Marotos voltando à Ação
Érica acordou com um raio de Sol que batia direto em sua cama, pela fresta entre as cortinas vermelhas que a envolviam. Esfregou os olhos e se sentou, sonolenta. O relógio sob a cabeceira de Lily marcava 6 horas. Sua primeira noite em Hogwarts tinha sido ótima. Havia dormido como uma pedra. Levantou-se e olhou-se no espelho, se assustando com o que viu. Seu cabelo cacheado estava uma bagunça, e sua maquiagem, toda borrada. Estava tão feliz com suas amigas no outro dia que esquecera de tirar sua maquiagem. Lily, Alice e Lola ainda dormiam. Érica pegou sua toalha no malão aberto ao lado da cama e foi até o banheiro. Tirou o pijama e entrou no chuveiro, mergulhando na água quente dele. Após alguns minutos desligou o chuveiro e se secou, saindo do banheiro enrolada na toalha. Ao abrir a porta, viu Lola pegando sua toalha no guarda-roupa e Lily abrindo as cortinas de sua cama.
- Bom dia! – cumprimentou ela ao sair do banheiro, com os cabelos vermelhos pingando.
- Bom dia, Érica! – responderam as outras duas, sonolentas. Lola passou por Érica e entrou no banheiro, com os olhos quase fechados. Lily levantou-se e começou a procurar o uniforme em seu guarda-roupa.
- E então, Érica, dormiu bem? – perguntou, enquanto Érica pegava seu malão e começava a pendurar suas roupas em seu armário.
- Muito bem, Lily! Pra falar a verdade, fazia tempo que eu não dormia tão bem assim. Também, na minha casa ficava cada dia mais difícil de viver.
- Porque?
- Porque não dava mais pra agüentar minha mãe e minha irmã caçula ficarem me enchendo o saco o dia inteiro. – respondeu, quando Lola saiu do banheiro, também enrolada em uma toalha com os cabelos pretos molhados – Minha mãe me acha a ovelha negra da família, e minha irmã é totalmente o oposto de mim: uma patricinha oxigenada e nojenta! Se daria muito bem com a Gabrielle.
- Deve ser horrível ter uma irmã como a Gabrielle! – comentou Lola, que fazia um feitiço para secar os cabelos e Lily ia para o banheiro.
Érica vestiu seu uniforme e olhou-se no espelho. Estava bonita. A camisa feminina branca ressaltava suas curvas, como a saia na altura do joelho e a bota de cano alto, que ela pôs porque queria. Mas ela não estava satisfeita.
- O Dumbledore tá achando que eu sou uma freira pra usar uma saia desse tamanho, não é?
- Porque? – perguntou Lola, analisando sua saia no espelho – Ela é tão comprida assim?
- Comprida? – perguntou Érica, se juntando a Lola no espelho – Eu tô parecendo uma executiva mal-amada com essa saia! Tenho que dar um jeito nisso!
Érica pegou sua varinha e mediu a saia. Alguns segundos depois de pensar, apontou para a saia, murmurou ‘Reducto’, e ela diminuiu pela metade.
- Agora está bom! – disse, olhando para ola e Lily, sorrindo.
- Tem certeza que isso é permitido? – perguntou Lily, penteando o cabelo.
- O que tem de mais nisso? – perguntou, olhando para a cama de Alice, que continuava coberta pelas cortinas – Qual é a da Alice, hein? Não vai acordar não?
- É sempre assim – disse Lola, abrindo as cortinas da cama de Alice – Agente têm que ser um pouco enérgica com ela.
Lola começou a chacoalhar Alice, que não moveu um músculo. Tentou mais três vezes, mas a garota não acordou.
- Lola! Você tá muito boazinha com ela! – disse Érica, puxando Lola pra longe da cama de Alice – Você tem que fazer direito!
Érica puxou as cobertas de Alice e se jogou em cima dela. Alice acordou, gritando, quando se sentiu o peso de Érica sobre si.
- Finalmente você acordou! – disse Eriçam se levantando – Já tá na hora do café!
Alice se sentou na cama.
- Tá bom, mas você não precisava ser tão violenta.
- Pára de reclamar e vai tomar banho pra nós descermos, Alice! – disse Lily, puxando a amiga da cama, que entrou no banheiro, sonolenta. Érica voltou para frente do espelho e apontou a varinha para o cabelo, ainda molhado.
- Acho que hoje... – murmurou, pensativa – Ah, hoje fica enrolado mesmo!
Bateu a varinha na cabeça e o cabelo ficou seco e todo enrolado. Sorriu e apontou a varinha para o rosto, fazendo uma leve maquiagem.
- Estou bonita? – perguntou a Lily e Lola, que sorriam.
- Linda! – respondeu Lily, e Lola confirmou com a cabeça – Assim o Sirius não vai sair mesmo do seu pé!
Érica fechou a cara.
- Não fala daquele idiota!
- Oras Érica, o Sirius é uma boa pessoa! – disse Alice, saindo do banheiro, já vestida – Ele é um pouco metido, mas é legal!
- Além disso, ele não te fez nada! – disse Lola.
- Não, ele não me fez nada, mas eu pude ver que ele é exatamente do tipo de garoto que eu não suporto. Se acha o dono do mundo.
- Bom, eu acho que agente pode continuar a discussão mais tarde, pois eu estou morrendo de fome! – reclamou Alice.
- Tá bom, sua gulosa! – disse Érica, puxando a amiga para fora do quarto. As quatro desceram rindo as escadas.
- Qual é o motivo de tanta alegria, hein? – perguntou Tiago, que veio na direção delas.
- Você ainda pergunta, Pontas? – disse Sirius, atrás dele – É claro que elas estão rindo porque sabiam que iam me encontrar hoje.
- Muito pelo contrário, Black! – disse Érica, dando um passo a frente, com um sorriso cínico no rosto – Eu estava rindo porque tinha a esperança de não te encontrar hoje. Pode ter certeza de que, se eu soubesse que ia dar de cara com você logo de manhã estaria no meu dormitório, vomitando.
- Mau jeito, Almofadinhas! – comentou Tiago, segurando o riso.
- Cala a boca, Potter! – bufou Lily, fuzilando Tiago.
- Faço minhas as palavras da Lily, Black. – comentou Érica, andando e direão ao buraco do retrato, Lily juntou com ela. Lola e Alice olharam, sem jeito, para eles e correram atrás das duas.
- Parece que a Érica não tá muito afim de você, Almofadinhas – comentou Remo, indo até eles.
- Você não pode falar nada, Aluado! – disse Sirius, fazendo o mesmo caminho que as meninas, para fora do Salão Comunal. – Você tá caidinho pela Lola e nem tem coragem de chegar nela!
- Não dá pra falar mais baixo? – perguntou Remo, quando eles iam em direção ao Salão Principal.
- É apenas a verdade, meu caro lobinho – disse Tiago, rindo
****
- Ah! Ele me irrita cada vez mais! – reclamou Érica, enquanto tomava seu suco de abóbora.
- Você reclama porque não tem que agüentar o Potter no seu pé desde o primeiro ano! – retrucou Lily, sentada ao seu lado. – Ele sim é irritante!
- Meninas, meninas! Vamos parar com isso... – interrompeu Diego, que acabara de se sentar junto com elas – ou vocês vão ter uma indigestão.
- É, e eu não quero ver você passando mal, minha ruivinha! – dise Tiago, sentando-se ao lado de Lily.
- Potter, será que eu vou ter que falar denovo? – perguntou ela, ficando irritada.
- Não precisa, Lily! – interrompeu Remo, sentando-se na frente deles, ao lado de Lola. – O Tiago vai se comportar!
Tiago deu de ombros, enquanto Sirius se sentava ao lado de Érica. Ela ia abrir a boca para falar alguma coisa, mas Gabrielle apareceu do outro lado da mesa, tão patricinhas como no outro dia e com Manuelle em seu encalço.
- Bom dia, Sirius! – cumprimentou, sorrindo radiante.
- Bom dia, Gabrielle. – ele respondeu, desanimado. Ela parecia muito feliz.
- Agora não cumprimenta mais as amigas, Gabi? – perguntou Érica, sarcástica. Gabrielle fechou a cara e olhou para Érica, com um pouco de receio.
- Eu nunca seria amiga de uma garota tão brega como você! – disse ela, com a voz mais fina do que nunca.
- Bem, vindo de uma garota como você... – disse Érica, apontando para todo o corpo de Gabrielle – Eu fico feliz com o elogio.
- Você é ridícula! – bufou e saiu, batendo os enormes saltos com força no chão.
- Vai comprar sapatos, baixinha! – gritou Érica. Os garotos olharam, estranhando. Não sabiam da briga do dia anterior. – Deve ser a única coisa que você sabe fazer!
- O que aconteceu? – perguntou Tiago.
- Eu discuti com essa nojenta ontem... – disse ela, voltando-se para seu café.
- E ameaçou jogá-la pela escada... – comentou Alice. Os uatro se surpreenderam. Diego parecia enfeitiçado.
- Você é realmente louca! – disse Sirius. Érica se virou para ele.
- Que bom que você acha isso. Faz toda a diferença. – disse, irônica.
Sirius pensou um pouco e perguntou.
- Porque você me odeia tanto, Érica? Não faz nem um dia que você me conhece.
Érica mordeu sua torrada.
- Eu não te odeio.
- Não? – perguntou Sirius, confuso.
- Não. Você apenas me irrita.
- Porque?
Érica ia responder quando um grupo de Lufa-Lufas passou pela messa da Grifinória, sorrindo para Sirius. Ele passou a mão pelos cabelos pretos e sorriu galanteador a elas. Érica largou a torrada, irritada.
- É por isso! É por isso que você me irrita! – exclamou ela, se levantando e pegando suas coisas.
- Por isso? – perguntou Sirius, sem entender – Por isso o que?
- Vai perguntar pra professora de adivinhação! – bufou Érica, saindo do Salão Principal.
****
Tiago estava recostado na cadeira. Estavam em uma divertidíssima aula de História da Magia, a última aula da tarde. Não havia uma só pessoa prestando atenção na aula, talvez com exceção de Remo e Lola. O prof. Binns era tão velho e distraído que nem percebia.
- Mais que saco! – disse Tiago a Sirius, passando a mão pelos cabelos, arrepiando-os. – Não agüento mais essa aula.
- Porque não aprontamos uma?
O rosto de Tiago iluminou-se outra vez.
- Boa idéia! – Ele abriu a mochila e pegou seis bombas de bosta. – O Binns é tão distraído que talvez nem perceba. – Pegou três bombas e se levantou.
- Com licença, professor! – disse ele, indo em direção a mesa de Binns. – Professor? – ele virou-se para Tiago.
- O que foi, senhor Potter?
- É que eu estou com uma dúvida. Não consigo entender o motivo dos duendes terem se rebelado. – disse, parando ao lado da cadeira de Binns.
- Os duendes queriam ser reconhecidos como superiores aos bruxos, senhor Potter. Foi por isso que eles se rebelaram.
- Ah! Muito obrigado! – agradeceu, com um sorriso angelical no rosto. Quando Binns virou-se novamente para o quadro, Tiago colocou as bombas de bosta na cadeira dele e voltou ao seu lugar.
- Marotos voltando à ação! – murmurou a Sirius.
- Bem... – disse o professor, puxando a cadeira para se sentar – Agora vocês abram os livros na página 34 e façam os...
Ouviu-se uma explosão, e o cheiro de bosta de Dragão tomou conta da sala. Não se soube de onde, começou uma guerra de bombas de bosta. Ninguém entendia de onde vieram todas aquelas bombas, mas todos se meteram no meio.
- Socorro! O meu cabelo! – gritou Gabrielle, tentando proteger o cabelo com as mãos.
Érica pegou uma das bombas que Tiago tinha deixado em cima da mesa.
- Ei, patricinha oxigenada! Toma isso! – jogou a bomba com tudo nos cabelos de Gabrielle, que começou a chorar descontroladamente. Érica riu, enquanto Manuelle consolava a amiga, tentando impar seu cabelo com o lenço rosa que tinha marrado no pescoço. O prof. Binns saiu correndo da sala, tentando não se sujar mais. Quando as bombas acabaram, os alunos começaram a jogar tudo o que viam pela frente nos outros. A bagunça ficava cada vez maior, quando McGonagall entrou na sala, lívida. Todos pararam e abaixaram as cabeças.
- Que bagunça é essa? – perguntou ela, andando pelos alunos imundos. Ninguém respondeu. – Respondam! O que está acontecendo aqui?
Remo levantou a cabeça.
- Não sei, professora. De repente tudo isso começou. – mentiu. Todos sabiam que Tiago tinha colocado as bombas na cadeira de Binns. – Não houve um culpado.
McGonagall crispou a boca, fazendo-a apenas uma linha fina.
- Nunca em toda a minha vida eu vi uma coisa como esta! Dos Corvinais não posso falar nada, pois não sou a diretora da casa, mas os Grifinórios... que vergonha! Vocês deviam honrar o nome de Godric Griffindor, e não ficar brigando como um bando de trasgos descontrolados!
Todos continuaram em silêncio. Tiago e Sirius seguravam o riso.
- As duas casas perderão 50 pontos! – os alunos lamentaram – E fiquem feliezs, pois eu podia dar uma detenção coletiva a vocês! Agora voltem todos para suas casas e tomem um banho!
Tanto Corvinais quanto Grifinórios saíram quase correndo da sala. McGonagall foi atrás, ainda brava. Tiago e Sirius começaram a rir descontroladamente.
- A McGonagall podia ter descoberto vocês! – repreendeu Remo.
- Se o Remo não tivesse interferido com certeza algum Corvinal ia contar a verdade para ela! – disse Lola, toda suja, como os outros.
- Mas a festa ainda não acabou! – disse Érica, se juntando a eles.
- Não? – perguntou Tiago entre risos.
- Não! – disse ela, se aproximando perigosamente de Sirius – Eu tenho um presentinho pro nosso querido Sirius aqui.
- Tem? – perguntou ele, esperançoso.
- Tenho. – disse ela, passando a mão pelos cabelos dele – Pelo que vejo você foi o único que ficou co o cabelo intacto, não é?
Ele assentiu, prepotente. Érica pegou a última bomba de bosta do bolso de sua capa e jogou com tudo na cabeça de Sirius.
- Pois agora não é mais! – disse, rindo. O cabelo de Sirius ficou imundo.
- Garota, você me paga! – gritou, saindo correndo atrás de Érica, que fugia. Os outros cinco fora atrás deles, em direção ao Salão Comunal. Chegando lá, viram Érica correr por entre os móveis, Sirius atrás dela, tentando pegá-la.
- Esses dois ainda ficam juntos! – disse Lily a Lola e Alice, enquanto subiam as escadas do dormitório feminino.
N/A:Oi gente! Mais um capítulo pra vocês!! Espero que vocês tenham gostado!! Eu sei que essa fic ainda tá meio parada, mas é que ainda tá no começo... já que ela engrena!! E vocês não fazem idéia das idéias que eu tô pra essa fic... vão adorar!!
COMENTEM!! FAÇAM UMA AUTORA FELIZ!!
NO coments?? NO próximo capítulo!!
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