Capítulo XIV
Muito obrigada pelos comentários! Fico feliz que tenham gostado. Espero que gostem deste e que, claro, comentem XD!
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Capítulo XIV
A tarde que passei com Harry foi maravilhosa. Um tanto quanto surpreendente... Descobri que Cho é a apanhadora reserva do time Irlandês – quando Harry me contou isto, pensei sordidamente que era o único lugar que Cho iria alcançar naquele time, a vaga de substituta - Descobri também que a Marietta, bom, ela ainda luta para “restabelecer” seu rosto. Coitada!
Então anoitecera e nós voltamos para casa. Tomamos um banho, nos organizarmos e nos aprontamos. Esta noite vamos a um jantar especial. Harry fora convidado a comparecer no jantar entre as seleções... E eu serei sua acompanhante.
Ele não estava muito animado para comparecer, insistiu que não queria ir. Gina e Neville, entretanto, lhe convenceram que seria de extremo mal-gosto recusar o convite. Além do mais, dissera Neville, se Harry não fosse, eu não poderia ir...
Gina, que também fora convidada, levaria Neville – ela quase o obrigara... - E os gêmeos estavam mais interessados em aproveitar a noite de outro modo.
Eu disse que não tinha importância, que não queria ir àquele jantar, mas depois de tanta insistência da parte de Neville e Gina, Harry cedeu, estranhamente amuado.
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Chegamos à barraca dos organizadores do jantar às dez. Quando entramos encontramos um elfo doméstico, ele parecia estar a nossa espera, e pediu que nós o acompanhássemos.
A “casa” era impecável e muito maior do que a que estávamos instalados. Pareceu-me, entretanto, completamente mínima e fria em relação onde eu estava com Harry, Gina, os gêmeos e Neville. Pois aqui, eles tratavam elfos como escravos. Era muito desumano.
Quando achei que voltaria de onde estava, antes de ver quem eram aqueles seres imundos que prestavam pobres elfos ao trabalho escravo, Harry segurou minha mão e a apertou, chamando minha atenção.
-Sei que não suporta vê-los assim. Mas, por favor, não vá – murmurou em meu ouvido. Ergui meus olhos para ele e assenti.
Então um homem alto e com uma barriga enorme veio ao nosso encontro. – Potter, meu rapaz, você pôde vir – disse apertando entusiasmadamente a mão dele. – E quem é esta bela jovem que o acompanha?
-Filipe, está é Hermione Granger. Mione, este é Filipe Jones, organizador do evento.
-É um prazer conhecê-lo, senhor Jones.
-Me chame de Filipe, meu bem – disse abrindo um sorriso largo e beijando-me a mão. Olhei para Harry erguendo a sobrancelha, o homem a minha frente não me pareceu disposto a soltar minha mão.
Harry segurou meu ombro, olhando inquisitivo para Filipe, que ainda com um sorriso grande soltou lentamente a minha mão. – Fiquem a vontade - e foi cumprimentar Gina e Neville.
-É, ele definitivamente gostou de você – disse baixo e muito maliciosamente.
-Ainda posso mudar de idéia, Potter – retruquei ainda mais baixo. –E sair desse lugar.
-Não brinque assim – ele disse e suspirou quando seus olhos caíram sobre uma certa pessoa.
Não pude sorrir de seu desgosto. Primeiro porque, não estava nada animada com o que vira também e segundo, os olhos de Harry caíram em Cho Chang. Talvez, ela fosse a pessoa que menos desejasse ver a minha frente.
Ah! Mas não a deixaria estragar meu humor.
-Harry Potter! – foi o suficiente para que todos os olhares se voltassem para o homem ao meu lado. - Granger! Que prazer em revê-los – foi o suficiente também para ter um desejo louco de azará-la. Aquela...
-Olá Cho. Fico satisfeito que não tenha se ferido com aquela queda – Harry retrucou tão naturalmente que me surpreendeu. – Espero que não esteja dolorida... Você caiu numa possível bem incomoda, espero que não atrapalhe na hora de sentar-se na vassoura.
-Não – disse com um sorriso amarelo. – Estou bem.
-Meu bem, você é cruel – falei para que só ele ouvisse. Harry me ofereceu um sorriso maroto.
“Esta noite está longe de acabar”. E eu não tinha idéia do quanto estava certa sobre isso.
As pessoas que se encontravam ali nos olhavam como se fossemos as mais encantadoras das Vellas.
Harry fazia questão de ignorar qualquer olhar que lhe era lançado e cumprimentara, educadamente, todos que foram ao nosso encontro.
Descobri que aquilo não era de todo ruim. Pelo menos achava isso até que mais alguém chegou, atrasado, para variar.
Foi como se tudo estivesse se quebrando novamente dentro de mim. Não doía, mas me trazia muito magoa. Ressentimento.
Era como se eu realmente tivesse voltado no tempo, e para ser sincera, eu não gostei disso. Eu não gostei nem um pouco disso... Fez-me lembrar do por quê havia saído do mundo bruxo e porque havia deixado amigos preciosos naquele lugar...
Desnorteada, olhei Harry, como se este pudesse me dar alguma indicação do que fazer. Mas ele não podia. Retribuindo meu olhar, ele apenas suspirou. Era como se dissesse que um dia isso iria acontecer.
De fato, no fundo, eu sabia que poderia acontecer, mas, de verdade, não queria que tão cedo isso viesse a ocorrer...
Mas lá estava ele, de mãos atadas a uma mulher loira de orbes grandes que supus ser Luna Lovegood, Ronald Weasley. E como se não bastasse, quando este encontrou Harry, isto é, pousou os olhos nele, foi cumprimentá-lo.
O moreno ao meu lado sorriu levemente, saudando-os (era mesmo Luna) – mas, eu percebi, aquele sorriso seu não era nem de longe tão leve assim.
Então aconteceu, Rony olhou para mim e de fato não escondeu a surpresa de me ver ali.
-Hã... Como vai Hermione? - disse estendendo a mão.
Verdadeiramente estive tentada a ignorar sua mão, mas não consegui. Seria tão deselegante... Além do mais, eu nunca tratei ninguém assim, salvo Malfoy e Snape. Mas estes, bom, estes nem devem ser classificados como “pessoas”. Então lhe ofereci a minha mão. – Estou ótima – e aquelas palavras me pareceram bem sinceras. – É um prazer revê-la Luna.
A loira sorriu meio alheia. – A você também Hermione. E como vai a vida? Soube que esteve entre trouxas.
-Sim. Eu vivo entre trouxas.
-Então o que faz aqui? – indagou confusa, mas não querendo ser inconveniente (já sendo, é claro).
-Harry – respondi simplesmente.
-É maravilhoso ter amigos assim, não é mesmo?
Sem que percebesse estava sorrindo e este sorriso cresceu. – Você não sabe o quando – retruquei. Mesmo a conversa com Luna estando bem agradável, queria sair dali. Rony me observava com tanta atenção que me deixava incomoda.
Antes que pensasse em algo bom para me afastar, estava procurando a mão de Harry e a apertando. Ele me olhou e então assentiu rápida e disfarçadamente, tive certeza que o moreno entendera o que havia em meus olhos e, por alguma razão desconhecida, me senti confortável novamente – ali, com a mão na de Harry, sob seu olhar, sob sua atenção. Era como se estivesse ciente do calor que ele emanava. Da sua presença ao meu lado e me sentisse protegida... Era estranho, fazia muito tempo que não me sentia assim, necessitada da proteção de outra pessoa.
Harry perguntou se Rony já havia cumprimentado Gina, no que o ruivo disse que não. O moreno então afirmou que Gina estava muito saudosa e que se este não a procurasse, ela realmente ficaria chateada. Então Rony nos pediu licença e, levantando consigo Luna, saiu a procura da irmã.
-Muito obrigada.
-Não precisa agradecer. Como se sente?
-Péssima. Eu não queria vê-lo, eu... Ah Deus, eu ainda não estava preparada.
-Nós nunca estamos preparados.
-Quer dizer que...
-Sim. Luna é a esposa de Rony.
Não soube muito bem o que aconteceu depois. Acho que entrei em choque, pois perdi a percepção do que acontecia a minha volta.
Com uma pequena exclamação, por fim voltei ao que considero “normal” depois dessa revelação.
Harry estava me olhando estranhamente. - Você está bem, Hermione? - indagou baixo. Sua mão apertando um pouco mais a minha. – Está pálida.
-Acho que preciso apenas de um pouco de ar.
-Eu a acompanho.
-Não é preciso, Harry... Eu vo-
-Ficar bem? – ele deu um sorriso. – Eu sei disso, meu bem. Mas há um motivo melhor para sair desse antro que levar uma bela dama a uma caminhada ao ar livre?
Apenas o olhei enquanto Harry enlaçava nossos braços e me guiava para fora daquela “barraca”.
“Como ele ainda consegue prever o que irei falar?!” Deixando esta ponderação de lado, deixei-me estar apenas apreciando a companhia dele. Que, francamente, me era muito aprazível.
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(continua)
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Desculpe-me qualquer erro...
Beijo e até breve.
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