Fantasma



CAPÍTULO 14 – Fantasma


Harry olhou ao redor: o local era mal iluminado, cujas paredes desbotavam-se em limo, cedendo ao tempo.

Aquele lugar era tão assombroso quanto o homem que a criou, Salazar Sonserina. Desde então, mil anos se passaram e estavam todos os amigos da AD reunidos ali, procurando um bebê que fora seqüestrado por vários comensais malucos... e da Morte!

A câmara estava mais suja do que na primeira vez que Harry estivera ali, o que era normal, levando-se em conta que estava há dezenove anos desabitada.

- Limpe! – ordenou Mione, com a varinha apontada para o chão, fazendo com que milhares de ossos não-decompostos de ratos e galinhas (que ele reconheceu serem do Hagrid) desaparecessem. – achei que iria ajudar! – disse a mulher, olhando com firmeza para os amigos.

Harry muito admirava a frieza com que Mione encarara toda aquela situação até agora. Pensava em tudo. E, naquele exato momento ela parecia a Harry visualizar mentalmente cada passo que dariam, para que não houvessem falhas ou imprevistos.

Ele quis pedir para que o seguissem, mas nenhuma palavra saiu da sua boca, apenas andou em frente, devagar pelo túnel que tão bem conhecia: fora onde houvera o desabamento graças ao feitiço da mente mal-sucedido de Lockart.

- Calma, Harry! – disse Rony, correndo em direção ao amigo, enquanto a sua voz grave ecoava pelas paredes de pedra da câmara. E em pouco tempo Harry notou que as pedras do desabamento ainda estavam lá.

Todos os seguiram, se esgueirando por teias de aranhas, que eventualmente encontravam pelo caminho.

Fizeram uma leve curva e depararam-se com a velha porta redonda, contendo ao seu redor várias falsas cobras, que escondia do seu lado oposto o destino dos seis: a câmara principal.

Os comensais da Morte e o bebê de Rony e Mione estavam à algumas palavras de distância. Mais uma vez, tudo dependia de Harry, o escolhido.

Deu alguns passos à frente pelo chão escorregadio da câmara. Fechou os olhos e lembrou-se de todas as vezes que falara aquela língua. Cada uma.

Aqueles olhos verde-cintilantes do homem abriram-se e, instantaneamente, ecoaram palavras da sua boca:

- Abrasshhhh assaiaaaaa! – pelo o menos foi o que os amigos puderam entender.

Brummmmmmmmmmmm!!!!

Mais uma vez ele havia conseguido... A porta circular se abrira, revelando à eles a larga câmara que, ao fundo, possuía a estátua do rosto barbudo e feio de Salazar Sonserina. Ao fundo também haviam cinco altas pessoas, ambas de preto, com feias máscaras e chapéus pontiagudos.

Os seis amigos da AD andaram vagarosamente em direção aos Comensais da Morte. Mas algo estava faltando...

- Cadê o bebê? – perguntou alto Harry.

- Aproxime-se, Potter! – disse uma voz feminina, que Harry reconheceu como de Bellatrix Lestrange.

- CADÊ O BEBÊ? – repetiu Harry, mais alto, ignorando as palavras da mulher.

- O bebê está aqui, seguro, Potter. – disse outro comensal, dando passos à frente. Era Draco Malfoy.

- Me mostrem o bebê! – disse Harry, apontando a varinha em direção à eles.

- Tudo bem, Potter. – disse uma voz que Harry muito bem conhecia, e não vinha de nenhum Comensal da Morte. Se fosse a voz que Harry estava pensando, algo estava errado. Como era possível?

Todas as dúvidas de Harry se esclareceram quando um fantasma saiu de trás de uma das pilastras da Câmara... era o fantasma de Lorde Voldemort.

Tudo parou. Ninguém se atreveu a falar. Mione aproximou-se de Harry e apoiou a sua delicada mão no ombro do amigo.

- Me assusto com o fato de que a Senhorita Granger não pensou... Como os Comensais da Morte entrariam aqui? Pelo o que me consta, nenhum deles é ofidioglota!

Harry olhou para Mione, que parecia indignada com o mesmo.

- Porém, graças a você, Senhor Potter, não posso fazer grande coisa assim. – disse, abrindo os braços. – Mas meus comensais resistiram, e eu os comandei para um plano perfeito para uma fuga em massa de Azkaban. E não é que deu certo!? Olhem bem...

- CADÊ O BEBÊ? – interrompeu Harry o “belo discurso” do Lorde da Trevas fantasma.

- Ai, ai, Potter... A mesma arrogância de sempre! Mas, OK! Que seja feita a sua vontade! – disse, voltando-se para a estátua de Sonserina, e ordenando algumas palavras, na língua das cobras, as quais muito bem Harry entendeu:

“Abra-se”

A boca da estátua se abriu, e pôde-se ver um lindo bebê ruivo e sardento, que ria na ponta da língua de pedra.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Galera, muito obrigado por tudo! Espero que gostem do capítulo, e esperem!
Tem muito por vir ainda!!!!!

Um obrigado especial para:

Clow Reed;
Isabela Bichara;
Fuinha;

e mais que especial para..

MarciaM

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.