falta dele, é como se faltasse um pedaço de mim mesma, me sinto vazia, vazia.... É horrível!

_Lily! As coisas não podem continuar assim! E com certeza você está vazia, sim, vazia e fraca, você não tem comido nada ultimamente, e não me olhe assim, eu me preocupo com você! Se você tem tanta certeza que precisa dele, vai lá e diga isso pra ele!

_Não posso! Eu disse coisas horríveis! Você sabe como ele é orgulhoso! Ele acha que o traí e... Como ele pode pensar isso de mim? Como?! E mesmo que eu desse o braço a torcer, se não voltarmos, como eu fico?? Eu... E se ele me traiu mesmo? Como eu posso perdoá-lo? Como posso confiar nele de novo?

_Pra começar, você já não confiava nele antes, pelo que parece...

_É claro que eu confiava! O Tiago nunca me trairia!

_A-há! Até que enfim você disse uma coisa sensata! O Tiago nunca te trairia. Pare com essa besteira!

Lily não respondeu, para quem estivesse de fora poderia parecer mais simples do que realmente era. Ambos saíram muito magoados de tudo aquilo. Um não ousava arriscar perguntar se o outro deixaria tudo de lado.

_Olha, você tem que saber que as coisas passam Lily, passam. Vai passar, está bem? Mas agora eu preciso ir... Quer dizer, eu pensei em ficara aqui hoje, mas tenho que ir em casa primeiro, falar com o Sirius e...

_Está tudo bem. Pode ir, e, por favor, não se preocupe comigo. Fique com o Sirius hoje. Eu estou bem.

_Tem certeza? – a morena questionou erguendo a sobrancelha.

_É claro que sim.

_Então... Eu vou... Mas se precisar de algo, você...

_Eu te procuro, prometo.

_Certo. Eu te amo ok?

_Eu sei disso... Também te amo. Obrigada por tudo. – Lily murmurou abraçando-a carinhosamente.

Ana assentiu com a cabeça, acenando rapidamente, e desaparatando do quarto.

Lílian largou-se na cama, sentiu as lágrimas voltando e por um segundo perguntou-se por que motivo chorava. Então a onda de nostalgia a invadiu, dizendo que era por ele.

A verdade é que era insuportável pensar em Tiago, e em como sentia desesperadamente a falta dele. Chorava de saudades, chorava de mágoa. Não conseguia suportar a idéia de nunca mais beija-lo, nunca mais toca-lo, nunca mais passar a noite inteira fazendo amor com ele. Como pensar em todos os sonhos que já não iam realizar, em todos os filhos que já não iam ter, no futuro que não iam construir...?

Sentia um vazio imenso, que a afogava, a lançava no abismo, era inexplicável, horripilante, escuro, sombrio. As lágrimas escorriam, junto com os soluços, os espasmos, mas eles não aliviavam nada, apenas cansavam seu corpo, fatigavam sua alma, destruíam mais um pouquinho de seu coração.
Lily se encolheu na cama, abraçando os joelhos, sentindo seu corpo tremer, mesmo que tivesse consciência de que não fazia frio. Seu olhar resvalou lentamente pelo quarto, pousando em um porta-retrato dourado; Tiago sorria na foto, e usava as mãos como mímica, primeiro apontando para si, depois desenhando um coração no ar, e em seguida apontando para a pessoa que assistisse, murmurando eu amo você com o movimento dos lábios.

Como ia suportar ficar sem ele?

...

_Hei, já sei! Por que você não troca de roupa e nós saímos para comer alguma coisa? – sugeriu Sirius, encostado no vão da porta do banheiro.

_Eu não quero sair. – Tiago respondeu fitando-o pelo reflexo do espelho, juntando as mãos em forma de concha, e enchendo-as com a água fria da torneira.

_Então podemos encomendar algo. Pizza?

_Sirius... – Tiago murmurou tentando parecer calmo – Por acaso eu não tenho fome, e sei que a Ana está te esperando com um ótimo jantar em casa. Então não sei o que você faz aqui!

_Estou aqui pra não deixar você se jogar pela janela, ou desmaiar de fome, anorexia ou sei lá o quê! Estou aqui por que me preocupo com você, mesmo que você esteja mal humorado demais pra se dar conta disso! – retrucou o moreno fechando a cara.

Tiago revirou os olhos e respirou fundo.

_Está certo, está certo. Me desculpe. Se quiser, encomende uma pizza, o telefone da recepção é 3030.

_Ah, bem melhor! Sabia que eu amo hotéis? É tão mais prático... – o moreno disse, caminhando até o telefone.

Tiago preferiu não responder a Sirius que o motivo de estar naquele hotel não era nada animador. Afinal, era por esse mesmo motivo que Sirius estava ali, e Tiago sabia que ele estava sendo um grande amigo, pelo menos não o permitia desmoronar completamente.

_Eu acho que a gente devia conversar. – Sirius disse jogando-se em uma poltrona felpuda de frente á cama de Tiago.

_Eu acho que você já fala demais.

_Eu acho que é sua hora de falar.

_Não tenho nada pra dizer.

_Tiago, eu sou seu amigo, cara... Eu sei que não está tudo bem, e se você quiser reclamar, falar qualquer coisa, xingar as mulheres de todo o mundo, tudo bem, eu posso calar a boca um minuto e ouvir...

_Eu não quero falar nada.

_Por que vocês brigaram? – ignorou-o Sirius – Você sequer me explicou direito.

_Foi... ciúmes... Quer dizer, aquele filho da mãe do Donovan está sempre entre nós! Sempre ligando, e falando ao pé do ouvido, como se eu nunca estivesse por perto! Eu disse mil vezes que não gostava dele, mas ela não concordava! Ele é gentil e educado, ela me dizia! É claro que dizia! Então eu chego em casa e ele está lá, SEM CAMISA na minha sala de estar! O que posso pensar?! O que eu posso pensar disso?!! Sem camisa! A Lílian veio do quarto segurando a camisa molhada dele, dizendo que tinha manchado a gola com molho no restaurante em que eles haviam almoçado! Existe desculpa pior?! È claro que eu o mandei embora! E eu juro que ria da minha cara mesmo com o nariz sangrando! É claro que tive que dar um soco nele! Simplesmente não pude... E... Perguntei, é claro, se por acaso o molho não tinha a cor do baton dela! E ela teve a cara-de-pau de me dizer, que talvez sim, talvez fosse o baton dela na blusa dele, se fosse o meu perfume que ela sente todo dia na roupa da Diana Smach! Diana Smach! Tudo que eu sei sobre Diana Smach é que ela tem seios maravilhosos! – explodiu, admitindo mais para si mesmo do que para Sirius.

_Você não disse isso á Lílian, disse? – Sirius questionou timidamente.

_Simplesmente saiu! Eu não pude evitar! Mas mesmo assim Sirius! Eu a amo! Droga! A amo! Mas, se não existe respeito, e nem confiança... Você entende?! Se a gente nem sequer acredita mais um no outro... Como isso pode dar certo?! – Tiago baixou a cabeça, ajeitando os óculos sobre o nariz.

_Você acha realmente que ela... te trai?

_Não.

_Então, por que tudo isso?

_Não é tão simples... As coisas evoluíram, eu disse muitas besteiras... E ouvi muita coisa... Coisas que eu nem imaginava, nem lembrava... Mas tudo sempre esteve ali... Isso foi só o fósforo que acendeu o pavio, a bomba já estava armada...

_Tiago, eu...

_Sirius, eu estou bem... Por favor, vai pra casa, a Ana está te esperando, você tem sido um anjinho... – Tiago sorriu maroto – Mas eu já estou bem...

_Hum... Se é assim...

_Vai de uma vez seu cachorro! – Tiago puxou a varinha, mas no instante seguinte Sirius não estava mais no quarto.

O moreno respirou fundo largando-se na cama. As lágrimas chegaram em um instante. Enfiou a mão no fundo do bolso da jeans que vestia, puxando uma fotografia um tanto amassada de dentro desta. Na foto, ele e Lílian se beijavam, ele a puxava pela cintura, envolvendo-a em seus braços, e ela procurava afastar-se envergonhada de estar assim na frente de uma câmera. Você está me deixando excitada - ela sussurrara marotamente ao ouvido dele, Tiago lembrava-se de te-la levado para casa no minuto seguinte.

...

_Eu não acredito no que você acaba de dizer! – berrou Lily, começando a ficar realmente furiosa.

_Eu chego em casa e encontro um homem SEM CAMISA na minha sala de estar, e você faz escândalo por que eu falo dos seios de uma mulher que eu mal conheço!

_Eu já te expliquei como as coisas aconteceram! Por Merlin, pare e pense racionalmente!

_Não posso pensar! Não posso pensar quando te disse tantas vezes que não gostava de te ver com ele! Então me responda por que é mais importante manter a sua amizade com ele do que o nosso casamento!

_Isso é manter a minha LIBERDADE!

_Se você quer liberdade, posso te dar em um instante! Total e plena!

_O que acho estranho é que você também não tenha pedido por ela em todo esse tempo! Talvez por que pra você, estar casado não signifique nada!

_Você tem razão Lily! Eu não te respeito! Eu não me importo em nada com você! Me casei com você apenas pelo seu corpo! Te possuí algumas vezes, e encontrei alguém com seios mais bonitos, então pra que liberdade, se posso dar uns amasses no banheiro do trabalho e ter uma ruiva gostosa quando chego em casa?! – Lily sabia que até Thiago tinha consciência de que havia passado dos limites.

_Seu cretino! Cafajeste! – ela nem se deu conta do que estava fazendo quando se jogou contra ele, querendo acertá-lo de qualquer maneira. As lágrimas ardiam em seus olhos.

_Pra uma mulher que lava o baton da camisa do amante em casa, você está bancando a decente á toa Lílian! Só espero que não na minha cama, não na minha cama, por que lá é onde você é minha, fora dali, sabe-se lá de quem!

_Seu estúpido! Pelo menos não sou eu que chego em casa cada dia com uma loção nova, escondendo o perfume das piranhas de esquina que você pega! Te traí sim, ri de você, eu e o Alfred! E tinha um orgasmo cada vez que pensava na sua cara de corno! Aliás, os chifres você já tem há tempo, não é?! Apenas reforcei seu apelido, PONTAS!

_Pra mim já chega! Qualquer piranha de esquina, um par de seios bonitos, qualquer ruiva de farmácia me parece mais decente que você hoje! Se me dá licença, tenho que ir antes que comece a vomitar, e talvez essa ânsia não passe nunca mais!

E ele foi embora. Lílian caiu no chão, chorando convulsivamente, teve que correr ao banheiro várias vezes quando a ânsia de vomito lhe subia sem controle pela garganta. Sentiu cada parte do seu corpo se arrepiar de frio, de calor, de medo, de nojo, de ódio, de mágoa e quando por fim conseguiu pensar, de dor.

Lily mal podia acreditar em tudo que dissera... Ela nunca seria capaz de trair Tiago! Nunca! Será que ele sabia disso com certeza suficiente para não acreditar nela? E ela? Deveria ou não acreditar nele? Qualquer piranha de esquina me parece mais decente que você – as palavras ressoavam. Ele fora longe demais.

...

Thiago entrou no quarto de hotel gritando, gritando o mais alto que pôde, até que sua garganta ardesse, que seus pulmões perdessem todo o ar. Berrou, batendo em si mesmo, sentindo algo quase como satisfação quando conseguia provocar dor em si, como castigo por ter sido tão idiota.
Quando mirou seu reflexo no espelho entendeu por que todos na recepção o encaravam estranhamente; a armação dos óculos estava torta, tinha um arranhão ao lado do olho esquerdo e perto da boca, os cabelos estavam mais desgrenhados do que comumente eram, e perdera o primeiro botão da camisa. Efeito Lílian Evans. Mesmo assim desejou que tivesse permitido a ela que lhe batesse mais, para que pudesse sentir mais raiva dela, e menos de si próprio.

Seu reflexo o fitou com olhos furiosos, e com ainda mais fúria em resposta, Tiago acertou-o ao meio. Quase imediatamente um líquido quente cobriu sua mão, escorrendo suavemente pela superfície rachada do vidro.
A dor foi quase um alívio, vendo o sangue jorrar da sua mão, e o espelho manchado com líquido escarlate, Tiago não berrou mais. Jogou-se na cama, enrolando a mão ferida em um lençol, a dor lancinante de fora para dentro cobriu a de dentro para fora e o permitiu dormir.


O moreno deixou a foto escorregar por entre seus dedos, levantando-se da cama e voltando ao banheiro, abriu a ducha fria, retirando a camiseta que usava rapidamente. De súbito, como se alguém sussurrasse ao seu ouvido, aquela frase voltou: Te traí sim, ri de você, eu e o Alfred! E tinha um orgasmo cada vez que pensava na sua cara de corno!

Era insuportável.

...

Lílian girou a tarraxa do chuveiro até que a água quente cessasse, puxou uma toalha felpuda pendurada perto do boxe, enxugando-se calmamente, vestindo um hobby macio, amarrando-o na altura da cintura.
Secou os cabelos até que ficassem apenas úmidos, penteando as mechas escarlates fazendo-as caírem soltas por sobre os ombros.
Fitou sua figura no espelho, os olhos mais verdes do que de costume, sinal claro de que estivera chorando, manchas levemente arroxeadas faziam sombra abaixo de suas pálpebras, e tinha a impressão que emagrecera ao longo daquela semana. Mas após aquela ducha, sentia-se melhor do que se sentia há muito tempo.

Ouviu o som estridente da campainha reboar por todo o apartamento, fazendo a ruiva erguer a sobrancelha. Por que Ana não aparatara logo dentro de casa?

A ruiva caminhou rapidamente até a entrada, girando a chave na fechadura, e entreabrindo a porta sem dispersar muita atenção ao movimento.

_Ana, por que voc... – as palavras perderam-se no segundo em que fitou a pessoa de pé na soleira da porta – Tiago... – seu coração deu um salto tão alto que ela achou que ele ia escapulir de seu peito.

Milhares de pensamentos lhe ocorreram de uma vez, dos piores aos mais desesperados dos seus últimos dias. Teve que controlar com todas as suas forças a vontade louca de abraçá-lo, jogar-se sobre ele... Mas ele voltara! Enfim, voltara!

_Oi.

_Oi. – respondeu mecanicamente.

_Eu... Eu preciso pegar algumas coisas, desculpe ter vindo sem avisar, mas... minhas roupas... eu... – Tiago murmurou, tentando não dizer que fora até ali por que precisava dela e de nada mais.

_Ah... – não posso chorar – Claro. Tudo bem. – não posso chorar.

Tiago entrou em casa, atravessando os cômodos, sendo invadido por milhões de lembranças doces daquele lugar. O quarto, a cama, os lençóis. Desviou os olhos, caminhando rapidamente até o armário, e mesmo que estivesse de costas para a porta, podia sentir o olhar dela queimando em sua nuca.

Ah, como queria dizer que ela estava adorável naquele hobby! Queria dizer que sentia muitas saudades, que nunca vira na vida uma mulher mais encantadora que ela. Queria jogar o orgulho para o alto, mas não era apenas o orgulho que o impedia de fazer tudo isso...

Lily o olhava retirar as roupas do armário, e seu coração ia junto com cada peça que ele enfiava de qualquer maneira na mala. Ele não voltara, ele estava indo de vez. E ela estava desmontando, sua vida estava escorrendo por entre seus dedos. Não posso chorar.

_Eu já... já terminei. Estou em um hotel, não vou levar muito... – murmurou fitando-a brevemente, baixando os olhos pouco depois, sem ter forças para encarar aquelas íris verdes.

_Certo...

Lily acompanhou-o pelo caminho de volta, ele sequer olhava para trás, ele iria mesmo embora, e depois era o fim.

Tiago soube que não podia atravessar aquela porta novamente assim que o seu caminho de volta chegava ao final. Andou o mais lentamente que pôde.

Em um segundo, tudo foi muito rápido e ao mesmo tempo muito lento. Tiago parou em frente á porta para abri-la, Lílian estava a alguns metros atrás de si. Ele não podia vê-la, mas sabia que ela o estava olhando.
Ele esticou o braço para alcançar a maçaneta, mas ao invés disso deixou a mala escorregar de suas mãos para o chão, no instante em que se virou para dizer á ela que não queria ir, sentiu o corpo da ruiva contra o seu. Os braços dela o envolveram rapidamente. No segundo em que ele desistira, ela também se rendera.

Os braços de Lílian fizeram a volta pelo pescoço do maroto, apertando-o fortemente. Os soluços escapando de sua garganta.

_Não vai... Não vai embora... por favor... eu te amo... eu preciso de você. – Lily chorava tão convulsivamente que as palavras pouco sentido faziam, e já pouco importavam.

Os braços de Tiago a puxaram pela cintura, e a pressionaram com tanta força contra ele, que podiam se unir em um só corpo.

_Me perdoe, eu te amo, me perdoe... Eu amo você, não posso viver sem você, acredite, me perdoe... – as lágrimas do moreno ignoraram qualquer orgulho, caindo sobre os ombros da ruiva, sobre as mechas acaju.

Lílian não ouvira uma palavra do que o moreno dissera, estava muito longe dali, mergulhada em um mundo particular, sobre o corpo de Tiago. Queria ficar ali quanto tempo pudesse, e se fosse um sonho, até que despertasse.

Mas os lábios de Tiago buscaram os seus, ela entreabriu a boca, a língua dele ocupou todo o espaço, mais e mais, o gosto salgado das lágrimas misturavam-se com os hálitos febris. Um não tinha coragem para se separar do outro.

_Eu disse muitas besteiras, me perdoe, eu não quis dizer nada daquilo... – Tiago murmurou, colocando delicadamente as mechas da ruiva para trás.

_Eu também não, eu te amo tanto! Senti tanto sua falta... – ela fechou os olhos, pedindo para ser beijada, e Tiago a beijou. Beijou com sede, com saudade, com fúria.

Nunca teve a impressão tão clara de que o corpo dela encaixava-se perfeitamente ao seu, como enquanto ficaram abraçados, embriagando-se do perfume um do outro. E em algum momento, quando os soluços cessaram, Tiago se deu conta do corpo frágil, macio, e quente de Lily colado ao seu, coberto apenas pelo hobby. O corpo do qual a saudade o mantivera acordado por várias noites, o calor que desejara tão intensamente. O mesmo calor que correu por seu sangue tão veloz quanto um veneno, cada parte de seu corpo reagiu instantaneamente, e Lílian pôde sentir.

Lily sentiu as mãos de Tiago desamarrarem seu hobby, o tecido escorregando por seus ombros, sentiu uma lufada de ar percorrer seu corpo nu. As mãos de Tiago desenhando as curvas de seu corpo, enquanto o paraíso parecia cada vez mais perto de si.

Soube, não pela primeira vez, que liberdade era poder voar. E apenas Tiago era capaz de lhe dar asas.

AINDA É CEDO AMOR,
MAL COMEÇASTE A CONHECER A VIDA
JÁ ANUNCIAS A HORA DA PARTIDA
SEM SABER MESMO O RUMO QUE IRÁS TOMAR...
(O MUNDO É UM MOINHO – CAZUZA)

NÃO FALA NADA,
DEIXA TUDO ASSIM, POR MIM
EU NÃO ME IMPORTO
SE NÓS NÃO SOMOS BEM ASSIM...
(SÓ PRO MEU PRAZER – CAZUZA)

JÁ CONHECI MUITA GENTE,
GOSTEI DE ALGUNS GAROTOS...
MAS DEPOIS DE VOCÊ,
OS OUTROS SÃO OS OUTROS...
(OS OUTROS – LEONI)

*____*

Oiee gente!! Espero que tenham gostado da minha short viu!! Por favor, me deixem a opinião de vcs tah??!!
Bem, pra fazer um merchan rapidinho (xD), quem curte R/H, eu tbm tnhu uma short q se chama: Fique Em Silêncio.
E para os adoradores de T/L, eu escrevo uma fic longa, o nome eh: Marotamente Apaixonados.

Bem, é isso. Espero q tenham gostado!!
BjuxxXxXxX!!




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