O Banheiro da Murta, da Murta
CAPÍTULO 12: O Banheiro da Murta, da Murta mesmo!
Chegaram os seis em disparada no banheiro feminino, onde a Murta gostava de ficar, dois andares abaixo da biblioteca. Na entrada havia uma velha placa:
"Interditado"
- Vamos. - disse Mione, mirando Harry.
Todos entraram, o cheiro era ruim, muito ruim.
- Pelo o visto nem o Filch aguenta a Murta-Que-Geme! - disse o irônico Rony.
- O que estão falando de mim? - disse uma voz chorona, atrás deles.
Viraram-se, e se depararam com a Murta.
- Como sempre. - disse Luna.
- Como assim? Ninguém gosta de mim? - disse com a voz melosa, que rapidamente mudou para grosseira. - EU JÁ SABIA! - e voltando para melosa. - Mas não importa, a morte é assim mesmo.
- Murta, estamos muito ocupados agora, não temos tempo para ficarmos discutindo com você, então, se nos dá licença...
Ela não deu atenção àquelas palavras:
- Harry? É você? Quanto tempo, heim? Eu soube da sua luta com o Lorde das Trevas, e, sabe, fiquei muito decepcionada por você não ter me feito uma visita depois. - disse, Harry sempre soubera que a fantasma chorona do banheiro feminino tinha uma quedinha por ele. Mas Gina estava ali, e era muito ciumenta. - Sabe... Mas você sempre foi o meu herói!
- ELE É MEU NAMORADO! - berrou Gina
Murta espantou-se, deixou o queixo cair.
- Harry, como você, um rapaz tão bonito, foi escolher essa aí pra namorar. Olha, uma vez, alguns anos atrás, entraram três garotas aqui no banheiro e estavam comentando que a Gina Weasley era a maior galinha que Hogwarts já viu!
- Como se atreve a falar mal de mim com o MEU NAMORADO? - disse Gina.
- Para com isso! - disse Harry. - Gina, não acredito que está dando bola para a conversinha de uma fantasma chorona que é apaixonada por mim. Tem ciúmes de uma fantasma?
Gina ficou cabisbaixa, devia ter notado que aquela era a discursão mais infantil que já havia tido em toda a sua vida. Mas a reação da Murta foi totalmente diferente: Chorou.
- Então era isso que sempre achou de mim? Que eu sou apenas uma fantasma chorona apaixonada por você?
Harry não soube o que dizer.
- Sim, é isso que sempre achei de você!
E a Murta foi, chorando, direto para o segundo boxe.
Mione olhou para Harry.
- Sabe, você fez o certo! O que deveria ter feito! - Harry ficou feliz. - Espantou a Murta de vez da sua vida e ainda nos proporcionou mais privacidade, e, pode crer, iremos precisar. Mas por que ela tem que morar justo nesse banheiro?
- Por que ela morreu aqui.
- É... - disse Neville.
- Agora, temos que agir rápido. - disse Gina.
Todos aproximaram-se da pia exata que os levaria até a Câmara Secreta. Harry lembrava qual era: Como esqueceria? Olhou o detalhe da cobrinha que enrolava-se através da torneira.
Estava na hora, não tinha mais volta. Teria que falar na língua das cobras. Naquele dia voltaria a ser Ofidioglota.
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