PAI?



Cap 12 – PAI?

O avião desembarcou na Grécia e, juntos, eles foram até o hotel que ficariam hospedados. Chegaram lá e, antes de falarem com a recepcionista um homem parou Harry.

- Você é Harry Potter, não? – ele perguntou tão baixo que Harry teve que se aproximar pra escutar direito.

- Sou sim. Você deve ser Denis Baker, certo?

- Isso mesmo. Por hoje, só estou aqui para que vocês me conheçam. Marcaremos uma reunião em um lugar secreto amanha – ele falou olhando para o lado. – Vamos nos tratar como se fossemos amigos para que ninguém desconfie de nada – Denis apertou a mão de Harry calorosamente e se despediu entregando um papel com um numero de celular.

Apesar de ser super profissional, Harry teve que se controlar muito para não rir de Denis. Ele era realmente estranho. Harry nunca conhecera alguém tão desconfiado.

...

- E ai, o que o senhor achou dele? – Edna perguntou à Harry quando os dois estavam no quarto.

- Não sei. Acho que meio engraçado. Ele é muito desconfiado.

- Que horas é a reunião amanha?

- Vou ligar pra marcar. Não sei ainda. – Harry disse. – E, a propósito, me chame de você, ok?

- Não sei. Não me sinto confortável.

- Ora, estou pedindo, por favor. Não faz sentido você me chamar de senhor. Alem do mais, se alguém ouvir vai achar estranho.

- Tudo bem. Vou tentar.

Harry entrou no banheiro para tomar um banho enquanto Edna estava assistindo TV. Quando saiu do banho, Edna estava se deitando no sofá.

- O que você está fazendo? – Harry perguntou.

- Me deitando, oras.

- E quem disse que você vai dormir aí?

- É que você é quem está comandando essa missão, ou seja, é meu chefe. Só estamos no mesmo quarto porque faz parte do plano. Não me sinto à vontade de dormir na mesma cama que o senh... digo, você.

- Eu sei disso. Mas eu vou dormir no sofá.

- Não precisa. Eu fico...

- Adoro dormir no sofá – Harry disse sorrindo. – Pode ficar na cama. Faço questão.

Edna riu e foi para a cama.

...

No dia seguinte, eles levantaram e foram tomar café como simples turistas. Harry se levantou e foi ligar para Denis Baker.

- Vamos pessoal – ele disse ao desligar o telefone. – A reunião é agora.

- Vamos então.

O grupo foi andando para a casa de Denis Baker. Passaram por lindas praias no caminho, que fez todos quererem abandonar a missão para ficar de bobeira por lá.

Ao chegarem no endereço dado, Harry bateu na porta e escutou um: “quem é?”.

- Harry Parker – ele gritou.

- Aguarde, por favor – a voz respondeu.

Harry virou os olhos, irritado com o excesso de desconfiança. Depois de alguns minutos esperando, a porta foi aberta e Denis Baker pediu que todos entrassem rápido.

A casa era quase uma mansão. Por fora parecia ser simples e pequena, mas dentro era simplesmente gigantesca. A sala de estar era quase do tamanho do apartamento de Harry na Itália.

- Bem vindos – Denis falou. – Passarei à vocês as instruções que meu tio falou. – ele fez uma breve pausa e pegou uma pasta verde, em cima de um móvel. – Aqui está o endereço de onde suspeitamos ser a “sede” de Sean Daves. Tenho também fotos de pessoas que trabalham para ele.

Harry olhou as fotos e passou para os outros olharem.

- Essas são todas as informações que tenho. Espero que tenham sucesso na missão – Denis falou, apertando a mão de todos. – Qualquer coisa que precisarem, estou aqui.

...

No hotel, Harry e os outros estavam em um dos quartos analisando tudo que tinham. Combinaram que Harry, Rony e Edna passariam à noite vigiando a casa onde suspeitavam ser a sede. Os outros ficariam no hotel prontos para correr se eles precisassem de ajuda.

- Estamos indo – Rony falou para Gina, na piscina do hotel.

- OK. Estarei aqui. Tome cuidado – ela falou abraçando o irmão.

- Até mais – Harry falou para todos. Saiu de mãos dadas com Edna, afinal, fazia parte do plano.

Os três chegaram no local e havia somente uma casa lá. Uma casa que mais parecia abandonada. Eles ficaram cada um em uma parte da rua, esperando por movimentos suspeitos. Rony sugeriu que entrassem, mas seria tolice. Um bruxo das trevas não deixaria sua “sede” desprotegida. E mesmo que os outros estivessem com eles, com certeza, algum forte feitiço estava protegendo a casa.

Depois das três da manha, Harry estava conversando com Edna enquanto Rony circulava pela rua. Um vulto aproximou-se dos dois e Harry viu que era um homem. Pela sua expressão ele estava tentando ver quem eram os dois estranhos. Para evitar que o homem visse seus rostos, Harry fez a primeira coisa que lhe veio na cabeça: agarrou Edna e a beijou. Suas bocas ficaram coladas até eles terem certeza de que o homem já se fora. Depois de se separarem, foram ao encontro de Rony e voltaram, aparatando, ao hotel.

Rony foi para o seu quarto e contou à Parvati que única coisa que viram de suspeito foi esse homem. Harry e Edna foram para o quarto também. Harry agia normalmente, mas Edna parecia incomodada.

- Você está bem? – Harry perguntou.

- Sim – ela falou de cabeça baixa.

- Não está assim por causa do beijo, né? Quero dizer, não quis dizer nada. Estamos aqui como um casal; te beijei para o homem não ver nossos rostos e desconfiar depois.

- Tudo bem. Sei que não quis dizer nada. É que eu não esperava, foi meio que uma surpresa.

- Esquece isso, OK. Vamos dormir. Amanha temos que conversar com os outros e decidir o que vamos fazer.


...

No dia seguinte, todos foram para o quarto de Harry para que os três contassem o que aconteceu. Após longos minutos falando, o silencio prevaleceu.

- Mas o homem não te viu? – Tony perguntou à Harry.

- Não. quando ele estava próximo eu...

- Você beijou a Edna para que ele não visse seu rosto – Parvati falou. – Rony me contou ontem à noite.

- É. Depois disso ele foi embora.

- Você conseguiu ver?

- Não.

- Eu vi – Rony falou. – Mas não dava pra ver direito. Ele estava encapuzado. Sei que era bem alto.

- Será que era o chefe? – Neville perguntou.

- Creio que não – respondeu Harry.

A discussão continuou por um longo tempo. Hermione permanecia de cabeça baixa sem falar nada. Ela ainda não entendia o porque de Harry ter que beijar Edna.

Durante todo o dia eles não precisaram fazer nada e aquela noite quem ia vigiar a casa era Lucas, Parvati e Gina, dessa vez, levando a capa de invisibilidade de Harry.

Rony e Harry estavam sentados no bar do hotel conversando quando um empregado entregou uma carta à Rony.

- Sr. Weasley? – chamou o empregado.

- Sim.

- Mandaram entregar para o senhor. Acabou de chegar – ele entregou a carta e saiu deixando Rony confuso. Quem entregaria uma carta à ele pelo correio trouxa?

- Lê logo Ron – falou Harry.

Rony abriu a carta e começou a ler. Sua boca se abria a cada frase. Ao terminar a carta, ele parecia estático.

- O que é Ron?

Rony nem piscava. Parecia em estado de choque. Entregou a carta para que Harry pudesse ler.

i/ Rony,

Não queria te contar isso por meio de cartas, mas como não sei quanto tempo você fica por aí, resolvi contar logo.

Nem sei como te dizer isso, mas vou tentar: ESTOU GRÀVIDA!

Fiz o exame ontem e deu positivo. Estou muito feliz, meu amor. Acho que vamos ter que apressar a data do casamento, hein.

Beijos,

Lisa i/

- Isso demais cara! – Harry falou com um sorriso no rosto. – Me dá um abraço papai!

Os dois se abraçaram e Rony ainda estava calado.

- Fala alguma coisa, cara! Você vai ser pai!

- Eu não... não acredito – Rony disse num sussurro. – Vou ser pai cara.

- Isso aí, irmão!

A alegria de Rony não cabia dentro dele. Um sorriso abobalhado estava em seu rosto e parecia que nunca mais ia sair dali.

- EU VOU SER PAI! – ele gritou, de repente, assustando todos que estavam por perto.

- Que gritaria é essa aqui? – Neville perguntou.

- Pergunte ao mais novo papai do pedaço – Harry falou rindo.

- Como assim? – Neville perguntou confuso.

- PAI! Eu vou ser PAI! – Rony pulava entre Harry e Neville.

- E que historia é essa de casamento? – Harry perguntou. – Você não me falou nada, babaca.

- Era surpresa. A gente ia fazer um jantar com os amigos pra comemorar, mas não deu tempo por causa da missão. Merlim! Eu preciso ver a Lisa. Preciso falar com ela.

- Ta louco cara? Você não pode sair daqui agora. E nem ela pode vir aqui.

- E agora? To ferrado. Eu não vou poder vê-la tão cedo! Vou, pelo menos, escrever agora.

Rony pegou um papel e uma caneta e escreveu uma carta para a noiva, tentando passar para o papel o tamanho da sua felicidade.

...


Depois de ter que falar para Rony sossegar, Harry ficou sentado em uma cadeira na piscina, apenas refletindo. Como já era tarde e todos seus amigos estavam em seus respectivos quartos (exceto Lucas, Parvati e Gina), ele deitou relaxado no chão e ficou olhando as estrelas. Ao fechar os olhos, o rosto de Hermione apareceu na sua cabeça. Com tudo o que estava acontecendo, ele nem tivera tempo de tomar alguma atitude em relação a ela. Perdido em pensamentos, ele se assustou quando ouviu um barulho. Levantou-se rápido e viu que era Hermione que acabara de sair do interior do hotel. Um sorriso se abriu no rosto de Harry.

Hermione fez menção de voltar quando viu Harry, mas ele foi mais rápido e agarrou seu braço.

- Acho que precisamos conversar – ele falou, sério.

- Não temos nada pra conversar.

- Temos sim. E muito.

Harry ficou encarando aqueles olhos castanhos por um longo tempo. Aqueles olhos que o fizeram se apaixonar. Sua vontade naquela hora era gritar para ela saber o quanto ele a amava e beijá-la. Mas sabia que não seria sensato fazer isso, então preferiu apenas tentar com que eles voltassem a se falar.

- Ta bom – ela falou impaciente. – Pode falar.

- Mione, eu só queria que... que ficasse tudo bem entre a gente. Quero dizer, eu não queria ficar brigado com você.

- Não é fácil assim, Harry. Aquele... aquele beijo mudou muito nossa amizade. Amigos não se beijam, ainda mais amigos como nós.

- Vamos esquecer o que passou. Voltar a ser o que éramos antes.

Hermione ficou calada. Não conseguia dizer não para Harry, seu melhor amigo. O garoto que sempre estava do seu lado pra tudo.

- Amigos? – Harry perguntou, abrindo os braços para um abraço.

Hermione o encarou e deu um forte abraço nele. Aqueles braços fortes a envolveram fazendo seu coração disparar.

- Foi horrível estar brigada com você, Harry – ela falou rindo.

- Foi mesmo.

Os dois ficaram conversando um bom tempo, esperando que os três que foram espiar voltassem.

...

Cansado de esperar, Harry foi para o quarto enquanto Hermione foi para o seu. Ao entrar na suíte, Edna estava sentada lendo jornal.

- Demorou hoje – ela disse.

- Estava conversando com a Hermione.

- Você gosta dela, não?

O queixo de Harry caiu.

- Eu... eu

- Eu sei que gosta. E muito, pelo visto.

- OK. Gosto sim. Mas não fala pra ela.

- Fica tranqüilo. Não vou falar.

- Como você sabe.

- O jeito que você olha pra ela. Vocês se acertaram hoje? Estavam brigados, não é?

- A gente conversou, mas só voltamos a ser amigos.

- Não era isso que você queria, né?

- Claro que sim. A amizade dela sempre foi importante pra mim.

- Mas você queria mais.

- Queria. Mas, pelo menos, ela voltou a falar comigo.

- Você não pode se satisfazer com tão pouco. Se é dela que você gosta, é com ela que você tem que ficar.

- Ela não gosta de mim.

- Seu eu fosse você não teria tanta certeza disso – Edna disse com um tom misterioso. – Boa noite.

Harry adormeceu com os pensamentos em Hermione. Não tinha a mínima idéia de como conseguiria ficar com ela.


N/A – e então?? Gostaram?

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Bjus



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