Lembranças.



N/A: Fiquei tão feliz com os coments de vcs que resolvi postar o 8!!!! Espero que gostem... Bjus e continuem comentando!!!!!!!!


Capítulo 8 – Lembranças



Draco acordou assustado. Olhou para os lados e constatou que tudo foi um sonho. Levantou-se resolveu aproveitar o tempo que tinha livre para preparar as aulas. Estava sentado na sua escrivaninha enquanto pensava no seu passado. Fazia quase 11 anos que tudo acontecera. A guerra estourara, ele perdia sua mãe e passava para o lado dos ‘mocinhos’. Nunca pensara que um dia teria que ajudar o Potter. “Como a vida é irônica.” ele pensava.

Já estava no cargo de professor de Poções há 9 anos. Desde que a guerra acabou ele virou professor. Não era exatamente a profissão que ele sempre quis, mas ele tinha que admitir que era muito bom trabalhar com poções. Ainda tinha o fato de sua sala ser nas masmorras e isso trazia à ele tinha a paz necessária para se concentrar no preparo das suas aulas. As masmorras sempre foram a parte mais silenciosa do Castelo.

Hogwarts já não era a mesma de antigamente, embora Mc Gonnagall se esforçasse para continuar o trabalho de Dumbledore. Agora estavam no período de férias. Logo as aulas começariam e todos os alunos regressariam para o Castelo. Draco ficava imaginando como seria se tivesse permanecido do lado do Lord e seus seguidores. “Provavelmente nem estaria aqui para pensar sobre isso.” Ele divagava com um sorriso triste. Lembrou-se de como foi quando seu disfarce de espião foi descoberto.



*******FLASHBACK*******


Era mais uma missão infundada com o intuito de destruir o Potter. Ou assim ele pensava. Draco já estava há meia hora naquele cemitério, escondido atrás de uma das lápides à espera de ordens. Os outros comensais faziam a volta pelos outros jazigos, formando assim um círculo gigantesco à espera do precioso Potter.

Era uma noite fria, com um nevoeiro denso. Nenhum som era ouvido senão a sua própria respiração. Draco achava que os aurores estavam demorando demais. Ele tinha dado as instruções corretas, mas porque eles demoravam tanto para aparecer?

Seu pai estava às suas costas. Aparentemente concentrado na missão, mas por dentro desacreditando no teste que o Lord impôs que ele fizesse com o filho. Lúcio acreditava que após a morte de Narcisa, Draco estaria ao seu lado para sempre. Lutando pelos mesmos ideais de um futuro puro.


_Eles chegaram – Lúcio sussurrou ao ouvido do filho – prepare-se.


Draco estava visivelmente tenso. Não sabia como agir se recebesse ordens de atacar o Potter. Afinal mesmo desgostando do cicatriz ele era espião da ordem. Devia respeito à Mc Gonnagall, pois ela o aceitara sem ao menos pestanejar. Ele era muito útil no plano para capturar o Lord e seus seguidores, e sabia disso.

Um alto estampido foi ouvido. Em um instante vários jorros de luz, flashes de feitiços e vozes misturadas deram início naquela que seria a última batalha. Draco saiu do esconderijo junto do pai. Começaram a duelar com os aurores. Draco apenas bloqueando os feitiços, Lúcio atacando com sede de matar.

Após alguns minutos de lutas, Draco o viu. “Ele é doido! O que o cicatriz está fazendo aqui?” ele pensava em pânico. Ele era a única chance de destruir o Lord, não deveria estar ali, era para ele estar seguro, na sede da Ordem. Sentiu um puxão forte no braço e virou-se. Lúcio o olhou firme e ordenou.


_Capture-o – disse indicando Potter com os olhos.


Draco vacilou e Lúcio percebeu. Olhou para o pai e saiu correndo para o lado certo. Lúcio lançou-lhe um último olhar, enquanto se encaminhava para o lado dos Comensais. Por um longo momento a guerra cessou. Um grande corredor de vácuo separava os Comensais dos Aurores. Todos estavam tensos.

As varinhas apontadas na direção do peito de ambos os lados. As respirações ofegantes. Draco podia perceber o Weasley com um corte no supercílio encarar um Comensal que estava com o olho roxo e inchado. Granger fuzilava Parkinson, mas a morena tinha um olhar estranho, quase que amistoso. Reparou que em todo o tempo que esteve na sede da ordem não ouvira falar da Weasley caçula. Achou estranho, mas voltou o olhar para frente. Seu pai o encarava num misto de incredulidade e ódio. O loiro também podia ver decepção nos olhos dele. Sentiu pena, remorso e uma pontada no peito, por saber o que deveria fazer a seguir.

Um feitiço foi lançado. Agora estava cada um por si. Várias duplas duelavam friamente. Granger atacou Parkinson que se desviou com uma gargalhada alta. O Weasley nocauteou o comensal num único movimento de varinha. Potter estava lutando com três comensais ao mesmo tempo. Olhou para frente, seu pai ainda estava o encarando, imóvel.


_Você ainda tem uma chance. Volte e eu tento convencer o Lord a não te matar. – Lúcio falou.

_Eu escolhi o meu lado, pai. – Draco disse firme.

_Então eu não tenho escolha. – Lúcio espremeu os olhos – você traiu sua família! – ele bradou.

_E você nunca foi leal à ela! – Draco respondeu no mesmo tom. Ficaram mais alguns segundos encarando-se quando Lúcio começou.

_Avada...

_Protego! – Draco foi rápido. - Estupefaça.

_Crúcio. – Lúcio disse sem dó.


Draco caiu ao chão urrando de dor. Vários flashes da sua vida vieram à mente. O dia que foi torturado por xeretar nas masmorras da Mansão. Viu sua mãe cuidando dos ferimentos dele na vez que caiu da vassoura quando tinha cinco anos. Sentia seu corpo ser perfurado por inúmeras facas invisíveis. Lembrou-se do baile. Lembrou-se dela e esqueceu-se da dor.

Percebeu que o feitiço tinha acabado. Olhou para cima e viu Potter e seu pai duelando. Olhou para o lado e uma mão o ajudava a levantar-se. Era Pansy. Ele sorriu grato, ia perguntar o porque dela estar ajudando um traidor, mas ela foi mais rápida.


_Não há tempo agora, venha. – ela disse enquanto o guiava para fora do cemitério.


Ele a seguia como um cachorrinho ao seu dono. Não ousava perguntar o que estava havendo. Os comensais tinham preparado uma armadilha para Potter, mas ele parecia já saber disso quando chegou ali. Pansy o despertou quando o recostou na última lápide antes da saída do cemitério.


_Draco, escute – ela erguia os olhos na direção dos dele – você não é o único espião aqui. Fiz isso por amor. Não posso te explicar tudo, tenho meus motivos. O fato é que daqui em diante você vai prosseguir sozinho. Consegue chegar até o portão? –ela perguntou afita.

_Acho... acho que sim – ele estava confuso.

_Preciso voltar. Harry precisa de mim lá. – ela disse olhando em direção ao campo de batalha. – Vá e aparate na sede. Se cuida. – ela o abraçou e começou a correr pelo caminho antes percorrido.


Ele ficou alguns segundos ali, quando as palavras de Pansy ecoaram na sua mente. “Vá e aparate na sede” então ela sabia que ele era espião. Por isso não atacou o Potter quando teve chance no confronto de Marselha. Agora tudo fazia sentido. O Potter tinha ido lá para salvá-la. Provavelmente os Comensais tinham a descoberto assim como a ele e a armadilha era para eles dois. “Idiota!” foi o que pensou antes de passar pelo portão de ferro e aparatar no Largo Grimmauld nº 12.



********FIM DO FLASHBACK********


Draco ficou ali envolto em lembranças. Lembrou-se das notícias bombásticas da época. Pansy e o Cicatriz estavam noivos, mas ninguém sabia. Pansy era uma excelente oclumente, mas quando a mandaram numa missão para capturar o Potter e ele escapou ileso, o Lord começou a desconfiar de sua lealdade.

Ele ficou realmente estático ao saber do desaparecimento da Weasley caçula. Uns diziam que ela tinha sido seqüestrada por comensais e morta. Outros que era uma questão de tempo até que ela aparecesse. Draco particularmente achava difícil de acontecer as duas coisas. Ele já tinha reparado nela algumas vezes e achava que ela tinha fugido após o término traumático do namoro com o Potter. “O cicatriz é cego. Trocar a Weasley pela Pansy?!?! Oras...” ele divagava “Se bem que a Pansy é uma Sonserina muito misteriosa, isso atrai alguns homens, definitivamente... mas a Weasley, não sei. Ela tem algo que... eu não sei explicar, mas chama a atenção!” ele pensava e recriminou-se por isso “Ela é uma Weasley. Ou pelo menos era, não se sabe onde ela está não é.” Ele parecia estar entrando em conflito com sua mente. “Não sei porquê, mas toda vez que eu penso na Weasley, me recordo daquela noite do baile. Que estranho." Ele concluiu analisando os fatos.

Voltou sua atenção para as anotações que fazia para as aulas do próximo semestre. Qual foi a sua surpresa ao notar que estava ai quase a tarde inteira e não tinha escrito nem uma linha sequer.


_Droga. –exclamou, pegando a pena e pondo-se a preparar o mapa das aulas.



N/A: Eu sou chata? Nãããããããããããoooooooooo.... rsrsrsrsrs....
No próximo vai começar a ação... nome: A Carta.

Que será que vai acontecer agora, hein?

COMENTA pra saber!!!!!

Bjus


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