A Taça de Hufflepuff



Cap-19
A Taça de Hufflepuff

Harry foi ajudado pelos dois vampiros que estavam logo atrás dele. Eles seguraram o vampiro desacordado e o colocaram deitado a uma distância razoável da porta que ainda estava aberta. Alessandra ficou um tempo fitando o até que mexeu uma das mãos e o Hank acordou perguntando o que havia acontecido.

“Então o Harry abriu a porta e você caiu em cima dele.” Alessandra concluiu a explicação.

“Sr°. Potter eu lhe devo minha vida!” disse o vampiro tentando se levantar, mas ainda estava muito fraco.

“Vocês fizeram complô foi? Será possível que hoje eu vou receber a vida de mais alguém que eu ajudar?” disse Harry irônico.

“Ítalo o que aconteceu lá dentro?” perguntou Alessandra fazendo com que a atenção desviasse de Harry.

“Eu entrei na sala, ouvi um barulho, quando eu olhei para trás a porta havia se fechado e a porta que estava ali havia desaparecido. Ficou tudo escuro e comecei a sentir uma presença muito forte, acho que era magia negra. De repente eu comecei a sentir uma dor insuportável e depois só me lembro de uma porta aparecendo e eu usando todas as forças que restaram para chegar à ela. Daí eu acordei aqui!” disse o vampiro se levantando com muito esforço.

“Então eu acho que devemos olhar mais de perto o que temos ali.” Disse a garota olhando para a porta, ainda aberta.

“Mas é muita sorte vocês não acham? A primeira tentativa e já achar magia negra! Quer dizer ou Voldemort foi muito burro em pedir uma coisa tão obvia ou ele simplesmente fez uma armadilha para quem tentasse achar sua Horcruxe.” Disse Harry aos que estavam presentes.

“Temos que arriscar! Ítalo o que você viu de objetos lá dentro?” perguntou a garota apontando para a porta que mostrava uma sala repleta de trevas.

“Não deu para ver muita coisa, mas pelo que eu senti tinha muitos objetos de diferentes tamanhos, mas pelo que percebi todos era brilhantes algo como ouro ou prata, pois eles refletiam a pouca luz que estava no ambiente.” Disse Hank.

Alessandra se aproximou do cômodo e ficou olhando o ambiente escuro. Depois ela levantou a mão e ficou fazendo movimentos circulares como se procurasse encontrar ali uma parede invisível. Harry e os três vampiros a olhavam curiosos para ver no que aquilo ia dar.

“Com certeza aqui tem magia negra!” disse ela lentamente pegando sua varinha e a movimentando rápido. No segundo depois uma luz surgiu da sua varinha e entrou na sala. Mas antes que eles pudessem ver o que tinha lá dentro a luz se apagou e se transformou em fumaça verde.

“O que isso significa?” perguntou Harry.

“Significa que definitivamente tem magia negra aqui dentro.” Disse a garota tranquilamente.

“E tem como entrar?”

“Ter tem, mas não sabendo o que vai acontecer quando entrarmos.” Disse ela voltando-se para a sala.-“Acho que vou entrar!”

“Sozinha você não entra!” disse Harry instantaneamente.

“Eu tenho, você fica aqui com os outros!”

“Até parece que eu vou ficar! Eu não vou deixar você ir sozinha, eu vou com você. E nem adianta me olhar assim, eu vou e está decidido.” Disse ele olhando para os olhos da garota.

“Eu sei, mas tentar não tira pedaço!” disse a garota rindo e fazendo Harry rir também.

“Então qual o plano?” perguntou Harry desviando o olhar para a sala escura.

“Tentei lançar um feitiço para o interior da sala, mas ela não aceitou. Isso significa que ela quer que entremos.”

“Mas e o que aconteceu com o Hank?”

“Eu sei, estou confusa sobre o que fazer.” Disse a garota olhando para Harry novamente.

“Não tem nenhum feitiço que possa ser feito para deixar a porta aberta, após nós entrarmos?”

“Não! A única coisa que podemos fazer é pedir para se a porta fechar eles fazerem a mesma coisa que você fez.” Disse ela apontando para o trio de vampiros que olhavam para eles enquanto esses decidiam o que fazer.

“Alessandra, ainda estou achando muito fácil.” Disse o garoto segurando ela pelo braço quando ela fez menção de entrar.

“Harry você se lembra do que aconteceu na caverna?”

“Claro, impossível esquecer!”

“Então me diga como foi. Foi fácil entrar?”

“De certa forma foi! Foi só dar um pouco de sangue!”

“Então, Voldemort nunca pensaria que alguém poderia chegar a alguma de suas horcruxes, por isso é fácil entrar, mas difícil sair dela.”

Era verdade o que a garota estava dizendo, foi fácil entrar na caverna, porém foi difícil sair dela. Quando ele precisou pegar aguar no lago repleto de corpos que eles o atacaram. E o que Dumbledore disse lhe encheu a cabeça: que seria realmente preciso duas pessoas para poder pegar o medalhão, que no final era falso. Isso lhe revoltava!

Mas agora não era tempo, ele olhou mais uma vez para a garota e percebeu que ela estava esperando a autorização dele para entrarem. Ele olhou novamente para o breu da sala, e assentiu. Ela segurou sua mão e o colocou de seu lado.

“Temos que entrar ao mesmo tempo, e juntos para que não haja possibilidade da sala fechar com apenas um de nós lá dentro.” Disse a garota olhando para Harry. Depois ela olhou para trás e falou com os vampiros.-

“Ítalo, Daniel e Rauf, se a porta fechar novamente peço que vocês façam como o Harry fez, fale três vezes o que o Ítalo falou e quando a porta aparecer, abra-a o mais rápido possível, certo?”

“Alessandra não é melhor algum de nós irmos com vocês?” perguntou o Rauf.

“Não é preciso. Eu e Harry, acredito sermos o suficiente, mas se algo acontecer, se vocês não conseguirem abrir a porta, já sabem o que fazer!” os três vampiros assentiram com a cabeça, e ela deu o sinal para Harry entrar junto com ela.

Os dois entraram, Harry percebeu que por mais que estivesse claro lá fora a luz não chegava a entrar. Ele não conseguia enxergar nada, porém continuava andando, seguindo os passos de Alessandra. Até que ela pára.

“Por que paramos?” perguntou Harry depois de um tempo no silêncio e parados na escuridão.

“Porque eu acho que chegamos ao ponto mais forte da magia negra.” Agora Harry só ouvia a voz dela e se ela não estivesse segurando sua mão ele não saberia onde acha-la.

“O que fazemos agora?” perguntou o garoto tentando enxergar alguma coisa, ele levantou a varinha.

“Não faça magia.”gritou a garota, mas já era tarde de mais Harry já havia feito o feitiço. A sala se encheu de luz.-“Não importa o que aconteça não solte minha mão.” Disse a garota agora olhando para os lados.

No mesmo momento em que ela disse aquilo, a porta se fechou e os dois ficaram ali, no meio de uma sala cheia de objetos dourados. Harry observou um pouco antes de sentir uma dor muito forte em todo o seu corpo, ele começou a envergar de dor e fechou os olhos, era uma dor horrível. Parecia com a maldição cruciatus, de repente ele sentiu uma mão batendo em seu rosto, e ele abre os olhos com dificuldade.

“Harry olha pra mim!” disse Alessandra que olhava com muito medo para o Harry que agonizava de dor.- “Harry olha pra mim!” quando ele conseguiu abrir os olhos ele deparou com os olhos dela cheio de lagrimas olhando para ele. Ela olhou desesperada para os lados, como se procurasse algo.

Ele sentia uma dor agonizante, mas fazia de tudo para manter os olhos bem abertos e ver o que acontecia ao seu redor. Ela olhava ao seu redor desesperada, até que parou seu olhar em uma pequena taça dourada que estava dentro de uma caixa de vidro.

“Harry você consegue se mexer até ali? Acho que posso acabar com essa dor.” Perguntou a menina colocando a mão sobre o rosto do garoto. Ele assentiu já que a outra mão dela estava sustentando a dor do menino, e ele tentou se levantar, mas era muito forte a dor que sentia, parecia que estava sendo esmagado por uma cobra gigante invisível. Mas isso iria acabar a qualquer momento, quando ela conseguisse fazer o que ela queria. Ele confiava nela e tentou se movimentar, mas quanto mais se movimentava mais era forte a força sobre ele. Porém com muito esforço ele chegou a um ponto que ela pudesse chegar à caixa sem ter que separar as mãos.

Ele despencou no chão ficando de joelhos, ela pegou a varinha e disse algumas palavras que Harry não conseguiu destinguir, pois sentia muita dor e já não estava ouvindo mais nada. Ele estava sentindo que não iria agüentar quando de repente a dor cessa e ele cai no chão, sem sentir nada. Ele não sentia seu corpo, só mexia seus olhos. A garota percebeu o que havia acontecido e foi direto olha-lo.

“Harry, você está se sentindo bem?” perguntou ela, mas Harry não conseguiu mexer os lábios nem ao menos emitir sons.- “Calma Harry! Eu estou aqui com você, sei que não é muita coisa mais eu você vai sair dessa.” Ela não deixou de segurar as mãos dele um só momento, ela olhou nos olhos dele.-“Harry eu vou entrar na sua mente pra tentar descobrir o que você tem, e até para você se comunicar comigo, tá? Você não vai me ouvir na sua mente, mas eu vou te ouvir. Para isso eu preciso que você se acalme, olha para mim!” disse ela.

A garota estava realmente aperreada, pois ele estava agoniado com a situação em que se punha. Quem não estaria? Não estava conseguindo movimentar nem um músculo. Ela colocou a mão que estava livre no rosto dele, e o olhava com um olhar doce e ao mesmo tempo preocupado. Ela fechou os olhos e depois o abriu com um sorriso.

“Harry você só está dormente, o feitiço o deixou assim. Você vai ficar melhor! Tente movimentar os dedos.” Disse ela enquanto olhava para a mão que ela segurava.

O garoto percebeu que começou a sentir seus ossos doerem, ‘deveria ser um bom sinal’ pensou. Porem por mais que tentasse se mexer só sentia a dor. Alessandra sentou e colocou a cabeça de Harry em seu colo, e começou a mexer nos seus cabelos.

“Sabe Harry, eu sempre gostei de mexer nos cabelos do meu pai, era macio, o seu é diferente, é gostoso, sabe? É como se eu não pudesse parar de mexer!” disse a garota sorrindo para ele que deitado no seu colo fechou os olhos.-“Harry você sorriu!” nesse momento ele tentou novamente mexer os dedos e conseguiu.

“Acho que um pouco mais de tempo e você vai sair daqui andando!” disse ela novamente mexendo em seus cabelos.-“Você deve estar pensando por que eles ainda não abriram a porta, é eu também não sei!” disse ela com olhar vago sem deixar de mexer nos cabelos do garoto que estava de olhos fechados só curtindo o momento.

De repente eles ouvem um barulho e a porta surge novamente, a porta se abre e uma pessoa entra na sala.

“Alessandra você está bem?” essa voz era do Malfoy. ‘Que filho de uma mãe! Por que ele está aqui?’pensou Harry

“Estou, o Harry é que ainda não está. Por que demoraram tanto?” perguntou a garota com raiva.

“Eles me contaram o que aconteceu e que não conseguiram abrir a porta, ela aparecia, mas não abria. Então eu percebi que havia magia negra e tentei inibi-la, então agora eu consegui e estou aqui!” respondeu o loiro que agora abaixava para ficar na mesma altura que a garota.

“Me ajude aqui com o Harry.”

“O que aconteceu com o cicatriz?” perguntou Draco com um tom de alegria.

“Ele está sem movimentos, mas logo recuperará. Me ajude a levanta-lo e a ficar em pé.” Disse ela tentando levantar Harry sem parar de segurar sua mão.

Draco a ajudou e os dois levantaram Harry, mas não para a saída e sim para a caixa de vidro onde estava a taça de Helga Hufflepuff.

“Então realmente existe!” disse Draco incrédulo olhando para a taça.

“Sim, mas creio que Voldemort colocou algum feitiço sobre ela. Dá para sentir a magia!”

“É dá sim, mas como saber qual?”

“Só testando!” disse ela pegando uma das taças que estavam no local e atirando sobre o vidro, este, porém, não fez nem um barulho.

“Acho que ela está protegida por um feitiço escudo. Pois se fosse algo mais estaríamos no chão agora.” Disse Draco olhando para a caixa pensativo.

“Pensei nisso também. Mas como fazer um anti-feitiço sem usar magia. Pois se usarmos magia aqui dentro ficamos que nem o Harry.” disse ela olhando para Harry, esse já estava conseguindo manter sua cabeça firme.

“Eu faço o feitiço e caso aconteça a mesma coisa comigo você quebra o feitiço que nem fez com o Potter.” Disse o loiro decidido.

“Espera aí! Vamos deixar o Harry se recuperar, daqui a pouco ele vai estar de pé e aí podemos...”

“Não sabemos até quando vamos estar bem. É melhor aproveitar.” Disse o garoto loiro pegando sua varinha. A garota assentiu e ele lançou o feitiço, novamente a sala ficou escura, mas não aconteceu nada de ruim para Draco, ele continuou de pé segurando Harry pelo ombro.

“O que aconteceu?” perguntou a garota em voz alta.

“Você já usou algum feitiço em direção à taça?” perguntou o rapaz albino olhando para a garota.

“Usei, senti que a força que causava dor em Harry vinha dela, então a inibi.”

“Então significa que o feitiço para repelir já foi quebrado, o que falta quebrar é o vidro.”

“Tem ... q.que... dá... alguma coisa... e.e.em troc.c.ca.” disse enfim Harry.

“Como assim?” perguntou Malfoy olhando intrigado para Harry.

“Como sangue?” perguntou Alessandra para Harry e ele balançou a cabeça.

Não teve demora, ela pegou a varinha fez um corte com ela, fazendo jorrar sangue no vidro, mas nada aconteceu. Ela fez outro movimento com a varinha e o corte em seu braço já era inexistente. Ela olhou para Harry com olhar de indagação. Harry já sentia seus braços e um pouco suas pernas, mas elas ainda estavam muito doloridas, parecia até que tinha sido atropelado pelo expresso de Hogwarts.

Ele se soltou de Draco e cambaleando foi até a caixa. Ele a observou de perto, tocando em todos os seus extremos. Alessandra e Draco o observavam, e ele olhou para o ambiente que continuava escuro, agora só iluminado pela claridade de fora, já que Draco quebrara o feitiço que separava os dois ambientes.

Percebeu que a sombra que uma das taças tinha a forma de uma serpente. Foi aí que veio a idéia.

“Ofidioglota! Voldemort era ofidioglota.” Disse Harry voltando-se para a caixa.

“Você acha que consegue Harry?” perguntou a garota ainda segurando sua mão.

“Sim! Só preciso de um incentivo” e com apenas um gesto da varinha Alessandra conjurou uma cobra.

Harry se concentrou e disse ‘abra’, olhou para a caixa e nada aconteceu. Se concentrou de novo e disse ‘desmonte’, mas a caixa continuou imóvel. Ele olhou para Alessandra que agora tinha uma conversa animada com a cobra. Harry olhou novamente para os lados a procura respostas.

“Taça de Helga Hufflepuff!” quando terminou de dizer aquilo a caixa fez um barulho estranho e os vidros que estavam ali sumiram.

“Você conseguiu Harry!” disse a garota abraçando-o e como ele ainda estava fraco desequilibrou-se e caiu no chão, levando com ele Alessandra que estava abraçada a ele.

Eles ficaram parados por um momento, um olhando para o outro, ela estava por cima dele e seus cabelos caíram sobre seu rosto, escondendo o rosto dos dois. Ela olhava para ele e vice e versa, ele podia sentir a respiração dela e ela a dele, segundos transformaram-se em horas e quando os lábios dela estavam próximos do dele, eles ouvem um pigarro e ela se levanta como um raio.

Malfoy interrompera aquele momento, Harry não sabia se o que sentira era ódio ou algo pior, só sabia que podia matar o Malfoy só por aquilo. Antes de terminar de se levantar, Harry viu Alessandra conjurar uma mochila. Ele se levantou e percebeu que Draco estava ajudando a garota a colocar a taça dentro da mochila nesse exato momento Harry sente um aperto no coração e se pôs no meio dos dois, segura novamente a mão da garota e sai.

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