Missão
Cap 8 - Missão
Ninguém tinha percebido o clima horrível entre Harry e Hermione. Todas as malas já haviam sido mandadas para a casa de Dino e agora eles iriam partir pela chave de portal. Todos deram uma última olhada na casa e seguraram o objeto enfeitiçado.
Chegaram na casa de Dino com uma cara de: “agora tudo vai voltar a mesmice”. Dino propôs que todos ficassem para aproveitar a ultima noite deles de folga, mas nem todo mundo topou. Harry se despediu de todos, prometendo voltar mais vezes e agradecendo pela viagem.
- Você já vai voltar pra Itália, cara? – perguntou Tony.
- Vou. Amanha já tenho que trabalhar.
- Não vai sumir por mais 6 anos, não é Harry? – Karla perguntou.
- Espero que não – ele respondeu friamente e se dirigiu a Hermione que estava sozinha em um canto da sala. – Mione?
- Tchau, Harry – ela disse muito concentrada nos próprios pés e sem encará-lo.
Ele ficou olhando para ela e resolveu que era melhor mesmo não falar nada sobre o beijo. Olhou bem para dentro de seus olhos e pela primeira vez na vida não soube explicar o que se passava com ela.
- Harry – Rony o chamou. – Será que a gente pode conversar lá fora antes de você ir embora pra Itália.
- Claro.
Os dois foram até o lado de fora da casa de Dino.
- Pode começar a falar – disse Rony.
- Falar o que?
- O que aconteceu com você.
- Como assim o que aconteceu comigo? – disse Harry passando a mão pela cabeça.
- Anda Harry, você não me engana. Ficou estranho do nada.
- OK, eu falo. Eu... eu beijei a Mione.
- Você o que!?
- Isso mesmo que você ouviu – Harry disse de cabeça baixa.
- Como assim, beijou? Beijo mesmo.
- É. Beijo, beijo de verdade. Eu não consegui me controlar, foi meio sem querer.
- E ela?
- Saiu correndo e não falou mais comigo.
- E vai ficar por isso mesmo?
- Creio que sim. Vou voltar para a Itália agora e minha vida vai voltar a ser o que era antes.
Rony estava começando a se estressar com a atitude do amigo.
- Voltar a ser o que era antes? E o que era antes? Você vivia trabalhando, saiía com umas garotas de vez em quando só para se divertir e nunca ficasse muito tempo com uma pessoa. Por que? – Rony agora explodira. – PORQUE A PESSOA QUE VOCE AMA ESTÁ AQUI! VOCE NÃO CONSEGUE SE DÁ CONTA DE QUE ELA É A MULHER QUE FEZ VOCE SE APAIXONAR PELA PRIMEIRA E ÚNICA VEZ NA SUA VIDA!
- Rony, já conversamos sobre isso...
- E VOCE VAI CONTINUAR VIVENDO ASSIM!? NUNCA VAI SER FELIZ, BROTHER! VOCE PRECISA DELA E ELA, COM CERTEZA, PRECISA DE VOCE! DEIXA DE SER CABEÇA DURA. VOCE TEM...
- PARA DE GRITAR! – Harry berrou ainda mais alto, assustando o amigo. – Não quero falar sobre isso ok? Não posso fazer nada.
- Mas...
- Não tem mas nem meio mas. E outra coisa, você está proibido de comentar sobre isso com ela.
- Tudo bem, mas...
- Tchau Rony – Harry deu um tapinha nas costas do amigo e aparatou, deixando Rony indignado.
“Ele vai ter que cair na real” – pensava o ruivo.
...
Harry chegou em casa e foi direto para o chuveiro. Suas malas já tinham sido mandadas por Dino. O moreno enfiou embaixo da água fria. Sua cabeça rodava e ele tentava esquecer os acontecimentos recentes. De repente, não pôde mais segurar as lágrimas que estavam presas a muito tempo. Começou a chorar como não chorava a anos. As lágrimas escorriam pelo seu rosto misturando-se com as gotas d’água. Não agüentava mais se fazer de forte. Rony estava certo então? Era esse o seu destino? Chorar pelo resto da vida pela mulher amada e nunca tê-la ao seu lado. Viver com outra mulher sem poder dizer a ela: eu te amo. porque na verdade gostaria de dizer isso pra outra pessoa. Pela atitude de Hermione, as chances dele era 0%. Ela ficou realmente chateada com ele e, pelo visto, eles não seriam nem amigos mais. A pequena idéia que Harry teve de conquistá-la, evaporou em um segundo. Mas, espera aí. Ela retribuiu o beijo por uns momentos. E daí? “Para de querer arranjar esperança, Harry”. Ela me empurrou depois e não quis mais falar comigo.
Harry saiu do chuveiro, enrolou-se em uma toalha e sentou na cama com seu violão. Começou a tocar com a esperança de esquecer os problemas (leia-se Hermione) por uns momentos.
...
Hermione saiu da casa de Dino um pouco depois de Harry. Lucas, seu namorado, foi buscá-la. Ela entrou no carro do namorado e deu um rápido selinho nele.
- Hermione! – ele disse. – Eu estava morrendo de saudades de você e é assim que me recebe?
- Desculpa Lucas, mas eu to muito cansada.
- Você quer ir direto pra casa?
- Prefiro.
- Pensei que ia jantar comigo – ele disse desapontado.
- Lucas, por favor, eu estou cansada. Vamos sair amanha, OK?
-Tudo bem.
Eles prosseguiram em silencio até o apartamento de Hermione. Ela o beijou suavemente e desceu do carro.
- Te vejo amanha – ele falou, tristemente.
- Até.
Hermione entrou no quarto, jogou suas coisas de qualquer jeito no chão e se jogou na cama. Não conseguia pensar em mais nada, a não ser no ocorrido com Harry. Não podia acreditar que tinha beijado seu melhor amigo. Nunca passou pela sua cabeça que isso pudesse acontecer.
“Eu beijei o Harry. Eu beijei meu melhor amigo!”
Era só isso que passava pela cabeça dela. Ela começou a chorar. Nunca teve tantas dúvidas. “Mas que duvidas? Eu não gosto dele, só fiquei assim porque ele é meu melhor amigo. Ou era?”. Como seria a relação deles agora? Será que eles se encontrariam de novo e poderiam conversar sobre o que aconteceu e não passou de um mal entendido? E Lucas? Merlim, eu traí meu namorado. Não tinha me lembrado dele! Será que devo contar? Mas ele sempre teve tanto ciúmes de mim e do Harry sem nem ao menos conhecê-lo.
Hermione adormeceu com todas aquelas perguntas na cabeça.
...
Duas semanas se passaram e tudo voltara ao que era antes; a diferença é que Harry pensava em Hermione mais freqüentemente e agora recebia cartas dos amigos de infância.
Ele estava lendo um relatório do seu chefe quando escuta o telefone tocar.
- Alô – ele atende.
- Harry?
- Sou eu. Quem ta falando?
- É Melissa.
- AH! Oi Mel.
- E ai, como vão as coisas? Faz tempo que eu não te vejo.
- Ta tudo bem.
- Eu te liguei quase todos os dias da semana retrasada e ninguém atendia, nem em casa, nem celular.
- Eu estava viajando.
- Á trabalho?
- Não. Fui com uns amigos de infância – Harry disse friamente, não agüentava mais aquela garota no pé dele. Só fazia perguntas o tempo todo.
- E aí, vai fazer o que hoje?
- Nada. Tenho uns...
- Vamos sair?
- Mel, eu tenho que ler uns relatórios e...
- Por que você ta sempre ocupado quando eu te chamo pra sair?
- Ora, o que você quer que eu faça? Eu não escolho o dia em que tenho trabalho pra fazer em casa.
- Ai, seu grosso!
- Ah Melissa, pelo amor de Mer... Deus, né.
- Lê esses relatórios amanha.
- Não dá, OK? Tchau.
Harry desligou o telefone antes que ela voltasse a falar. Ela era realmente bonita, mas era muito chatinha. E nunca chegaria aos pés de Hermione. Ele volta a atenção ao relatório antes que voltasse a pensar em Mione, quando o telefone toca novamente.
- Ah! Que garota chata. – Ele pegou o telefone com raiva. – O que quer agora?
- Sr. Potter?
- Ah, Sr. Martielli... me desculpe. eu... eu pensei que fosse outra pessoa – Harry falou, sem graça, para o chefe.
- Tudo bem, vou fingir que não escutei – ele disse amigavelmente.
Harry riu.
- Será que o Sr. pode vir aqui no escritório com urgência?
- Agora?
- Sim. Precisamos conversar.
- Tudo bem. Já estou indo.
Harry colocou uma roupa e foi para fora do apartamento para aparatar, porem seu vizinho estava no corredor com um amigo.
- Olá Francesco! – Harry disse para o rapaz.
- Oi Harry – ele disse animado. Adorava Harry. – Vai sair?
- Vou. Tenho que fazer umas coisas no escritório.
- Mas hoje é sábado – disse o jovem.
- Pois é, eu não vou poder sair para me divertir como você.
- Que pena, Harry. Vai perder um dia de curtição na sua vida.
Harry riu. Sempre se divertia com Francesco. Ele era um daqueles adolescentes que só pensavam em curtir a vida. Tudo bem que ele era meio irresponsável, mas tudo que Harry precisava era de um pouco de irresponsabilidade de vez em quando.
- Tchau Francesco – Harry disse entrando no elevador e aparatando em seguida.
Harry chegou no escritório do seu chefe e a secretária pediu para que ele aguardasse enquanto Sr. Martielli conversava com representantes da Grécia. Uns quinze minutos depois, a secretária pediu que ele entrasse e ele assim o fez.
Pela cara de preocupação do chefe e por estar com a careca suando, Harry sentiu que o que estava por vir não era nada bom.
- Sr. Potter, preciso que faça uma coisa com urgência.
...
Rony estava na casa de Lisa; os dois haviam assumido o namoro para todos e viviam mais do que bem. Estavam assistindo um filme quando uma coruja entrou pela janela e pousou ao lado de Rony.
- O que é? – Lisa perguntou ao namorado.
- Sr. Baker. Está me chamando com urgência no ministério.
- O que seu chefe quer com você?
- Não sei, mas eu preciso ir – ele disse, se levantando.
- Não, Ron – ela disse dando um beijo nele. – Fica mais um pouco.
- Adoraria, meu amor – ele falou abraçando-a. – Prometo que volto mais tarde – ele disse num sussurro no ouvido da namorada.
Rony aparatou no ministério e foi para o andar da seção de Aurores. No elevador, encontrou Mione.
- Oi Mione.
- Oi Rony. O que faz aqui hoje?
- Tive uma chamada urgente do Sr. Baker.
- Eu também. Deve ser bem urgente, né? Ele disse para que eu não demorasse.
- Também acho.
Os dois chegaram na sala do chefe e bateram na porta.
- Com licença, Sr. Baker – disse Hermione.
- AH! Finalmente vocês chegaram – ele disse, visivelmente preocupado. – Agora só falta a Srta. Patil.
Tony, Neville, Karla, Gina e Lucas Colt estavam em pé na sala do Sr. Baker.
Eles ficaram em silencio enquanto esperavam por Parvati. Quando ela chegou, Sr. Baker quase pulou no seu pescoço de tanta ansiedade.
- Srta. Patil! – ele disse. – Finalmente!
- Bom Sr. Baker – falou Tony. – Agora você já pode nos explicar o que está acontecendo e por que tanta urgência.
- É. É melhor eu explicar logo – ele disse. – O assunto que tenho que falar com vocês é muito sério, e antes de tudo, gostaria de saber se todos estão preparados para uma nova e longa missão.
Todos assentiram com a cabeça.
- Então – ele prosseguiu. – Nós tivemos informações de que um grupo bruxo das trevas está se organizando na Grécia. Eles se auto-denominam “Seguidores do Lorde”
- Lorde... ? – falou Gina boquiaberta.
- Sim. Lorde Voldemort. Entre eles há um líder e, pelas informações que tivemos e por incrível que pareça, é esse líder quem controla os outros.
- Como assim, controla? – perguntou Hermione.
- Ele usa um método que não conhecemos para controlar essas pessoas, ou seja, nenhuma delas sabe o que faz.
- Isso é horrível – disse Parvati.
Todos pareciam um pouco assustados.
- E quem é? – perguntou Rony. – Algum dos antigos comensais conhecidos?
- Não. É um homem chamado Sean Daves. Tenho aqui uma fotografia dele – Sr. Baker tirou ma foto do bolso. O homem era de fato bem charmoso. Devia ter em torno de 45 anos, mas tinha um olhar cativante e, na foto, vestia um bonito terno. Tinha cabelos grisalhos e parecia ser bem alto pela foto.
- Como conseguiu a foto? – perguntou Lucas.
- Fontes seguras da Grécia. Bom, como essa é uma missão grande e importante e lá na Grécia não tem muitos aurores bons, vocês foram convocados a participar da missão.
Todos concordaram em participar.
- O auror que ficará no comando dessa missão não é nenhum de vocês, ele vem do exterior e vou apresentá-los daqui a pouco, quando ele chegar. Mas tenho certeza de que vocês já ouviram falar.
Os jovens aurores ficaram conversando sobre a missão na sala, enquanto o chefe foi ver se o tal auror já tinha chegado. Hermione estava conversando com Lucas, quando Sr. Baker retornou a sala.
- Senhores – ele disse entrando na sala. – Esse é o auror que vai comandar a missão...
O homem entrou na sala e as reações foram diversas. Um sorriso se abriu nos rostos de Karla e Parvati. Os outros estavam surpresos e Hermione estava simplesmente chocada. Não conseguia raciocinar direito.
Sr. Baker fez as apresentações.
- Esse é Harry Potter.
[I] N/A – DESCULPA, DESCULPA!!! Gente, desculpa a demora... mas eu to muito enrolada mesmo.
E ai gostaram do capitulo?? Eu não gostei não =/
Bjus e comentem
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