"ÍNICIO DO CAMINHO"



- Giny! Você viu meu outro tênis? – chamou Hermione do topo da escada. Fazia mais de meia hora que ela caminhava pela casa com um pé descalço...

- Não! – respondeu a menina pondo a cabeça à mostra no canto da escada. – Você já procurou no quarto dos meninos? – questionou ela desaparecendo por um instante.

- O que o meu tênis estaria fazendo lá?? – questionou Hermione ligeiramente irritada. Ela estava ali a um mês e suas coisas já haviam se espalhado completamente. Na semana passada encontrara Bichento com uma de suas blusas de baixo do armário... Sabe Deus porque. Culpando o gato pelo episódio, Hermione rumou para o quarto de Rony em busca do seu tênis.

Abrindo a porta lentamente, ela espiou em busca de alguém no quarto, não havia ninguém. Respirando aliviada, Hermione escancarou a porta sem muita cerimônia. Dando uma rápida olhada no cômodo, um objeto captou sua atenção no esmo instante. Uma vassoura, estirada em uma das camas... Isso por si só não significava muito, exceto que não era qualquer vassoura... Uma Firebolt, a vassoura de Potter...

Não que pessoalmente ela fosse muito chegada a quadribol... Entretanto... –considerou se aproximando do objeto.

- O que você está fazendo?

- Eu... Hãn? – respondeu Hermione se afastando da vassoura num salto. – Eu? Nada. – respondeu com tom frio. Um momento de silêncio se seguiu. Obviamente ele não acreditara na negação da garota, e se não muito ela se enganara, ele parecia estar sorrindo.

- Você ta faltando um sapato... – disse Harry apontando para o pé descalço da menina.

- Eu sei disso. – retrucou escondendo o pé descoberto atrás do outro. – Na verdade eu estava justamente procurando por ele. – acrescentou tentando parecer o menos desconfortável possível. Se abaixando e olhando de baixo da cama.

Harry caminhou até a menina e parou observando a situação por um momento:

- Você não vai achar aqui xeretando nas minhas coisas... – disse ele calmamente. Hermione se levantou num salto, revoltada:

- Hei! Eu não “xereto”! – interpôs. – Especialmente nas suas coisas! – acrescentou levantando o indicador num tom ofendido, e se aproximando um passo.

- Certo... – desacreditou Harry. – Então... Você não gosta...?

- Hãn? – Hermione piscou. Aquilo teve a conotação que ela achou que teve?

- A vassoura... – acrescentou ele, quando não obteve resposta. – Você gosta da vassoura? – repetiu apontando para o objeto na cama.

- Eu... É só uma vassoura. – respondeu Hermione com desdém, se afastando seguros três passos e esse voltando para a outra cama.

- Só uma vassoura? – exclamou Harry indignado. – É uma Firebolt!

- Então? Ela é rapidinha... – acrescentou a garota sem dar muita importância.

-“Rapidinha”? Você não faz idéia do que está falando não é?

- Qualquer um pode aprender sobre quadribol! – retrucou ofendida.

- Aquela é a vassoura... É uma Firebolt! – repetiu o garoto como se ela não tivesse compreendido completamente o que aquilo implicava.

- Bom, se ela é tão importante assim você deveria ter mais cuidado então! – cutucou irritada.

- Como assim? – replicou Harry começando a se irritar. Aquilo era ridículo... Por que diabos ele estava tão nervoso?

- Sua vassoura preciosa está toda arranhada!

- Não ta nada! – retrucou apesar de correr no segundo seguinte e examinar a vassoura.

- Hunf! – resmungou Hermione com ar superior seguindo para a porta do quarto.

- Que diferença faz? Você nem gosta de quadribol... – reclamou Harry com azedume.

- Eu nunca disse isso. – respondeu Hermione parando no ao da porta e acrescentando logo em seguida. – É você que eu não suporto.

Harry não se mostrou muito disposto a qualquer atitude diplomática com relação a garota nos dias seguintes... O que segundo sua mãe, (que parecia ao contrário do filho, se dar muito bem com a visita), era um completo absurdo e falta de educação.

Ele considerava um mistério o fato de Rony manter uma amizade com ela. Enquanto que eles mal se mantinham no mesmo cômodo juntos... Harry lembrava vagamente de Rony ter mencionado algo como ter achado-a no banheiro chorando... Algo do tipo...

O fato era que nem ele e muito menos ela estavam dispostos a uma trégua. Poucas eram as pessoas que conseguiam incomodá-lo mais que ela... Excluindo-se Malfoy claro... E Snape talvez... Não, Snape definitivamente. – repensou. Na realidade ela se equiparava o suficiente...

- Ela te incomoda tanto assim? – questionou Sirius após o jantar.

- Incomoda. – respondeu Harry após confessar sua irritação ao padrinho. – Bem... Não é bem ela que incomoda. É o fato de que ela incomoda que incomoda. – acrescentou Harry.

- Ah... – respondeu Sirius. – Então... O problema na verdade não é com ela, é com você... Certo?

- Não!

- É sim... Você acabou de dizer...

- Não, eu disse que eu me incomodava com o fato de que ela me incomoda! – repetiu Harry nervoso. – Eu não iria me incomodar com o fato de que ela me incomoda se ela não me incomodasse pra começo de história!

Sirius abriu a boca por um momento, mas parou em seguida analisado as palavras do afilhado.

- Então? Eu estou certo não é? Quero dizer... Eu sou a vítima aqui...

- Eu... – tateou o padrinho. Um grito por ajuda veio da cozinha. Sra. Weasley chamava por alguém para ajudar na cozinha. – Eu! – respondeu Sirius se levantado prontamente. – Eu tenho que ir... ! Tchau.

- Mas... – o padrinho já tinha desaparecido de vista.



- E to dizendo... Ta insuportável!

- Eu acho divertido! – discordou Fred.

- Eu concordo! – acrescentou Jorge prontamente. – Sabe, ela quase jogou um prato na cabeça dele ontem... Foi uma cena perfeita... – relembrou com um ar saudoso.

- Jorge! – reclamou Giny. Voltando a atenção para o tabuleiro de xadrez a sua frente. – Eu acho que eles ainda têm salvação...

- Como assim...? – retrucou Rony que já começava a absorver o estresse dos amigos para si. – Xeque. –acrescentou movendo uma peça.

- Bom... Se você pensar direito... – recomeçou Giny analisando o tabuleiro. – Eles não brigariam tanto, se não houvesse uma faísca entre eles...

- Ok, agora você ta viajando maninha... – disse Fred.

- Totalmente... – acrescentou Rony.

- Que seja... Eu só estou comentando... Quero dizer... Você sabe o que se diz sobre opostos, certo? – perguntou ela se voltando para o irmão a sua frente.

- Eu sei. – respondeu Jorge do outro lado da sala. – Eles são opostos! – falou vagarosamente. Giny respirou fundo.

- É... Talvez eu esteja viajando mesmo... – concordou após um tempo. – Xeque-Mate. Você perdeu de novo.

- O que? – respondeu Rony olhando para o tabuleiro.



- Eu ainda não entendo o porquê de tanta agonia... – resmungou Hermione pela quinta vez aquela manhã. Harry olhou de esguelha para Rony. Quando ele soube que a amiga dele passaria as férias aqui, se perguntou se Rony teria falado algo sobre a Ordem para ela. Afinal, obviamente ele não poderia fazê-lo...

Motivo pelo qual, Harry desconfiava que mesmo com a noção geral de que todos na comunidade bruxa estavam em meio à guerra... Ela talvez não tivesse completa noção de a quanto perigo ela se sujeitava estando ali com eles... Era melhor assim, comentou seu pai quando Rony questionou.

De fato, a situação dela era mais complicada... Tão complicada quanto à de sua mãe... – pensou logo em seguida. Só por ser nascida trouxa...

- Vocês estão prontos? – chamou Lupin. Eles estavam atrasados, pra variar um pouco... Olhando no relógio de pulso pela terceira vez, ele exclamou. – Vamos! Giny, Hermione!

- Garotas... – resmungou Rony que já se encontrava sentado no carro ao lado de Harry, que também não parecia de muito bom humor.

- Ok, ok! – reclamou Giny. Ambas seguiram apressadas até o carro e sentaram-se no banco traseiro... – O que? – questionou Giny, sob o olhar irritado tanto do irmão quanto do amigo.

- Agente podia já estar lá... – reclamou Harry.

- Hunf. – retrucou Hermione sem responder a provocação, puxando um pequeno papel do bolso do jeans e entregando a outra, que sorriu marotamente sem dar explicações.

- Absolutamente! Não! – insistiu Lílian.

- Lily deixa... – pediu James, ao ver a insistência do filho. Claro era compreensível, o fato de que o Beco Diagonal não era dos lugares mais seguros para se estar ultimamente... Ainda mais devido Às circunstâncias... Entretanto, ele também já tivera quinze anos...

- James! O qu... – começou ela levemente irritada. Ele devia saber! Eles não podiam simplesmente deixar que o filho perambulasse pelo local sozinho, nunca se sabe...

- Olhe... Nós vamos deixar vocês irem... – propôs James, lançando um olhar de esguelha para Arthur que se mantinha ao lado de Lupin. – Com a condição de que vocês comprem tudo que têm para comprar. Incluindo os uniformes. – aqui ele pode ouvir um murmúrio de desagrado de Rony. – Daqui a três horas nós voltamos para buscar vocês... Tudo bem?

- Tudo bem por mim... – respondeu Harry, já pensando em sair dali o mais rápido possível. A aceitação de Harry foi seguida pelo aceno positivo dos outros, que seguiram atravessaram o Caldeirão Furado sem muita demora, seguindo em direção ao Beco Diagonal.

- Agente não deixa-los sozinhos aqui não vai? – questionou Sirius assim que os seis saíram de vista.

- Claro que não. – respondeu James olhando ao redor com cautela. – Vamos.

- James, eu ouvi boatos... Conversas... – começou Arthur acompanhando os outros que seguiam o homem para o andar de cima do bar.

- Bom, era de se esperar que o Ministério desse por falta de vocês dois não? – retrucou Sirius ao ouvir o suspiro da amiga. – Quanto tempo faz que vocês não vão lá? Um ano?

- O Ministério não é mais seguro Sirius, você sabe disso. – respondeu Lílian.

- Lily tem razão, não é segredo o fato de que o lugar está infestado de comensais... Continuar lá nos tornaria alvos ainda mais fáceis... – apoiou o marido.

- Me admira muito que Fudge ainda não tenha tido a decência de mandar prender aquele desgraçado do Malfoy...

- Sua opinião vale tanto quanto a minha Sirius... – continuou Arthur. – O problema não é esse... Se os funcionários começarem a falar, não vai demorar muito para que a notícia chegue aos ouvidos de alguém como Lucius, ou Avery... A vantagem que nós temos vai acabar indo por água a baixo... Eu aposto que eles já desconfiam de algo...

- Por isso vocês têm que ser ainda mais cautelosos... – avisou Lupin. – Onde vocês passaram a última semana, por falar nisso...? – questionou após um momento. O casal amigo havia passado os últimos dias completamente isolados, não recebera notícia alguma.

- Harry notou a ausência de vocês... – comentou Sirius.

- Ele comentou alguma coisa? – perguntou Lily subitamente parecendo mais cansada que o usual.

- Claro que sim. – acrescentou Arthur. – A verdade é que ele não fala muito, mas é óbvio que ele desconfia de algo...

- Vocês já disseram que saíram do Ministério?

- Não... Ainda não... – respondeu James, encarando o copo de brandy na mesa.

- James... – começou Lupin, mas a amiga o interrompeu:

- Se nós dissermos que passamos o último ano fugindo ele vai perguntar o porquê Remus. E isso vai acabar levando a algo que...

- Que agente já deveria ter contado a ele há muito tempo. – cortou James com os olhos ainda baixos. Ele pode sentir a esposa fita-lo incrédula:

- Nós não podemos contar a ele! Você sabe disso James! – exclamou agora com um tom de desespero na voz.

- Vai chegar o dia em que vocês vão ter que contar sobre a p...

- Esse dia não é hoje Sirius! – insistiu a mulher ainda mais exaltada. – Ele só tem quinze anos! Vocês fazem idéia do que isso pode fazer com ele?

- Lily... – tentou James.

- Você faria mesmo isso James? – cortou ela ignorando a presença dos outros a mesa. – Você teria coragem de colocar um peso desses nos ombros do seu próprio filho? – uma onda de arrependimento rapidamente atingiu James ao ver lágrimas escorrerem pelos olhos da mulher:

- Lily... – mas ela se levantou rapidamente se retirando do local e descendo as escadas do pub. – Lily! – James se levantou em seguida e saiu descendo as escadas em busca da mulher.



- Eu acho que seu pai disse para comprarmos os materiais primeiro. –insistiu Hermione ao ouvir os planos dos garotos que incluíam tudo menos livros, matérias e quem dirão roupas.

- Aqui! Vamos mandar fazer os uniformes de uma vez e depois voltamos para buscar... – disse Giny sem muita demora puxando ambos Harry e Fred pelo braço e arrastado os dois para dentro da primeira loja à esquerda.

- Pelo menos está vazia... – apontou George com desânimo.

- Olá! Vestes de Hogwarts eu suponho? – exclamou uma senhora saindo do fundo da loja com um sorriso no rosto. – Casa?

- Grifnória. – respondeu Hermione prontamente.

- Todas? Meu Merlin...! – exclamou a mulher após obter um aceno de confirmação por parte de Rony. – Certo então... Porque não começamos por você? – disse a senhora apontando para Harry com um dedinho rechonchudo.

- Eu? - Sem muito tempo para questionar, Harry foi empurrado para cima do que mais parecia uma caixa de madeira. Prestes a descer do local em protesto uma tesoura enorme passou lhe rente ao peito. Num salto, ele voltou rapidamente para a posição inicial tenso. Ao longe ele pode ouvir a mulher tagarelando ao lado de Fred e George enquanto apanhava alguns tecidos.

- Eu tenho que dizer que é uma surpresa receber tantos clientes assim de uma vez só... – disse a mulher. Era óbvio o seu entusiasmo, absolutamente contrastante com o ânimo dos gêmeos:

- É... Eu aposto... – murmurou Fred com a mão no queixo, a guisa de resposta.

- Eu tenho quase certeza de que isso tudo tem no jardim lá de casa Mione... – murmurou Giny de volta.

- Você tem certeza? – questionou Hermione levantando uma sobrancelha.

- Bem... Praticamente. – disse ela. – Esses desenhos que você fez... Isso aqui é uma flor, certo? – perguntou pondo o dedo no pedaço de papel. Hermione fitou a garota com expressão séria.

- Isso é uma raiz Giny.

- Certo. Eu sabia disso...

- Sabe... Talvez isso seja um sinal de que é melhor não fazer isso mesmo... – tentou Hermione insegura.

- Ah não! Hermione! Você disse que faria!

- O que vocês estão cochichando aí hein? – perguntou Rony esticando o pescoço para dar uma boa olhada no conteúdo do pedaço de pergaminho nas mãos de Hermione.

- Nada que seja da sua conta! – retrucou a irmã escondendo o papel rapidamente arisca.

- Giny... – insistiu Hermione.

- Oh Hermione! Vamos! Eles vão acabar nos agradecendo no final... – disse Giny, com um sorriso ao perceber que convencera a mais nova amiga.

- Vocês podem voltar daqui a mais ou menos meia hora, certo? – disse a vendedora após tirar as medidas dos outros, que saíram significativamente aliviados da loja.

- Pra onde agora? – questionou George.

- Bem... Eu queria passar na Floreios antes de... Ora vamos! – insistiu Hermione ao perceber as feições desanimadas a sua frente. – Nós temos que comprar livros novos mesmo! – não convenceu. – Giny vem comigo não?

- Eu... Hermione, o q... – estava óbvio que a amiga não estava muito disposta a acompanhá-la...

- Que seja... Eu vou sozinha, onde agente se encontra?

Por alguma razão que nenhum deles pareceu disposto a compartilhar, ninguém quis deixá-la ir sozinha até a livraria. O fato era que Hermione não encontrara o livro que queria motivo pelo qual seu humor não estava por assim dizer dos melhores...

- Isso vai demorar muito? – questionou após cinco minutos que pareciam eternos à ela.

- Deixa o garoto em paz... – comentou Fred sorrindo, tanto ele quanto George e Rony pareciam estar se divertindo à beça com a situação.

- Garotos... – murmurou Giny insatisfeita.

- Ele não vai conseguir. – disse Rony rindo abertamente.

- Calma! Ele ainda tem mais um minuto...

- A pelo amor de Deus! Que tipo de garota estúpida daria seu endereço para um cara que ela conheceu a menos de dez minutos? Honestamente. – retrucou Hermione irritada.

- Você quer apostar também? – ofereceu George. – Hermione ignorou, mantendo os olhos em Harry que à distância mantinha uma conversa aparentemente animada com a garota que estava agora se despedindo... Calmamente caminhando em direção aos outros, Harry estendeu um pedaço de papel nas mãos de Fred.

- Eu sabia! – exclamou Rony. – Você me deve dez galeões. Haha! – disse se voltando para George dando pulinhos.

- Patético...

- Como? – questionou Harry se voltando para Hermione.

- Eu disse patético. – repetiu ela agora com o tom de quem ensina algo a uma criança de três anos de idade. Que irritou Harry mais ainda. – Aquela garota provavelmente tem sentimentos sabia? Apesar do que você possa achar...

- Qual é o seu problema?

- Meu problema? Eu estou olhando para ele!

- Há! Sabe qual é o seu problema? Você...

- Hei! Vocês! Nós vamos esperar lá fora, certo? – interrompeu Giny que junto com os irmãos pareceu notar que todos na loja começavam a apontar para a cena.

- Não1 Não precisa! Nós já vamos Giny. – disse Harry dando meia volta e se encaminhando para a porta.

- Não, não vamos. – discordou Hermione. – Eu ainda não terminei.

- Bem, você termine então e agente espera lá fora, certo Rony?

- Sabe... Essa coisa de ficar no meio de vocês dois é realmente estressante, sabia? Talvez nós...

- Rony! – chamou Harry.

- Eu... Ta! – respondeu ele seguindo Harry a contragosto.

- Que seja! – gritou Hermione, mas todos já haviam saído. – Aposta estúpida... –resmungou ela enquanto colocava os produtos no balcão para pagar.

Enquanto buscava a carteira na bolsa para pegar o dinheiro, umas cócegas tomaram conta dos seus pés. Olhando para baixo Hermione deu um salto acompanhado de um grito estridente. Um rato acabara de passar pelos seus pés.

- Er... Sabe, porque você não tira os doces, e eu vou levar só a caixa, certo? – disse com um sorriso para o balconista que obedeceu com um resmungo. – De nada... – ironizou.

- Granger! – chamou Harry voltando ofegante, e bastante sério agora.

- A, mudou de idéia foi? – começou Hermione, mas ele a interrompeu, à medida que apareciam logo atrás dele tanto Giny quanto os irmãos ainda mais assustados.

- Agora nós realmente precisamos ir! – disse puxando o braço da menina.

- Hei! O qu...? – um estrondo ressoou na loja, derrubando alguns frascos das prateleiras ao redor deles.

- Rony! O que est...?

- Hermione vamos! – disse Rony simplesmente, tão alarmado quanto, o que preocupou Hermione ainda mais.

Não demorou muito para que Hermione identificasse o motivo do alvoroço...

Apesar fumaça na rua inteira era imensa, mas não foi difícil identificar em meio a enorme gritaria e desespero um grupo compacto de pessoas,(achava ela) vestidas de negro empunhando suas varinhas que soltavam faíscas e chamas para todos os lados atingindo de velhos até crianças... Comensais da Morte...

Ela ouvira falar... Os ataques, as notícias, todos sabiam, eles estavam em guerra... Mas ela nunca, tinha visto... Ela...

- Hermione! – chamou Rony agora parecendo irritado, e sentindo um puxão no seu braço esquerdo, ainda meio atordoada, Hermione começou a correr.

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