O caminho até você.



Tonks saiu com tanta pressa que até esqueceu que peoderia aparatar, apenas duas quadras depois se deu conta que não chegaria a lugar nenhum apenas correndo, no primeiro beco vazio que achou aparatou direto para a rua atrás da estação king cross, e se pois a correr de novo, esbarrando nas pessoas entre um e outro pedido de desculpa, a estação estava cheia como sempre, coisa que nunca a tinha incomodado antes.
De longe pode ver o trem já parado, começava a se perguntar por que realmente estava ali, “fazer coisas repentinamente sempre acabam mal”, pensava ela.
Desceu as escadas que iam para a plataforma , coração palpitando, acompanhou janela por janela daquele trem com os olhos, e nada... passou os olhos novamente na esperança de vê-lo atrás de algum gordo sentada perto na janela, mas nada.
Balançou a cabeça, sentia-se angustiada, mas já se convencia que aquilo era destino, foi então que o viu, de costas socando as malas no compartimente a cima dos bancos, no outro lado do segundo vagão, Começou a berrar, sacudindo hermeticamente os braços,correu em direção a janela que ele se encontrava para chama-lo, mas quando estava quase chegando, foi parada por um homem carrancudo vestido como guarda, falava que ela não poderia chegar perto da janela.
Ficou parada por alguns segundos, achando que talvez ele pudesse olhar, mas ja havia se sentado e fechado os olhos,
Olhou para a porta de ascesso para aquele vagão, 3 pessoas ainda estavam na fila para entrar, foi para lá sem bem saber o que falar,em uma ultima tentativa deseperada. Tomou o lugar de quarta da fila, nem bem parou chegaram mais 2 pessoas atrás.

-Passagem?? – o velho com quepe perguntou, quando olhou para a mão vazia dela.
-Eu não tenho... – falou encarando-o - .só quero falar com um passageiro..é rapidinho..pode levar alguém junto, eu juro que volto...
- O próximo – Disse ignorando o que ela havia acabado de lhe falar.
-Não!!!por favor...eu preciso...
-O próximo - ele falou novamente, mas agora a encarando com sarcasmo nos olhos.
-Querida, tudo bem ??- A mulher de trás perguntava irritada, Uma gorda loira de maquiagem excessivamente forte e feição simpatica.,
-Ahhhh...é difícil pra ela entender que eu não quero viajar de graça...só quero falar com meu amigo... – Tonks virou-se, ainda impedindo a passagem.
-Quem é seu amigo querida??
-Ele esta neste vagão, loiro, barba...o nome dele é Lupin, Remus Lupin...
-Ta eu acho ele... e dou o recado que você quiser....
-Sério....?! Fale pra ele, que eu adorei o presente, e lembro daquele dia como se fosse hoje, e estou esperando ele chegar... E pra ele me mandar uma coru....quero dizer uma carta...
-Pode deixar, agora deixa eu embarcar se não, não vou ... – disse ela dando risadinhas histéricas...
-Ah sim...Ótima viagem....e muito obrigada....

Depois de estender a mão agredecendo a mulher gorda, saiu do caminho e caminhou para a janela, para tentar vê-lo de novo. Mas já não conseguia mais. O trem já começara a andar.
Seguiu o caminho de volta para casa de Sirius, com o estranho pressentimento de que as coisas não tomariam o rumo que ela esperava.


**** *** ***



Seis dias haviam se passado, e as corujas de Lupin chegavam diariamente, mas nenhuma endereçada a ela, apenas traziam noticias de coisas vagas, como a cidade estava, que havia encontrado um grupo de lobisomens não muito amigáveis, apenas para que não ficassem preocupados com ele.

Enquanto almoçavam na cozinha uma outra coruja chegou, e por mais que no outros 6 dias ele nem tenha tocado no nome dela, sentiu o coração bater mais forte, e empalideceu.
Sirius se pois a ler o pergaminho em voz alta.

“ Voltarei no trem das 9, e com surpresas, até mais tarde

Remus Lupin”



-Tonks, eu acho que você deveria ir buscá-lo na estação... – Falou Molly repentinamente, levantando-se da mesa com o prato nas mãos.

Sirius enrolou o pergaminho, e deixou-o de lado, olhou para Tonks com os olhos cerrados e disse:

- Isso Tonks... vai, aproveite sua liberdade.

Molly e Tonks trocaram olhares, sabiam que Sirius sentia por não poder sair de casa.

-Pode ser que eu vá.
- Vá sim querida, e leve flores, tenho certeza que ele vai amar.

Em sua cabeça imaginou a cena, ele chegando e ela com flores na mão, achou ridiculo, mas então lembrou do presente que agora ela carregava na roupa, e o que Sirius havia dito, a idéia não parecia tão desprezivel. Algumas horas mais tarde naquele dia, tomou o caminho para a estação, e antes de chegar na plataforma, comprou uma duzia de tulipas.

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