No Largo Grinmauld pela última
Londres estava agitada como sempre. As pessoas pareciam não ligar pra coisas estranhas que podiam estar acontecendo, como exemplo: muitas corujas voando por aí. E também havia a névoa, que Harry tinha quase certeza que os dementadores estavam envolvidos. Isso devia explicar a aparência cansada de algumas pessoas. Conseguiram esconder bicuço com um feitiço para que ninguém o visse. Enfim chegaram em frente ao local de acesso da casa que devia estar muito mal conservada, como antes. Precisavam encontrar Hagrid para lhe devolverem bicuço. Ele deixou que o usassem, mas também queria o de volta logo, pois podiam descobrir que era o hipogrifo Bicuço não executado de quatro anos antes. E Harry sabia que a essas alturas Hagrid devia estar preocupado porque havia ajudado os três sem saber de seus planos de fuga.
-Como eu to com saudades do Hagrid. – disse.
-É. Eu também. – disse Hermione.
-Eu também. – disse Rony pensativo. Sua aparência melhorara totalmente.
Os três entraram na casa que outrora fora uma espécie de prisão do padrinho de Harry: Sirius. Pensar nisso fez ele se entristecer. Sirius morrera porque Snape o atiçara a fazer alguma coisa, além de ficar trancado ali dentro. Snape também matara Dumbledore. Quando ele teria seu castigo?
-Essa casa parece pior do que quando a gente veio buscar o bicuço, ainda bem que Hagrid não ligou muito pra isso. Se não teria nos esperado para pegar ele. Daí ia ser difícil dizer que estávamos indo para longe, e sozinhos. – disse Rony fazendo cara de nojo para as teias de aranhas nos cantos da casa.
-E o Monstro? – perguntou Hermione.
-Nunca mais o vi. E nem quero voltar a ver. – Monstro, era o elfo doméstico que ajudara a matar Sirius.
-Vamos escrever para o Hagrid! – Disse Rony alegremente.
Eles escreveram pouco. Edwiges já estava no Largo Grinmauld. Não viajara com Harry, ficara na casa dos Weasley, ordem dele. Mas ao sentir que ele voltara foi ao seu encontro. Harry soube disso assim que a viu.
Na carta dizia:
“Estamos no mesmo lugar que você deixou Asafugaz. Venha ao nosso encontro”.
-Leve para Hagrid, Edwiges. Tomara que ele entenda.
Minutos mais tardes batiam na porta. Batidas fortes e estrondosas.
-Recebi seu recado, abram.
-Oi Hagrid. – disse Harry abrindo a porta. Feliz em ver o velho amigo.
-Oi Harry. Oi Rony e oi Hermione. Mas que loucura essa? Hein? Viajarem sozinhos, com Você-Sabe-Quem a solta. São loucos!
-Não somos mais crianças Hagrid.
-Eu sei Harry, mas o risco é o mesmo. Sei que você quer destruir Voldemort, e se alguém pode é você. Mas mesmo assim, quase nos matou de preocupação. Eu e seus pais Rony.
Rony ficou com uma expressão de temor no rosto.
Nessa hora os quatros escutaram um barulho.
-O que foi isso? – perguntou Rony, assustado.
-Vem de lá! - apontou Hermione.
Os quatros chegaram perto de um armário muito empoeirado.
-Espera, esse armário é aquele em que a Gina encontrou o camafeu, um medalhão que fazia barulho. Lembra Mione?
-Lembro Rony.
-E aqui tá ele! Foi ele que fez barulho então. – disse Harry pegando o Medalhão. Começou a analisar ele. Foi nessa hora que seu coração disparou. Na parte de trás do medalhão continha um símbolo. O símbolo da Sonserina. De Slytherin. Seria a horcrux? Mas quando ele foi falar isso para seus três amigos descobriu que eles não estavam mais lá.– Hermione? Rony? Hagrid? Onde estão vocês?
Ele estava exatamente no mesmo lugar, em frente ao armário. Mas por mais que chamasse seus amigos, ninguém respondia. Resolveu procurar pela casa. Teriam desaparatado? Mas para aonde?
-Já que eles não estão aqui, vou pegar Bicuço e ir procurar Lupin.
Mas nessa hora a casa é invadida. Harry percebe que são dois comensais da morte encapuzados.
-Quem são vocês? O que fazem aq...
Ele não terminou de falar, pois não acreditava no que acabava de ver. Era Severo Snape e Draco Malfoy. Juntos. Os dois apontavam suas varinhas para Harry.
-Me dê o medalhão Potter! – a voz fria e debochada de Snape, geralmente forte, estava arrastada, como se ele estivesse perdendo as forças.
-O quê fazem aqui? Assassinos! Onde está Hermione e os outros? O quê querem com o medalhão?
-Não sabemos de seus amigos. Esse medalhão fará com que eu faça as pazes com meu mestre, agora me dê ele! – continuo Snape.
-Seu mestre? Voldemort? Por quê fazer as pazes? Ele por acaso era amigo de Dumbledore e não gostou que você o matasse?
-Você não sabe do que está falando Potter! – dessa vez era Draco que estava falando, sua voz cansada.
-Não? Não sei? O que quer dizer com isso? – Harry começava a se enfurecer. – Fale!
Snape suspirou e começou a falar.
-Precisamos destruir o medalhão. Urgentemente. Dê-me ele!
Harry não entendeu. Como ele faria as pazes com Voldemort, destruindo o Medalhão? Snape continuou a falar.
-Se você não fizer isso, se não me entregar, nunca mais verá seus amigos.
-O que quer dizer?
-Estamos presos no tempo. Seus amigos acham que você desapareceu, mas você está exatamente onde eles estão. Só que da mesma forma que você não os vê, eles também não lhe vêem.
Harry não conseguia acreditar.
-Como isso? – perguntou. – E por quê posso vê-los?
-Isso aconteceu por causa do medalhão, você o tocou. Ele está protegido com um feitiço que paralisa o tempo para quem tocá-lo. Draco e eu tocamos antes de você. Mas saímos da casa. E agora você esta aqui.
-Mas como eu pude tocar no medalhão depois que vocês? E Gina o tocou a dois anos atrás, como não aconteceu nada?
-A Weasley de alguma forma ficou com algum tipo de intuição depois de ter uma horcrux nas mãos. O diário. E ela ter tocado no medalhão lhe causou uma certa impressão, então ele não pode parar o tempo para ela. Além do mais o tempo para quem o olha fixamente. Foi seu caso, não?
-É, foi. Mas por quê quer destruí-la? Voldemort não ficará feliz. E por quê não a destruiu antes?
-Eu estava procurando uma maneira de sair daqui. E eu acho que quem destruir essa horcrux, morrerá.
Snape falou isso com sua voz mais enfraquecida do que antes. Harry achou que era demais ouvir aquilo tudo, e acreditar cegamente. Draco pouco falava, mas parecia muito cansado. Seus amigos deviam estar pela casa, e eles dois lhe pregando uma peça.
-Não acredito em nada do que falam.
Nessa hora Draco gritou um feitiço.
-Accio meda...
Mas Harry foi mais rápido como sempre, conseguiu segurar o medalhão. Só que nas suas costas estava Snape, que o derrubou no chão e pegou a horcrux.
Harry tentou se levantar, mas Draco o impediu com um feitiço.
-Petrificus totalis!
E sem que Harry pudesse fazer alguma coisa, ou perguntar o por quê? Snape pegou sua varinha, fez sair dela um filamento cor preta e o medalhão se partiu em pedaços. Nessa hora ele viu Snape se sufocar sozinho. Draco tentou ajudá-lo, mas Snape caiu morto no chão.
Depois tudo voltou ao normal, e Harry ouviu um grito. Era Hermione, que chegou desfazendo o feitiço. Draco encontrava-se de joelhos ao lado de Snape. Ao ver Hermione, Rony e Hagrid, desaparatou levando consigo o corpo de Snape.
-O que houve? – perguntou Hermione desesperada.
Hagrid parecia atordoado e furioso ao mesmo tempo. Rony parecia ter comido peixe podre e ainda sentir o cheiro dele, pois era o que mais odiava Draco.
-Eu estou bem.
-Como você sumiu? Bem na nossa frente? Onde estava?
Harry contou toda história aos três.
-Feitiço que para o tempo, já tinha lido em algum livro, mas falava muito pouco. Não sei explicar como ocorre exatamente.
-Mas eu sei, e não é agradável pensar que se vai ficar preso para sempre no mesmo minuto. – Harry tomava um chá que Hagrid tinha preparado.
-Vamos sair dessa casa crianças! Ela já não é segura para mais nada. Vamos.
E obedecendo Hagrid, as crianças já crescidas, saíram com ele para as ruas de Londres.
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