Dia não tão agradável



Capitulo 5 - Dia não tão agradável



Já amanhecia, e os raios de começo de manhã atravessavam as cortinas negras do aposento.

TOC! TOC!

Ann acordou com uma leve batida na porta. Não reconheceu o aposento. Estava deitada em uma enorme cama, e no chão via-se um colchão. Estava um tanto bagunçado.

- Entre! - exclamou ajeitando-se na cama. Observou Draco adentrar o quarto, trazendo uma grande bandeja, e depositando-a em seu colo.

- Seu café – da - manhã! - disse sentando - se na beira da cama.

- Puxa! Obrigada! - respondeu observando a bandeja, que continha ovos mexidos com bacon, salsichas de panela, torradas com geléia, bolo de frutas e um chá, e enfeitando, uma rosa branca.

- Dormiu bem? - perguntou o rapaz.

- Nossa! Muito bem! É seu quarto não é? - perguntou colocando um pouco dos ovos mexidos na boca.

- Sim, é! O seu estava cheirando a mofo, mas Dora já limpou. - falou ele.

- Ok. Maninho, posso te perguntar uma coisa? - perguntou a loira brincando com o chá.

- Pergunte! - respondeu ele.

- Por que você esta tão gentil comigo? - perguntou ela, observando o irmão pensar na resposta.

- Todo irmão é legal com a irmã quando cresce e amadurece!

- Ok, mas achei estranho. – falou colocando geléia em sua torrada.

- Mas termine logo de comer e se arrume!

- Pra que? Vamos sair? - perguntou tomando todo o chá.

- Termine para levar a bandeja de volta, e sim, nós vamos sair! - respondeu pegando a bandeja e indo a porta do quarto.

- Pra onde?

- Vou te mostrar a cidade, tem muita coisa nova que você não conhece!

- Ok! - falou a garota animada, levantando-se depressa da cama. - Draco, posso usar seu banheiro? - perguntou ela, pois estava no quarto do irmão, e não podia ficar mexendo nas coisas sem permissão.

- Pode, mas não molhe todo o piso, se bem que depois algum elfo limpa! - falou ele deixando o quarto.

Ela então correu ao banheiro e tratou de tomar um banho rápido. Vestiu-se e foi ate a sala, encontrando o irmão já pronto a espera.

- Está pronta? - perguntou ele encostando na mesa da sala, de braços cruzados.

- Sim, mas deixa eu só ajeitar o cabelo! - falou indo até o luxuoso espelho da sala e arrumando os cabelos loiros e lisos.

- Posso saber aonde vão? - perguntou uma voz de mulher atrás de Draco e Ann. Era Narcisa, a mãe de ambos.

- Vamos sair! - respondeu Draco, pegando uma rosa vermelha em um jarro de cristal em cima da mesa onde estava escorado, e observando – a por um longo momento.

-Está certo, mas estejam aqui antes do anoitecer! - recomendou a mãe.

- Sim, estaremos! - respondeu Draco, colocando a rosa de volta no jarro.

Saíram os dois pela porta da mansão, após atravessarem o grande e bonito jardim.

- Onde vamos primeiro? - perguntou Ann enquanto caminhava pela calçada.

- Pela posição do sol, são quase dez horas da manhã. - falou ele.

- Confesso que demorei um pouco... - falou ela sorrindo.

-Sem problema! Bem... pensei que poderíamos ter um dia que fosse a sua cara, fazendo coisas que você goste... - começou Draco com as mãos nos bolsos.

-E...? - perguntou a garota curiosa.

- Um dia fazendo coisas de trouxas, o que costumam fazer em horas vagas!

- Meu Merlim! Draco, você esta com febre? - perguntou a garota admirada, colocando as costas das mãos na testa e no pescoço do irmão, fingindo medir sua temperatura.

- Estou normal, como sempre estive! - respondeu ele sorrindo.

- Que estranho você estar interessado em coisas trouxas... - falou voltando a caminhar.

- Ok, mas não fale nada ao pai nem a mãe! Eles nos deixam de castigo no porão a pão e água! - falou ele.

- Lembro-me bem deste castigo e espero não ter que cumpri-lo novamente... - falou ela lembrando-se dos dias que passou junto aos ratos e aranhas do porão, com um mísero pão e um simples copo de água por dia.

- Pois é! Então bico fechado! - falou ele andando.

- Mudando de assunto, vou à Hogwarts com você esse ano? - perguntou ela.

- Claro que vai! Onde vai concluir seus estudos? Na França é que não é!

- Eu nem tinha pensado nisso.

- Papai já falou com Dumbledore, você vai fazer o sexto ano, mas vai passar pela seleção... - falou ele.

- A seleção das casas? - perguntou ela interessada.

- Isso, e eu aposto meus dedos que você não vai para a Sonserina!

- Por que? A família toda pertence à Sonserina, por que eu vou ser diferente? - perguntou ela.

- Mas... se eu não for para a Sonserina, papai me degola viva! - falou assustada com as mãos no pescoço.

- Mas isso veio com você, nasceu com você. Não se preocupe, não deixo papai te degolar! - falou ele - Á esquerda!

Nisso, os irmãos viraram á esquerda, que dava em uma movimentada avenida, repleta de carros.

- E se eu não for para a Sonserina, que casa eu vou? - perguntou pensativa.

- Por mim você iria ou para a Corninal ou para Grifinória.

- Prossiga!

- Corvinal, por que você é inteligente, e adora aprender... - explicou ele.

- E Grifinória? - perguntou atravessando a avenida na faixa de pedestres.

- Grifinória por que tem sangue frio, coragem suficiente para vir da França à Inglaterra sozinha. - falou. Ainda com as mãos nos bolsos, chegando a calçada.

- Se não me engano, tem mais uma casa!

- Lufa-Lufa! Puros de coração e com extrema bondade e sinceridade, mas ainda acho que sua personalidade encaixa nas outras duas que lhe falei. Não que você não seja sincera nem nada... – falou.

- Entendi. Mas você esta sabendo tudo sobre Hogwarts! - admirou-se ela.

- Seis anos na escola serviram para alguma coisa! – comentou.

- Papai não desperdiçou dinheiro em você! - falou ela.

- Ok, Ok, agora vamos comer alguma coisa, já esta quase na hora do almoço! - falou Draco examinando seu relógio.

- É, a fome já esta batendo... - falou ela com cara engraçada.

- A lanchonete é ali em frente! - disse apontando para um local de paredes amareladas, com janelas e portas vermelhas.

Assim que adentraram o local, avistaram como era uma lanchonete trouxa. O balcão vermelho em formato “U” com muitos banquinhos e mesinhas dispostas, de paredes internas laranja e amarelo. O local estava relativamente cheio, e muitos garçons ziguezagueavam pelo local, pegando e trazendo pedidos.

Sentaram-se em dois bancos no balcão, e um barman aproximou-se deles.

- O que querem? - perguntou demorando o olhar em Ann, que não percebera examinando o local, admirada.

- Hum... o que você quer Ann? - perguntou Draco à irmã, notando os olhares do homem a garota.

- O que você decidir! - respondeu ainda distraída.

- Bem...dois sandubas completos e dois milk shakes de chocolate... - falou, agora reparando no fulminante e demorado olhar que o barman lançava para o pequeno decote de sua irmã, que permanecia aérea.

O homem desapareceu e cinco minutos depois voltou com a comida e com os olhares para Ann. Draco não estava conseguindo se segurar, vendo o rapaz olhar tanto para o corpo de sua irmã. Levantou-se de repente, deixando o banquinho cair no chão, atraindo os olhares dos presentes.

- Vai continuar olhando pro decote da minha irmã vai? - perguntou ele desafiadoramente para o rapaz, que estava aparentemente assustado, não respondendo a pergunta. - Vai falar ou vai ficar calado? - perguntou ele.

- Draco, acalme-se! - falou Ann tentando segurar seu irmão fora do sério.

- Me acalmar? Ele não parava de olhar pro seu decote! - falou ele se virando para a irmã - Agora ele vai aprender que não se deve olhar para os peitos da minha irmã! - falou alterado quase gritando, e sem nem pensar, dando um forte soco na cara do outro, que cambaleou, quase caindo perto do estoque de copos.

- Mas bem que sua irmã tem peitos carnudos! - falou o rapaz provocativo, deixando tanto Ann quanto Draco furiosos.

Draco pulou o balcão e se aproximou do rapaz, fervendo de raiva. Ann apenas observava, nervosa, desesperada, sem saber o que fazer.

- Quem tem peitos carnudos? Quem tem peitos carnudos? Diz! - falou ele se aproximando perigosamente do rapaz.

- Sua irmã é bem gostosa! - falou o outro, e a resposta que recebeu foi um soco na barriga.

Draco se virou e saiu andando, mas o outro cutucou-lhe as costas. Assim que o loiro virou recebeu um forte soco na maçã do rosto. Um tumulto se formava entre os dois, até que dois homens demasiados fortes seguraram Draco e o garçom pervertido, para que não voltassem a se bater.

- O que esta havendo aqui? - falou uma voz autoritária, e um homem corpulento, de suspensórios, bigode e chapéu-côco. Era o gerente. Estavam ferrados.

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