Capítulo 8



Em sua enorme casa na África, Richard dava um jantar que seria comentado na sociedade, por vários meses. O estava preparando a dias, e não faltava uma pessoa importante ou influente, mas, também não havia nenhum que não fosse. O dia não poderia ter sido melhor, além do jantar, haviam fechado o caso do assassinato de Hermione. Ao ver a amante, com outro homem, Arnald matara os dois. Agora seria apenas questão de tempo antes que fosse preso, e talvez condenado a morte. Um a menos para aquela estúpida F.A.L.E., que só atrapalhava os negócios de todos.
Naquele momento, um de seus elfos-domésticos se aproximou com uma bandeja de prata, contendo um bilhete. O apanhou displicentemente, mas, logo seu estômago se contorceu. Havia apenas uma linha, mas se a pessoa que mandara o bilhete fosse quem ele pensava que era, não eram boas notícias. "Me encontre embaixo da ávore, sozinho", o bilhete dizia. Pedindo suas desculpas a todos, se levantou da grande mesa de jantar, e saiu para o jardim dos fundos, onde havia uma gigantesca árvore com séculos de idade.
Quando chegou lá, seus medos se confirmaram. Era Rony, ele parecia mais perigoso do que Richard já o vira, em todos os anos de convivência. Estava sujo, as roupas rasgadas, e o cabelo desgrenhado. Um leve inchaço no nariz, um curativo na testa. "Teve ter apanhado tanto, que magia não foi o suficiente para cural-lo.", Richard pensou. E comentou em voz alta:
_Achei que estava na Inglaterra, e que iria ficar por lá.
_Voltei, mas não estou trabalhando.
_O que faz aqui, desse jeito? Quer me matar?
_Não, apenas umas perguntas.
_Tudo bem. Mas, seja rápido, meus convidados estão me esperando.
_O que dizia a carta?
_Que carta?
_A de Londres, sobre o relatório dela. O que dizia?
_Além de xinga-la de tudo e mais um pouco, dizia que precisava da assinatura do médico, que resolveu testar o remédio nos elfos. Ela queria que o remédio fosse feito de novo, e que parassem a distribuição imediatamente.
_E o que mais?
_Só isso.
_Teve mais Richard, essa confusão não foi só por causa de uma assinatura.
_Não, foi sobre o relatório inteiro. Mas, a essa hora já foi destruído.
_Foi uma armadilha, para a pegarem desprevinida, não foi?
_Para ela e para o médico, que desapareceu assim que os primeiros elfos morreram.
_E foi você quem a dedurou, não é? Que disse que caminho que ela estava tomando para voltar para casa?
_Claro que não, nem eu sabia. Mas, eu a dedurei sim, de outra forma. Disse quando e com quem ela faria a viagem. Mas, eu a amava, não sabia que iam mata-la! Não fazia idéia, se soubesse, não teria contado.
_Você não a amava, você a traiu.
_Todos nós a traimos. Até você, Rony. Quando não perguntava o que ela estava fazendo, ou quando a deixava sozinha. Porque no fundo é como ela estava, sozinha.
Aquelas palavras doeram muito em Rony, e ele sentiu a sensação de culpa crescer dentro dele. Desde que soube que da morte de Hermione, ficava se perguntado se seria diferente se tivesse insistido, e ido junto. Richard, ao vê-lo sem ter o que falar, se apressou em se despedir.
_É isso, Rony. Agora, por que não volta para casa e para com tudo isso?
_Que casa, Richard? Eu não tenho mais casa.
_Uma pena. Ah, soube de Arnald?
_Não, o que foi?
_Foi condenado pela morte de Hermione, agora pelo menos temos o alívio, de saber que o caso não vai ser arquivado.
_Você sabe, tanto quanto eu, quem foi o responsável, Richard.- Rony murmurou.- E que não foi o Arnald.
E virando de costas, pulou novamente o muro, e aparatou para longe.

Rony estava dirigindo o carro em na direção da região que Anika lhe deram, era sua última pista, o médico que iniciara tudo aquilo. Como não queria o governo o seguindo, alugara um carro trouxa e dirigia por estradas de terra, quade desertas, que facilitariam uma fuga, durante a noite.
Já dirigia a vinte minutos, quando viu um carro se aproximando a toda velocidade. Desesperado, ele acelerou o máximo que pode, mas o outro motorista não desistiu acelerando também. Perdendo em velocidade, Rony virou rapidamente para a direita, indo para o meio do deserto. Se fossem realmente mata-lo, não iria se entregar tão fácil. No momento em que pensava isso, sentiu o carro passar por cima de algo, no meio do deserto, e o pneu furar.
_Merda!- exclamou revoltado, parecia que tudo estava conspirando contra ele. Nervoso, e reunindo toda a coragem que possuia, parou o carro, e desceu com a varinha pronta.
O outro carro chegou perto rapidamente, e parou também. O motorista primeiro arrumou o cabelo no espelho do carro, para depois descer calmamente.
_O que acha que estava fazendo?- o motorista replicou, assim que desceu.- Fugindo de assassinos?
Surpreso, Rony reconheceu um dos sócios da 3 Varinhas. Eles haviam se conhecido em uma festa, a muito tempo atrás, e ele conversara animadamente com Hermione. Era muito simpático, embora também muito ganâncioso, mas não tão maldoso ou desonestco como os outros dois sócios.
_Sr. Bloom?- perguntou assustado. Ao ver o rosto com curativos de Rony, a expressão de Bloom caiu.
_Acho que realmente estava esperando serem assassinos.
_O que o senhor faz aqui?- Rony continuou, chocado.
_O que faço aqui? o que mais poderia estar fazendo? Procurando você.- ele praticamente gritou. Rony percebeu que ele estava muito estressado.- Faz dias que o procuro, quero lhe contar algumas coisas.
_Como assim?
_Sei qu está procurando o que aconteceu com sua esposa, e tlavez eu tenha algumas respostas.
_O senhor me procura a dias, para me contar algumas coisas?- Rony repertiu, incrédulo, guardando a varinha no bolso, mas ainda atento a qualquer movimento do outro.
_Eu gostava muito de sua esposa, entenda. Ela me fazia rir. Mas, parou de falar comigo a meses, pena. Se soubesse que eu sairia perdendo também, nessa história toda.
_Do que está falando?- Rony estava surpreso demais para ser educado.
_Eles me tiraram tudo, aqueles dois idiotas. Não tenho dois nuques para esfregar um no outro. Vim te ver para que saiba o que aqueles canalhas fizeram pelas minhas costas, e que eu só descobri agora. Você, provavelmente, é o único que pode desmascara-los, e eu quero ajuda-lo nisso.
_O senhor quer se vingar através de mim.
_Olhe, filho. Isso tudo é um negócio, como tudo na vida, certo? Você quer respostas, eu posso te dar respostas, só peço que me ajude em uma coisa que faria de qualquer maneira.
Rony o encarou pensativo, tudo o que estava acontecendo não deixava de ser culpa dele, afinal, ele era um dos sócios. Não era tão inocênte como queria transparecer. Será que poderia confiar nele?
_Por que eu confiaria em você?
_Se você foi tão longe, por que parar agora?- o outro deu de ombros.
Rony pensou rapidamente, se aquilo fosse uma ramadilha, ele já enfrentara coisas piores com Você-sabe-quem. Além do mais, não parecia o jeito deles fazerem armadilhas, quando podiam ataca-lo naquele lugar deserto, ainda mais envolvendo um dos sócios da empresa. Vendo a expressão de Rony, Bloom se dirigiu a seu carro.
_Entre aqui, depois eu te trago de volta, não acho que vá passar ninguém por aqui para roubar seu carro.
Ainda apreensivo, segurando a varinha, Rony entrou no carro. Eles seguiram em silêncio por cerca de 2 horas, quando se aproximaram dos suburbios da cidade bruxa. Bloom levou-a a montanhas isoladas, em um lugar de difícil acesso, então parou o carro, e apontou o terreno vazio a sua frente. Rony olhou pelo vidro do carro, sem entender. Para que eleva-lo ali?
_Você sabe o que é isso?- Bloom finalmente perguntou.
_Não.
_O pesadelo de sua esposa. Um cemitério clandestino de elfos -domésticos. Centenas deles, enterrados como se nunca tivessem existo.
_Os que morreram com o novo tratamento?
_Exatamente, todos aí. Ninguém dando pela falta, nenhum registro de que um dia já andaram por aí como eu e você. Nada. E esse é o fim que te aguarda, se não se cuidar. Se eu te encontrei, qualquer um pode encontra-lo.
_Como me achou?
_Achei que fosse atrás de onde sua esposa foi morta, e peguei a estrada naquela direção, palpite de sorte.
_Entendo.
_Acho que ainda não percebeu a gravidade da situação.- Bloom riu, sem alegria, dando ré e saindo do cemitério clandestino, voltado para estrada.- Sabe como as coisas funcionam aqui?
_Os poderosos e ricos mandam?- Rony resmungou, e dessa vez Bloom riu de verdade.
_Não, garoto. Isso acontece em qualquer lugar. O que estou querendo dizer é, aqui na África é quase impossível prender alguém por assassinato. Não existem testemunhas ou suspeitos, e se houverem, todos terão um excelente álibi, na hora oportuna. Tudo começa com uma coruja, mandada por uma pessoa realmente poderosa, para outra de menor importância. E assim vai, sucessivamente, até chegarem nos assassinos contratados, que não sabem quem deu a ordem. Entende? É um caminho tão longo e difícil, que não dá para seguir a pista até o fim. No fim, ninguém sabe quem deu a ordem.
_Quer dizer que nunca vou realmente saber quem matou minha mulher.
_Quem a matou foram assassinos quaisquer, que não importam. Você nunca vai saber quem tomou a decisão de mata-la primeiro. Porque todos a mataram um pouco, mandando a mensagem a diante.
Rony sentiu um aperto no estômago, lembrando-se do que Richard dissera "Todos nós a traimos". Então, lembrou-se do que este dissera sobre Arnald.
_É verdade que culparam Arnald?
_Foi o que eu soube. Pobre rapaz, suponho que não sabe o que aconteceu com ele?
_Ele fugiu, não foi? Para se esconder.
_Ele foi encontrado. Pendurado pelos pés em uma árvore, amarrado, para os urubus.
_Como o senhor sabe?
_Deu no rádio, pouco antes de eu te encontrar. O Ministério ainda o achou vivo, mas ele não sobreviveu muito mais, estava em pedaços.
Rony sentiu náuseas, e lembrou-se de Hermione, sozinha em uma maca fria de metal, em lugar nenhum, esperando ser reconhecida. O resto da viagem foi novamente em silêncio, Rony observava pensativo o sol nascente. Era tão bonito. Tanta coisa acontecera desde que ele fora transferido da Inglaterra. Mas, o eu teria acontecido se tivesse dito não, e tivesse deixado Hermione? "Ela estaria viva, mas provavelmente nunca mais falaria comigo. Mesmo assim, preferia isso ao que aconteceu."

Bloom deixou Rony exatamente onde haviam se encontrado, o carro ainda estava lá, com o pneu furado. Concertando-o, Rony seguiu viagem, pela estrada sempre deserta. Ele dirigia atento ao caminho, mas ao mesmo tempo algo havia mudado. Ele sentiu uma enorme necessidade de falar, e quando percebeu, conversava com Hermione. Ele até podia vê-la, andando sorridente ao lado do carro, como se para fazer-lhe companhia. Os rebeldes cabelos ao vento, andando calmamente na paisagem seca e deserta, apesar da velocidade do carro, 'as vezes sorrindo para ele. Não era um fantasma, na verdade, ele achava que não era nada, apenas a lembrança que ele tinha dela, que ele podia ver por sentir tanta saudade.
_Tem só algumas coisas que eu queria que você tivesse me dito.- ele falou, os olhos postos nela.
Hermione estava sentada no banco do passageiro, descalça, os pés para cima, e comendo uma pacote de biscoitos. Ela adorava comer biscoitos, principalmente durante longas viagens. Rindo de boca fechada, porque estava cheia de biscoitos, ela se divertia, como se Rony houvesse contado uma história engraçada. Era esse o jeito que ele gostava de se lembrar dela.
_Esse é o homem que eu amo.- ela cochichou, beijando-o na bochecha, e descançando a cabeça no ombro dele, ainda comendo e sorrindo.

Depois de dirigir vários km, Rony parou em uma cidade razoavelmente grande, onde ele pegou uma avião trouxa, de destribuição de alimentos, para as regiões mais pobres da África. Exatamente onde ele quiria ir, seguindo o endereço que a Alemã Anika lhe dera. A viagem foi curta, ele estava em meio de pacotes de alimento, não havia outro passageiro. O piloto e o co-piloto não podiam coversar, devido ao enorme barulho das pás que giravam rapidamente. Estavam em uma região seca, onde não havia nada a km de distância, apenas pequenas vilas espaçadas, com poucos habitantes que sobreviviam ao calor, a fome e a seca.
_Vamos aterrizar, é melhor se segurar.- o piloto gritou para Rony.
Olhando pela janela, o ruivo não sabia como o piloto podia diferenciar uma região de outra, não havia nada ali, apenas umas poucas choupanas. O avião embicou e Rony teve que se segurar fortemente em um pedaço de rede, para não escorregar. O avião pousou com um grande tranco, e logo vários moradores estavam se reunindo em volta dele, curiosos. Pela roupa, podia ver que eram nativos, viviam seguindo os antigos custumes e a cultura Africana, antes dos tempos da colonização. Se precisavam de comida agora, era só porque o suposto homem civilizado havia conquistado seus territórios, expulsando-os.
Enquanto o piloto e o co-piloto esvaziavam a carga, distribuindo-a entre as famílias, Rony começou a andar pelo meio da tribo, procurando. Ele atraia muita atenção, e principalmente a risada de todas aquelas pessoas. As crianças corriam a sua volta, apontando. Tudo por causa de seu cabelo vermelho vivo, nunca visto antes por ninguém. Foi então que ele viu quem procurava. Reconheceu o médico, do hospital onde seu filho nascera. Sorte Hermione ter falado daqueles elfos, e do médico.
_Doutor Parker?- perguntou em inglês, ao médico que atendia uma grávida.
O medico ergueu os olhos preocupado, olhando- o atento.
_Sou eu mesmo.
_Precisamos falar em particular.
_Entendo.- o médico respondeu, e trocando algumas palavras em africano, com a mulher, fez sinal para Rony segui-lo. Era um senhor baixo, e careca, com uma blusa aberta e florida, e shorts. Se não fosse o único branco da aldeia, Rony nunca teria imaginado que ele era o médico.
Eles entraram em uma cabana que estava repleta de macas e de alguns aparelhos médicos e remédios, o médico se sentou em um banco, enxugando o suor com um lenço.
_É muito quente aqui.- comentou, então ficou em silêncio, olhando para Rony. O ruivo percebeu que era sua vez de falar.
_Meu nome é Ronald Weasley.Talvez o senhor tenha ouvido falar de mim, conheceu minha esposa Hermione...
_Sim, eu sei quem você é.- o médico o olhou com pena e constrangimento.- Sinto muito pelo que aconteceu com sua mulher.
_Soube que ela veio aqui, vê-lo, antes de morrer. Para conseguir algumas assinaturas e alguns dados.
_Isso é verdade.
_E quem mais estava aqui com ela?
_Um rapaz alto chamado Arnald, que teve que ir embora, e deixou-a aos cuidados de um homem de minha confiança, para guia-la, que também morreu.
_Entendo.- Rony suspirou. Então o homem com Hermione, no carro, não era seu amante. Apenas um guia.- E o senhor... deu a ela as informações.
_Acho que mesmo que eu não quisesse dar,- ele riu- ela teria arrancado de mim de qualquer jeito. Ela era muito determinada, sua esposa. E muito corajosa também.
_Eu sei, foi por isso que ela morreu, por ter coragem demais.- Rony respondeu, tentando não chorar. Ficaram em silêncio um tempo, parecia não haver mais nada a ser dito, mas o médico virou-se para Rony.
_Admiro muito o que ela estava fazendo, queria ter feito o mesmo quando o primeiro elfo morreu, mas não pude. Não queria morrer, como aconteceu com ela.
_Tudo o que me perguntou foi como souberam aonde ela estava, não era para ela ter pego aquela estrada.
_Eu...- o médico engasgou, então olhou Rony, seus olhos brilhando de determinação. - Eu a mandei por aquele caminho. E fui eu também que avisei que ela estaria lá. Sinto muito.
_O senhor o que?- Rony berrou, mas nesse momento, um outro berro encheu o lugar.E vieram outros, pela porta, entraram pessoas para carregar os enfermos para fora.- O que está acontecendo?!
_A vila está sob ataque! Isso acontece, as vezes. O governo não está feliz com as ações comunitárias, como esse carregamento de comida. Ele se mantém no poder pelo terror e controle da população, com a distribuição de comida, parte do controle acaba.
Nesse momento ouvi-se tiros e mais gritos.
_E o que eles fazem aqui?- perguntou Rony, assustado.
_Eles saqueiam, queimam e matam. Vamos, precisamos sair daqui!
Rony seguiu o médico, que corria entre as casinhas, o que era dificultado por todas as outras pessoas, que corriam histéricas em volta. Olhando para trás, Rony viu homens a cavalo, carregando e atirando com o que reconheceu serem armas trouxas. Viu uma mulher cair, com um grito abafado, atingida pelas costas. Tentando não pensar em Hermione, continuou correndo, seguindo o médico. Ele não entendia o que acontecia, como coisas como aquela ainda podiam acontecer no mundo, entendeu porque Hermione sempre insistia em fazer alguma coisa pelos menos afortunados. Aquilo não estava nas mãos dele, mas o elfos estavam, e ele não fez nada. E se pudesse usar a varinha, e salvar todas aquelas pessoas? "Não, eu estaria infringindo milões de regras, e quem assegura que isso vai resolver, que eles não vão voltar enquanto eu não estiver aqui? Se eu ainda estivesse no governo, talvez pudesse fazer algo."
Foi então que viu, de um cavalo, um homem erguer a arma e aponta-la parta o médico. Sem pensar duas vezes, pulou, derrubando o médico no chão, salvando-o dos tiros.
_Obrigado, você salvou minha vida.- o médico falou, ainda no chão- Eu não merecia, depois do que fiz com sua mulher. Mas, não sabia que iam mata-la.
_Aparentemente ninguém sabia.- Rony resmungou, pondo-o de pé.- Não tem nada que possamos fazer aqui?
_Nada do que fizermos irá mudar essa situação.
_A gente podia tentar.
_Acredite, será pior para eles, da próxima vez, se fizermos algo.
_Somos bruxos, poderiamos dar um jeito. Pelo menos, dessa vez, podemos fazer algo!
_O que adianta uma vez, você não vai estar aqui na próxima. E talvez não vai estar aqui para ver o dia de amanhã, se não corrermos para aquele avião.- e o puxou.
Ao chegarem, os motores já estavam ligados, e o piloto os aguardava na porta.
_Podemos embarcar algumas pessoas? Eu pago.- Rony pediu.
_Não, é contra as regras! - o piloto respondeu- E não teriamos o que fazer com elas depois.
_Mas, se elas ficarem, vão morrer!
_Isso também dói em mim, eles são o meu povo, mas não posso fazer nada! Eu queria poder. Mas, vamos. Se furarem o avião com esses tiros, ficaremos presos aqui.
Rony entrou no avião se sentindo miserável. Como podia deixar todas aquelas pessoas para morrer? O avião decolou, e seu estômago gelou ainda mais. Como pudera deixar Hermione sozinha, enquanto ela lutava todos os dias, tentando acabar com injustiças iguais aquela? E com um aperto do coração, lembrou-se de que quando ela estava viva, ele mesmo fora uma daquelas pessoas que diziam que não havia nada a fazer.

NA- Triste. Agora só falta o último capítulo. Comentem! Beijos, Mary

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