Euforia
CAPITULO FEITO COM BASE NA MÚSICA I JUST WANT YOU DO OZZY OSBOURNE
Ao ler a carta escrita por Hermione, uma felicidade invadiu o peito de Malfoy e devolveu suas esperanças. A melhora de seu estado físico era visível, na hora ele já quis levantar-se dali e ir correndo falar com ela.
- Calma Malfoy!! – Madamme Ponfrey o repelia – você ainda está muito fraco, precisa se alimentar e ficar em repouso absoluto durante mais dois dias.
Sua euforia foi passando aos pouco e restava “apenas” a felicidade em seu ser. Seu coração voltou a palpitar rapidamente, nunca havia se sentido tão feliz! Os pensamentos voltaram à sua cabeça, mas de uma forma mais amena, ele concluiu que ela o devia ter ido visitar enquanto estava desacordado para deixar o bilhete então deveria voltar logo para ver se havia melhorado isto o tranqüilizava e o deixava na esperança de vê-la, a cada pessoa que adentrava a enfermaria aquele friozinho na barriga subia pelo seu corpo inteiro, mas não teve a sorte de em nenhum dos dias em receber tal visita.
Passado este seu estado enfermo e recebendo alta Malfoy se apressou para o café da manhã, era uma sexta-feira gelada e todos já desciam para comer, sentou-se na mesa da Sonserina e ficou lá conversando com seus amigos, não conseguia demonstrar interesse na conversa, quer dizer, nem ao menos estava prestando atenção à conversa! Ficava olhando para a escada de onde desciam os alunos da Grifinoria a procura de Granger.
- Fiquei sabendo que aquele verme do Harry Potter está metido a detetive de novo com seus amiguinhos por causa do escândalo dos Comensais da Morte que teve no começo do ano... Como eu o odeio, e aquele ruivinho do Weasley é repugnante a Sangue-Ruim nem se fala né, não merecia ao menos uma vaga em uma escola como esta!! – um dos meninos sentados à mesa comentava – vocês não concordam? – todos concordavam, mas Malfoy continuou lá, estático – Malfoy? Não concorda comigo também? – tentava por uma ultima vez puxar assunto com ele.
- Hã? Hã? O que você disse mesmo? Estava meio destraído... – e o rapaz repetiu tudo o que havia dito – Não suporto aqueles dois!! Qualquer dia ainda acaba com a raça deles!! – retorquiu Malfoy ao que o amigo dizia.
- E aquela Sangue-Ruim metida à sabichona?? – vendo que Malfoy não falou nada sobre ela, perguntou individualmente.
- Não fale mal da Her... mi... o... ne!!! – na hora não conseguiu se controlar a raiva tomava conta de seu ser – Quero dizer... Bom... Você entendeu... Sempre souberam o que acho deles – tentou consertar a “gafe” dada.
Malfoy voltou ao que fazia antes, comer, e não conversou mais pelo resto da manhã com eles. Ao terminar o prato ia se levantando para ir ao dormitório pegar seus materiais, quando ouviu alguém atrás dele cochichando com outra pessoa “o Draco anda estranho atualmente, não acha? Tão... Distante...” mas pararam quando perceberam que o dito cujo havia escutado.
Ele passou a manhã procurando-a, sua tentativa não deu em nada, não a via... O que o reconfortava era saber que seu próximo turno de aulas era uma dobradinha de Poções junto com a Grifinória.
Nas masmorras, o professor Snape explicava sobre o uso da poção Ectésiria. E Hermione não estava na aula, isso era muito estranho, ainda mais sendo a Hermione quem ela é. Após mais de meia hora de explicação Snape mandou os alunos prepararem a poção. A porta da masmorra lentamente se abre e eis quem surge: Hermione!
- Professor... O senhor me desculpe, estava conversado com a prof. Minerva – e entregou-lhe um bilhete. Snape a olhou com desdém, mas não pode fazer nada, nem se quer descontar um ponto da casa. E deixou-a participar da aula. Ela rapidamente já achou um lugar vago e se sentou.
Na hora o desejo de Malfoy foi lá falar com ela, mas sabia que não podia, mas sabia também que não podia desperdiçar essa oportunidade, não podia esperar!! Escreveu um bilhete para ela e jogou sobre seus materiais numa distração do professor.
“Hermione...
Saiba que aquilo que eu tive não foi apenas uma enfermidade física...
Precisamos conversar novamente...
Você disse que anda confusa, eu também...
Ahh... Mehor a gente falar disso pessoalmente.
Encontre-me à frente do lago após o termino das aulas de hoje.
Vou estar lá te esperando.
Beijos
Draco
Ps.: balance a cabeça confirmando se você for me encontrar lá.”
Logo ao ler a carta, Hermione sinalizou com a cabeça que o encontraria no lago. Malfoy mal podia acreditar, finalmente alguma coisa parecia estar começando a dar certo! Fantasiou tanto com isso... Agora nada mais parecia impossível, nada mais continha dificuldades ao seu ver, agora tudo podia acontecer, nunca esteve tão esperançoso.
“Não existem portas que não podem ser destrancadas
Não existem guerras que não podem ser vencidas
Não existem erros que não podem ser consertados ou canções que
não podem ser cantadas
Não existem conflitos invencíveis
Não existem Deuses acreditáveis
Não existem nomes não nomeados
Quer que eu diga novamente?
Sim”
Agora sim ele estava totalmente desatento às aulas, só conseguia fazer sua cabeça pensar num momento, numa pessoa, numa conversa a qual ele viria a ter em breve, muito breve. Mal raciocinava, a ansiedade tomou conta dele inteiro, todas as possibilidades pareciam possíveis agora, nada mais podia impedi-lo, tudo estava se tornando tão real...
Uma hora ele caiu na real, não podia alimentar muitas esperanças, pois não podia prever o que aconteceria a seguir “Para de pensar isto!! A gente vai conversar... CONVERSAR!! Não se iluda à toa, deixe de ser bobão! Mas e se ela...” não conseguia fazer seus pensamentos tomarem outro rumo, sempre acaba iludindo-se mas com a consciência de que poderia não ser nada disso do que estava parecendo... Era uma conversa... O que poderia acontecer de mais?? Bem.. Ele sabia muito bem desta resposta, mas evitava assumir que poderia acontecer isto.
As aulas passavam numa rapidez inacreditável, mal começava uma que já estava acabando a mesma, e tinha que se apressar para trocar de sala, almoçar, voltar as aulas, enfim a rotina normal.
Finalmente havia chego a ultima aula, Defesa Contra as Artes das Trevas, não era a sua favorita, mas nem ligava, estava que era só nervos, suas mãos suavam, seu oração palpitava, as palavras saíam gaguejadas, as pernas estavam bambas, não estava se reconhecendo, nunca havia se visto deste jeito, era novidade, mas estava gostando!
- A aula acabou, estão dispensados, hoje vocês não vão ter tarefas. – anunciava o professor.
Malfoy saiu na frente de todos, apenas tinha em mente o caminho do lago, tinha que sair do castelo logo, e chegar lá, esperar Hermione!!
O cenário estava idêntico ao da outra vez que se encontraram, frio, a neblina rasteira que batia na altura dos tornozelos, uma névoa fina que cobria o lago, e o banco ali, desocupado, ao avistar que estavam desocupados resolveu se sentar para esperá-la que nem da outra vez, o clima frio e o cenário bonito deixavam o clima romântico, e era tudo o que ele esperava para este encontro, romantismo.
“Não existem sonhos impossíveis
Não existem costuras invisíveis
Toda noite quando o dia termina,
Eu não peço muito
Só quero você
Só quero você”
Desta vez ela não demorou a aparecer, em questão de minutos ela aparecia por de trás da névoa, e sozinha, o que foi um alivio para Malfoy, seus cabelos estavam soltos e tão lindos, até parecia ser a primeira vez que ele a via.
- Oi Malfoy... – ela parecia estar meio sem jeito, mas lutava contra isto – Você queria conversar comigo?
- Oi Hermione! – mal conseguia esconder o entusiasmo – Queria sim, senta aqui comigo. – sinalizou o banco para ela.
- Aquilo que você me disse – e abaixava a cabeça numa tentativa de não ter que olhar naqueles olhos verdes – era mesmo verdade? Por que... Eu preciso saber... Estou muito confusa com tudo isso! Você “fez” parecer tudo tão verdadeiro e... E... Real... – ainda olhava para baixo, parecia estar lutando contra a vontade de levantar a cabeça e olhar para ele – seu ódio por mim e por Harry e o Rony sempre foi tão público... Não, não... Esquece eles... – balançava a cabeça num sinal de negativo, parecia que enxugava uma lagrima, mas não podia ser, quer dizer, por que ela choraria? – Eu preciso... Saber... Apenas me responda... Foi tudo verdade o que você me disse Draco? – levantou a cabeça e foi com o olhar de vagar até estar fitando os olhos dele, agora dava para perceber que não foi imaginação, seus olhos estavam cheios d’água.
- Sim Hermione, foi tudo verdade – ele delicadamente enxugava uma lágrima com o dedo que escorria da face dela – nunca disse algo deste porte... Você deve ter rido de mim após escutar aquilo, devo ter parecido um idiota! Quer dizer, devo estar parecendo um idiota! Mas tudo bem... Acho q eu você devia saber daquilo tudo...
- Malfoy... E se eu te dissesse que andei pensando muito, muito esmo no que você me falou – voltou a abaixar a cabeça, puxou a mão dele pra perto da sua e a colocou em seu rosto – eu acho que... Que... Não sei... Melhor não dizer nada...
E Hermione o beijou, ambos notaram que este beijo estava sendo muito melhor tanto no sentido físico é claro quanto num outro sentido qualquer, mas que explicava bem melhor o que os dois sentiam no momento coisa que palavras não conseguem fazer em alguns momentos, percebia-se que era um beijo que transbordava paixão, era caliente! O tempo parou, tudo parou neste instante eles estavam deixando acontecer... Mas acontecer o que?
Aos poucos eles foram se afastando e deixando a energia fluir. O clima estava ficando estranho... Ninguém falava nada, não se olhavam, mas as mãos estavam dadas. Algum deles ia ter que quebrar esta parede invisível que os separavam, Malfoy resolveu ter uma atitude, mesmo que bobinha.
“Não existem crimes não criminosos
Não existem rimas que não podem ser rimadas
Não existem gêmeos idênticos ou pecados perdoáveis
Não existem males incuráveis
Não existem emoções que não podem ser destruídas
Uma coisa e você sabe que é verdade
Eu não peço muito
Só quero você
Só quero você
Só quero você
Só quero você”
- E agora?
- Eu... Eu... Não sei...
- A gente pode continuar, tipo ficar junto mesmo sabe... Ou foi só hoje, coisa de momento...? – Malfoy se sentia estranho perguntando isso, mas tudo bem, era uma coisa que ele tinha que saber.
- Eu não sei... – Hermione também se sentia estranha falando isso, mas agora ela estava mais confusa do que nunca.
- Eu queria que isso continuasse por que... – ele acariciava as faces dela com a outra mão que estava vaga – Ahh... Tipo... Seria legal – e soltou um sorriso – mas qualquer coisa eu vou te compreender.
Hermione parou por um segundo, e pensou muito antes de responder qualquer coisa e se arrepender no futuro.
- Vamos deixar ir indo – ela respondia – e ver onde que isso vai dar.
- Está certo.
Eles passaram mais uma hora aproximadamente conversando, não tocaram mais no assunto, suas mãos não estavam mais dadas, Malfoy abraçava-a e Hermione relaxava suas mãos por de cima das deles que estava em sua barriga.
Estava começando a escurecer e eles sabiam que todos os alunos deviam estar dentro do castelo ao escurecer, trataram de se despedir logo.
- Acho melhor a gente entrar Draco, se não podem acabar brigando com a gente – Hermione falava, mas estava desanimada com a idéia, queria permanecer lá.
- Também acho... – Malfoy concordava – mas por mim passava o resto da noite aqui com você!
Hermione apenas olhou para ele e deu uma risada, mas que significou o bastante, mal deu tempo dela terminar de sorrir que Malfoy lhe roubara um beijo. Ao terminarem de trocar bactérias Hermione estava curiosa e novamente confusa.
- Draco... – ela perguntava – você não acha melhor ninguém ficar sabendo disto?
- Acho... Muito melhor!
- Então acho melhor a gente entrar separados, eu vou na frente – e lhe deu um ultimo beijo de despedida – até mais.
“Estou de saco cheio de estar de saco cheio
Costumava ir para a cama ligadão
Sim - sim - sim
Acho que vou comprar água plástica
Creio que deveria ter me casado com a filha do
Lennon
Sim - sim - sim – sim”
Malfoy esperou um pouco e voltou ao castelo. Sentia-se nas nuvens, mais feliz do nunca, estava rindo à toa, seu humor voltava ao normal, tuas ações, tudo mais! O verdadeiro Malfoy estava de volta!
Estava farto de ficar reclamando da vida, agora era só felicidade, não queria mais ir dormir a noite com a cabeça a mil por hora. Estava sarcástico novamente, brincava, brigava, ria, fazia de tudo! Estava mais espontâneo do que nunca.
- Longbotton seu paspalho!! Não ta esquecendo de algo não?? Tipo, sair da minha frente?? – o empurrava e começava a rir sem parar.
“Não existem metas que não podem ser alcançadas
Não existem almas que não podem ser salvas
Não existem reis ou rainhas legítimos
Você sabe o que quero dizer?
Sim”
À noite ele foi dormir se sentindo realizado, finalmente seus sonhos haviam se tornado realidade, o que ele sempre pediu estava acontecendo, não sabia explicar o que era, se estavam ficando, se estavam de rolo, namorando, enfim, não importava! O que importava é que eles ficaram juntos por algum tempo e tudo dava ao entender de que podiam ficar novamente.
Agora entendia o que era sentir-se vivo!! Apaixonado...
Deitado ele não conseguia ficar parado, a adrenalina que corria em seu sangue era muita, se cobria, descobria, sentava, deitava, virava daqui, virava dali, trocava de posição, ia ao banheiro, ao salão comunal, andava pelo quarto, sentava, deitava, sentava na janela, ia ao corujal, mas não conseguia ficar parado.
Parecia estar entendendo tudo agora, tudo o que ele sempre teve curiosidade de saber.
“Não existem verdades indiscutíveis
E não existe a fonte da juventude
Toda noite quando o dia termina
Eu não peço muito
Só quero você
Só quero você
Só quero você
Só quero você
Só quero você
Só quero você
Sim, sim, sim”
Malfoy foi para o Salão Comunal da Sonserina, ascendeu a lareira, deitou-se no sofá e ficou lá pensando nos acontecimentos recentes dele com Hermione.
Quando começava a amanhecer mais ou menos, ele caiu no sono. Não conseguiu acordar para o café da manhã e nem para as aulas antes do almoço.
Acordou assustado sabendo que tinha perdido a hora e que levaria uma bronca do Snape, desceu para o almoço e viu Hermione sentada à mesa da Grifinoria bebendo seu suco de abóbora e conversando com suas amigas.
Logo procurou chamar sua atenção soltando uma faísca com sua varinha fingindo ser sem querer, e chamou-a para conversar. Ela veio.
- Hermione – olhava para os lados procurando sinais de alguém – me encontre no fim das aulas no portão de Hogwarts, está bem? Vá sentar-se logo alguém pode nos ver.
Ela apenas confirmou com a cabeça e foi indo embora. Antes de sair por completo, malfoy puxou seu braço e disse baixinho em seu ouvido para apenas ela escutar:
- Te amo. – e mordeu sua orelha.
BRIGADA PELOS COMENTS!! ^.^
BJKS
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