O Passado

Bom, está ai o cap. 3. Eu demorei mais do que eu esperava para postar porque eu peguei uma mania de reler os capítulos diversas vezes até que o resultado me agrade quase 100% e por causa disso ontem e hoje eu apaguei quase metade do capitulo e reescrevi um desfecho totalmente diferente o que resultou em 2 paginas de Word a mais do que o versão sem revisão.

Eu gostaria de agradecer a todos que comentaram e dizer que suas palavras me inspiraram bastante e me deram idéias bem legais para os próximos capitulo. Aqui estão os comentários respondidos

Dudu_Slayer: Pode deixar Dudu, a fic vai ir até o fim com certeza!

Jonathan: Eu sei que é chato ter que ficar esperando a atualização, mas se eu não fizer isso a fic vai acabar rápido e quase sem comentários o que eu não quero. Esse tempo entre uma atualização e outra me dá tempo de pensar na trama, adequar algumas partes a sugestões dos leitores e reescrever algumas partes dos capítulos já prontos, por que é bem melhor postar um Cap depois de revisar ele um bocado de vezes do que terminar a ultima frase e postar um cap meia boca sem profundidade nenhuma.

Asdras Engeven: É sempre bom ter novos leitores, eu também gosto de fics com relações mais maduras e não aquela coisa de sempre onde a Gina sempre foi apaixonada pelo Harry e quando ele se da conta ela esta lá esperando por ele.

Arthur lacerda: Bom, nos primeiros cap os duelos não serão muitos, mas no decorrer da fic eu posso prometer no mínimo 4 grandes duelos envolvendo comensais e diversas outras coisas!  

jhonathan166: Como eu disse para o Jonathan esse tempo sem postar esperando os 10 comentários faz com que a fic tenha mais tempo para evoluir o que me ajuda a escrever capítulos bem melhores. Eu sei que esperar é irritante, mas pode acreditar eu vou fazer de tudo para valer a pena.

Loly Evans: É sempre bom ver que outras pessoas gostam do que escrevemos, pode deixar que o quarto capitulo promete muito!

pamela sa: Eu sei como é horrível ter que parar de ler alguma coisa porque um infeliz desiste de escrever, mas desta vez pode confiar, eu estou escrevendo no meu ritmo sem me apressar e prestando bastante atenção nos detalhes para que no meio eu não me arrependa de alguma coisa e fique desmotivado a continuar.

Sisters Potter: Ta ai o capitulo 3 e eu posso dizer que eu gostei bastante do resultado, espero que vocês também gostem(vocês são duas certo?)

Deusa Potter: Calma garota! Pode acreditar, se eu tivesse postado o capitulo do jeito que ele tava sem revisar você ia ficar decepcionada, como eu disse lá em cima esse capitulo foi bastante modificado e no final saiu com 2 paginas do Word a mais e com um desfecho totalmente diferente. Não pense que a relação do Harry e Gina vai ser fácil! Esses dois vão ter que sofrer muito para ficarem juntos ainda! Também gosto da relação Harry/Dumbledore principalmente pelo fato do professor ser o mais próximo de um avô que o garoto pode ter.

Fl4v1nh4: Ainda bem que você entende, realmente é horrível ler/escrever uma fic onde dois personagens são idênticos. Gina e Lilian vão ter personalidades bem diferentes e no decorrer da fic isso vai ficar mais claro pode ficar tranqüila. E como eu disse a Deusa esses dois vão sofrer muito ainda! (risada maléfica)

aline Ferreira Ril: Dumbledore é realmente um personagem incrível, eu não conseguiria encontrar um personagem melhor para guiar Harry durante as suas missões.

Vamos ao capitulo, espero que gostem

 

O passado

Harry estava viajando de uma forma nada agradável. Estava sendo puxado por um longo túnel vermelho e dourado. Por ele passavam imagens difusas, entre elas ele conseguiu distinguir a própria imagem ajoelhada no chão segurando o braço direito ensangüentado e em suas costas jazia no chão uma enorme serpente. Reconheceu a cena sendo à do dia em que salvara Gina do Basilisco na Câmara Secreta no seu segundo ano em Hogwarts.

Continuou assim por um bom tempo até sentir seus pés baterem suavemente no chão. Olhou em volta, estava na sala do diretor. Esta estava quase igual à de anos à frente a não ser que em uma mesinha havia menos instrumentos. Sentiu Fawkes apertar seu ombro, virou-se para a fênix e descobriu que ela olhava fixamente para o fundo da sala, onde via um Dumbledore mais novo, com suas barbas menores apontando a varinha para Gina. Esta porem estava olhando para Harry sorrindo, parecendo meio cansada ela falou.

 - Harry que bom que você chegou! A festa de boas vindas com certeza não seria completa sem você!

 Harry sorriu balançando a cabeça. Gina mesmo nestas condições não perdia de jeito nenhum seu bom humor característico.

- Desculpe o atraso é que eu tive que terminar a conversa com o diretor antes de vir para cá – explicou enquanto se virava para Dumbledore que tinha a varinha apontada para ele – Calma Professor só queremos conversar! – avisou Harry, mas já era tarde de mais o diretor já havia lançado em Harry um feitiço não verbal do qual ele habilmente se defendeu e com um movimento rápido de varinha quase conseguiu desarmar  Dumbledore mais este não conseguiu se defender do segundo feitiço vindo da mão esquerda de Harry e sua varinha voou diretamente até a mão do jovem.

- Bem agora podemos conversar professor? – perguntou se dirigindo ao diretor caído no chão devido à força do feitiço.

- Bem, tenho escolha? – perguntou ele meio atordoado por ter sido vencido tão facilmente por um jovem de aproximadamente dezoito ou dezenove anos.

- Na verdade não – falou Gina já de pé olhando Harry estender a mão ajudando Dumbledore se levantar.

- Então se é assim queiram se sentar – disse ele gentilmente apontando as cadeiras enquanto contornava a escrivaninha e se sentando na própria cadeira e juntado as pontas dos dedos uma na outra como era seu habito  – O que vieram fazer aqui? – perguntou e Harry sentiu Dumbledore tentar entrar em sua mente, há algum tempo atrás isso seria realmente um problema, mas não agora. Tranquilamente esvaziou a mente e revidou entrando com facilidade na mente do diretor fazendo o próprio se assustar levemente.

- Bem – começou Harry satisfeito, finalmente seu treinamento estava servindo para alguma coisa  – Preciso te entregar isso – disse mostrando a carta para ele que a pegou a olhando com curiosidade – depois de ler a carta acho que não terá mais perguntas – acrescentou.

Ao terminar de falar o garoto se virou para Gina e viu que ela o observava atentamente e ao perceber que tinha sido pega no flagra corou. Harry sorriu segurando a mão direita da ruiva e entrelaçando seus dedos nos dela e os apertando com carinho. Gina sorriu também e apertou a mão dele com igual carinho voltando à atenção para o diretor.

Dumbledore estava segurando a carta com as mãos tremulas e seus olhos estavam arregalados e a boca ligeiramente aberta. Era a primeira vez que Harry viu Dumbledore se chocar com alguma coisa. Quando ele terminou a leitura falou com a voz ligeiramente tremula.

 - Então... – mas Harry já sabendo o que o diretor ia perguntou decidiu responder tudo de uma vez

- Sim, eu sou filho de Lílian Evans e Tiago Potter, Pedro é um traidor não o meu padrinho Sirius, meus pais foram assassinados por Voldemort e eu sobrevivi da maldição da morte lançada pelo próprio saindo apenas com uma cicatriz enquanto ele quase morreu virando apenas uma alma vagando pelo mundo, fui criado por meus tios trouxas, no meu primeiro ano em Hogwarts quase morri protegendo a pedra filosofal de Voldemort, no segundo salvei Gina do Basilisco na câmara secreta, no terceiro afastei cem Dementadores de uma só vez para salvar Sirius, vi Voldemort voltar durante o torneio Tribruxo, perdi o meu padrinho no quinto, me tornei um animago no sexto e salvei dois amigos da morte,  lutei contra Voldemort no sétimo e desde então venho lutando na guerra – finalizou vendo a cara de surpresa do diretor  – Alguma pergunta?

 - Sim e ela? – perguntou se referindo a Gina

- Ah claro, ela é Gina Weasley filha de Arthur e Molly Weasley e uma grande amiga – acrescentou e Dumbledore percebeu o brilho nos olhos do garoto diminuírem ao falar a palavra “amigo” – Mais alguma pergunta?

- Não - respondeu fracamente o diretor

- A carta já explica o que viemos fazer aqui não? – perguntou Gina.

- Sim – respondeu desta vez com sua voz calma e serena de sempre – Então sugiro que vocês se hospedem em Hogsmeade até o ano letivo começar o que acontecera amanhã à noite. Neste dia quero que vocês se dirijam até a plataforma e encontrem Hagrid, sabem quem é ele não? – ao ver eles confirmarem continuou – e façam exatamente o que fizeram em seus primeiro ano certo?

- Certo – respondeu Harry – Só isso?

- Quase – falou o diretor – Essa fênix é sua? – perguntou olhando de sua fênix para a que estava no ombro de Harry

- Sim - respondeu Harry sorrindo – foi o senhor que me deu antes que eu e Gina voltássemos ao passado.

- Sim, claro - falou o diretor sorrindo – mas, só mais uma pergunta qual é sua forma animaga?

Ao ouvir a pergunta Harry sorriu, ainda estava muito feliz não somente por ser um animago, mas sim por ser o animal que era. Segundo Hermione e o próprio Dumbledore era muito raro alguém se tornar um animal mágico e ainda mais um extinto como o seu. Sorriu para Gina, ela havia sido a primeira pessoa a ver sua transformação. Virou-se para Dumbledore e perguntou

- Quer que eu me transforme?

- Se puder – respondeu Dumbledore sorrindo

- Então é pra já! – falou.

Harry se concentrou e se transformou.

Dumbledore deixou o queixo cair, estava de frente ao animal que ele mais idolatrava mesmo não sabendo se realmente um dia chegou a existir. O lugar que antes estava Harry agora era solo para um Leão mais logicamente aquilo não era um mero Leão. Ele era duas vezes maior que um Leão normal, seus pelos não eram cor de mel, mas sim prateados, quase brancos, sua juba era igualmente prateada, mas com muitos pelos dourados muito claros.Em de suas costas saiam imponentes asas também prateadas, mas com algumas penas douradas.Seus olhos eram verdes muito intensos e em sua fronte avia uma parte da pelagem dourada formando um fino raio.Era um animal sem duvida alguma muito puro, quase divino e realmente muito belo.

- Mais isso é-é... – gaguejou o diretor dando passo para frente se aproximando do animal que se sentou olhando o diretor com um olhar sábio

- Um Leão ancestral – respondeu Harry em sua forma animaga ainda com Fawkes em seu ombro, essa por sua vez não parecia nem um pouco incomodada com o fato de seu dono acabar de virar um Leão com quase 1,60 de altura. Sua voz não era nem de longe igual a de antes, era calma e sábia, porem grossa e imponente de uma forma que nem mesmo Dumbledore um dia seria capaz de falar

- Ele realmente existiu? – perguntou Dumbledore encantado com o animal em sua frente

- Como o senhor mesmo pode ver existiu – respondeu o Leão calmamente, mas com um toque de ironia na voz – Se não existisse como eu estaria aqui? – perguntou com mais ironia ainda, depois olhou para Gina como se dissesse “Que pergunta mais idiota!”. Gina ao receber o olhar de Harry teve que segurar o riso, adorava quando ele se transformava, pois pela natureza do próprio Leão ele não segurava o que pensava para si mesmo, falava tudo na cara dura.

Gina lembrou-se rindo de quando ele havia se transformado pela primeira vez na frente de Rony e Hermione e começou a falar sem constrangimento nenhum que estava mais do que na hora deles se acertarem, deixando eles roxos de vergonha e ela tendo um acesso de riso tão grande que ela sentia a barriga doer. Afastou esses pensamentos ao ouvir Dumbledore soltar uma sonora gargalhada e comentar ainda rindo: - Já havia lido sobre esses Leões e sabia que eles tinham respondas bem... “Engraçadas” mais não sabia que isso se passava para pessoas que se transformavam neles usando animagia, mas os poderes deles realmente são reais? - percebia-se pelo seu tom de voz que ele há anos queria saber aquilo.

- São – respondeu calmamente Harry e antes do diretor falar ele se adiantou para diminuir a conversa – Suas asas são mais fortes e ágeis que qualquer outra que o mundo bruxo tem conhecimento, suas patas são tão fortes quanto os braços de um Troll seu rugido é semelhante ao canto da fênix se não mais poderoso seu sangue é dourado como ouro derretido e tem poderes curativos cem vezes maiores que os da fênix capaz de salvar alguém a segundos da morte se derramada na ferida. Muitos dizem que os Leões Ancestrais e as Fênix são parentes muito distantes por seus poderes serem quase idênticos, pois a única coisa que o Leão não é capaz de fazer é ressurgir das cinzas.Esses animais apoiaram o exercito branco durante a era mitológica bruxa sendo eles responsáveis por cuidar dos planos de ataque, pois sua inteligência atingia níveis nunca imaginados por humanos e por isso o nome Leão Ancestral – terminou de explicar para um admirado Alvo Dumbledore

- Você deve ser uma pessoa muito pura para ter a honra de ser o representante desse animal tão fantástico Harry – comentou o diretor orgulhoso do filho de seus dois melhores alunos.

 - Obrigado senhor – respondeu Harry voltando a sua forma original sorrindo

- Bem agora acho que é hora de vocês irem – comentou Dumbledore consultou o relógio em seu bolso – por que daqui a dez minutos terei uma reunião com os professores

- Certo - concordou Gina – Mas nós vamos continuar assim professor? – perguntou apontando para o próprio corpo e para o de Harry estranhando, pensara que por causa da semelhança de Harry com o pai teriam que mudar a aparência.

- Certamente que sim – respondeu Dumbledore sorrindo – pois eu acho que vocês nessa aparência se entrosarão muito melhor com o grupo de Tiago e Lílian. Ah e por falar neles – nesse momento se virou para Harry – quero que não se assuste Harry, pois seus pais nunca se deram bem até agora, mas eu sempre achei que eles se acertariam antes do final da escola e com certeza ninguém acreditava em mim, mas agora tenho a prova viva disso – terminou sorrindo.

- Tudo bem eu já sei disso – falou Harry animado, estava muito ansioso para ver seus pais e poder falar com eles mesmo sabendo que não poderia revelar quem era.

- Até os mesmos nomes? – perguntou Gina novamente.

- Sim, vamos dizer que vocês vieram dos Estados Unidos e que os sobrenomes Potter e Weasley vieram de lá.

- Bem então vamos - falou Gina se levantando e apertando a mão de Dumbledore e se dirigindo a saída. Harry fez a mesma coisa e seguiu Gina, mas parou no meio do caminho e se virou arremessando a varinha do diretor que ainda estava em sua posse para seu dono que a agarrou no ar demonstrando extrema habilidade e rapidez para sua idade.

 – Acho que ela é sua – falou antes de sair com Gina em direção a Hogsmeade para arranjar um lugar para ficarem, ate finalmente poderem voltar para Hogwarts para o novo ano letivo.

Harry saiu do banheiro do seu quarto em uma pousada em Hogsmeade após um delicioso banho pensando como seria ver seus pais pela primeira vez e não contar que era o filho dos dois, o medo parecia vivo dentro dele, não queria admitir, mas estava aterrorizado com o fato de que seus pais poderiam vir a rejeitá-lo. Foi tirado de seus pensamentos ao perceber que Gina estava em seu quarto admirando a lua através da enorme janela do quarto. Andou lentamente e  encostou-se à parede ao lado dela permitindo a ele contemplá-la como a tempos não fazia sem ser percebido. Os cabelos ruivos e brilhantes da garota caiam por seus ombros até chegar à cintura, os olhos cor de mel brilhavam de um jeito dócil como só os dela conseguiam, sua pele alva iluminada pelo luar a tornava ainda mais bela, quase sobrenatural. Se eu dissesse que Harry nunca a achou tão linda estaria mentindo, pois desde seu sexto ano, cada vez que a via ele a achava ainda mais bela que da ultima vez que a viu. Ele a achava bonita mesmo suada e com o uniforme de Quadribol sujo de terra após um cansativo treino ou até mesmo quando seu rosto estava sujo de sangue em meio a uma feroz batalha contra centenas de comensais,mas agora ela não era mais uma garota, mas sim uma mulher, a mais bela mulher que ele já vira, mas também a mais complicada e desconfiada. Ela era simplesmente perfeita, a não ser por uma coisa...

Ela não estava ao seu lado.

- Ah!Até que enfim saiu do banho! – exclamou Gina ao perceber sua presença e corando ao pegar o garoto novamente sem camisa, vestindo apenas uma calça jeans.

- É sai – respondeu percebendo que na ânsia de admirá-la tinha esquecido a camisa e a colocou rapidamente tentando esconder o rubor

– O que veio fazer aqui?

 - Quero conversar com você – anunciou.

- Bem então vamos sentar – e com um movimento de mão duas confortáveis poltronas apareceram – conversar sobre o que?

- Eu queria saber como nós vamos nos enturmar com o grupo do seu pai e da sua mãe – falou ela.

- Bem com os marotos é fácil, é só sermos nós mesmos, ou seja, Aprontar, aprontar e aprontar – respondeu rindo e Gina o acompanhou.

– Já com minha mãe, eu acho que devemos ir bem devagar – ele estava sério – Por mais que Dumbledore ache que a minha aparência vai nos ajudar a nos aproximar dela e de suas amigas eu discordo.

- Por quê? – era estranho para Gina ver Harry discordando do Diretor em alguma coisa.

- Bom, minha mãe como todos sabem, odeia meu pai do mesmo modo que também odeia o resto dos marotos – Gina começou a desconfiar aonde ele queria chegar – então se nós dois nos aproximarmos deles elas ficaram com um pé atrás em serem nossas amigas e...

- Se nos aproximarmos delas primeiro seu pai pode ficar com ciúmes?

- Na verdade é justamente o contrario – os olhos do garoto brilhavam do mesmo modo que brilhavam quando estava prestes a pregar uma peça em Snape ou Malfoy – se nos aproximarmos delas antes poderemos ficar amigos dos marotos aos poucos, nós precisamos ganhar a confiança das meninas antes de nos misturarmos aos marotos porque depois nos podemos ajudar os dois grupos a se aceitarem aos poucos.

- Você esta propondo que nós sejamos uma espécie de mediadores?

- Isso 

Por mais que Harry não quisesse admitir, estava morrendo de vontade de conhecer a mãe, não que também não estivesse com vontade de conhecer o pai, longe disso, mas ele nunca soube nada da personalidade da mãe, nunca teve a oportunidade de conversar com alguém que a conhecia e no fundo estava apreensivo com o fato de Lilian poder rejeitá-lo como amigo, Harry achava que não suportaria o desprezo da mãe, mesmo que ela não fizesse a mínima idéia de quem ele era. Por isso planejava ganhar a confiança da garota primeiro e confiava na imparcialidade de Remo para poder desmascarar Rabicho e se aproximar do Pai.

- Acho que é uma boa idéia – Gina observava o amigo atentamente, por mais que Harry fosse perito em esconder a verdade ela sabia que algo o estava incomodando  - então temos que nos aproximar de Lilian primeiro, não vai ser fácil já que não sabemos muita coisa dela.

- Exato  - só agora Harry percebia que de fato não sabia quem sua mãe fora  - tudo que eu sei, é que ela é muito estudiosa e tem um gênio muito forte, na minha opinião o jeito mais fácil de nos aproximar é pela inteligência.

- Isso seria bem mais fácil se a Hermione estivesse aqui – a garota desde que terminara Hogwarts não combatera na guerra diretamente como os dois, ela ocupava a parte tática junto com Rony, Lupin e em grande parte das vezes Dumbledore, esses dois últimos também participavam da guerra como combatentes – na verdade eu não paro de me perguntar por que Dumbledore mandou a mim para essa missão ao invés dela.

- Você é tão capaz quanto a Hermione Gina, nunca duvide disso.

- Não precisa mentir Harry, nós dois sabemos que no quesito inteligência a Hermione só não ganha de você e do Dumbledore – ainda era esquisito para Gina pensar que o treinamento de Harry o tinha transformado daquela forma.

- Eu nunca te disse isso Gina, mas você também é incrivelmente inteligente, eu percebi isso no seu sétimo ano, quando você estava estudando para os NIEM’s– Harry não estava mentindo, a ruiva sempre o surpreendeu com sua perspicácia e pensamento rápido no campo de batalha – Dumbledore nunca mandaria você para essa missão se não acreditasse que você estava a altura, ele confia em você do mesmo modo que eu confio.

- Obrigada Harry

- Voltando ao assunto  - continuou o garoto, por mais que nos últimos anos tivesse desenvolvido uma grande intimidade com Gina isso não impedia que os dois ficassem desconfortáveis em  ocasiões  como esta - só o que temos que fazer é sermos nos mesmos e não nos segurar nas aulas, com o tempo isso vai chamar a atenção de Lilian

Se eu dissesse que os dois Grifinórios passaram as próximas horas conversando de assuntos sérios, traçando planos de ação ou até mesmo tentando relembrar a matérias das aulas que ambos tiveram há algum tempo eu estaria mentindo. Na verdade os dois jovens passaram o resto da tarde em um conversa extremamente agradável e divertida onde ambos relembravam acontecimentos marcantes que ocorreram com os dois durante os seis anos que moraram juntos no castelo de Hogwarts.   

Jantaram no quarto conversando animadamente sobre as partidas de Quadribol que ambos participaram em Hogwarts e Quadribol em geral o que incluía a incrível final da copa mundial  durante as férias do quarto ano de Harry em Hogwarts.

Quando o relógio do quarto indicava 02h16 Gina decidiu encerrar a noite e ir para o próprio quarto despediu-se do garoto com um beijo na face e quando já estava a porta do quarto ouviu a voz de Harry, ela não passava de um sussurro quando ele disse:

- Eu estou com medo.

Gina estacou, já ouvira coisas incríveis saírem da boca de Harry, mas nunca ouviu o garoto admitir que tinha medo de algo. Ver Harry com medo para ela era tão inimaginável quanto era ver Dumbledore sem palavras.

“Eu vi Dumbledore sem palavras hoje” pensou Gina antes de se virar para o garoto

Harry estava sentado na cama do quarto com a cabeça baixa e as mãos puxando os cabelos rebeldes com força, seu desespero era tão obvio que parecia que ele não fazia esforço nenhum para escondê-lo.

Ver Harry daquela forma fez o coração de Gina se apertar como se alguém tivesse acabado e abrir o seu peito e prendido o seu coração em grilhões de ferro.

“Meu deus, ele não ficava assim desde a morte de Sirius” pensou Gina enquanto corria em direção do garoto e passou a mão carinhosamente em seus cabelos rebeldes.

- Medo? – Gina perguntou baixinho passando seu braço em torno das costas de Harry – do que você tem medo Harry?

- Lilian – sua voz foi tão baixa que Gina quase não entendeu seu significado

- Lilian? Porque você tem medo da sua mãe?

- Eu tenho medo que ela me rejeite – confessou Harry virando a cabeça em direção da ruiva, seus olhos estavam desfocados, mas ao contrario de anos atrás não havia o menor sinal de lagrimas.

“Ele não é o mesmo Harry de três anos atrás” constatou Gina

- Te rejeitar? Porque Lilian faria isso?

- Todos dizem que eu sou igual ao meu pai Gina e você sabe muito bem que ela odiava o meu pai.

- O que eu sei é que ela amava o seu pai da mesma forma que amou você!

- Eles morreram por minha causa – era a primeira vez que Harry confessava o sentimento de culpa pela morte dos pais a alguém – se eles não tivessem tido um filho eles ainda estariam vivos.

- Não ouse se culpar por isso Harry Potter! – um sentimento quente muito parecido com a raiva estava brotando em seu peito – sua mão morreu para te salvar! Seus pais se sacrificaram para que o mundo bruxo tivesse uma chance de sobreviver! Não ouse diminuir a coragem do ato de Tiago e Lilian se culpando pela morte dos dois! – Gina não iria deixar Harry se martirizar em um momento tão importante da vida dele, estava cansada de ver o garoto encolhido pelos cantos se culpando por cada morte ocorrida na guerra, Harry pelo menos agora merecia um pouco de paz – Sua mãe amou o seu pai de uma forma que pouquissimas pessoas entendem e eu tenho certeza que ela vai amar você da mesma forma quando você cruzar a porta daquele castelo e olhá-la pela primeira vez, o amor de uma mãe é mais forte que tudo, foi mais forte do que a maldade de Voldemort e eu tenho certeza que será mais forte que o tempo que separa vocês dois.

O paerto no caroção de Harry sumiu enquanto seus olhos ameaçavam marejar. Era sempre assim, ele totalmente perdido e ela sempre aparecia apra salvá-lo.

- Quando foi que você ficou tão sábia hein? – perguntou Harry enquanto abraçava a amiga em agradecimento, era incrível senti-la em seus braços, seu corpo era quente, macio e se encaixava perfeitamente em seu corpo. Seu cabelo que agora roçava em seu rosto tinha um cheiro floral que tirava suas noites de sono há tanto tempo que ele não conseguia mais se lembrar de uma noite em que não acordava suado e com o corpo em chamas, desejando ter a ruiva para si e não largá-la nunca mais.

“Eu vou te conquistar ruiva, mesmo que isso seja a ultima coisa que eu faça!” decidiu Harry sem saber que em uma casa em um vilarejo bruxo no interior do país, um jovem extremamente parecido com ele tinha acabado de prometer a mesma coisa.

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Bom, este foi o capitulo três, eu gostei bastante do resultado, mas não seu porque eu acho que eu poderia ter caprichado um pouco mais no dialogo do final do capitulo, fiquei com uma sensação de que faltava algo.

Acho que é isso, espero que tenham gostado!

P.S: Vocês já sabem o esquema, 10 comentários ou nada de capitulo!

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