FÉRIAS



CAPÍTULO V – FÉRIAS

Chegaram na estação e se despediram, prometeram se escrever e que iam passar os últimos dias de férias na casa das irmãs, como faziam sempre. E aos poucos foram atravessando Lily ficou para trás porque precisava trocar a coruja, pois pegara uma coruja das neves que não era a sua. Opa tenho que voltar. Qual não foi a sua surpresa em descobrir de quem era a coruja:
-Hei! – Disse Potter. – Onde você foi com Merlin? – Olhou muito bravo ao ver a ruiva, mas corou fortemente, o que não passou despercebido por Almofadinhas, que o esperava abafando o riso.
-Desculpe, - disse ela áspera – aqui está – esticou o braço e com a gaiola, mas nem olhou direito para ele, procurando a gaiola da sua coruja. – Agatha, onde você está? – Ouviu um piado longe e reconheceu sua ave. – Olá – acariciou-a enquanto Agatha piava brava – desculpe por ter trocado você – e saiu passando por Tiago. Ao se cruzarem as corujas piaram carinhosamente entre si. Traidora, pensou Lily olhando para sua coruja.
-Vamos Merlin, - disse à coruja – e chega de namoricos no trem.
-Cafajeste como o dono – mas Sirius ouviu e mais uma vez abafou o riso.
-Boas férias, Lily – Tiago sorriu maroto.
-Evans, Potter. EVANS. – Sirius dessa vez não conseguiu abafar o riso, estava com os olhos lacrimejando quando saíram da passagem da estação e viram a Sra Potter.
-Oi Tia Helen – ele se engasgou com o riso.
-Oi mamãe – disse Tiago contrariado com o amigo.
-Olá queridos – ela deu um beijo e abraçou os dois – o que há de tão divertido? E porque o Tiago não está rindo?
-Sabe o que foi, tia, - Tiago lhe lançou um olhar mortal que ele ignorou – o nosso Pontas conquistador levou dois foras no mesmo dia e da mesma garota – voltou a gargalhar.
-Não foi bem assim – ele tentou se explicar, mas desistiu quando viu sua mãe rindo também.
-Quero saber dessa história, cada detalhe, Sirius, quando chegarmos em casa.
-Com certeza, cada detalhe! – Tiago lançou-lhe outro olhar mortal, e mais uma vez ele ignorou.
Partiram para a mansão Potter. Sirius vivia com eles desde o verão do 1o ano quando voltou para casa e os pais não o aceitaram:
-1o você vai para a Grifinória, fazer o que? Foi aceitável. – Disse sua mãe no tom amistoso de sempre. – Depois fica amigo de um sangue ruim e por último fica amigo de um Potter? Aí já é muita humilhação. Para a família.
-O Potter é mais meu irmão do que esse aí – apontou para o irmão com a cabeça.
-Se eles são uma família melhor, vá viver com eles então – disse seu pai – e não volte.
Sirius pegou seus pertences mais íntimos e foi via Flu para a Mansão Potter. Ao chegar encontrou Tiago e seus pais na sala. Eles o olharam assustados:
-O que você está fazendo aqui? – Disse Tiago.
-Bem, - e ele lhes contou o que havia acontecido. – E eu não sabia para onde ir – olhou para os pais dele.
-Querido, é claro que você pode ficar aqui, o tempo que precisar.
-Eu não quero incomodar, Sra Potter. Vou trabalhar e ganhar dinheiro para ajudar.
-Imagine, filho, - disse o Sr Potter – não é necessário, em absoluto.
-Mas eu insisto, amanhã mesmo eu vou procurar um emprego.
-Se é sua vontade – a sra Potter sorriu-lhe e olhou para o marido. – Phill. – um elfo surgiu. Phill é um elfo doméstico muito educado e livre. Tinha roupas sempre muito alinhadas e estava sempre pronto para ajudar os patrões. – Phill, leve as coisas do Sr Black para um quarto.
-Quarto de hóspedes, Sra?
-Não, prepare um quarto para que seja dele, ele passará a morar aqui conosco.
-Phill, prepare aquele ao lado do meu - sorriu Tiago ao amigo.
-Agora mesmo.
Desde então, Sirius mora na casa com os Potter, e tem Helen e Ricardo Potter como pais, tios na verdade. Começou a trabalhar de garçom num restaurante nos arredores da mansão, a pedido do Sr Potter ao dono, mas depois de 3 anos, o dono já gostava dele e o ficava esperando nas temporadas de verão. Os Potter não o deixavam ajudar a pagar nada, definitivamente eles não precisavam, então ele usava o dinheiro que ganhava para comprar coisas para si, roupas, os livros e materiais para a escola.


-E foi assim, tia, o 1o fora de Tiago Potter. – Sirius acabava de relatar para os Potter os últimos acontecimentos, eles sorriam mais das caretas do filho do que pelo fato em si.
-Pois é, filho – o Sr Potter sorria – tudo tem a 1a vez, não fique assim, logo você conhece outras garotas e esquece essa.
-Duvido. – Helen olhava para o filho. – Esta garota estará aí para sempre.
As férias iam passando. Sirius trabalhava de segunda a sexta. Nos fins de semana se divertiam muito. Pontas ficava sozinho com Phill a maior parte do tempo porque seus pais ficavam no ministério trabalhando. O que, em sua opinião, não fora nada bom. Ficar sozinho sem nada para fazer faz com que fiquemos pensando em coisas que na maioria das vezes não faz sentido. Essa reflexão se dava em uma certa ruiva, e uma certa palavra não, uma palavra que ele realmente não estava acostumado a ouvir de pessoas que não fossem seus pais ou padrinhos.
-Por que será que ela reagiu daquela forma? – ele passava horas pensando – Nenhuma jamais disse não para mim.
-Talvez seja exatamente por isso.
-Ã? Mamãe? – Ele estava branco como cera – que susto, faz tempo que a Sra está aí?
-Desde porque ela reagiu daquela forma – sorriu e sentou-se ao lado do filho.
-O que a sra quis dizer que era exatamente?
-1º que eu acho que ela não é “nenhuma” ou qualquer uma e por isso não será fácil como as outras. E você realmente se importa com ela, não?
-Imagina, mãe. – Ele disfarçou – Foi só um fora, nada de mais, é só eu voltar para a escola e a minha vida continua. – A Sra Potter apenas ergueu a sobrancelha e o encarou. – Não ficou bom, não é? – ele olhou para o chão.
-Ficou ótimo, enganaria até o Sirius.
-Mas não a Sra. – ela sorriu.
-Você pode até tentar e conseguiu me enganar, só não tente enganar a si mesmo, Ok? – e abraçou o filho – agora eu quero saber a sua versão dos fatos.
-Eu a conheci na viagem para a escola no trem do 1o ano. Ajudei-a se livrar do Malfoy e sua gangue. Vi um brilho tão forte naqueles olhos verdes – suspirou – mas depois eu conheci o Sirius e algo em mim mudou.
-Ele é tão maroto quanto você, - disse a mãe – só podia dar nisso.
-Começamos as nossas disputas, antes mesmo de sermos amigos, mas depois como companheiros. E eu esqueci a Lily – corou – perto do último Natal, eu e os marotos estávamos nos divertindo com um certo sonserino.
-Snape, sua madrinha me mandou uma coruja – ele corou novamente com o olhar severo da mãe.
-Ele estava gordo com roupas vermelhas e Sirius lançou-lhe um feitiço para ele ficar rindo “Ho, Ho, Ho” – mais olhares severos – Aí a CDF Evans viu e chamou um monitor. Não ficamos de detenção porque o padrinho disse que era natal. A Lily soube e veio falar conosco no “SC”:
-Potter, eu não sei como conseguem ficar com essas caras deslavadas depois do que vocês fizeram. E ainda com esses sorrisos marotos nos lábios. Nós três (eu, Almofadinhas e Aluado) sorrimos, e tivemos que explicar depois para o Rabicho –
revirou os olhos.
-Obrigado CDF Evans pela ajuda – disse o Almofadinhas.
-A-ajuda, Black? Desde quando eu ajudo 4 sem noção como vocês? Sem ofensa Lupin.


-Agora eu entendo de onde vêm os marotos – Tiago apenas lhe sorriu – filho, porque você nunca me falou dessa moça, ela é tão importante na sua vida? – o Rapaz corou violentamente.
-Nunca havia parado para ligar os fatos. Quando estávamos no trem e eu cruzei o meu olhar com o dela, me veio a cena dela e do Malfoy no 1o ano, meu coração deu um salto Onde eu estive todo esse tempo?
A sra Potter apenas sorria ao ver os olhos brilhando com cada palavra que dizia.
-Mãe...
-Sim?
-Segredo, se o Sirius sabe, minha vida está arruinada!
-“Juro solenemente que não farei nada de bom” com essas confissões – ela sorriu e o filho lhe deu um longo abraço.
-Posso saber a que se deve essa demonstração melosa de carinho?
-oi Almofadinhas! Estou abraçando minha mãe.
-Ah, é? Bom, fiquei com ciúmes. – Disse se jogando no colo de Helen, o que gerou um embate corpo a corpo entre os dois. Helen apenas sorria com palavras do tipo , ou Cuidado com o meu vaso chinês.
-Que demonstração de ritual de acasalamento mais comovente.
-Aluado!? – disseram os dois em coro, pararam sua “luta” e foram cumprimentar o amigo. – Onde está o Rabicho?
-Ele foi viajar com os pais e só volta para as aulas – respondeu Remus.
Já estavam na última semana e Sirius sempre parava de trabalhar para aproveitar um pouco mais as férias com os amigos. Iam sempre juntos ao Beco Diagonal para as compras para o ano letivo.

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