§ ÚNICO §



Eu procuro um amor
Que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei




Tenho 27 anos e uma vida ótima. Modéstia à parte, sou rico, bonito, inteligente. Dono de uma das empresas mais importantes de Londres. Considero-me bem sucedido. Mas, apesar de sempre conseguir o que quero, sinto falta de algo. Um amor, que alegrasse minha vida e me fizesse cometer loucuras. Já não agüento mais essa vida de festas e noitadas. Preciso de um rumo.



Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida
Eu quero esquecer




Eram 8:00h e eu andava pelas ruas em direção ao prédio sede de minha empresa. Morava perto e por isso não ia de carro. Foi quando a vi. Ela trabalhava numa sorveteria próxima ao edifício onde eu trabalhava. Passava todos os dias por ali e nunca a tinha visto. Quer dizer, visto sim. Nunca tinha era reparado em como ela era bonita.

Seu cabelo foi o que mais me chamou a atenção. Era longo e de um vermelho muito brilhante, perfeito. Ela era...


- Linda!

- Como disse senhor?


Dei-me conta do que havia dito. Estava dentro da sorveteria, frente à ela, só que do outro lado do balcão. Olhei no fundo de seus olhos, que brilhavam. Não sei se ela percebeu, mas na hora fiquei tão vermelho quanto seus cabelos. E agora? Merda! Odeio ficar sem graça.


- Er... Li... Limão. Eu quero um sorvete de limão.

- Pois não. Um minuto.


Ela saiu e eu fiquei olhando-a ir. Nossa, como nunca reparei nela antes? Saí da sorveteria com o tal sorvete de limão. E passei o dia todo pensando nela.



Pode ser que eu a encontre
Numa fila de cinema
Numa esquina ou numa mesa de bar




Dias depois...


- Ah, chega! Não agüento mais isso aqui. Preciso espairecer. Mas pra onde vou?


A resposta veio prontamente. O telefone toca e eu, irritado, atendo.


- Alô?

- Fala cara, beleza? Que cê tá fazendo?

- Trabalhando. – Respondo entediado. Odeio esse jeito de falar do Zabini.

- O QUÊ? Ah não! Vamos sair. Você trabalha direto. Pô, abriu uma danceteria que todo mundo tá falando quem é muito boa.

- Meu estimado amigo Zabini, dá próxima vez que você for gritar desse jeito me avisa para eu colocar um protetor auricular antes, ok? E sim, vou com você. Esse trabalho está me deixando louco.

- Ok, então te espero às 23 lá.


Ele passou-me o endereço do lugar que seria a salvação da minha noite. E eu nem imaginava como...



Procuro um amor
que seja bom pra mim
vou procurar, eu vou até o fim




Peguei o carro e às 23 h, pontualmente, cheguei à danceteria, Hogsdance. De entrada deu-se para perceber que era um lugar muito movimentado. E quando entrei percebi que era muito aconchegante também. Logo encontrei Zabini.

Ah! Esqueci de apresentar a vocês meu grande amigo, Blaise Zabini. Companheiro nas farras e nas noitadas, mas também sempre presente nas horas de tristeza. Grande homem. Voltando.

Estávamos lá, Zabini como sempre rodeado de belas mulheres. Todas fúteis no entanto, querendo apenas uma noite de prazer e nada mais. Cumprimentei todo mundo e fui dar uma volta; aquele clima de “facilidade” não estava me fazendo bem. Estava distraído, andando e olhando o ambiente quando... POF!


- Ah!

- Oh! Desculpe-me, eu não vi, estava distr...


Parei de falar quando olhei para o rosto da em quem tinha esbarrado. Não, não pude crer. Era ela, a atendente da sorveteria. Ela olhou-me sorrindo. Nossa, como o sorriso dela era perfeito!


- Ei!

- Ahn... Sim?

- É a terceira vez que o chamo. – Ela disse rindo. – Você parece estar longe.

- Ah, não. É que acho que te conheço de algum lugar. – Nossa, que idiota!

- Se não soubesse de onde, diria que essa foi uma tentativa catastrófica. – Ela disse me olhando com um meio sorriso. – Sim, você me conhece da sorveteria.

- Sim, você é a garota que trabalha na sorveteria.

- E você é o “senhor” do sorvete de limão. – Ela riu da minha cara de, com certeza, bocó. Ai, o riso dela parece um coral de anjos. Deus meu, o que estou pensando!

- Ah, senhor não!

- Ok.

- Draco Malfoy, a seu dispor.

- Virgínia Weasley.


Virgínia, que nome lindo! Putz! Tô mal.


- Mas então Virgínia, o que uma bela dama como você faz aqui? – Ô canalha!

- Acho que o mesmo que você. Vim me divertir um pouco, às vezes é bom sair da rotina.



E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos




Passamos boa a noite inteira conversando, procurei conhecê-la bem. Fiquei mais encantado ainda, ela era diferente de todas as outras mulheres que já tinham passaram em minha vida. Ela era especial.

Na hora de irmos embora, perguntei a ela ser poderia levá-la em casa, ela relutou um pouco... Eu disse um pouco? Ela quase me convenceu que estaria mais segura indo sozinha pra casa do que deixando-me levá-la. Que garota difícil. Gamei!

Por fim acabei convencendo-a que eu era boa pessoa, que não faria nada e que uma companhia era sempre boa. Fomos conversando, ela me contando sobre como era sua vida, o que fazia. Tudo ia bem até eu contar quem sou e o que faço.


- E você, o que faz? – Ela perguntou-me.

- Sou dono da D.M. Shoes Company. Você deve conhecer as lojas D.M. Shoes Store.

-Ah, você é empresário? – Perguntou-me com desapontamento na voz, baixando o rosto e deixando de sorrir pela primeira vez. Ai céus, o que será que fiz de errado?

- Sim, mas o que foi? Não gosta dos nossos sapatos? – Arrisquei uma brincadeira.

- Não, não é isso. É que, geralmente, empresários como você são, desculpe a franqueza, canalhas e ordinários. – Ela disse ainda sem olhar para mim.

- Nossa, mas pra que todo esse ressentimento com a classe empresarial?

- Não é isso. – Ufa! Ela voltou a sorrir. – É que uma vez conheci um empresário e ele não foi muito legal comigo.

- E por que você acha que eu sou assim?

- A maioria é assim.

- E você está me julgando pela maioria?


Perguntei isso e lentamente aproximei meu rosto do dela. A essa altura já estávamos em frente ao prédio onde ela morava, sentados na calçada. Continuei me aproximando e como ela não ofereceu recusa, fiz aquilo que minha mente e meu coração pediam a algum tempo: beijei-a.

Um beijo calmo, envolvente, carinhoso, na medida. Seu perfume invadiu minhas narinas inebriando todo o meu juízo. Deus, ela foi feita pra mim! Pensei. Eu não preciso conhecê-la mais para saber que é ela quem vai me fazer muito feliz!



Eu procuro um amor
uma razão para viver
e as feridas dessa vida
eu quero esquecer



O beijo acabou, mesmo eu rezando todas as orações que conheço (e olha que não são poucas) pra que isso não acontecesse. Continuei de olhos fechados, ainda me deliciando e guardando na memória cada movimento dos nossos lábios. Somente abri os olhos quando escutei a risada dela. Aquele riso perfeito.

Olhei-a e ela estava me olhando, sorrindo como um anjo. Livrei-me da expressão de idiota que provavelmente estampava e olhei-a sorrindo também. Nada foi dito. Colei meus lábio com os dela de novo, permitindo a dança envolvente que fazíamos com eles.

E mais uma vez, não sei por que cargas d’águas, nos separamos. Dessa vez eu não fiquei com cara de tacho, e ela falou:


- Nossa, nunca pensei que isso pudesse acontecer.

- Isso o quê?

- Eu te beijar.

- Por que? Foi ruim? – Fala sério? Eu pareci preocupado?

- Não é isso. Mas é que a gente nem se conhece direito. E já falei que tive uma decepção com um empresário.

- E eu já te disse que não sou igual aos outros.


Ela nada falou. Apenas ficou me olhando, o que me incomodou e muito. De repente ela levantou-se e já ia em direção à portaria.


- Você já vai?

- Sim, por quê?

- E ia sem se despedir de mim?

- Ok, então... Tchau.


Dei a ela um cartãozinho que estava no bolso com meu telefone. E fiquei torcendo para que ela ligasse. Fiquei olhando-a ir. E ali mesmo prometi que iria conquistá-la, custasse o que custasse. Nem me dei conta, mas já estava gostando de uma maneira muito especial daquela ruivinha.



Pode ser que eu gagueje
Sem saber o que falar
Mas eu disfarço
E não saio sem ela de lá



No dia seguinte...


- Alô? – Uma voz sonolenta atendeu do outro lado. Fiquei mudo, não tive coragem para responder. Nem esperei ela me ligar, mas é que estava tão ansioso que teria uma síncope a qualquer momento. Então era ela mesmo! Depois de um tempo que deve ter durado menos de um minuto, ela voltou a falar.

- Alô? Não vai responder não? Vou desligar ent...

- Virgínia?

- Sim, sou eu. Quem fala?

- Draco. Desculpa, não deveria ter te ligado, devia ter esperado você me ligar. Mas só liguei pra perguntar o que você iria fazer hoje à tarde e... – Falei tudo de uma vez só.

- Calma Draco! – ela riu do outro lado. – Vamos por partes. Primeiro: onde você conseguiu meu telefone?

- Na Lista telefônica, ué?! – Depois da risada dela fiquei mais tranquilo.

- Ahn, sei... Em segundo lugar, concordo que você deveria esperar eu ter ligado e...

- Ok, sei que fiz besteira...

- E em terceiro lugar – ela alterou a voz para que eu deixasse-a falar – eu adoraria sua companhia nesse domingo.

- Tá, tudo bem, já sabia que você não ia querer e... O QUÊ?

- É isso mesmo. Adoraria sair com você hoje.

- Nossa! E pra onde você quer ir?

- Sei lá... Você escolhe.



Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim



Ao meio dia estava esperando-a no mesmo lugar onde nos beijamos. Aquele lugar trazia-me lembranças boas. Sorri. Ela então apareceu. Estava linda. Simples, mas linda.


- Oi! – ela disse sorrindo.

- Oi. E aí, vamos?

- Só ser for agora.


Rimos os dois e então saímos. Levei-a a um restaurante que particularmente gosto muito. Depois fomos à Tower Bridge ver o pôr-do-sol. A vista dali era belíssima, o que não passou despercebido pela minha bela companhia.


- Nossa, que vista linda.

- É, mas não tão mais linda quanto a que eu estou tendo daqui.


Estava olhando pra ela. Ela virou-se e me olhou. Ficamos nos olhando sem perceber que íamos chegando mais e mais perto. Nosso rostos numa proximidade grande, a distância entre nossos lábios já quase inexistente, as bocas ansiando por mais um encontro...

E nos beijamos. Como nunca havíamos nos beijado antes. Ficamos ali até o sol se pôr por completo. Fomos então embora. Chegando em frente ao prédio dela, nos despedimos e achei que aquele era o momento certo. Ela já estava entrando quando a chamei.

- Virgínia.

- Sim?

- Quer namorar comigo?


Ela sorriu e apenas me encarou. Depois de um tempo me encarando, e eu quase morrendo de vergonha, ela disse-me.


- Pensei que fosse esperar mais por isso.


Ela envolveu-me pelo pescoço e eu a envolvi pela cintura. Foi o beijo mais terno que dei em toda a minha vida. E digo isso com todo a certeza do mundo. Palavras não existem para explicar o que senti naquele momento. Foi tudo muito mágico. Naquele momento descobri que era o homem mais feliz do mundo!



***** Três anos depois.... *****


- Virgínia, estava lembrando outro dia sobre como nos conhecemos.

- É, acho que foi o dia mais feliz da minha vida.

- O meu também...

- Pai, mãe... Conta pra mim a história de como vocês se conheceram e se apaixonaram?

- De novo Alyssa?

- Sim papai, é que essa é a história de amor que mais amo no mundo.

- Ok, ok... Bem, eu tinha 27 anos e...



FIM!!!



O_O O_O O_O O_O O_O O_O O_O O_O O_O



N/A: E aí gente, gostaram? Olha, essa foi a song que eu demorei menos tempo pra escrever!!! rsrsrs

E decidi postar hoje porque é Dia dos Namorados!!! Pra tds os casai xonados, PARABÉNS!!!
Já que eu num tenho love, vou ficar a escrever outras fics! rsrs

Ah, já ia me esquecendo:

COMENTEM!!!

Bjks!!!

Nandika Potter

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.