Jantar nos Granger
Hermione saiu da lareira para a escura sala
-Olá, mãe?
Colocou sua bolsa na mesinha e parou diante de uma foto sua quando bebê, em uma moldura trouxa. Passou as mãos pelos cabelos, respirando fundo. Havia sido um dia difícil e embora estivesse feliz por ver seus pais, não estava tão contente pelo pensamento de haver algum cara esperando para conhecê-la.
- Hermione?- gritou uma voz no andar de cima. Levantou o olhar para a mulher de cabelos grisalhos descendo apressada as escadas.
- Oi mãe!- correu ao encontro de sua mãe, dando-lhe um caloroso abraço.- Não sinto o cheiro de bolo que a senhora faz todos os anos. Estamos mudando as coisas?- riu, soltando-se da mãe.- Bem, espero que papai tenha parado com a tradição “Vamos arranjar um marido para Hermione”.
Parou de brincar quando sua mãe começou a soluçar
- Hermione... Eu... eu sinto muito.
Hermione soltou sua mãe do abraço e franziu o cenho.
- Qual o problema? Não foi a minha brincadeira, foi? Desculpe, não foi minha intenção.
- Não, não, não... querida... ah, meu deus.
Sentou com a filha no sofá e tentou afastar as lágrimas.
- E quis te contar antes, mas não pude escrever uma carta. Dizer-lhe pessoalmente seria melhor.- deu uma pausa e olhou na cara de expectativa de Hermione.- Seu pai teve um ataca cardíaco semana passada
Os olhos de Hermione arregalaram-se, em choque.
- Ele está bem? Os curandeiros podem ajudar, acredite. Vamos, vamos leva-lo ao St. Mungo’s.
- Não!- sua mãe chorou desesperadamente.
Hermione parou de andar. Sua mãe olhou para sua filha vulnerável, com olhos tristes.
- Não pudemos salvá-lo, querida. Quando chegamos ao hospital, ele se foi.- terminou calmamente.
Hermione ficou estática por alguns minutos, digerindo a notícia.
- O q... não, não, não.- disse andando rapidamente pela sala, tentando compreender o que havia escutado.- Eu, er... hum... preciso ir. Não posso ficar para o jantar. Vou encontrar Harry e er...er... Ron! É, Ron.
- Querida, precisamos conversar...
Mas Hermione já havia pego o pó de flú e desaparecido através das chamas verdes. A frágil mulher sentou na escura sala, lágrimas manchando seu rosto novamente.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!