O Encontro

Faltava menos de um mês para o inicio do sétimo ano de Harry em Hogwarts. Como já era de costume ele e Hermione passaram suas férias na casa dos Weasleys.
Harry ainda anda muito sentido com a morte de Dumbledore... Parecia não ser verdade! Alvo era como um pai para ele... Sentia-se abandonado no mundo pela segunda vez na vida. Só que agora ele tinha seus amigos ao seu lado.
- Harry, querido... Você precisa comer! Veja como está magro! – falava a senhora Weasley com um to preocupante na voz.
- Coma, coma!! Isto vai te fazer bem... – continuava ela, jogando duas panquecas em seu prato.
- Não, não... Muito obrigado... – numa tentativa falha de dizer que não queria nada.
- Talvez você devesse conversar um pouco com ele – cochichava Hermione para Gina que sentara ao seu lado.
Harry ouviu o que a amiga disse... Porem fingiu não ter escutado nada e continuou “cutucando” as panquecas com o garfo.
- Desculpe-me... Vou deitar um pouco. – Harry sabia que não era o melhor a fazer, mas mal havia se acostumado a ficar sem o padrinho e já perde um grande amigo!
No café da manha do dia seguinte, Harry estava um pouco mais animado e até já tinha voltado a conversar com seus amigos... Pela janela via-se uma coruja com várias cartas presas em sua pata... Deixando todas encima da mesa e esperando por um agrado ela fikou lá fazendo barulho. A euforia na casa era tanta que ninguém escutou o reclamar da coruja. Finalmente haviam chegado as cartas de Hogwarts!
A única coisa que podia animar Harry era voltar a sua querida escola de Magia e Bruxaria. Junto veio as listas de matérias, neste ano a lista era mais extensa que o normal.
A senhora Weasley soltou um olhar significativo para seu marido, que percebendo o sinal disse:
- Não se preocupe querida. Nós vamos comprar tudo... Darei um jeito.
Terminando o café da manha todos se dirigiram à lareira da casa para irem ao Beco Diagonal.
- Rony – disse sua mãe – vá na frente querido, e não se esqueça de dizer em alto e bom som seu destino.
Rony pegou um pouco de pó de Flu, entrou na lareira e gritou numa clareza imaginável! “BECO DIAGONA!!” uma poeira verde subiu e Rony já havia desaparecido... Assim foram um por um.
Já no Beco Diagonal Harry passou no Gringotes para fazer uma retirada, estava um caos, a segurança havia sido redobrado, poderoso feitiços e magias desconhecidas que vinham da antiguidade.
Após uma longa espera ele foi atendido e fez sua tão desejada retirada para comprar os materiais.
Na saída ele esbarrou numa moça, virou para pedir desculpas e seu coração começou a palpitar, ficou momentaneamente sem ar, pensou que as palavras não iriam conseguir sair de sua boca. Mas ele pensou “não pode ser... é melhor eu pedir desculpas logo e ir comprar meus materiais...”
- Desculpe-me. Precisa de ajuda? – perguntou para a moça.
Ela se virou mostrado seus longos cabelos cor de petróleo e lisos, alta, olhos puxados. E ai ele teve certeza. Era ela! O nervosismo voltou a tona! E ficou sem saber o que falar.
- Cho... Você... É... Quer dizer... Quanto tempo! – sentia-se besta tendo falado isso!
- Harry... Quanto tempo...! – retribuiu, meio sem jeito.
O silencio tomou conta. Tudo à volta deles parecia estar parado, não ouviam barulhos, não conseguiam ver pessoas andando de lá para cá apressadas... Naquele momento apenas havia eles dois e mais nada.
- Cho... Gostaria de me acompanhar? Podemos tomar uma cerveja amanteigada depois... – ainda sem graça.
- Harry... Bem... Eu... Acho... Tudo bem, vamos. – aceitando o convite, agora com suas faces avermelhadas já.
“Não posso ser besta desta vez, não posso perder a chance, tenho que encarar este medo” ficava repetindo para si mesmo.
E foram andando pela rua. Estava um clima estranho entre eles, ambos com muita vergonha e pensamentos a mil! Harry então parou. Cho que andava ao seu lado percebeu isto e parou também.
- Algum problema Harry? Você está bem?
- Cho... Eu... Eu... E-eu preciso lhe dizer uma coisa... – nem pensava mais no que estava fazendo! Só queria que ela soubesse.
- Pode dizer... – já com medo do que ele iria falar...
- Eu estava com saudades de você... – disse ele abaixando a cabeça e olhando para o chão.
O silêncio foi restabelecido entre eles. E estavam muito sem jeito...
- Nunca esqueci daquele nosso beijo – continuou Harry.
Cho ficou envergonhada com o que ele disse... Pois para ela, ele já havia esquecido disto fazia tempo!! Parou um segundo para pensar e chegou numa conclusão... Não sabia se devia falar, mas resolveu confessar isto a ele:
- Eu também, nunca esqueci...






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