De Outro Mundo
— Harry Potter!
Um silêncio retumbante se seguiu a essas palavras. O Salão Principal já havia prendido a respiração quando o Cálice de Fogo se avermelhou pela quarta vez naquela noite. Agora todos, pasmos, não entendiam como o nome daquele garoto tinha sido escolhido para o Torneio Tribruxo.
Luna, como todos ali presentes, virou o rosto automaticamente para a mesa a sua frente, logo após a mesa da Lufa-lufa. Sentado na mesa da Grifinória estava um garoto magricelo de óculos e com os cabelos rebeldes completamente aturdido. Harry Potter parecia muito perdido para ter colocado seu nome no Cálice, mas mesmo assim ela estava confusa. O torneio não tinha apenas 3 campeões? Por que o nome de Harry fora escolhido?
— Como ele conseguiu se inscrever?
— Mas ele é menor de idade!
— Hogwarts já não tem um campeão?
— E Cedrico? O que ele vai ser?
Cochichos começaram a pipocar em todo o Salão e foram aumentando em número e intensidade. Luna viu Harry se virar para uma menina de cabelos espessos e dizer alguma coisa. Ao lado de Luna, vozes zangadas começaram a reclamar em francês sem parar. Ela, que sabia o idioma, entendeu perfeitamente.
— Isso não é justo! Hogwarts não pode ter dois campeões!
— As escolas têm que ter chances iguais!
— Como ele pôde ter se inscrito? Esse torneio é uma furada!
— Harry! Aqui se me faz o favor! — a voz de Dumbledore tornou a chamar.
Harry se levantou desajeitado e tropeçou na barra das vestes. Ainda tinha a expressão de espanto estampada no rosto e o que era uma simples suspeita se tornou uma certeza para Luna: aquele menino não se inscrevera no Torneio.
O prof. Dumbledore sério indicou a porta atrás da mesa e Harry passou. A balbúrdia era tanta que não dava para se ouvir mais nada. Todos se perguntavam e aos poucos se irritavam. Prof. Dumbledore ficou um bom tempo em silêncio, até que a profª McGonagall começou a berrar pedindo atenção. Aos poucos o Salão voltou a ficar em silêncio e o prf. Dumbledore pôde voltar a falar.
— O que testemunhamos essa noite foi um fato inédito — ele parecia estar escolhendo muito bem as palavras. — Peço a compreensão de todo. Os juízes tentarão resolver essa situação da melhor forma possível. Obrigado.
Dumbledore, a profª McGOnagall, o sr. Bagman, o sr. Crouch, prof. Snape, Mme Maxime e sr Karkaroff se direcionaram a porta atrás da mesa. Os estudantes começaram a se levantar e recomeçaram a berrar indistintamente. Luna se levantou, mas como sempre, sua trajetória até as portas de carvalho do Salão foi impedida por vários alunos da Sonserina que esticavam os seus pés para faze-la tropeçar e dizendo “Ei, Di-lua, ei”. Luna com grande esforço chegou as portas de carvalho do Salão Principal e acompanhou sua casa rumo a torre de seu salão comunal.
O salão comunal da Corvinal era guardado por Higor e seu Grifo, uma grande estátua de um bruxo com porte sábio acompanhado por um grifo, um animal com os quartos traseiros de leão e os quartos dianteiros e a cabeça de águia. Luna sempre se perguntara por que o salão comunal da sua casa era guardado por um grifo, um animal representante da coragem e que simbolizava muito bem a grifinória. Por isso mesmo nada nem ninguém seria capaz de tirar da sua cabeça que Ravenclaw e Gryffindor eram amantes. Seu pai já disse que um dia colocaria sua teoria no Pasquim. Ela estava muito ansiosa para esse dia.
Quando chegou a última pessoa da sua casa já estava entrando.
— Espere! — mas ela sabia que isso não adiantaria, ninguém nunca a esperava. A estátua tornou a se fechar. — [i]Azarações são métodos de defesa de bruxos patenteados pelo ministério[/i] — recitou Luna a senha da sua casa, fazendo a estátua se rachar entre Higor e o grifo e revelar uma passagem circular.
Luna adorava o salão comunal da Corvinal, mas agora queria ficar pouco tempo nele. O aposento triangular e de teto abobado parecia estar fervendo de excitação. Qual era o problema daquelas pessoas? Até pareciam que fora eles os escolhidos para esse torneio idiota.
Umas garotas conversavam entusiasticamente próximo de Luna. Ela reconheceu a apanhadora do time, Cho Chang no grupo. Uma menina de cabelos louro-avermelhados e crespos berrava no meio de toda aquela confusão, para quem quisesse ouvir.
— Para mim Potter apenas deseja fama. A atuação dele de menininho assustado não me convenceu. Ele sem inscreveu e ponto, nunca gostei dele mesmo.
— Seja razoável, Marieta. Potter é um bom garoto. Fora que o feitiço do prof. Dumbledore era impenetrável. Você ficou sabendo o que houve com os Weasley.
— Ele poderia muito bem ter pedido para outro estudante colocar o nome para ele, por exemplo a Angelina, que joga no mesmo time que ele.
Chang se calou diante dessa afirmação, e muitas das meninas ao redor das duas fizeram comentário apoiando a tal Marieta, que voltou a falar.
— Bom, de qualquer modo eu torcerei por Cedrico.
— É lógico, Você vive falando da beleza dele — disse Luna, entrando subitamente na conversa. — Ele é capitão do time de quadribol, bonito e charmoso. E bem óbvia a sua posição, não precisa ficar anunciando.
As meninas, chocadas, ficaram um tempo olhando para Luna, mas Marieta recuperou rapidamente a pose.
— Não me lembro de ter lhe chamado na conversa, Di-lua.
— Não fale assim com a menina, Marieta.
As garotas em volta das duas agora se acabavam em risinhos abafados. Luna não se intimidou e continuou a falar.
— Óbvia principalmente para mim, que outro dia no banheiro ouvi você dizer a elas — disse Luna, fazendo um gesto com a cabeça para as meninas ao seu redor. — que adoraria encontrar Cedrico num corredor deserto para fazer...
— CALA A BOCA!
Marieta tinha abandonado toda a pose e agora estava vermelha de fúria. Além das meninas havia uma pequena quantidade de garotos ao redor delas que pareciam ter começado a ouvir a conversa e agora brincavam dizendo:
— Fazer o que, Marieta?
— Olha a Marieta, que safadinha!
— Conte para gente, Marietinha.
— Vamos embora, Luna!
Chang pegou pelo braço de Luna e a levou aos dormitórios femininos, numa escada reta em uma das pontas do salão, enquanto Marieta gritava: “Luna, você me paga!”. Luna se desvencilhou do aperto de Chang e caminhou sozinha para o seu dormitório.
— Espere — disse Cho. — O que você fez agora foi muito feio.
— Você vai me dar um sermão?
— Não, apenas vou dizer para você ignorar os comentários da Marieta.
— Estou ignorando há dois anos. Quanto tempo mais terei de suportar?
— Bom... — Chang parecia sem jeito. — Mas o modo que você entrou agora na nossa conversa foi bastante rude. Não é a toa que...
— Você por acaso diz as suas amiguinhas que é rude esconder as minhas coisas?
Chang se calou e ficou olhando para Luna com uma expressão que misturava impaciência e pena. Desistiu e deixou Luna sozinha.
Luna não entendia como aquelas pessoas podiam se importar com tão pouco. Para falar a verdade observava muitas coisas sobre as outras pessoas que não entendia e isso a separava do resto do mundo.
Jogou-se na sua cama e fechou as cortinas a sua volta. De debaixo dos travesseiros retirou o seu único tesouro: a foto de sua mãe. Nela, a sua mamãe estava sentada em um relvado com os cabelos ao vento. Cabelos negros. Olhos azuis, sempre observando, sempre guardando a sua filhinha com um sorriso acolhedor. Estava tão linda.
Afrodite Lovegood havia muito não acompanhava Luna. Desde os nove anos para ser mais exata. Luna ainda se lembrava facilmente do dia em que viu sua própria mãe morrer, o único dia que seu pai parecia realmente assustado.
Luna sacudiu a cabeça com força, afastando essas lembranças da sua cabeça. Já havia chorado demais. Guardou a foto com carinho e se acomodou embaixo dos cobertores e ouviu as colegas de seu quarto entrando.
— Nossa! A Di-lua já está aqui?
— Você já devia estar acostumada.
— Pensei que com toda essa confusão, ela ficaria mais tempo como uma pessoa normal.
— Que menina estranha!
— Será que está dormindo?
— Onde você escondeu aquela pena de pavão dela?
— Acho que ali debaixo do criado-mudo ao lado da minha cama.
Depois de um tempo, as vozes foram diminuindo até o silêncio reinar. Lentamente, Luna se levantou e foi até o criado-mudo ao lado da cama da menina que falara e pegou a sua pena caríssima.
“Mamãe, o que você está fazendo?”
A menininha loura subiu até o sótão da sua casa, aonde sabia que sua mãe trabalhava.
“Oh filhinha. Quantas vezes vou repetir para não subir aqui? É perigoso. Estou trabalhando.”
“Trabalhando no quê, mamãe?”
“Querida, você não vai entender, mesmo que eu te explique. Agora desça. Venha vou te ajudar”
A mulher de longos cabelos negros pegou a varinha sobre a mesa, sem perceber que esta brilhava intensamente.
“Mamãe, a sua...”
“O que filha? Opa...” A mulher começou a tremer assustada.
“O que foi mãe?”
“Nada, filha. A mamãe quase fez algo bem perigoso agora” e sorriu. “Acho que estou trabalhando demais. Vamos passear.”
“Oba!”
Sussurrou algo para a varinha, que parou de brilhar.
A menina loura e a mãe passeavam pelos jardins da sua casa com um grande pote de sorvete. A menina olhou para o alto e começou a observar os pássaros.
“Mamãe, como se voa?”
“No caso dos animais, com asas. No caso dos trouxas, com aquilo que eles chamam de tecnologia. No nosso caso, com um simples toque de varinha” disse a mãe, com um sorriso e dando um toquezinho no nariz de sua filha, que ficou rosado. A menina riu. “Seu pai teria uma explicação bem mais divertida”
“Você sabe voar, mamãe?”
“Sei sim”
“Sem vassouras?”
A mulher hesitou, mas respondeu.
“Sei sim, quer ver?”
“Quero!”
A mulher levantou a varinha para o alto e pronunciou.
“Volarium” e a mulher começou a levitar.
“Posso também, mamãe?”
A mulher, então, apontou a varinha para a filha e disse mais uma vez o encantamento. A menina começou a levitar também.
“Vamos mais alto!”
“Não é filha, é perigoso” a mulher relutou um pouco, mas acrescenta, com um sorriso maroto. “Quando você for maiorzinha, eu deixo”
“Então via você, mamãe. Você já é maiorzinha!”
“Está bem” levantando a varinha, a mulher começou a subir. “Eu te amo, minha estrela”.
Aos poucos, porém, a menina começou a sentir algo diferente. Uma sensação horrível. Ela queria que a mãe parasse, queria que ela voltasse para perto dela. Um medo começou a invadir seu coraçãozinho, quanto mais a mamãe se elevava no ar.
“Mamãe, volta! Pode voltar!”
“O que foi, Luna?” Um homem loiro, com o penteado em tigelinha apareceu. Olhou para a direção que a menina apontava. A mãe parecia estar enfrentando dificuldades para subir.
“DESÇE AFRODITE!”
A mulher começou a sofrer pequenas quedas, fazendo sua filha gritar de espanto, no chão. Até que de repente, com um berro, a mulher despencou. Estava muito alta e só se pôde ver um ponto caindo em alta velocidade.
A menina gritou quando sua mãe bateu no chão. Depois a luz se apagou de súbito e a voz de seu pai soou no seu ouvido.
“Calma, querida. Não chore. Mamãe vai ficar bem.”
Mas a menina sabia. Mamãe não estava e nem iria ficar bem. Ela realmente tinha voado e para longe.
A manhã de segunda-feira estava tão fria. Luna estava descendo os gramados em direção a cabana do seu professor Hagrid, para ter mais uma aula de Trato de Criaturas Mágicas. Esse ano ela havia começado a assistir essas aulas, já que estava no terceiro ano, mas não pôde evitar uma decepção. Ela achava Hagrid tão incapaz, trazendo todas aqueles animais estranhos que raramente prestava atenção no que ele falava.
Na ponta da cabana já se encontrava a turma da Grifinória, com quem o terceiro ano da Corvinal tinha aquela aula. No meio deles se encontrava uma menina de cabelos compridos da cor do fogo. Gina Weasley, cercada pelos seus colegas, esbanjava popularidade. Parecia estar feliz. As meninas não paravam de falar e, conforme Luna se aproximava, o assunto se tornou nítido.
— Nunca imaginei que Harry seria campeão. Finalmente a Grifinória vai amassar aquela cara de bosta de cedrico.
— Mas ele é tão bonito — disse uma das meninas.
— Ele pode ser bonito, mas foi Harry que derrotou Você-Sabe-Quem. É ele que tem poder.
— Sinceramente, eu acho que Harry vá morrer na primeira tarefa.
Luna tinha se interessado pela conversa. As garotas da Grifinória pararam de falar instantaneamente olharam para o lado da voz.
— Ah, é você Di-Lua — disse Gina.
— Obviamente, apesar de não gostar muito desse apelido.
— Com que direito você sai falando essas coisas.
— Estou falando alguma mentira? Isso não passa de realidade.
— Assim como aquelas contadas no Pasquim?
Luna fechou a cara para a Weasley. Evitava discutir com ela, que sempre gostara de implicar com a revista que seu pai publicava. A opinião daquela menina não lhe importava.
O pessoal da sua casa começou a chegar e logo atrás, correndo apressado como sempre, estava Hagrid, com uma torrada na boca e outra na mão.
— Bom dia! — disse ofegante. Vou pedir ao prof. Dumbledore para alterar esse horário. Está me matando — enfiou as duas torradas na boca e levantou a cabeça, olhando para uma das janelas do castelo e instigando a curiosidade nos alunos.
Ficaram uns cinco minutos naquilo. Os alunos começaram a cochichar, se perguntando se seria interessantes relembrar Hagrid a aula com um belo chute na canela quando ele exclamou.
— Chegou, finalmente.
Um brilho dourado em uma janela alta e de repente, no ombro de Hagrid, se encontrava um pássaro vermelho com os bicos e patas douradas, do tamanho de um cisne. Muitos alunos exclamaram.
— Alguém sabe me dizer que animal seria esse?
— Uma fênix — disse Gina.
— Exato, dez pontos para a Grifinória. Pedi ao prf. Dumbledore me emprestar a sua para lhes mostrar. O nome dela é Fawkes.
E começou a explicar sobre as características das fênixes e suas propriedades mágicas: a capacidade do seu canto de aumentar a coragem, o poder curativo de suas lágrimas e sua capacidade de regeneração. Demonstrou a capacidade de teleporte, fazendo com que ela aparecesse, em uma labareda no ombro de um menino loiro e agitado da Grifinória. Luna achou que essa foi uma das únicas aulas de Trato de Criaturas Mágicas que aprendera algo.
Na hora do almoço, como sempre,seguiu para o seu dormitório. Era como um ritual ver a fotografia de sua mãe todo dia. Não tinha problema nenhum, ninguém a esperava para almoçar. Não tinha amigos.
No salão comunal, encontrou Marieta e suas amigas que ao verem-na, se desmancharam em risinhos. Luna supôs na hora que mais um dos seus pertences havia sumido.
Chegando no dormitório, foi direto para sua cama que ainda estava bagunçada. “Essa é boa, agora até os Elfos Domésticos me rejeitam”. Levantou o travesseiro para poder pegar a foto. O que havia em baixo a chocou mais do que qualquer coisa.
Dividida em quatro pedaços disformes, estava a foto de Afrodite Lovegood, sua mãe. Luna, tremendo pegou um dos pedaços que havia a cabeça da sua mãe. Que demônio seria capaz de fazer aquilo? Não conseguiu mais conter o ódio que estava dentro de si. Com um berro, pegou os pedaços e desceu correndo as escadas encontrando ainda as meninas que riam gostosamente nos pufes do salão.
— Gostou do que a gente fez com a sua mãezinha? Isso é para você aprender a não me desrespeitar em público mais — gritou Marieta.
Luna não disse nada. Correu e desferiu toda sua força em um tapa na cara de Marieta. Com a voz tremendo, disse.
— Essa foto foi tirada um dia antes da minha mãe morrer! Como você pôde?
As meninas pararam de rir. Luna virou as costas e passou pela entrada, com a visão começando a borrar.
“Luna, anjo do meu céu.
Minha estrela mais querida
Pedaço de luz pura
Que iluminou a minha vida”
O vento gelado do fim da tarde não incomodava Luna. Ela não queria mais sair dali do jardim. Os pedaços da foto da sua mãe ainda estavam seguros na sua mãe. Esquecera a varinha e não tinha a mínima vontade de sair dali.
Fazia tempo que não passava por aquilo. Frustração, mágoa, desespero. Sentimentos que não experimentava desde que sua mãe morrera. Como alguém teria disso capaz de traze-los à tona?
Subitamente, ela viu. Acima da sua cabeça um brilho dourado se aproximando quando desapareceu. Um roçar quente do lado do seu corpo indicou o que era aquele fulgor. Fawkes, a fênix estava bem próxima, olhando Luna, com resignação e pena. Ela se chateou.
— Não sinta pena de mim! Será que é só para isso que me olham? Para me magoar ou sentir pena?
Fawkes, aparentemente entendera. Fechou e reabriu os olhos. Agora passava coragem e determinação e Luna se sentiu satisfeita, mas com o coração ainda triste.
Um som belo se levantou no ar, um som melancólico que encheu o ambiente e o seu coração, que porém parecia lhe dar novas forças. A canção tinha o ritmo da melodia que a sua mãe lhe cantava quando criança.
“Fulgor da Lua, prateado”
Luna sentiu que toda sua tristeza era expulsa do seu coração.
“Brilho que desceu do alto”
A sua cabeça se encheu de memórias boas da sua mãe.
“Menina minha, menina amada”
O sorriso veio aos poucos e se abriu no seu rosto.
“Vamos, voar em um salto!”
Luna abraçou a fênix, sentindo seu corpo esquentar. Estava novamente feliz.
— Finalmente te achei!
Luna virou o rosto e viu Gina Weasley chegar correndo. Tornou o rosto para Fawkes, mas ela havia sumido.
— Dumbledore me disse para encontra-la. Disse que você estaria aqui. O que aconteceu? Chang também está te procurando.
Luna estendeu a mão, mostrando os quatro fragmentos da foto da sua mãe.
— Que maldade! Quem poderia fazer isto? Deixa-me consertar. Reparo— os pedaços se colaram.
Gina sorriu para Luna. Uma felicidade começou a preencher seu coração e ela sorriu de volta.
— Não fique triste por causa disso. A gente vai dar um jeito na pessoa que fez isto.
— Não estou mais, mas não vale a pena mais ir atrás dela — Luna hesitou. — Você ouviu a música?
— Que música?
— Esquece...
Elas começaram a caminhar em direção ao castelo. Gina começou a puxar assunto.
— Você vai torcer para quem? No torneio Tribruxo?
— Não sei. Ninguém por enquanto. Você vai querer que eu torça para Potter, não é, Weasley?
— Lógico. Pode me chamar de Gina. Ele perdeu os pais derrotando Você-Sabe-Quem. Ele merece todo o apoio. E ele...
— Você gosta dele?
— Não, não... — respondeu Gina sem graça.
Luna não falou, mas estava começando a sentir uma simpatia por Potter. Ele também havia perdido seus pais e não parecia, mas devia estar sofrendo bastante.
Sim, tinha decidido. Torceria por Potter.
— Eu ainda acho que ele irá morrer no torneio.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!