O Começo
N/A: Oláá, muito obrigada por estarem lendo essa fic ^^. As partes em itálico serão as falas dos personagens e do narrador. A letra normal é a carta da Hermione =) .. espero que gosteem ! E por favor, comenteem =P
Francyne, mtmt obrigada pela correção. Me confundi toda hahahaha !
17/8
Talvez começar essa carta seja a parte mais difícil... Não sei por que estou fazendo isso e não tenho idéia de como fazer... Mas acho que é importante eu tentar...
Nunca fui uma menina fácil de se lidar. Sempre fui curiosa, gostei de estudar, me interessava por assuntos muito avançados... E talvez por isso me achasse muito forte... Achando que sempre poderia controlar a situação, não importanto o quão ruim estivesse. Mas me enganei. Sabe quando você está rígido por fora, mas está quebrada, acabada, desesperada por dentro? Não tenho com quem gritar, desabafar. Ter, até tenho. Mas sei que não adiantaria. Porque não me entederiam. Sou uma garota muito complexa.
Sempre achei que um bom livro solucionaria tudo, que para tudo tinha algum relato, alguma resposta. E como ficaria feliz se achasse uma resposta para o meu problema. Uma poção que me fizesse esquecer esse sentimento tão forte e tão... triste.
Às vezes sinto que eu fui a grande culpada disso tudo... Não devia ter me aproximado tanto dele... Ter me tornado tão amiga, tão íntima... Se tivesse previsto isso, providenciaria um modo de não me sentir tão arrasada.
E como ele consegue me deixar assim?
Logo ele?
Uma pessoa que eu brigo, discuto, discordo, acho infantil e ao mesmo tempo... amo.
Porque de início era uma coisa boba, um sentimento de criança, de uma criança que não conhecia o verdadeiro amor. Mas esse sentimento cada vez mais amadurece, e mesmo assim, penso em o quanto imaturo ele é. O quão impossível, improvável.
Mas não posso mandar no meu coração... Não posso arrancar esse sentimento do meu peito e trancafiá-lo... Tenho que conviver todos os dias com ele... e ver essa pessoa que eu amo tanto nos braços de uma outra garota. Nos braços de justamente Lilá Brown. Parece que faz isso para me irritar, me provocar. Mas acho que isso é fruto da minha imaginação, pois a vontade de supor que ele talvez goste de mim, é, infelizmente, maior que a minha realidade.
E em meio a tantos pensamentos, em pensar de como ele é rude, imaturo, chato e implicante, também penso em como ele é lindo... Com aqueles olhos fascinantes, aquele sorriso encantador. Aquele sorriso que me desarma totalmente e me deixa sem reação. Aqueles olhos que não me deixam ter raiva dele quando me olham sinceramente.
Mas ao mesmo tempo, muitas feições que fazem com que eu tenha vontade de me acabar de chorar.
Não dá para entender. Não mesmo.
Às vezes evita Brown e fica ao meu lado, é amável, pede minha companhia.
Mas às vezes é tão insuportável e tão insensível que eu fico mais arrasada do que já estou.
Será que ele não percebe que me faz sentir mal quando faz isso comigo? Quando se agarra com ela na minha frente? Querendo se exibir para quem quiser ver? E depois ainda me jogar Vítor Krum na cara quando brigamos?
É inacreditável o quão insensível que ele é. É óbvio que faz isso de propósito, mas será que ele quer mesmo me atingir? Ele saberia sobre os meus sentimentos? Não, não é possível. Faz isso de birra. Ou pior. Talvez goste mesmo dela. Ou talvez esteja tentando fazer ciúmes a uma outra garota. Mas quem?
Oh não.
Já fiquei obcecada de ciúmes de novo. Como posso me importar tanto com ele? Como? Como?!
Ai... Tenho tantas coisas a dizer, mas eo mesmo tempo não sei como falar... Não sei como demonstrar esse meu sentimento... Acho que é por isso que eu me fecho, que não demonstro o que sinto... Me sinto mais segura... Mais... mais forte. Esse é o meu maior defeito. Ter medo de ser fraca. Todos nós temos o direito de enfraquecer, de chorar, ao menos uma vez na vida.
E como estou precisando desse momento, como quero um ombro amigo para derrubar minhas lágrimas.
É. Acho que caiu aqui mesmo, neste pergaminho.
Tenho que parar de escrever agora, vou fazer o dever de Aritmancia.
Escreverei amanhã à noite.
Oh não!
Ele chegou! Com ela...
18/8
Falando sério, ontem não consegui me concentrar no dever de Aritmancia e nem do de História da Magia. Acabei levando um 9 porque esqueci de dizer a principal forma de lucro dos Duendes na parceria com o Ministério da Magia no século XVII. E essa eu sabia!
Ontem os dois ainda se agarraram na minha frente uns vinte minutos. Tentei suportar ao máximo aquilo. Mas digamos que foi demais para mim e eu fui para a cama bem cedo.
Hoje eu e Rony discutimos mais uma vez... Nossa, agora que eu reparei que essa é a primeira vez que escrevo o nome dele aqui. Rony. Rony Weasley. Mas voltando a discussão: eu estava carregando os meus 6 livros inseparáveis (entre eles "Hogwarts: uma história") quando Rony chegou e falou:
"Hermione, ajude sua coluna e não carregue tantos livros"
e eu disse:
"Pois para sua informação minha coluna está muito bem, e meus livros não são mais pesados que sua namorada, que quando não está com a língua na sua boca está pendurada no seu pescoço. Aliás, onde ela está Uon-uon?"
O Rony ficou vermelho e depois deu uma risada sarcástica.
"Pelo menos ela não é uma corcunda e nerd, ainda por cima"
Aí eu fiquei realmente magoada com ele. Mas não podia mostrar isso, porque esse é o Rony que eu odeio, que eu tenho vontade de esmigalhar. Não é o Rony lindo que eu amo...
Se bem que é raro esse Rony aparecer...
Continuamos discutindo até o Harry chegar e separar a gente, e depois não nos falamos na hora do almoço e nem na do jantar.
Ai meu deus.
Rony entrou aqui.
Sozinho.
- Oi Hermione...
- Oi Rony.
- É... sabe, eu queria pedir desculpas por ter te chamado de... de...
- Corcunda e nerd. - completou
- É... Bom, eu... eu não queria dizer aquilo. Aquilo lá só foi porque... huum... porque...
- Por que o quê?
- Huum... Por que você... você... ofendeu a Lilá - disse, achando a melhor desculpa que pudera.
- Ah. Me desculpe Uon-uon. - disse Hermione ironicamente
- Olha Hermione, estou tentando melhorar as coisas pra nós! Se você não quer cooperar, é só dizer, que eu não coopero tembém.
- Melhorar as coisas para nós? Ora Rony, você deve estar brincando não é mesmo?
- Não, não estou. Mas você está muito... ausente da vida dos seus... amigos.
- Eu??? EU estou ausente da vida dos meus amigos? Rony, faça-me o favor.
- O quê?!
- Se alguém está ausente da vida de alguém, esse alguém é você que parece não saber conciliar sua vida amorosa com a sua vida normal.
- E minha vida amorosa não é uma vida normal por acaso?
- Não conheço nenhum namorado que só venha a superfície - Hermione deu uma risada estridente, Rony ficou furioso - quando vai comer algo.
- E a senhora não-sabe-conciliar-vidas e blablabla também não deve saber não é mesmo? Afinal, que vida amorosa VOCÊ teve, Hermione?
Os olhos de Hermione encheram-se de lágrimas, e ela, num impulso disse:
- Pois saiba Rony, que conciliei bem a minha vida com Vítor!
E saiu correndo, subindo as escadas. Rony parecia ter levado um soco na cara. Estava paralisado, numa mistura de tontura e fúria.
Chutou forte a mesa que encontrava-se na sua frente e caiu um pergaminho que estava sendo escrito. O pergaminho de Hermione.
Ao ouvir o barulho, Hermione se lembrou do pergaminho, desceu correndo do dormitório feminino, e ao ver Rony se abaixando para pegar o pergaminho, gritou:
- Accio pergaminho!
O pergaminho vôou para as mãos de Hermione, que respirava aliviada. Rony disse:
- O que tem aí?
- Trabalho de Ruinas Antigas, não quero que você leia. Boa noite.
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