Além De Um Acidente
O encontro com Severo aconteceria em pouco tempo. Quase não conseguia dormir, pensava o que ele teria para falar a ela. Parecia ser muito sério. Ela não sabia se ficava feliz ou preocupada, resolveu que na hora certa iria ficar sabendo. E adormeceu.
Na hora do café da manhã, Kate observava discretamente a mesa dos professores. Era de se esperar, ele não estava lá. Provavelmente ele já estava a sua espera, Hermione a surpreendeu e disse:
- Bom dia Kate, tudo bom?
- Muito bom dia Hermione, ótima e você?
- Também, estou esperando Harry e Rony, que como sempre estão atrasados. Afinal, vai para Hogsmeade com agente? – perguntou Hermione esperançosa.
- Me desculpe Hermione, é que eu tenho um compromisso daqui a pouco. Mas depois desse compromisso, eu encontro vocês no Três Vassouras, combinado?
- Combinado. – falou Hermione que estava se acomodando do lado da amiga para conversar.
- Kate, você está bem?
- Estou, porque não estaria?
- É que ultimamente, você anda muito estranha, o que está acontecendo Kate?
- Bom Hermione, não está acontecendo nada, mas, obrigada por se preocupar comigo. – falou Kate abrindo um sorriso para Hermione.
- Tudo bem Kate, se quiser desabafar, conta comigo. – falou Hermione retribuindo o sorriso.
Kate olhou para o relógio e viu que estava quase na hora de seu encontro com Snape.
- Hermione, tenho que ir. Mande um beijo para Harry e Rony. E até o Três Vassouras.
- Tudo bem Kate. Até lá.
Kate corria apressada para o dormitório a procura de seu casaco. Pois o dia havia amanhecido frio e foi ao encontro de Severo.
Severo estava muito pálido, observando a paisagem do frio pela sua janela. Quando ouviu batidas na porta pensava “É ela” e disse.
- Pode entrar.
Entrou Kate silenciosamente, e com a mesma, fechou a porta e disse.
- Bom dia.
Snape não retribuiu, e olhou para os olhos dela e disse:
- Precisamos conversar.
- Eu sei disso, e imagino que esse seja o motivo que você me chamou aqui.
- Katherine eu...
- Kate por favor.
- Certo, Kate...
- Fale.
- Tudo que aconteceu... foi... definitivamente um acidente.
Kate queria ter a certeza que não ouvira direito.
- Acidente?
- Kate, o que aconteceu, foi por impulso, e... nós não podemos continuar com essa loucura. Isso foi um descuido, um descuido que podemos esquecer e fingir que nada aconteceu.
- Não, nunca! Que história é essa de descuido?! E que fingir que nada aconteceu! Aconteceu sim, e não foi descuido de ninguém não.
- Então como a senhorita explica se não foi um “descuido”?
- Não foi descuido por que tanto você quanto eu queria que isso realmente tivesse acontecido! – gritou Kate.
Snape gelara, ela havia dito tudo. Ficara sem reação nenhuma. Kate voltava a falar.
- O que acontece, é que você não quer assumir os seus sentimentos!
- Como assim?!
- Você não quer dizer que me ama!
Agora ele gelara de vez. O que responderia agora?
- Mas eu... não te amo. – falou Snape olhando para o chão.
- Olha nos meus olhos, e diz que não me ama, que não sente nada por mim.
Snape tentava encarar aqueles olhos azuis que tanto desejava.
- Eu... eu... – Snape virou a cara.
Ele se jogou numa cadeira e começou a passar as mãos no cabelo de tão nervoso.
- Droga. – disse Snape num tom baixo de derrota.
- O que foi agora Severo? – perguntou Kate chorando.
- Eu te amo Kate! Não consigo esconder!
Era isso que Kate queria ouvir, a certeza de que Snape a amava assim como ela amava ele.
- Mas, não podemos.
- Por que agora não podemos ficar juntos? Eu te amo, você me ama. O que você vê de problema agora?!
- Kate, não podemos ficar juntos porque... bem, isso coloca a minha vida em risco, principalmente a sua.
- Eu não me importo!
- Você não teria a vida que você merece.
- Eu não me importo!
- Seus pais nem ninguém aprovaria.
- Eu não me importo!
- Arriscaríamos... – tentou dizer Snape, mas Kate o interrompera.
- EU NÃO ME IMPORTO COM NADA DISSO!!! Desde que eu esteja com você – berrou Kate, agora desfeita em lágrimas.
Snape sem reação, enxugou as lágrimas de Kate com suas mãos e a abraçou. Kate correspondeu o abraço e aconchegou sua cabeça no peito de Snape, e inspirou a essência masculina emanada dele, que fazia o sangue dela ferver.
- Eu te amo muito Severo.
E assim ficaram por um bom tempo...
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