Conversas amigáveis
6º capitulo – Conversas amigáveis
Ok! Estou desesperada. Faltam duas semanas para a festa de noivado e faltam milhares de coisas pra fazer. E quando falo milhares, bem...São umas vinte coisas, mas mesmo assim...Crise completa. O que posso dizer?
Não falo ou vejo o Ethan há alguns dias, e sinceramente não estou me importando muito com isso. Mas eu sei que deveria. Ele não é tão mal assim é? Ele é um cara fofo e que gosta de mim...Mas, e daí se eu recebi uma caixa caríssima de uma loja chique que vende chocolates? Ele é rico não? O meu papel é aceitar os presentes, agradecer e pronto. Não preciso transar com ele toda vez que receber um presente ou algo do gênero.
Nesse instante estou acabando de ajeitar meu vestido e colocando as coisas que toda mulher precisa na minha pequena bolsa Prada.
***
Não que a festa esteja uma droga, mas o que acontece é...Já são mais de três da manhã e minha presença não é mais obrigatória. Estou com sono e frio, deveria ter comprado alguma coisa.
Estava sem carro por isso fui andando atrás de um beco onde eu pudesse aparatar sem causar infarto em ninguém. Ouvi passos e me virei.
-Ty?
-Oi Gina, queria falar com você.
-Só pode ser brincadeira, me diga que é uma visão.
-O que foi? Não precisa ser tão dramática.
-Dramática? – ri alto – Hei!
Gritei quando ele se aproximou de mim e começou a me beijar. Legal, o que esse otário pensa que está fazendo?
-Me deixa Ty!
-Só mais uma vez Gina, e eu juro que vou embora.
-Me solta.
Ele começou a tentar me beijar, fiquei desviando meu rosto. Que droga. Eu não podia simplesmente aparatar. Empurrei ele com toda a minha força e comecei a correr desesperadamente. Corri por quase dez quarteirões, o salto estava me matando.
Quando me dei conta já estava na frente da BlueHouse, uma boate super famosa. E olha que para uma boate em Londres conseguir esse título é porque ela é realmente boa.
-Hei garota! – ouvi alguém irritado falar.
-Malfoy – falei aliviada.
Acho que foi a primeira vez em que fiquei aliviada ao ver a cara dele.
-Porque a correria? – ele zombou.
-Não enche – ótimo...Ele tinha que me irritar certo?
-O que foi? – ele perguntou sério. Acho que foi a primeira vez que ele falou sério comigo.
Não consegui falar, apenas comecei a chorar. Como uma criança. Essa era a última coisa que eu queria fazer na frente de Draco Malfoy. E quando eu menos percebi ele estava me abraçando. Eu não conseguia parar de chorar.
Naquele momento percebi duas coisas, ele era bem alto e tinha um perfume incrivelmente bom.
-Vem – ele me puxou.
Nem estava vendo direito para onde nós estávamos indo. Eu estava um pouco bêbada também, assustada. Entramos em um táxi.
-Onde você está indo?
-Billiboard Hotel, você gosta de lá?
Fiz que sim com a cabeça. Até que aquele metido tem idéias boas. Eu simplesmente adorava aquele lugar.
-Eles fazem coquetéis ótimos...Você vai relaxar.
Nunca imaginei, nem em um pequeno momento de lucidez que isso pudesse acontecer. Ele não parecia o menino mimado da Sonserina. O menino que fazia o que quisesse naquela escola. Naquele momento eu podia pensar em qualquer coisa, menos em como ele me humilhava.
Tudo parecia resolvido.
***
Quando me dei conta já estávamos sentados em confortáveis poltronas do reservado. O bar estava lotado, apesar da hora. Uns eram hóspedes, outros eram famosos querendo fugir da imprensa e ter uma noite calma.
-Whisky – ele pediu ao garçom – E você?
-Cosmopolitan.
O garçom anotou nossos pedidos e saiu. Provavelmente pensando que estávamos saindo juntos.
-Pronto, agora você pode falar o que aconteceu – ele falou categórico.
-Eu encontrei o Ty.
-O idiota que me socou?
-Esse mesmo – suspirei – Acho que ele estava bêbado, não sei.
-Ele te fez alguma coisa? – ele perguntou sério.
-Não Malfoy. Não fez nada.
-Você devia denunciar esse cara, ou ele vai ficar te perseguindo.
-Não dá. Ele é trouxa e de nada adiantaria.
-Se você pensa assim – ele deu de ombros.
Nossas bebidas chegaram. Por uns dez minutos ficamos em silêncio. Apenas bebendo lentamente.
-Você devia parar de andar de madrugada sozinha – ele quebrou o silêncio.
-Eu sei – murmurei.
-Onde você estava?
-Em uma festa – dei de ombros – Uma trouxa importante, só isso. E você? Aposto meu carro que a Missy não sabe que você saiu.
-E não sabe mesmo.
-Você deveria parar de enganá-la. A Missy realmente ama você.
-Isso não vem ao caso. Quando for a hora de casar eu vou estar lá.
Terminei a minha bebida e levantei.
-Obrigada Malfoy.
-Já vai?
-Já – peguei minha bolsa – Até.
Dei as costas e sai. Tinha que achar um banheiro vazio, para aparatar.
***
-O que você quer fazer hoje Gina? – Ethan me ligou onze horas da manhã. Eu ainda estava com olheiras terríveis.
-O que acha de almoçarmos no FreeBuck. Talvez Hermione vá, e Harry.
-Tudo bem. Pego você em uma hora.
Liguei imediatamente para Luna e Hermione. Elas se encarregariam de chamar Harry e Rony.
***
Marry
Gina Weasley já informou que a festa vai ser na Mansão Malfoy e decorada com flores copos de leite. Gina e Missy Mortrin, a noiva, têm sido vistas freqüentemente na avenida Foster.
O vestido de Missy está sendo desenhado exclusivamente por Hermione Granger. A festa acontecerá dia dez de Dezembro.
***
Na segunda-feira eu acabei indo à mansão falar com a Missy. Ela estava gripada e não queria sair de casa. Como a festa estava cada vez mais perto eu fui. Fui atendida por um elfo e em seguida encaminhada para o quarto que ela estava.
-Ainda bem que você veio – ela parecia péssima – Eu não posso estar horrível assim na minha festa. Não posso.
-Calma. Tudo vai sair lindo, você vai ver.
-E então?
-A prova do vestido ficou para semana que vem, os convites já foram enviados e só faltam umas vinte pessoas para confirmar presença.
-Ainda bem que você está me ajudando.
-Não é problema algum. A festa vai ser um sucesso total. Você vai ver só.
-Sabe, eu quero que você organize minha festa de casamento também. Minhas amigas querem o seu telefone, eu falei super bem de você – ela disse rouca, a voz dela estava sumindo aos poucos.
-Você tem que ver se o Draco já arrumou a roupa dele. Eu sei que você não tem que fazer isso, mas eu imploro, quando vou perguntar ele dá um de estressado.
-Pode deixar que eu converso com ele. Agora eu já vou.
Peguei minha bolsa e levantei da cama.
-Melhoras.
-Obrigada. Nos vemos depois então.
-Até depois.
Sai do quarto um pouco aliviada. Não agüentava mais me estressar com as coisas desse casamento. Desci as escadas, tinha que achar o Malfoy.
Quando cheguei na sala um elfo apareceu, eles eram bem práticos. Hermione me mataria se eu dissesse algo assim.
-Você poderia chamar o senhor Malfoy?
Antes do elfo abrir a boca a voz dele escoou pela sala.
-Estou aqui, o que você quer Weasley?
Ele estava sendo mal educado de novo.
-Você já escolheu a sua roupa?
-Aposto que a Missy mandou você dizer isso – ele falou irritado – Já disse que sim, sim e sim.
-Grosso – resmunguei.
-O que você disse?
-Que você é um grosso...Mal educado.
-Bem...Eu estou na minha casa.
-Tudo bem – dei de ombros – E eu já vou.
Caminhei até a saída e nos jardins pude aparatar.
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