Despedidas e idéias
Prólogo: Despedidas e idéias
Com um último apito, uma grande locomotiva vermelha parava na plataforma 9 ¾.Quase no mesmo instante, centenas de crianças e adolescentes saltaram das portas e encontraram seus familiares. Foi uma confusão de choros, abraços e beijos, enquanto duas jovens de 16 anos se despediam antes de se encontrarem com seus pais:
- Tchau Lice, vê se me escreve hein? - dizia uma garota ruiva, de olhos extremamente verdes a sua amiga.
- Claro que eu escrevo Lily! Eu vou conversar com meus pais caso você queira passar um tempo lá em casa...
- 'Brigado amiga, Merlin me livre de passar um verão inteiro com a Petúnia torrando minha paciência...
- NÃO SEJA POR ISSO EVANS – chegou James, se metendo na conversa das duas – Você sabe que é muito bem-vinda lá em casa...quem sabe você gostaria de passar as férias lá, tem uma cachoeira muito lin...
- EU JÁ DISSE NÃO POTTER! - disse Lily e saiu puxando Alice junto
- É Pontas, tá ficando difícil, daqui a pouco você fica igual ao Aluado, caindo de amores por uma garota e na seca total – disse Sirius, que, assim como toda a plataforma, havia ouvido a “conversa” de James com Lily
- OPA!Não me mete no meio não Sirius, quero saber quem foi que andou inventando essas histórias aí... - disse Remus, corando comicamente, o que fez Sirius e James caírem na risada.
- Bom...então tchau Pontas, Aluado, Rab...ei, onde está o Pedro?!?
- Sei lá, eu não o vejo desde que vim falar com a Evans...então tchau para vocês, acho que nos veremos em breve... - disse James dando seu melhor sorriso maroto e caminhando em direção aos pais.
Totalmente confuso, Sirius localizou sua família (se é que podia considerar aqueles idiotas de família) e dirigiu0se a eles em silêncio. Seu pai não disse nada, somente lhe estendeu o braço e logo tinha aparatado em frente ao Largo Grimmauld 12. Logo que chegaram, uma porta se materializou em frente deles e todos entraram em silêncio. Enquanto Bellatrix, Regulus e seus pais foram para a cozinha jantar, Sirius foi direto para o seu quarto.
“Mais um aniversário aqui nesse covil de cobras!” Sirius pensou com desgosto ao deitar a cabeça no travesseiro.
Acordou com os berros de sua mãe vindo da cozinha, que pelo visto discutia mais uma vez com seu pai,cuja voz mal era audível do segundo andar.
- Mas queri...
- NÃO TEM MAS! ELE JÁ É MAIOR DE IDADE, PODE MUITO BEM SE VIRAR SOZINHO!
Sirius entrou furtivamente na cozinha e observou sua mãe muito vermelha bufando em com seu pai, enquanto seu irmão Regulus observava tudo atônito. Seu pai foi o primeiro a se manifestar.
- Bem Sirius..er,...eu e sua mãe, nós estávamos conversando sobre o seu futuro, e decidimos que você já é bem,hum...crescido para morar fora de casa e...
Sirius porém não estava mais ouvindo nada, já estava a ponto de explodir, de sua mãe ele podia esperar tudo. Mas de seu pai? Seu pai que era o único que ainda tentava defende-lo...mas ele não iria agüenta-los mais.
Então está bem. SE VOCÊS QUEREM ME EXPULSAR DE CASA, PODEM DIZER – explodiu finalmente ele, não agüentando o cinismo que emanava daquela casa – QUER SABER?EU VOU EMBORA AGORA MESMO! - Dizendo isto subiu correndo as escadas e puxou do malão, ainda fechado ao lado da cama, o espelho de duas faces e chamou.
- JAMES!JAMES!JAMES!
- Calma Sirius...que aconteceu, já ta com problemas com sua mãe?
- Não. Agora eu me livrei dela para sempre. Ela me expulsou de casa cara!
- Mas,mas....ei Almofadinhas, porque você não vem passar as férias aqui em casa, tenho certeza que meu pai deixaria, aí depois do ano letivo você pode procurar outro lugar para morar.
- Mesmo?? Valeu Pontas amigão. Até mais então, eu vou pegar o Nôitibus e chego aí daqui a pouco.
- Esta bem. Vou avisar meus pais, acho que vou convidar mais umas pessoas....
Intrigado com a frase de seu amigo, Sirius saiu do quarto carregando seu malão, descendo as escadas o mais rápido que o peso da mala lhe permitia e atravessou a sala do Largo Grimmauld 12 sem se despedir de ninguém e logo estava parado no calçada em frente a um terreno vazio entra as casas 11 e 13.
Após um momento em que Sirius se permitiu sentir a brisa noturna, um pensamento lhe cruzou a mente: Começava uma nova era na sua vida, uma vida agora sem família. Sem saber se ficava feliz ou triste com esta realidade, ele levantou a varinha e observou um enorme ônibus roxo vindo em sua direção.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!