Capítulo único



N/A: Essa fic foi feita para o V Challenge do Aliança 3 Vassouras.

Prêmios





Motivo para sorrir



- Acorda, cara!

Rony virou-se e cobriu o rosto com o travesseiro.

- Você sabe que horas são, Rony? Não? Pois eu digo! São duas e meia! Levanta, Rony.

A voz de Hermione penetrou seus ouvidos. Rolou sobre seu corpo, deitando com a barriga para cima. Largou o travesseiro que caiu ao lado de sua cabeça, descobrindo seu rosto. Bufou, encarando Harry e Hermione.

- Eu já perdi o café mesmo, pra que me acordaram?

Hermione rolou os olhos em desaprovação e murmurou alguma coisa que Rony não conseguiu ouvir. Girou nos calcanhares e deixou o quarto.

- Anda logo, cara. O almoço está sendo servido. Já são duas e meia!

- Achei que as férias serviam pra gente dormir até as quatro.

Rony levantou-se da cama e olhou para seu quarto, completamente laranja. Hermione estava na Toca desde a segunda semana de férias, enquanto Harry só chegou na semana passada. As aulas começariam em exatamente uma semana, e o sexto ano com elas.

Harry ainda estava muito abalado com o fato de Sirius ter morrido. Quase não falava, apenas quando era chamado na conversa.

Rony pegou uma roupa qualquer que estava jogada perto de sua cama e vestiu-a.

- Porque ela implica tanto comigo, Harry?

Harry olhou confuso para ele. Seus olhos, que um dia foram de um verde intensamente vivo, estavam frios e opacos agora.

- Que?

- Hermione, Harry! Porque ela implica tanto comigo?

- Tem certeza que você não sabe?

- Se eu soubesse, estaria perguntando? – Rony perguntou com sarcasmo.

- Se você não sabe, eu não vou lhe dizer.

Assim como Hermione, Harry girou nos calcanhares e saiu do quarto, deixando um Rony confuso para trás. Este, por sua vez, respirou fundo e saiu do quarto.

Ao chegar na cozinha, Rony notou que Harry, Gina, Hermione e suas mãe já estavam almoçando. Fred e Jorge provavelmente estavam na loja e seu pai no Ministério.

- Boa tarde. – Rony cumprimentou de um modo geral a todos.

- Já era hora, Rony! – exclamou a Sra. Weasley. – Não é porque você está de férias que pode dormir até a hora do almoço, sabia!

- Pra que acordar cedo se eu não tenho o que fazer, mamãe?

- Ah, você quer o que fazer? Então está tudo bem, Rony, já que você quer tanto alguma coisa pra fazer, vai desgnomizar o jardim após o almoço.

A face já não muito alegre de Rony murchou-se completamente. Desabou em uma cadeira vaga e começou a servir-se.

- Ótimo! Mal acordei e já tomei uma bronca e vou ter que desgnomizar o jardim! Ah, mamãe, eu não vou ter que fazer isso sozinho, não é? – Rony olhou esperançoso para Gina. Esta, por sua vez, arregalou os olhos e balançou várias vezes a cabeça negativamente.

- A não ser que alguém queira te ajudar, vai. – toda a esperança evaporou de Rony. Um sorriso vitorioso se formou no rosto de Gina.

- Ah, não! Que droga, vou ter que fazer tudo sozinho!

- Eu ajudaria, se eu soubesse como fazer. – disse Hermione, simplesmente.

- Não por isso, - disse Rony, a esperança voltando. – eu te ensino.

- Tudo bem, pode ser divertido.

- Pode até ser divertido, mas duvido que haja algum gnomo no meio disto. – comentou Gina, ao acaso. Rony olhou confuso para sua irmã e depois para Hermione, que estava de olhos arregalados e corava furiosamente. Harry, apesar do olhar triste, não conseguiu segurar o riso, o que deixou o ruivo mais confuso ainda.

- Se não for pedir muito, posso saber do que você está rindo, Harry? E o que você quis dizer com isso, Gina?

- Descubra sozinho, Roniquinho. – Gina levantou da mesa e levou seu prato até a pia. – Quer ajuda com a louça, mamãe?

- Não precisa, Gina querida.

- É a segunda vez que alguém não quer me dizer alguma coisa que eu não sei hoje. – falou Rony pra si mesmo, olhando para Harry, ao mesmo tempo em que Gina deixava a cozinha.

- Vamos? – perguntou Hermione, que havia acabado de por seu prato vazio na pia. Rony olhou para ela e depois para seu prato, ainda cheio. Hermione percebeu seu gesto, porém continuou encarando-o. Rony olhou mais uma vez para seu prato.

- Ah! Que droga, Hermione. Eu não acabei de comer. – Rony levantou-se bruscamente e pois seu prato na pia, assim como todos os outros haviam feito. – Não se acostume. É só hoje porque você vai me ajudar.

Hermione lançou-lhe um olhar gélido. Rony engoliu em seco. Resolveu que seria melhor ir logo para o jardim e começar a desgnomização.


...


- Não, Hermione! Você tem que roda-los o mais forte que conseguir e joga-los por cima da cerca, assim demoraram a achar o caminho de volta. – repetiu Rony, pela quinta vez.

- Isso é um judiação com eles. Eles lhe fizeram mal, por acaso? – Hermione estava indignada com o modo de afastar os gnomos dos jardins.

- Sim! Pra começar eles existem! Se eles não existissem eu não precisaria estar aqui, mandando-os embora!

- Você tem mesmo muita sensibilidade, Rony! Acho que até aquela doninha do Malfoy tem mais sentimentos que você!

- Por que você não deixa de ser certinha ao menos uma vez e se diverte?

- É claro! Eu vou me divertir jogando pobres bichinhos por cima da cerca pra eles ficarem perdido!

- Se você se diverte mandando cartas pro Vitinho, por que não pode se divertir jogando Gnomos?

A gritaria que os dois faziam no jardim era ouvida pela casa toda. As brigas dos dois foram constante durante as férias, por isso ninguém aparecia para ver o que estava acontecendo.

- Por que você implica tanto com o Vítor?

- Por que você implica tanto comigo?

- Eu.. eu.. – Hermione abriu e fechou várias vezes a boca, mas a resposta não vinha. A resposta não vinha pelo simples fato dela não existir, ou melhor, de Hermione não saber. – Eu não sei.

Hermione abaixou a cabeça, não conseguia encarar Rony. Este, por sua vez, estava parado no mesmo lugar, sem fazer ou dizer algo.

- Hermione? – Rony sussurrou, hesitante, depois de vários minutos de silêncio. A garota levantou a cabeça, ainda sem encara-lo. – Você... você tá legal?

- Tô. – um meio sorriso surgiu em seu rosto. Levantou os olhos para finalmente reatar o contato visual com o ruivo a sua frente. – Vamos jogar alguns gnomos por cima da cerca?

- O que aconteceu com os pobres bichinhos? – disse Rony, sorrindo.

- Eles são nojentos. – Hermione sorriu de volta para Rony. – Bom, vamos?

- Vamos. Você aprendeu como é? – Hermione hesitou por alguns instantes e depois balançou a cabeça afirmando. – Quer tentar?

- Acho que sim. – Hermione apanhou o gnomo que Rony lhe estendia. Tocou sem querer a mão do garoto. Ao sentir o leve toque, a garota puxou rapidamente sua mão, corando ao mesmo tempo.

Hermione segurou firmemente o gnomo e começou a roda-lo. Achava que estava indo bem, até a hora que o soltou. A pequena criatura bateu na cerca e caiu no chão. Um pouco tonto pelos giros, o gnomo cambaleou umas duas vezes, antes de sair correndo.

- Desculpe-me, Rony! Eu não devia ter tentado.

- Se você não tentar, não vai conseguir nunca. – Rony se aproximou dela e entregou o duende fugitivo, que ele acabara de recuperar. – Agora, segure o gnomo com as duas mãos, assim. – Rony mostrou-a como segura-los. – Agora gire-os assim. Não, não! Assim. – ele aproximou-se mais de Hermione e ajeitou as mãos dela, que seguravam o gnomo. – Agora, gira assim. – Ele girou lentamente as mão dela, mostrando-a como fazer. Rony largou-a e deu a volta nela, indo parar atrás dela. Segurou cada uma das mãos dela com uma das suas, de um modo que ele abraçava ela.

Ao perceber o que fazia, Rony deu um pulo para trás, assustando Hermione, que estava tão corada quanto ele.

- Acho que por hoje tá bom, né? Amanhã eu termino isso. Se você quiser ajudar...

- É, talvez. – disse a garota. Ela estava muito vermelha e parecia um pouco confusa. De repente, Hermione levantou os olhos e começou a encarar um ponto fixo atrás de Rony. – O que é aquilo?

Rony olhou-a confuso, depois virou-se para ver para onde ela olhava. Não havia nada ali, alem de mato.

- Onde? – perguntou Rony. Hermione puxou-o pelo braço e guiou-o até um lugar bem distante da casa, depois da cerca. – Onde? Hermione, não estou vendo nada.

- Ali. - disse apontando para um lugar a frente. Rony olhou para onde ela apontava, ainda sem ver nada alem de mato. – Ali, Rony. Vem! – Hermione continuou guiando-o para um lugar a frente. De repente, ela parou. – Tá sentindo esse cheiro?

- Que cheiro? Afinal, o que você estava vendo?

- Ah, não! – exclamou Hermione – Isso é...

Uma forte luz e um barulho muito alto interromperam Hermione. De repente, uma forte chuva começou a encharca-los.

- chuva. – completou, Hermione, inutilmente.

- Vem! – exclamou Rony, puxando Hermione pela mão – Estamos muito longe da Toca, mas acho que tem uma cabana velha por aqui.

- Rony! Você sabe onde a gente está? Devíamos voltar para a Toca, sabia? Rony!

As palavras de Hermione foram levadas pelo vento antes de chegar aos ouvidos de Rony. Ou ele não a ouvia, ou não queria ouvir.

- Ai! – exclamou Hermione, ao bater nas costas de Rony quando este parou subitamente.

- Desculpe. – murmurou o ruivo. Ele estava parado, olhando ao redor. – Acho que é pra lá.

Rony apontou uma direção e voltou a puxar Hermione pela mão.

- Rony! – gritou Hermione – Você pode me ouvir?

Nada. Rony não a ouvia, ou fingia muito bem. O ruivo, que até agora a puxava pela mão de um jeito que ficava meio que do lado dela, agora moveu-se de um modo a ficar em sua frente. Suspirou cansada. Nunca imaginou que uma simples desgnomização acabaria assim, perdida no meio do nada com Rony. Mas mesmo assim, ela se sentia segura. Ele a deixava segura.

- Rony, eu.. – Hermione começou baixo, sabendo que mesmo que gritasse não adiantaria, ele não iria escuta-la – Porque você e o Harry vivem cochichando pelos cantos, ultimamente? Tá, eu sei, o Harry anda fechado e tudo mais, mas mesmo assim já os vi várias vezes cochichando por ai. Não é que eu deva saber de tudo o que acontece, é só que eu as vezes me sinto fora, não me sinto mais do “trio maravilha”. Ah, sei lá, é que as vezes dói ficar assim, afastada. Você pode pensar que não, que eu só brigo com vocês e tudo mais, mas eu não gosto de ficar assim, excluída, sozinha. Dói quando você briga comigo, sabia? Dói porque...

Hermione parou. Não iria confiar em uma chuva e um vento um pouco forte para apagar suas palavras, leva-las embora.

- Ai! – desta vez fora Rony que exclamara. Ele estava parado, massageando a testa e olhando para frente. – É aqui. Não sei como não vi a cabana.

Hermione olhou para frente e viu. Era uma cabana velha, provavelmente desabitada a muitos anos. Serviria para ficarem ali até a chuva passar, ou diminuir um pouco. Soltou a mão de Rony, constrangida por ter ficado tanto tempo assim e ao mesmo tempo feliz, por ter tudo um bela desculpa para ficar assim por tanto tempo. Rumou em direção a cabana abraçando seu próprio braço, com frio. Rony a seguia de perto.

- Toma. – disse ele, entregando seu casaco a ela. Hermione pensou em dizer “não precisa, obrigada”, mas preferiu aproveitar o pequeno gesto de cavalheirismo.

A casa não era nenhuma mansão de luxo, mas daria para esperar a chuva passar lá muito bem. Era pequena e só possuía sala e cozinha. Neste instante eles estavam na sala.

- Incendium! – uma voz veio do outro lado da sala da pequena cabana. Hermione olhou para trás, procurando de onde viera a voz. Rony havia acabado de acender a lareira.

Caminhou até o sofá de dois lugares, próximo a lareira. Lançou um feitiço para enxugar suas roupas.

- Como você faz isso? – perguntou Rony. Mione olhou-o intrigada. – Isso! Você sempre sabe um feitiço para todas as ocasiões. Como pode?

- Se você lesse mais, como eu digo, saberia. – disse a garota, em tom de desaprovação. Não queria brigar com ele, mas sentia uma enorme necessidade de fazer isso, no entanto, ele não continuou a discussão.


...


A chuva caia forte do lado de fora da cabana. Já faziam horas que os dois estavam lá e agora começava a anoitecer. Hermione olhou para Rony, que estava mais calado do que o normal.

- O que você tem?

- Como assim? – perguntou o garoto, intrigado.

- Vocês está muito quieto.

- Ah, - disse desanimado. – só estou cansado.

- De ficar o dia inteiro sentado em uma cabana? – o tom de provocação voltara a voz de Mione.

- Não, disto! – Rony fez um gesto displicente.

- Disto o que?

- Disto que você está fazendo agora. Eu to cansado de discutir com você! Eu nem sei porque você implica tanto comigo. – Rony parecia desesperado. Abaixando o tom de voz, continuou. – As vezes acho que você me odeia.

A “explosão” de Rony assustou Hermione, mas a ultima frase a paralisara. Sabia que não odiava Rony, mas como dizer-lhe porque implicava tanto com ele, se nem ela mesma sabia?

- Rony, eu... Eu não te odeio.

- Mas as vezes parece.

- Se eu te odiasse, seria sua amiga desde o primeiro ano até agora? – perguntou, com um tom obvio.

- Não sei.

- Tá me chamando de falsa?

- Viu? Começou de novo! Já vai você implicar comigo! Eu não aguento mais isso.

- Você pode falar muita coisa, né? Amava o Vitor e queria até um autografo dele, mas foi só ele me convidar pro baile que ele não era mais o super astro de Quadribol!

- Ele podia estar te usando!

- E porque estaria? O que iria ganhar indo ao baile com a garota mais feia de Hogwarts ao baile?

- Você.. Você não é a garota mais feia de Hogwarts.

- O que ele iria ganhar? – insistiu, mesmo um pouco chocada com o comentário.

- Não sei! E você, porque foi com ele? Só porque ele é famoso e cheio da grana?

- Não, apenas porque foi o único que me convidou.

- Eu te convidei! – protestou Rony.

- Devo acrescentar. Apenas porque foi o único que notou que eu era uma garota a tempo de te convidar para o baile, não como ultimo recurso.

- Eu... Eu.. – Rony parecia buscar palavras, mas elas simplesmente não vinham. – Me desculpe.

Hermione congelou. Rony estava lhe pedindo desculpas? Mas, pelo que exatamente?

- Pelo que?

- Por não ter te convidado antes do Vitinho.

Hermione corou e ficou em silencio. Sentou-se no sofá que abandonara a muito tempo em meio as gritarias. O silencio que caiu sobre eles era quase palpável. Era denso, e ficou durante vários minutos assim. Hermione parecia refletir sobre a conversa e Rony parecia tomar coragem para dizer alguma coisa. Finalmente ele quebrou o silencio.

- Er.. sabia que vai ter um baile de Natal este ano? Meu pai me contou...

- Ah, que legal! Espero que Harry convide a Gina a tempo este ano. – completou, desviando o olhar.

- É.

Mais uma vez o silencio caiu sobre eles.

- Sabe, ano retrasado eu e o Harry combinamos de sair, convidar nossos pares e nos encontrarmos no Salão Comunal. Esse ano, quando eu disse que iríamos ter outro baile, combinamos a mesma coisa.

Hermione não sabia onde ele queria chegar. Encarou-o, confusa.

- Acho que... hm.. esse ano eu vou convidar antes dele ser anunciado... para não ter perigo de ser como ultimo recurso, sabe. – o rosto de Rony estava da cor de seus cabelos.

- Que bom pra você. Assim que chegar em Hogwarts, o faça.

- Pra que esperar até Hogwarts? – Hermione desviou o olhar corando. – Erm... Mione, quer ir no baile comigo?

Hermione continuou paralisada, sem dizer nada ou fazer alguma coisa. Aparentemente, demorou demais para ter alguma reação.

- Se você não quiser, eu entendo. Você não precisa...

- Não! – exclamou Hermione, rápido demais. – Eu... eu quero.

- Quer? – Rony parecia confuso e feliz, tudo ao mesmo tempo. Sorriu para ela. O sorriso encantador que sempre a desarmava. – Que bom.

O silencio constrangedor voltou. Rony as vezes abria a boca para falar algo, mas fechava-a em seguida. A chuva começava a parar do lado de fora da cabana.

- Estava pensando em mudar o nome do F.A.L.E. – disse Hermione, casualmente. – F.L.E.?

- Não sei, soa-me familiar. – Hermione rezou silenciosamente para que Rony não se lembra-se que fora ele quem dera a idéia. – É melhor que o F.A.L.E mesmo, mas ainda assim... Ah, lembrei! Fui eu que dei a idéia para esse nome, não foi?

- Foi, mas é que na hora eu não gostei, mas agora.. – começou a se explicar.

- Você queria implicar comigo, isso sim! – acusou-a Rony. Ele se levantou do chão e se aproximou dela.

- Você pode parar de me acusar? – bradou Hermione. Ela também havia de levantado e estava em frente a ele.

- Porque? É verdade mesmo! – Rony deu mais um passo para frente. Apesar de estar em meio a uma discussão, ele não parecia bravo ou irritado.

- Não! Eu só.. não sei! Não gostei naquela época! – ela deu mais um passo para frente. Os dois estavam a meio palmo de distancia um do outro. Hermione pensou ver um sorriso maroto se formar nos lábios de Rony, mas não tinha certeza. – E você devia estar contente, afinal eu...

As ultimas palavras de Hermione foram abafadas por um guincho sufocado. Rony havia pegado seu rosto e a beijado. Hermione no inicio não retribuiu, por causa da surpresa. Alguns segundos depois entregou-se ao beijo. Ele acariciava seus lábios com o dele, enquanto ela brincava com os cabelos arrepiados da nuca dele. Sem parar de beija-la, Rony enlaçou sua cintura. Hermione juntou suas mão em volta do pescoço do ruivo.

- Vem, Harry! É por aqui a cabana que eu falei. De repente eles vieram pra cá quando começou a chover.

A voz de Gina vinha do lado de fora da cabana. Rony e Hermione soltaram-se incrivelmente rápido e voltaram as posições iniciais: Hermione no sofá e Rony no chão. A porta da cabana se abriu, mostrando Harry e Gina por de trás dela. Os dois estavam vermelhos, provavelmente haviam corrido até a cabana.

- Ainda bem que achamos vocês. Mamãe estava ficando louca. – Gina ofegava entre um palavra e outra. Hermione e Rony encararam-se e negaram com a cabeça em um movimento quase impercebível. Um acordo silencioso fora feito. Ambos se levantaram e se dirigiram a saída.

- Viemos para cá quando a chuva começou. Estava mais perto que a Toca. – justificou-os Hermione.

- Vamos antes que mamãe tenha um ataque. – todos concordaram com a cabeça e seguiram em pares. Harry e Rony na frente e Gina e Hermione atrás.

- Então, foi divertido como você disse? – Gina perguntou a Hermione.

- Digamos que sim. – disse Hermione, sorrindo.

- E não teve a ver com Gnomos, não é? – Gina riu, gabando-se pela sua correta intuição.

Hermione corou e sorriu, mas não disse nada. Em vez disse mergulhou em pensamentos, saboreando cada momento do que tinha acabado de acontecer.

- Erm.. aconteceu alguma coisa? – a voz de Gina interrompeu os pensamentos de Mione.

- Como assim? – perguntou o mais natural que conseguiu.

- Sabe, o Rony não te pediu nada?

- Ah, isso! Ele me convidou para ir pro baile com ele.

- Harry disse que ele queria convidar. - Gina olhou para Hermione surpresa, como se notasse somente agora algo óbvio. - Como assim: Ah, isso! Aconteceu alguma outra coisa?

- Cl... Claro que não, Gina! – a voz de Hermione falhou por um minuto. – Mas me conta, como você e Harry chegaram ao assunto do baile?

- Ah, - foi a vez de Gina ficar corada. – é que ele me convidou para ir com ele.

- Ah. – Hermione preferiu não provoca-la. Colocou as mãos dentro do bolso do casaco e sentiu alguma coisa lá. Deixou-se ficar um pouco para trás e pegou-a. Era uma corrente de ouro com um pingente de meio coração. Havia um bilhete curto junto.

“Eu tenho a outra metade, queria que você ficasse com essa. Espero que goste.

Até mais,
Rony.”

Hermione sorriu sozinha e fitou o papelzinho por algum tempo. Tão simples e radiante como o sorriso de uma criança. Afinal, não era tão difícil assim achar motivos para sorrir.

- Hermione! Vem logo! – a voz de Gina estava longe, havia deixado-se ficar para trás de mais.

- Estou indo, espera! – gritou de volta. Guardou o a corrente e bilhete no bolso e completou com um murmúrio antes de sair correndo atrás de Gina – Presente trouxa não faz seu tipo, Rony.


...


N/A2: Agora relendo a fic eu acabei de notar que ela está mais baseada na fic "Não como último recusro" do que eu imaginava. Então, para não retirar os créditos, estou avisando. Aliás, se puderem, leiam a fic. é perfeita e eu realmente indico. Está aqui mesmo, na Floreios.

E, ei.. comentários, por favor? xD

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