O estranho Slughorn
Cap-12
O estranho Slughorn
Quando acabou a aula de História da magia e Harry, Rony e Hermione estavam saindo da sala de aula, eles foram abordados por uma aluna quintanista da Corvinal.
“Harry Potter! Oi eu sou Elianne Bridge, e trago um recado da diretora para você.” Disse a menina estendendo um pergaminho para o rapaz.
“Obrigado!” disse Harry, mas a garota estava tão fixada em olhar para Harry que nem prestou atenção quando o rapaz agradeceu.
“Alô terra! Você está bem?” perguntou Rony quando viu que a garota não ia arredar o pé dali.
“Ah! To bem, brigada!” respondeu a garota meio assustada e depois saiu correndo pelo corredor em direção ao salão principal.
“E aí, o que você acha que ela quer com você?” perguntou Hermione que estava curiosa e não parava de olhar para o pergaminho que ainda permanecia intacto nas mãos de Harry.
“Sei lá!”
“Então abre logo!” disse rony impaciente.
Harry puxou os amigos para um canto no corredor onde estava vazio, e abriu a carta e leu em voz alta para eles puderem ouvir.
“Caro Harry,
eu Alessandra estou lhe convidando para um jantar,
por favor esteja em minha sala às 18:00 h de hoje.
ps: Eu gostaria muito que você viesse, tenho coisas importantes para falar com você.
Alessandra Roma”
“Você vai?” perguntou Hermione, assim que o rapaz terminou de ler.
“Vou, claro! Se ela está me chamando com certeza algo importante ela quer comigo.” Respondeu Harry muito sério, mas na verdade ele estava querendo mesmo ir porque estava querendo vê-la de novo.
“Qual vai ser a próxima aula?” perguntou Rony à Hermione para mudar de assunto.
“Era para ser poções.”
“Por que era para ser?” perguntou Harry
“Você não percebeu que o professor Slughorn não estava na mesa dos professores no jantar de boas vindas?” perguntou Hermione estarrecida.
“Não, por que? Era para eu ver?”
“Harry todo mundo percebeu, como você não? Você não estranhou que não tenha recebido ainda nenhuma cartinha do Clube do Slug?” perguntou Hermione.
“Pra dizer a verdade, não!”
“Claro que não, o Harry não tirava os olhos da tal Alessandra.” Disse Rony inconvenientemente.
“Eu não estava não!” disse Harry tentando disfarçar.
“Mas isso não vem à tona, o caso é que todos estão intrigados pois o professor Slughorn não apareceu no jantar, e nós monitores sabemos que ele embarcou no trem de vinda.” Disse Hermione.
“Ele pode ter simplesmente passado mal.” Respondeu Rony.
“Ou pode ter acontecido coisa pior! Quando eu e o professor Dumbledore fomos buscá-lo na sua casa ele disse que estava com medo de assumir o cargo de professor, pois Voldemort poderia pensar que ele assumiu um partido e poderia ir atrás dele.” Disse Harry aos amigos que o olhavam assustados.
“Você acha que poderia haver possibilidade de Slughorn ter sido atacado?” perguntou Rony
“Acho que não Rony, se houvesse ataque a diretora saberia.” respondeu Hermione.
“Mas sempre há uma possibilidade. Hermione, o professor Slughorn teve alguma aula ontem?” disse Harry à amiga.
“Não, ontem era o dia de folga dele, disso eu tenho certeza, pois ele foi o único professor que teve um dia inteiro de folga.” Respondeu a amiga.
“Mas então teremos que esperar até a aula dele, para vermos o que aconteceu.” Dizendo isso Harry com os amigo foram até o salão principal para almoçar, lá eles encontraram Gina e Neville conversando.
O almoço foi tranqüilo e depois de comer todos os grifinórios saíram em direção à sala de poções, ninguém até aquele momento havia falado sobre o sumiço do professor. Harry e os outros entraram na sala, que estava vazia, todos sentaram e esperaram por algum sinal de vida. Depois da Grifinória, a turma que entrou foi a Corvinal, e depois ficaram todos parados esperando o professor chegar.
Dez minutos atrasado e o murmurinho entre os alunos começou, todos se perguntavam o que havia acontecido com o professor. Teve gente que até disse que o coitado do professor havia morrido e outros diziam que ele havia se recusado a ensinar esse ano depois do que acontecera. A Hermione estava louca de tanto tentar explicar e desmentir todas as falsas acusações ditas pela turma.
Quinze minutos de atraso e tinha gente que já estava colocando sua mochila nas costas, até que Alessandra entra pela porta e pede para que todos se sentem.
“Me desculpem pela demora e pela falta de informações.” Disse isso se dirigindo para Hermione- “O professor Slughorn está na ala hospitalar, houve um acidente e ele teve que ser removido para lá. Não houve explicações para vocês sobre isso, porque pensávamos que ele já estaria bem à essas horas, porem na hora passada eu fui informada que o professor piorou e até o momento passado eu estava na Ala hospitalar com ele.”
“Mas vamos ficar sem aulas de Poções diretora?” perguntou Dino
“Claro que não, acredito eu que ele estará bom daqui para a próxima aula de vocês.”
“Mas diretora, e se ele piorar?” Perguntou uma aluna da Corvinal.
“Eu irei a procura de outro professor.”
“Mas e se...” estava perguntando um aluno da Corvinal, quando a porta da sala se abre e surge um Slughorn muito fraco, muito pálido e visivelmente mais magro.
Todos se assustaram quando o professor começou a andar em direção ao centro da sala, no meio do caminho o professor parou e olhou para o lado em que se encontravam Harry e Rony. Seu olhar cruzou com o de Harry e no momento seguinte ele começou a se dirigir ao garoto com um olhar maléfico, um olhar que Harry nunca imaginaria poder vir de uma pessoa tão fútil como Slughorn.
“Preciso matar o Potter, preciso matar o Potter....” começou a sussurrar o professor enquanto ia em direção à Harry com as mãos estendidas. Toda a turma olhava as ações do professor. Quando Harry estava pegando a varinha para se defender, o professor caiu e atrás dele estava Alessandra de pé com uma varinha apontada para onde antes estava o professor.
“O que aconteceu?” perguntaram todos quando o professor caiu, a sala foi
invadida por Madame Ponfrey e dois homens desconhecidos, que agarraram o professor desacordado e saíram da sala. Alessandra despencou a classe e quando todos estavam saindo ela foi abordada por Harry.
“O que aconteceu?” perguntou Harry nervoso, e Rony e hermione ouviam atentos.
“Harry agora eu não posso contar, é um assunto sigiloso.” Respondeu a garota meio sem graça.
“Alessandra ele estava tentando me matar! E acho que eu tenho direito de saber por que meu professor de poções estava agindo daquela forma.” Disse Harry diplomaticamente.
“Está bem, sentem-se!” disse a garota indicando três carteiras que estavam próximas a mesa do professor.
“Por que ele estava querendo me matar?” perguntou Harry um pouco ancioso.
“Ele está sob a maldição imperius.” Respondeu a diretora com muita calma.
“Como?” perguntou Hermione meio que sem querer.
“Como todos os monitores sabem, o professor Slughorn embarcou no trem dia primeiro, porem ele não foi visto no banquete de boas vindas e todos sabemos que o Slughorn não recusa uma festinha! Todos também sabem que eu fiz questão de instalar novas medidas de segurança em Hogwarts e foi por causa dessas novas medidas de segurança que eu fiquei sabendo que o professor estava enfeitiçado, então tomei providencias, levei o professor Slughorn para a Ala hospitalar e junto com madame Ponfrey tentamos retira-lo do domínio dessa maldição.”
“Mas ele veio aqui me matar!” disse Harry meio incrédulo.
“Como eu disse quando vim dar as explicações a turma, ele piorou, mas não pensávamos que ele viesse parar tão longe.”
“Mas ele veio.” Disse Rony inconvenientemente.
“É Rony ele veio, mas eu não ia deixar que nada acontecesse ao Harry.” respondeu Alessandra.
“Mas como ele piorou? Quero dizer, ele não já estava medicado? Não vinha dar aulas?” perguntou Hermione.
“Eu acho que vocês não sabem como se acaba com uma maldição imperdoável! Pois bem, só existem duas maneiras de se acabar com uma maldição imperdoável, ou a pessoa que está enfeitiçada morre ou a pessoa que enfeitiçou retira o feitiço.”
“Mas você não acha que a pessoa que enfeitiçou esteja no castelo?”
perguntou Rony aflito.
“Não tem possibilidade, como eu já disse todas as intenções más ficam de fora do castelo.” Respondeu Alessandra.
“Mas então vocês não sabem que enfeitiçou?” perguntou Harry.
“Esse é o problema, precisamos descobrir quem enfeitiçou para podermos obrigar que o feitiço seja quebrado. Quando eu disse que ele já estava medicado era porque nós pensávamos que era uma pessoa então executamos um feitiço de quebra para uma tal pessoa. Porem não funcionou e pior, fez com que o feitiço ficasse mais concentrado, dando ao professor insanidade.”
“Então o professor corre o risco de ficar assim para sempre?” perguntou Hermione preocupada.
“Talvez sim, talvez não. Como aconteceu com Bartô Crouch, ele pode tentar se livrar do feitiço sozinho, e pode também não conseguir.” Respondeu a garota dando um sorriso.
“Você parece tão confiante.” Comentou Harry.
“Harry até hoje eu nunca me dei por vencida, e pra dizer a verdade eu nunca deixei de resolver uma coisa. Então tenham certeza que quando eu não tiver mais essa confiança, o professor não vai ter mais jeito. E rezemos para que isso nunca aconteça.” Dizendo isso ela deu outro riso, deixando o rapaz com o queixo caído com a desenvoltura da garota.
“Mas e falando em mim, Harry você recebeu meu recado?” continuou
Alessandra.
“Recebi.”
“E...”
“E eu estarei lá às 18 h.” respondeu Harry
“Bom! Acho que é só. Acho que já expliquei tudo que vocês queriam saber. Mais alguma pergunta?”
“Não.” Responderam os três amigos.
“Então acho que já está na hora de voltar à meus serviços. Vamos todos sair daqui, já que não vai ter aula mesmo, aproveitem para estudar.” Aconselhou Alessandra quando estava saindo da sala e dando tchau para os garotos.
Depois das quase duas aulas vagas na biblioteca pesquisando sobre o feitiço desilutório que Tonks passara, os garotos voltaram para sua ultima aula que seria nas estufas com a professora Sprout. Depois de passar uma hora enchendo vaso com terra e estrume de Dragão para plantar flumbetunias, uma planta que quando madura ajuda na prevenção de doenças mágicas crônicas eles foram dispensados e voltaram para seus dormitórios.
Harry se arrumou correndo e desceu para a sala da diretora.
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