Hipoteticamente falando...



Tiago sentou em seu quarto em casa, se perguntando como aquele próximo ano iria ser. Ele estava entrando no seu sétimo e último ano na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts, e iniciando esse ano com sentimentos bastante confusos.

Por um lado, ele estava extremamente excitado porque finalmente seria um bruxo formado. O último ano, os colegas mais velhos dele sempre diziam, é sempre o melhor, tirando os N.I.E.Ms, que era um monte de exames realmente difíceis e exaustantes. Tiago e seus amigos sempre aprontaram bastante em Hogwarts, e eles já estavam planejando uma peça bem extravagante para o último adeus deles.

Por outro lado, tinha uma coisa - uma pessoa, na verdade - que interrompia as fantasias de glória que Tiago tinha para o seu sétimo ano: uma garota chamada Lily Evans.

Tiago vinha a perseguindo por anos, desde o quarto ano deles, quando ele decidiu que Lily era a garota mais bonita que já havia botado os olhos. Coincidentemente, nesse mesmo ano Lily decidiu que Tiago era um enorme imbecil.Foi realmente uma situação comprometedora.

Quando Tiago a convidou para sair no último dia do sexto ano porém, ela certamente deu algo a ele para pensar:

“Potter, você percebeu que essa é a sexagésima sétima vez que você me chama para sair?” Lily deixou escapar, virando-se para ele na plataforma em que esperavam a velha locomotiva vermelha que os levaria de volta para casa, com uma sobrancelha erguida e uma expressão chateada no rosto.

“Por que, Evans?” ele respondeu, sorrindo. “ Eu não fazia idéia que você estava contando.”

“Na verdade, são mais vezes ainda” ela disse recomeçando a andar. “Eu só comecei a contar uns três meses depois da primeira vez. Deve ser muito triste ser recusado sessenta e seis vezes, Potter.”
O discurso dela não o persuadiu. “Bem, qual é a resposta dessa vez?”

Ela zombou. “Potter, se você espera que eu diga sim para qualquer coisa que você me pergunte, eu sugiro que você deixe de ser tão irritante”“Eu poderia fazer isso.” Disse Tiago, enquanto se perguntava o que ela queria dizer com aquilo.“Você não saberia por onde começar” Lily falou em voz baixa, com um grande sorriso de deboche no rosto que Tiago achou extremamente atraente.


“Tudo bem, Evans” respondeu Tiago, “Se eu parar de ser tão irritante, você vai ter que sair comigo.”Lily deu uma cortante risada de escárnio. “Se você deixar de ser irritante, eu vou levar café da manhã na sua cama para o resto de sua vida.”“Eu vou te cobrar isso,” ele a avisou.E ele certamente iria. Se algum dia ele descobrisse o que Lily quis dizer com “deixar de ser tão irritante.”

Sirius Black entrou no quarto de Tiago com dois envelopes nas mãos. “Cartas de Hogwarts,” ele explicou, jogando o envelope para Tiago.Sirius, que era o melhor amigo de Tiago, estava morando com ele e sua família agora. Na verdade, desde julho do ano anterior, quando ele apareceu no portão dos Potter carregando sua vassoura e tudo mais que ele possuía.
Sirius e sua família sempre ‘bateram de frente’ em tudo, mas especialmente em suas crenças sobre puros-sangue e trouxas. Os Black odiavam a todos que não nasceram bruxos, ou seja, trouxas, e convenceram o irmão mais novo de Sirius a acreditar nas mesmas coisas. Sirius, por outro lado, era amigo de qualquer um, e brigava com sua família desde quando ele cresceu o suficiente para entender que o que eles achavam não era necessariamente certo.

“Almofadinhas,” Tiago disse calmamente, refirindo-se ao apelido que eles tinham inventando no quinto ano, “você me acha irritante?”Sirius lançou um olhar a Tiago de cima de sua carta. “Claro que não, meu caro Pontas,” disse ele, falsamente formal retornando o olhar a sua carta. “Você é meu melhor amigo, por que você está pensando isso?”

“Bem, a Evans disse isso...”
Sirius riu gostosamente. “Ah, Evans,” ele disse, ainda rindo. Ele jogou sua carta em uma cadeira e se pendurou na cabeceira de sua cama. “Eu deveria ter pensando que ela estava atrás disso. Você não está remoendo o que ela disse, está?”

Tiago não se incomodou em refutar esse argumento. “Hipoteticamente,” ele disse, “até onde alguém iria... sendo a pessoa Evans que iria de boa vontade te encontrar e ainda servir café na cama em todas as solitárias manhãs, incluindo finais de semana e feriados?” Sirius sorriu marotamente. “Hipoteticamente, até onde esse alguém iria?”

“Hipoteticamente, esse alguém iria até o fim do mundo.”

“Hipoteticamente, que tal a gente para de dizer hipoteticamente?”

Tiagou deu um sorriso largo. “Hipoteticamente, seria uma boa idéia.”

“Ótimo.” Sirius suspirou, e perguntou com um certo cansaço na voz, “Você realmente quer a verdade, Tiago?”

“Bem,” disse Tiago, um tremulante tom de ansiedade era detectável em sua voz, “Eu já queria antes de começar essa conversa.”

Sirius exitou um pouco e disse, “Bom,nós estamos falando de mudar completamente a sua personalidade.”“O que?!”
“É que a Evans não parece gostar muito da sua personalidade atual, não é mesmo?” Sirius respondeu rapidamente.

Tiago franziu a cara. “Não tem nada de errado com a minha personalidade,” ele disse se defendendo.

“EU sei disso,” Sirius o assegurou, “mas a Evans não sabe. Você precisa mostrar a ela que você pode ser uma pessoa legal.”

“Mas eu sou uma pessoa legal” Tiago protestou, levantando a voz.

“De novo,” disse Sirius, “Eu já percebi isso faz tempos. Mas é que, às vezes, você tende... a esconder isso da Evans. O seu lado mais gentil, isso que é.”

“Mas eu sou sempre legal com ela,” Tiado se lamentou, mas sabia lá no fundo (não tão fundo assim, para falar a verdade) que isso não era totalmente verdade.


“Só quando você chama ela para sair.”

As sobrancelhas de Tiago ergueram-se admitindo que aquilo era verdade, e ele disse. “Tudo bem, o que eu tenho que fazer?”
***

Dois meses depois, em pé do lado de fora da parede que servia de entrada para a plataforma 9¾, Tiago esperava Lily chegar. Eram 10:47, ele percebeu, olhando para um grande relógio perto da divisória. Ela estaria ali a qualquer momento.Então de repente, quase rápido demais para o gosto de Tiago, ela apareceu, de braço dado com sua mãe. A mãe dela parecia um pouco apavorada, mas aliviada uma vez que elas cruzaram a barreira seguramente.

Lily era quase exatamente a mesma. Os cabelos dela estavam um pouco maiores, Tiago percebeu, e ela fez um meio-rabo, deixando metade deles balançando lindamente ao redor dos ombros. Ela logo o viu de pé lá, e o olhou com uma expressão extremamente detestável, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Tiago falou amigavelmente, “Tudo bem, Lily?”

A expressão dela mudou de detestável para surpresa. As sobrancelhas delas estavam erguidas e os olhos se estreitaram. Ela estava chocada que ele tivesse a chamado pelo primeiro nome. Tiago nunca tinha feito isso antes.

“Ah, Lily, esse menino é seu amigo?” A senhora Evans perguntou com prazer.


“Não” Lily deixou escapar ao mesmo tempo que Tiago respondeu, “Sim.”

“Não,” Lily repetiu, olhando nos olhos de Tiago com uma expressão grosseira. Ele, por sua vez, ignorou o olhar dela e apertou a mão da Sra. Evans sorrindo simpático.

“Eu sou Tiago Potter”, ele se apresentou. “Eu estou na mesma casa que a Lily na escola. Agora eu posso ver de onde ela tira tanta beleza, vocês duas poderiam ser irmãs!”

Sirius havia pensando naquela frase, ele disse que faziam as mães ficarem maravilhadas. “Você vai saber o que eu quero dizer quando você ver o que irá acontecer,” ele disse quando Tiago perguntou, em meio ao que só pode ser descrito como um ataque de risos, como exatamente uma pessoa ficando maravilhada se parecia, que aí iria saber quando visse.

Agora Tiago sabia: a mãe de Lily não poderia ter ficado mais lisonjeada. Ela deu uma pequena e tímida risadinha, e corou. Lily revirou os olhos, parecendo estar muito aborrecida com tudo aquilo.

Ela resolveu dar um fim naquela situação dando um enorme abraço em sua mãe. “Te vejo no Natal, mãe,” ela disse, trancando os dentes de raiva. “Eu realmente tenho que ir agora.”

“Está bem,” respondeu a Sra. Evans, parecendo um pouco relutante em deixar a filha embarcar na locomotiva que a levaria de volta a Hogwarts. Ela virou-se para Tiago e disse, “Adorei conhece-lo, querido. Cuide bem dela, está bem?”

Tiago quis rir, mas não o fez, apenas desejou vagamente que Sirius estivesse lá para ver o que acabara de acontecer. Lily estava num alvoroço mental.

“MÃE!” ela praticamente gritou. “Você acabou de conhece-lo, você não sabe como ele é realmente...”

Mas Tiago já havia pegado o malão dela e começado a arrasta-lo para o trem. Lily logo estava o seguindo, pisando duro.

“O que há de errado com você?” ela disse de repente, assustando-o. “Minha mãe nunca será a mesma! Você lançou algum feitiço nela? Eu vou mandar te prender, Potter, eu juro que vou...”

“Lily,” Tiago disse calmamente enquanto empurrava o malão dela para dentro do bagageiro, tentando parecer que não estava carregando nada, quando na verdade ele estava pensando do que o malão dela era feito, “você não acha que está na hora de nós abandonarmos esse hábito infantil de nos chamarmos pelo sobrenome?”

Lily era aparentemente mais lenta e ficou apenas encarando-o.“Você não vai me agradecer por ter carregado seu malão?”

Ela estreitou os olhos. “Não,” ela respondeu, voltando aos sentidos. “Eu não te pedi para carregar nada.”

Tiago apenas sorriu para ela e começou a andar para a porta do trem. Lily não teve escolha a não ser segui-lo, já que ela também tinha que embarcar no trem e só faltavam três minutos para partirem.

“Potter”, ela disse vagarosamente, “o que há de errado com você?”
“Não há nada de errado comigo. Eu estou absolutamente ótimo.”

Lily sussurrou a palavra ‘ótimo’ para ela mesma. Ela parecia estar mergulhada em seus pensamentos enquanto o seguia pelo corredor do trem, olhando em algumas cabinas a procura de suas amiga. De repente, ela engasgou, e começou a gargalhar.

“Alguma coisa engraçada, Lily?” Tiago perguntou, virando-se para ela que se pendurava para não cair de tanto rir na parede do trem.
“Eu sei agora!” ela exclamou entre risadas. “E... ah, Potter, você é totalmente hilário!”

“Fala logo, Lily,” disse Tiago nervosamente, o coração batendo acelerado pela possibilidade de Lily ter descoberto o que ele andou praticando todo o verão, e dizer que aquilo era lixo, “sabe o que?”


“Isso é sobre eu ter te falado para deixar de ser tão irritante. Oh, Potter,” ela engasgou, tentando conter as risadas mas sem sucesso. Ela tomou fôlego e finalmente se conteve. “ Você de um completo imbecil se tornou em um cavalheiro.” Ela estava quase agradecendo o elogio quando ela continuou, “O tipo de cavalheiro que só está interessado em levar uma garota para cama. Obrigada, Potter, mas eu certamente não estou interessada em ir a qualquer lugar que seja próximo a sua cama.”

Então, localizando uma de suas amigas, ela foi embora para juntar-se a elas, deixando Tiago de pé sozinho no corredor, se sentindo muito frustrado.
N/A: Oi.. essa é minha primeira fic, na verdade, estou traduzindo um fic superlegal que eu li no fanfiction, espero que vocês estejam gostando. Coments please!! E alguém aí tem idéia de um outro título que ficaria maneiro?? Beijinhos,
n_evans.

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