O sonho

Gina abriu os olhos, olhando ao redor... A luz que havia ali fez com que por alguns segundos tudo que ela visse fosse embaçado, mas, ao poucos tudo começou a ficar nítido.

Olhou ao redor.

Estava ali deitada sobre uma cama de casal, coberta por lençóis de seda pura, e vinho.As paredes pintadas de creme, e uma imensa janela ao lado direito, com cortinas pesadas também, da cor vinho.Duas poltronas e uma mesinha ao canto, com uma penteadeira do outro canto com um imenso espelho.Uma escrivaninha perto da porta de madeira escura e mais duas portas perto dali, uma que era o banheiro e outra para o closet, como ela sabia disso?Simples, as portas estavam abertas.

Suspirou e finalmente, se levantou.

Usava uma camisola branca de alça fina, tal que ia até um pouco depois de seu joelho.

Saiu do quarto, passando por um longo corredor e descendo uma escada que dava em um saguão.

Sorriu para si mesma, ao entrar em mais um corredor e no fim deste, em uma sala onde estava uma mesa comprida com várias cadeiras, tudo de madeira e as cadeiras almofadadas, na cor vermelho sangue.

Gina caminhou até uma das cadeiras e se sentou.

Analisando com cuidado a mesa, cheia de comidas e tudo mais...

Sentiu uma mão pousar sobre o seu ombro e olhou para cima, lá estava ele...

Draco Malfoy!Com um sorriso maroto, os olhos azuis acinzentados brilhando como sempre, em um tom meio que malicioso.

Do seu jeito de sempre, só um pouco, mas, adulto.

Gina não evitou dando um sorriso, um pouco tímido.Mas, nada assim, tão bobo.

-Hoje eu tive um sonho tão bom.-comentou.Enquanto, o observava se sentar ao seu lado.

-Um sonho?Ou um pesadelo?-ele perguntou em um tom brincalhão.

-O nosso passado.-ela disse pegando um bolinho de chocolate.

-Desde do começo?-ele riu.

-Desde do começo.-ela afirmou.-Desde de quando eu trombei com você... Depois, de estar confusa com os meus sentimentos.Do momento que você me quis, por brincadeira.Quando ficamos juntos, você me traiu...

-Eu era só um garoto!-ele exclamou a interrompendo.

-...Quando tudo ocorreu, quando “ele” voltou.E quando provamos que nós amávamos.-ela continuou o ignorando.-Até o fim disso tudo!

-Fim?-ele perguntou a encarando, um sorriso maroto, que só ele conseguia fazer assim.Apesar, do rosto mais adulto, ainda com o mesmo charme, talvez, até maior do que antes.-Desculpe, mas... Ainda é um começo disso tudo.

Ela não evitou, sorriu de volta.

Ela se levantou e ele fez o mesmo.

-Não vai fugir de mim.-ele disse brincando.A abraçando pelas costas.-Nunca irá.

-Eu e você precisamos trabalhar.

-Mas, Gina...-ele disse fingindo estar totalmente, ofendido.Mas, sabia que o que ela disse era verdade.-Você não pode fugir de mim.

Ela fechou os olhos e sentiu ser abraçada.-Eu não seria tão boba, pra fazer isso.

Só fazia um ano em que estava casada, com ele.Porém, seis anos que estava junto dele.

Ela trabalhava como medi-bruxa e acredite, ele era um auror.

E ambos, faziam jus a suas profissões.

Eram respeitados, e gostavam do que fazia.Apesar, das constantes discussões com Harry, Draco e ele se davam um pouco bem, mas, ainda com uma rivalidade incomparável.Harry Potter, o menino que sobreviveu, estava casado com Lilá Brown.A qual já havia se recuperado do trauma em sua adolescência.Hermione e Rony eram outros, que também haviam se casado.Tinham brigas e discutiam várias e várias vezes.O que era engraçado ás vezes, mas, todos sabiam que eles se amavam, e isso era o que importava mais.Mais do que tudo.

Muitas coisas aconteceram em seis anos.E sempre irá acontecer.Muitas e muitas.

A cada ano, todos os dias são diferentes do outro, e a cada instante você aprende mais coisas, e essas irão te fazer mais maduro e mais sábio.

Mesmo que nada vale, viver e não aprender com o que se viveu.

A experiência só é adquirida quando você realmente aprende com ela, e quando você a usa, de maneira certa.

Bem, errar e errar, sem cessar, chega a ser tolice... Mas, não vem ao caso, pelo menos é isso que imaginamos, agora.

Gina sentiu Draco beijar seu pescoço de leve.

Gina sorriu mais ainda.

Era perfeito, era maravilhoso, ter ele ali, junto dela.

Agora sem empecilhos.

Ela era dele.

E ele era dela.

Para sempre.

Como foi dito no casamento deles dois.

E como seria.

Ela sabia que brigariam, discutiriam, se xingariam, nas crises, na época complicada.

Mas, enquanto, se amassem, tudo estava bem.

Talvez, dizer isso fosse besteira, ou um papo um tanto quanto careta.

Mas, que fosse, assim...

Gina queria que fosse e sabia de alguma maneira, que seria assim, pra sempre.

Abriu, finalmente, os olhos e virou-se para encará-lo.

Pegou as mãos dele e colocou sobre seu ventre.

Achava que era a hora certa, então, ia contar-lhe a verdade.

-Draco...-ela começou, engoliu o seco.

Ele a olhou, estava confuso.-O que?

Ela respirou bem fundo, antes de continuar.-... Eu quero que saiba que eu amo você.

-Eu sei disso.-ele disse mais confuso ainda.

-E em prova deste amor, eu...-ela sentiu os olhos pesados, e lágrimas brotando destes.

-Você?

Draco não conseguia entendê-la.

-Eu estou grávida!-ela exclamou dando um sorriso.-Grávida... De nosso primeiro filho, Draco Malfoy.

Ele se afastou.-Grávida?

-Não gostou?-ela perguntou triste.-Seu ingrato...!-berrou.-Eu te odeio!

Ele deu um sorriso maroto.Pegou as mãos dela e a puxou para perto de si.

-Eu não gostei, mesmo...-ele disse ainda sorrindo.A encarando, o rosto dela estava vermelho de raiva, as lágrimas rolando sem parar.

-Eu amei saber que como diria em romances... Eu amei ter um fruto, um fruto do nosso amor.-ele cochichou no ouvido dela.

-Você ainda não teve!-ela exclamou dando um sorriso.

-Eu sei... Terei, mas, quem disse que eu me importo?-perguntou.

Ele foi aos poucos tocando seus lábios nos dela.A beijando calmamente, profundamente e depois, acelerando, fazendo ser um beijo apaixonado e “quente”.

Gina estava muito feliz, apesar, de ter parecido que tudo tinha acontecido de novo, foi bom sonhar...Apesar, de que, achava que aquele sonho fora muito longo, para apenas, uma noite de sono.Mas, isso não importava...

Pois, se fosse pra viver tudo de novo e obter os mesmos resultados.

Ela viveria com o maior prazer!

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Anos depois...
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-Anda logo!-ele gritou...

-Eu estou indo.-ela disse, aparecendo, tinha acabado de sair da cozinha e ido pra sala, onde ele estava.-Não é você que tem que agüentar além de si, mais alguém que pra você pesa igual a uma abóbora gigante...

-Graças a Merlim...!-ele exclamou levantando os braços.

-Pare de reclamar... Ou vamos, nos atrasar para o aniversário de Harry!

-Tomara!Por que eu tenho que ir ao aniversário dele?-ele perguntou desolado.

-Por quê?Deixe-me ver... Ele é como da minha família, como um irmão, por isso, é seu cunhado... Praticamente.Aprenda a viver com isso.E claro, ele é seu colega de trabalho...-ela disse tudo de uma vez, parou para respirar.-Agora vamos.-continuou.-Ou chegaremos atrasados, como sempre... Principalmente, quando se trata em encontrar minha família.

-Como sempre?Eu sou pontual... Nossos “frutos” que nós atrasam...Isso sim.

-Onde eles estão?-Gina perguntou olhando para os lados.-Victor, Douglas, Jonathan, Michael...-ela gritou.

De repente, apareceram os quatros... Descendo as escadas correndo.Sendo que o mais alto, que tinha os cabelos loiros como Draco e os olhos mel carregava um bebe nas mãos.

-Meu Merlim!Não corram... Não desçam as escadas assim... Não... Victor... Não... Não corra com o bebê!Não...!-Draco gritava desesperado.

Victor era o mais velho tinha 12 anos, Douglas tinha 10, Jonathan 7, Michael 5 e o bebê apenas, 1.

Mas, gritar não foi o bastante.

Draco tirou a varinha do bolso...-Não se atrevam...

E todos pararam onde estavam.E começaram a andar normalmente.

-Ótimo!-exclamou Draco feliz consigo mesmo.

-teremos que ir de carro trouxa.Por isso, meninos, todos para a limusine.-disse Gina.-Victor, por favor, tome conta de Diego... Ele é apenas, um bebê.

-Certo mãe!-exclamou o menino.

E todos fizeram uma fila, do maior para o menor, sendo Victor o que comandava tudo, ainda segurando o bebê.

-Nada de aprontar...-Draco avisou com um sorriso malvado nos lábios, enquanto, via seus filhos se afastarem.

-Faça isso de novo, e eu que irei... Dar um trato em você.Está traumatizando os meninos.-disse massageando a barriga.

-Eu???

Ela deu risada.-Sim, o senhor...

-Olha... Eu me casei com uma coelha, não me culpe.-ele disse se fazendo de inocente.

-Coelha?-ela indagou levantando uma sobrancelha.-Você não pode falar nada.

Draco a encarou.Estava começando a ficar com medo.

Ela o olhava com raiva, muita raiva.

-Você me faz engravidar SEIS VEZES e eu sou a coelha!!!-ela estava com muita raiva.

Seu rosto estava vermelho, pimenta e dava pra ver até fumacinhas saindo de suas orelhas.

-Calma Gina... Calma...-ele começou a implorar.-Foi apenas, uma brincadeira.

-Brincadeira?

Draco engoliu o seco ao ver o que parecia, um fogo em volta de sua esposa.

-Querida... Virgínia Molly Weasley Malfoy... Pare com isso!-ordenou.

-Corre... Corre...-ela começou gritando.

Ele esbugalhou os olhos... –Te espero no carro...!-e saiu correndo com medo.

Ela não agüentou, começou a rir.

Na verdade, estava gargalhando...

Nunca pensou que poderia acabar assim...

Casada com aquele que foi seu inimigo, com seis filhos, praticamente...

E com tudo mais que precisava.

-Senhorita nervosa...-era Draco, que havia voltado.-...Você reclama e no fim é você quem mais demora.

-Eu?-ela perguntou levantando as sobrancelhas.

-Claro... Olha, se você não quiser ir, eu realmente, não vou me importar e... Sabe, coelhinha, podemos curtir aqui com as crianças, que tal uma ida ao parque?-ele falou calmamente.

Ela cerrou os punhos.-Draco Malfoy!O que você quer dizer com coelhinha?

Ele virou os olhos.-Sabe... Mal de família... Sua família é...

-Nada, Malfoy!-ela exclamou, o rosto vermelho de tanta raiva.Ela pegou o pulso dele.-Pare de enrolar, pois, se chegarmos atrasados, muito e muito e muito atrasados, vai sobrar pra você!Ande logo se quiser continuar a poder ter filhos...-ela disse brava, o puxando.

-Tsc Tsc...-ele parou e a pegou no colo.

-O que pensa que está fazendo?-ela perguntou muito brava.Estava irritada com ele.Muito irritada.

-Te carregando?

-Você não pode, estou de mal de você.

Ele deu um sorriso maroto.-E quem disse que estou de bem?

Ela fez cara de chateada.

-Olha... Coelhinha... Eu pensei aqui agora, já que sou um máximo mesmo...

-Pule essa parte, por favor.

-Ok.Bem, eu percebi que vamos chegar atrasados desse jeito e isso eu não quero.

-Não quer mais, por quê?

-Porque eu ainda quero ter filhos... Com você.

Ela corou.

-Pai que demora é essa?-era Victor com cara de impaciente.-Eu e Douglas não agüentamos mais o Diego ele só sabe chorar.

-Isso mesmo.Pai por que você está segurando a mamãe no colo?-perguntou Douglas.

-Ela passou mal?-perguntou Victor, preocupado.

-Não, eu estou bem, querido.-disse Gina sorrindo.-É que seu pai é um bobo mesmo.

-Eu?Eu sou bobo por carregar você... Ah!Se você não estivesse grávida, eu te derrubaria.

-Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!O Jonathan me bateu...-era Michael.

-De novo?-perguntou Douglas.-Pai… Mãe… Vamos logo!Eu quero jogar quadribol com o tio Rony e com o tio Harry.

-Vamos...-disse Draco.-E vou ensinar aqueles perdedores o que é jogar quadribol.

-Exibido.-Gina não evitou o comentário.

Todos caminharam para frente da mansão onde estava um carro.Uma limusine negra.

-Entrem.-falou colocando Gina no banco da frente, no lado do passageiro.

E depois, contornou indo dirigir.Hoje ia dirigir, era folga do seu motorista.

-Todos prontos?-perguntou.

-Siiim!-exclamaram felizes.Enquanto, Diego, o bebê junto com Michael choravam...

-Então, vamos nós...-ele ligou o carro.

Este fez um barulho qualquer, começou a dirigir, e aos poucos ia subindo pro céu.Apertou o botão de invisibilidade.

Gina sorriu ao ver o rosto sério de Draco.Nunca imaginou que tudo terminaria assim...

Suspirou.

Ás vezes é tudo é tão complicado.Tudo que aparece parece complicar mais e mais.

Temos medo.

Já que, quando queremos alguém, nunca sabemos se aquela pessoa lhe quer bem ou lhe quer mal.

Até chegarmos a descobrir isto, passamos por tantas coisas.Que talvez, quem um dia lhe quis, comece a lhe quer mal, e quem te queria mal, comece a querer bem...

Podíamos culpar somente o amor, mas, seriamos tão injustos.Vamos culpar o tempo, que faz as pessoas amadurecerem e verem as coisas de outra forma.

As experiências são outras culpadas.

Talvez, até o ódio seja um dos.Aliás, ele é. E um dos piores.

Afeição, coragem... Paixão.A falta de afeto.A falta de noção.Sim, a falta de saber o certo.E consecutivamente, a falta de saber o errado.

São milhares de fatores que podem mudar a vida de alguém.

Mas, de certa forma, somos nós que escolhemos... Que rumo nós vamos ter.

Podemos acertar na mosca.

Ou erramos muito feio.

Bem, acertando ou errando, não importa, de alguma forma, iremos provar dos dois.Não conheci alguma vida, incapaz de errar ainda.Se você conheceu... Conte-me.

Bem, poderia ser um erro Virgínia se envolver com Draco.Não que sejamos loucos, bem, ás vezes, somos... Mas, quem disse que só acertar conta?Ás vezes, errar nos ensina muito.

Como a vida pode ser complicada.

E ao mesmo tempo tão boa de... De...

De se viver!

Isso.

E sobre os culpados...

Se pensarmos bem, bem mesmo.

Iremos ver que o pior e mais culpado de todos... É com toda certeza o coração.

Ah... O coração.Ele nos prega tantas peças.

Culpado...

Culpado...

Culpado!

Ai o coração... Ás vezes dá tanta raiva dele.Mas, bem, não temos do que reclamar.Porque com tantas peças, acaba ficando... Divertido.

Olhando bem para tudo... Vemos...

Que não só...

Sabemos se alguém nos quer ou não bem.

Como existem pessoas que não sabem se nós não as queremos bem ou mal.

E agora?

Nesse exato momento...

Você quer bem alguém?Ou...

Você quer mal alguém?

Fim


E entãão Gostaram???!! Eu modéstia parte ameeiii
Agora eu vou me alzentar por um tempo...mas quando meu pc voltar vou vir com as outras fics!!
só um gostinho pra vcs!!

Porque vc me viu quando eu tava invisível^^
é H/H e D/G ahh e tbm é claroo R/L

Apaixonados, mas sempre Marotos!^^

Bom...até!

Bjoooosss e obrigada por tudo meeesmooo

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