A traição



Cap-14
A traição

“Não só eram como eles também queriam a mesma mulher.”disse Alessandra animada ao ver Harry tão estupefato.

“Mas então porque ninguém sabia disso?”

“É exatamente isso que vai mudar o modo de ver da grifinória, o porquê disso nunca ter ido a tona.”

“Mas é tão grave assim?”

“Você não faz idéia. Quer sobremesa?” perguntou a garota quando percebeu que ele também já havia terminado de comer. -“E olhe que eu descobri, por um diário que estava escondido na câmara que era secreta!” disse isso servindo um pouco de pudim para o rapaz, que a olhava fascinado.

“Mas a câmara foi criada pelo próprio Salazar. Isso significa que Godric sabia da existência da câmara.”

“Exato, mas deixe-me continuar a história. Onde eu parei?”

“Na parte que Godric descobre que seu irmão era o prometido de Rawena.”

“A e então Salazar se casa com Rawena e junto com ela, ele leva a freira Hufflepuff para seu castelo, Hogwarts. Seu irmão volta com eles e como Salazar descobre que a mulher e a freira também são bruxos eles resolvem dar oportunidade aos outros que também tem magia e fundaram uma escola de magia e bruxaria no castelo, já que o castelo era da família eles resolvem fazer daqui a sede para essa escola. Pois bem, depois de um tempo, foi o Godric quem queria que fossem mais bem selecionados os alunos, pois haviam pobres e ricos misturados na “escola”.”

“Espera aí! Quem queria isso era Slyterin.”

“Isso era o que sabíamos, foi por isso que eu disse que ia mudar todo o modo de vista das casas, principalmente da grifinória.”

“Não pode ser!”

“Não só pode como é. E ainda tem mais, Godric queria a mulher do irmão, então ele armou pro irmão e o matou.”

“Godric matou Salazar?”

“Sim, e depois o colocou numa câmara e trancou tudo e colocou um monstro para que ninguém descobrisse a verdade. Depois ele inventou a história que Salazar havia fugido pois não aceitava a seleção e se colocou como mocinho da história.”

“Mas isso não faz sentido!” disse o rapaz perplexo.

“Faz sim! Pense comigo, se todo esse terreno pertencia a Salazar, porque logo ele era quem ia sair daqui?”

“Mas a Godric é famoso pela sua coragem e honra...”

“Coisas que o próprio Godric inventou para conseguir o amor de sua donzela depois do suposto desaparecimento do irmão, detalhe: ninguém além de Salazar sabia que Godric era filho de Slyterin.”

“Mas o que isso tem a ver?”

“Tem a ver que Godric não calculou isso, ele era bastardo, e como ninguém sabia de sua existência quem ficou com todo esse terreno foi Rawena a mulher de Salazar, que quando morreu deixou por escrito que isso deveria ser uma escola, e desde então continua sendo.”

“Então Godric não conseguiu se casar com Rawena?”

“Não, Rawena só se importava com seu bem estar, e só se casou com Salazar porque foi obrigada. Você acha que ela ia se casar com outro que mal conhecia, depois que ganhou tudo que era do marido e ainda conseguiu se livrar do pai? Não mesmo! Ela foi esperta e acabou com os sonhos do nosso Godric e esse arrependido de ter matado o irmão resolveu escrever suas memórias nesses pergaminhos e deixou escondido na câmara.”disse ela conjurando 3 pergaminhos em perfeito estado de conservação e mostrando a Harry.

“Como ele se arrependeu apenas escrevendo isso e deixando escondido num lugar que ninguém conhecia?”

“Primeiro, ele deixou no ar a lenda da câmara querendo que alguém achasse, segundo, nesses pergaminhos tem escrito bem no começo, que ele se arrependeu e por isso estava deixando esses relatos, para que alguém um dia achasse.”

“Mas ele disse que haveria um monstro na câmara, algo que mantém as pessoas afastadas e não o contrário.”

“É, mas sempre tem alguém que curioso tenta descobrir. E alem do mais se ele não tivesse deixado essa pista ninguém descobriria.”

“Então por que o Basilisco? Se ele quisesse que alguém descobrisse por que colocou realmente um monstro guardando a câmara?”

“Essa é fácil! Ele queria que quem fosse desmascará-lo, fosse alguém realmente corajoso, alguém que merecesse saber de tudo e o que mais mede a coragem de alguém que um monstro sedento?”

“Mas mesmo assim, isso não explica o que ele fez com o próprio irmão! Como uma pessoa que se diz corajosa e ainda escolhe outras pessoas para sua casa com essas qualidades, pode ser capaz de matar o próprio irmão e ainda incrimina-lo de querer coisas que antes era ele quem queria?” pergunto o rapaz indignado.

“Calma Harry!”

“Calma? Como eu posso ter calma, sabendo que minha casa é uma farsa? A casa que eu sempre venerei, e amei de coração.... agora não passa de uma farsa.”

“Espere aí! A sua casa continua a mesma, ela sempre foi escolhida do mesmo modo, e isso não faz dela uma farsa. Quem errou foi o fundador como pessoa, não a Grifinória. Pelo contrário, a Grifinória sempre foi honrada e sempre vai ser, pois seus membros são escolhidos a dedo. A única injustiçada foi a Sonserina que ficou com o dono errado, mas mesmo assim tem seu lado positivo! Todas possuem lados positivos e negativos. Você não deve julgar sua casa pelo o que Godric fez no passado!”

“Mas a minha maneira de ver a grifinória não vai ser mais a mesma!”

“Claro que vai! Pelo menos vocês não vão mais se vangloriarem pelos feitos do fundador.”

“Ele fez a Grifinória!”

“Não o alunos fizeram a Grifinória! Tantos bruxos honrados saíram da grifinória! Por que você acha que isso aconteceu? Não foi por causa do fundador! Foi por causa dos alunos e dos professores que um dia foram alunos. Você entendeu por que você não deve culpar sua casa pelo erro do famoso Godric Gryffindor? Ah Harry não fique assim! Se eu soubesse que você ia ter esse choque eu não teria contado!”

“Tem uma coisa que eu não entendi.”

“O que foi?”

“Voldemort era o herdeiro de Slyterin, e ele abriu a câmara e ficou um bocado de tempo lá. Como ele não descobriu?”

“Ele deveria se chamar herdeiro de Gryffindor e não Slytrin, mas não vem ao caso” acrescentou a garota quando viu que Harry a olhou feio.-

“Voldemort só estava interessado nele mesmo, no seu poder, então ele levou a lenda ao pé da letra! E resolveu liderar o monstro para limpar o castelo dos “sangue ruins”.”

“Então Voldemort estava com a verdade o tempo todo ao seu lado e não descobriu isso!”

“Pode ser e não ser, que garantias temos que Voldemort não as tenha lido e deixado no mesmo lugar?”

“Mas se ele soubesse talvez mudasse o jeito de ele...”

“Não mudaria não!” interrompeu Alessandra-“Ele era assim desde criança, ambicioso. Como meu pai lhe mostrou na penseira. Então ele mesmo que soubesse a verdade ele não iria cair, afinal o desmoralizado foi Godric e não Salazar ao ver dele!”

“Como ao ver dele?”

“Nesses pergaminhos não há nenhuma prova que Salazar era ruim, mas também não há que era bom. Aqui só fala de Godric. Então se ele leu, com certeza com a cabeça de alguém criado na sonserina - apesar de que toda essa coisa de sangue puro e ruim só começar depois de Voldemort - ele pensou que Salazar era mesmo quem ele supunha, ele apenas foi traído pelo irmão. O que dá um péssimo destaque à Godric!”

“Mas se ele tivesse lido ele já teria usado contra Hogwarts! Pois Hogwarts não vai ser mais a mesma quando todos souberem dessa verdade.”

“Não, não vai ser. Mas o que garante que Voldemort não esteja esperando um momento melhor para soltar essa bomba? Um momento de para separar as casas e desmistificar o famoso Godric, deixando a Grifinória como você está agora. Mas também temos grande chance dele não ter lido nada. Ter ficado cego com a sua ambição!”

“Eu ainda não consigo acreditar em tudo isso. Eu queria que isso fosse um sonho!” disse Harry colocando as mãos na cabeça.

“Se isso fosse um sonho, nós não estaríamos tendo esse tempo junto! Quer dizer, não estaríamos tanto tempo conversando. Quer dizer.... deixa pra lá! Acho melhor conversarmos sobre outro assunto.” Disse ela puxando o rapaz para o sofá vermelho que havia no canto do quarto.

Eles se sentaram e ela serviu para ele um copo com água, ele bebeu, agradeceu e olhou de volta para ela, esperando ela falar algo. Ele nem havia reparado que ela hoje estava com cabelos castanhos um pouco abaixo dos ombros, e usava uma gargantilha de corações pretos. Ela estava muito radiante e quando ela falava passava uma paz para ele que dava uma sensação estranha um pouco abaixo do estomago.

“Harry eu disse a você que nós vamos passar um tempo juntos aqui, mas eu não disse o que vamos fazer nesse tempo.” Disse ela agora pegando um copo com água e bebendo um gole. -“Eu vou lhe ensinar algumas coisinhas.”

“Algumas coisinhas?”

“Sim, você não é muito prático em feitiços mudos é?”

“....”

“Não precisa ficar com vergonha de mim, eu estou aqui para lhe ajudar!”

“Não, eu não consigo fazer feitiços mudos.”

“Bem eu vou lhe ensinar, e também vou lhe ensinar isso.” Disse a garota agora pegando a varinha o bolso e colocando sobre a mesa.

Ela fez um movimento com a mão e o copo com água que segurava sumiu.

“Feitiços sem varinha!” disse a garota sorridente, quando viu que Harry não ia falar nada -“É muito difícil fazer essa tipo de feitiço, mas eu vou ensinar você para que você possa ter vantagem sobre o Voldemort.”

“Mas eu não sei se vou conseguir!”

“Claro que vai, e alem do mais você vai aprender uma coisa que você deveria ter aprendido a muito tempo: Oclumência e Legilimência.”

“Oclumência eu até entendo, mas para que legilimência?”

“Para você ver a mente de seus inimigos, não precisa ser o Voldemort, qualquer um serve. E alem do mais Legilimência não serva só para ler os pensamentos dos outros, serve para você se comunicar com os outros. Por exemplo, se você soubesse legilimência agora poderíamos estar nos comunicando sem falar.”

“Tipo telepatia?”

“Sim, sim. Mas depois você vai descobrir o quanto é bom saber isso.”

Ele ficou olhando ela sorrir, depois ela falou alguma coisa que ele não conseguiu entender, pois estava tão compenetrado aquele sorriso que não via mais nada.

“Harry já está tarde.” Disse ela meio sem jeito, olhando para ele.

“Que horas são?”

“Quase onze!”

“Puxa as horas passaram rápido”-que comentário infeliz ele fez!

“É, mas eu acho que está na hora de você ir dormir. Quer dizer nós irmos dormir, você no dormitório e eu aqui.” Disse ela ainda mais sem jeito- ela ficava tão bonita quando ficava enrolada nas palavras(pensava Harry) não Harry ela é apenas uma amiga.

“Harry quais os dias você vai querer vir se encontrar comigo, para as aulas, claro!”

“Não sei!” respondeu ele rápido-“Você é que é a professora!”

“Eu pensei nas quartas. O que você acha?”

“É bom.”

“Então fica nas quartas!” disse ela feliz se levantando do sofá.

Ele se levantou também e percebeu que era hora de ele ir, ele andou até a porta de saída e ela o acompanhando, eles desceram a escada que levava de volta ao gabinete do diretor e se caminhou à porta de saída do gabinete. Quando ele abriu e viu a gárgula de pedra ele se lembrou.

“Alessandra quando eu cheguei aqui eu percebi que você não tinha me dito a senha...”

“Ah, eu também! Por isso quando eu percebi que você estava lá em baixo eu desci a gárgula! Desculpe-me!”

“Nada!”

“Ah Harry eu pediria a você para não contar nada sobre a minha descoberta a ninguém!”

“Claro!”

“Então até mais!” disse ela se aproximando dele para lhe dar um beijo de boa noite. Depois ele desceu para o corredor e saiu correndo em direção ao salão comunal da Grifinória.
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<>Ai gente eu, a autora, estou aqui para agradecer a todos que estão lendo minha fic.
Eu nunca deixei recadinhos antes pq eu acho esse negócio muito chato para quem está lendo.
Estou escrevendo hoje para dizer para não ficarem coom raiva de mim por eu ter feito isso com o Godric! Eu não aguentava mais ver somente o Godric se dar bem, eu tinha que fazer algo!
Mas mesmo assim eu espero que vocês tenham gostado da criatividade, pois eu realmente estava inspirada quando fiz esses capítulos.
Agradeço a Luana por estar sempre lendo e deixando comentários.
Continuem lendo!

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