Os Comensais
14 - Os Comensais
-Harry. – Chamou Rony, alarmado. – O que é aquilo?
Harry olhou na direção que Rony apontava, puxou a varinha, apontou-a para o alto, soltando centelhas vermelhas...
-Ah! Meu Merlin. De novo esses malditos comensais.
-Lupin. – Gritou Harry. – São dementadores! Corre... Avisa os outros. Rápido! – E gritou – Expecto Patronum!
-Fica com a capa. Fica com a capa. Não a tire por nada. Escutou Harry.
O Cervo prateado apareceu da ponta da varinha de Harry, espantando os dementadores, mas sozinho ele não dava conta de todos os monstros. Eles eram vários!!!
Rony também conjurou seu patrono e foi seguido por todos os companheiros da Ordem. Conseguiram com força conjunta espantar todos dementadores. Mas a surpresa ainda estava por vir. Atrás dos dementadores vieram os Comensais da Morte e começaram a aparatar no local. E furiosamente atacavam os membros da Ordem de Fênix.
A batalha estava acirrada. Os gêmeos, de costas um para o outro, atacavam e se defendiam. Fred conseguiu atirar uma das bolinhas num comensal que eles não conheciam, que desaparatou, se coçando desesperadamente. Um comensal atacou Fred pelas costas estuporado-o, mas foi reanimado por Jorge com o Enervante.
-Tonks! – Avise os demais amigos da Ordem, vamos precisar de ajuda. Gritou Moody, enquanto lançava feitiços estuporantes para todos os lados ao mesmo tempo em que se protegia com Protego.
Quim, avisado por Tonks, correu para perto de Rony, Harry devia estar por perto. Chamou.
-Harry, fique perto de mim e não tire a capa de jeito nenhum, entendeu?
Mas já era tarde. Harry sem a capa, junto com Rony, atacava furiosamente os Comensais que estavam por perto.
Neville não estava se saindo muito bem na batalha, mas também não se deixava pegar muito facilmente, ele tinha aprendido a estuporar com força, mas a pontaria, que apesar de ter melhorado um pouco depois das aulas com a AD, ainda faltava muito para ficar boa. Recebeu uns feitiços estuporantes, sendo socorrido pelos gêmeos, mas também atacava e chegou mesmo a machucar um ou dois comensais. Estava meio chamuscado, com uns hematomas, porém nada muito grave...
Arthur, enquanto corria para perto dos meninos, recebeu um Confundus que o deixou meio atarantado, aéreo, andando a esmo no meio da chuva de feitiços que vinham de todo lado. Emelina, que estava perto duelando com um dos malfeitores, lançou o contra feitiço no amigo.
Rony estava num difícil duelo com o pai do aluno Sonserino, Goyle.
-Estupore! – Gritou Goyle.
Rony desviou, e por pouco o feitiço não lhe atinge no peito. Rolou no chão e pegou o Comensal da Morte de surpresa com um Estupefaça. Mas foi queimado nas costas por em feitiço por outro comensal que o pegou desprevenido. Arthur acudiu o filho com o feitiço da água.
Harry atacava com vontade Nott. Comensal da Morte ruim por natureza, carrasco sem coração. Ele queria pegar Harry de jeito, mas o garoto magricela era rápido demais para ele. Harry caiu e cortou o braço numa pedra, sangrava bastante, mas não deixou de atacar. Nott acabou caindo deitado no chão com o feitiço estuporante.
Lupin no meio da guerra encontrou Pedro agachado atrás de umas pedras, ele estava quase deitado, mas infelizmente ele viu quando Remo chegava. Aparatou para o outro lado do monte de pedras, tentando pegar o antigo amigo de surpresa. Lupin, mais esperto e conhecendo Pedro de longa data, se virou e mandou a azaração Ferreteante que atingiu o maldito rato no meio da barriga, que gritou de dor. Era típico de Pedro, agir pelas costas. Nesses poucos instantes, Lupin viu o quanto ele, Thiago e Sirius tinham sido ingênuos em relação a Pedro, na verdade nunca o conheceram realmente. Rabicho era covarde demais para o enfrentar num duelo, vivia escondido embaixo da barra das vestes dos Comensais.
No meio desse alvoroço todos escutaram o som que menos desejavam. A gargalhada estridente e maldosa de Bellatriz.
-Harryzinho veio ver a casa dos paizinhos, é? Mas que coisa mais comovente. E aí, Harryzinho? Você chorou muito, foi? Viu onde meu Mestre acabou com seus atrevidos pais? Hoje, Harry, eu vou te levar para meu Mestre e você vai pedir para morrer. - Estupefaça! Estupore!
-Protego. Impedimenta! – Gritou Harry, mais rápido que ela. – Sabe, Bellatriz, acho que você não vai me levar não! Você não pode comigo!
-Crucio! Império! – Ela apelava para as maldições imperdoáveis para atingir Harry. – Como não conseguia pegar Harry de surpresa, pegou Rony com a maldição Império e ordenou que atacasse Harry.
Rony virou-se com a varinha para o amigo e o estuporou o mais forte que pode bem no meio do peito. Harry caiu no chão totalmente estuporado. Mas não parou por ai, ainda sob a maldição Império, Rony continuou a atacar Harry que estava totalmente indefeso largado no chão, com um Cruciatus. Harry, mesmo inconsciente se contorcia de dor. Parecia que ele estava deitado em cima de gelo puro de tanto que se contorcia e tremia.
Héstia veio correndo em socorro do menino que sobreviveu, se agachou perto dele e o protegeu enquanto o reanimava. Bellatriz se aproximou para capturar o Eleito, mas não chegou perto o suficiente. Foi impedida pelo Protego lançado pela integrante da Ordem de Fênix.
Rony, voltando a si depois de um contra feitiço lançado pela integrante da Ordem, ficou consternado, não acreditava no que tinha feito. – Que eu fiz? Que eu fiz? Que eu fiz? – Falava descontrolado, andando pra lá e pra cá, não acreditando que tinha atacado seu melhor amigo. Héstia o mandou de volta à Sede. O garoto não tinha mais condições de continuar na batalha.
Harry se recuperou do estupore e do cruciatus e continuou mais atrevido ainda para deixar a comensal nervosa. Mas ele não estava tão bem...
"Eu tenho que ficar bem. Eu tenho que ficar bem..." Pensava enquanto duelavam, um gritava para o outro...
-E aí, Harryzinho, gostou de ser atacado pelo grande amigo? Não existe amigo!? Só existe o poder! O poder é tudo! EU VOU TE PEGAR AGORA.
-Não. Não, vai não. Não foi dessa vez ainda. – Harry se esquivava dos feitiços lançados por ela que passavam por ele raspando e deixando a pele ardendo com aspecto de queimado. Ele estava lento... mas mesmo assim tentava se desviar dos feitiços que não paravam. – Tente novamente. – Ele estava conseguindo o que queria - tirar Bellatriz do sério. Ela gritava cada vez mais alto e chegava cada vez mais perto dele. Faltava pouco para ele conseguir colocar as mãos em cima dela. Ele queria se vingar pela morte de Sirius que ainda estava tão viva em sua cabeça.
-Você não pode me fazer mal. Voldemort te mata se você me matar. Ele me quer inteiro que eu sei.
-Você não sabe de nada!!!
-Ahhh! Sei sim. Eu sei tudo que ele quer. Eu sei o que ele sente. – Estupefaça! – Só ele pode me matar. - Você não passa de um brinquedo para seu nojento L O R D V O L D E M O R T.
-Não se atreva a falar o nome dele com essa boca imunda!
-Ele é mestiço como eu... É filho de pai trouxa... – E riu de Bellatriz. – Sua idiota. Quer que eu fale o nome dele de novo?
-NÃO SE ATREVA! – AVADA KEDAVRA!
Harry escapou por pouco – Cuidado! Tom Riddle pode te matar, hein? – Agora ele ria para deixá-la mais enfezada ainda.
-Meu Mestre vai fazer cumprir a profecia acabando com você, bebezinho Potter.
-Eu não ligo para a profecia. Ela não é nada. Só o besta mesmo do Tom para dar tanta importância a ela. – E graças a isso, ele transferiu poderes para mim...
-ELA É TUDO. Meu Mestre será imortal.
-Não será enquanto depender de mim!!!
Moody percebeu o que Harry estava querendo e impediu que ela chegasse perto dele.
-Não, Harry. Não é o momento. Prometo te dar essa vingança, acredite em mim. O momento está perto. O olhar de Harry para Moody foi de pura revolta.
Bellatriz foi estuporada por Tonks que se aproximava correndo com Quim. Eles tinham dado cabo de outros Comensais, que assustados desaparataram do lugar. Ninguém percebeu que Nott estava voltando a si, e num gesto estudado, passou a mão no tornozelo de Bellatriz e desaparatou com ela.
Agora tudo estava quieto, eles estavam parados no mesmo lugar esperando um novo ataque, mas nada aconteceu. Com olhares atentos observavam o lugar. Nada se mexia. Tudo estava imóvel. O silêncio reinou no lugar.
Os gêmeos, Fred e Jorge, junto com Neville estavam olhando um movimento suspeito que viram perto das árvores. Não estavam gostando nada daquilo. Instintivamente seguraram as varinhas com uma mão e com a outra seguravam uma das várias bolinhas. Viram um homem, ele era realmente estranho. Capa longa, gola alta, andar lento e furtivo.
-Vou lá ver quem é esse cara. – disse Neville. Ele era meio medroso, mas estava determinado a ajudar Harry no que fosse possível.
-Não, Neville. Alerte o professor Moody dos movimentos do estranho.
-Tonks. – Chamou Alastor. – Fique de olho em Harry, leve-o de volta à Sede.
-Tá. – Ela era muito inteligente e havia percebido algo estranho.
Mas quem disse que Harry obedeceria o pedido de Tonks...
-Espera. Aquele é o cara que vi pela janela na casa dos meus tios.
-Quê? – perguntou Tonks.
-Olha lá, no meio das árvores. É o sujeito que estava me vigiando quando eu ainda estava na casa dos Dursley.
-Venha, Harry, vamos embora. – Disse Tonks.
-Não, espera. Quero ver o que vai acontecer.
Mas não aconteceu nada, o estranho não fez absolutamente nada. Apenas ficou olhando de uma distância segura, nada demais.
Uma pergunta surgiu na mente de Alastor. Como o estranho sabia onde eles estavam? Como isso era possível? Por Merlin, o que estava acontecendo? Será que havia um espião dentro da Ordem? Mas não podia ser. Todos que sabiam da ida até Godric Hollow eram de absoluta confiança. Essa possibilidade estava com certeza descartada. Mas ele ia descobrir o que estava acontecendo e quem era o estranho.
Rony, com uma pasta alaranjada cobrindo a queimadura nas costas, estava sentado na sala com a cabeça apoiada nas mãos e ainda não se conformava com o que tinha feito. Queria pedir desculpas a Harry. Depois de tudo que Harry havia dito para ele, ele o atacou! Como podia ter feito isso?
Gina estava indignada com o que o irmão tinha feito. Hermione tentava acalmá-la, mas não conseguia.
-Eu sei, Mione, que ele não tem culpa. Mas olha só, ele é o melhor amigo de Harry! Harry confia nele. Você não entende?
-Entendo. Entendo também que ele não é o Harry e não consegue resistir à maldição Império, ainda mais lançada por uma comensal da morte. Gina, pense bem! O Rony não fez por vontade própria. Entenda o que ele está sentindo, tá bem?
Gina acabou cedendo, olhou para o irmão chateado no sofá e se aproximou dele.
-Rony, eu entendo o que aconteceu, viu? E deu um abraço no nele passando as mãos por suas costas.
-Ai Gina! Aí dói! – Reclamou quando Gina tocou suas costas.
Não demorou muito para todos chegarem à Sede, aparatando. Assustaram a todos pelo estado em que se encontravam, roupas sujas e rasgadas, descabelados, ofegantes, ralados, machucados, sangrando. Todos, com exceção de Alastor, apresentavam escoriações por todo corpo.
Harry foi direto para Rony. Sabia que o amigo estava mal e não queria que isso continuasse. Estava começando a falar, mas Rony parecia que estava tendo uma verborréia.
-Harry... Eu não queria... Ela me lançou o Império. Mas não consegui resistir. Desculpa, cara. Como você está? Está tudo bem com você?
-Rony. Quer calar a boca, sim? Calma. Pára de falar tão depressa. Eu sei que não foi culpa sua, tá, cara. Tá tudo bem. Aquela comensal é por demais ruim. – E sorriu para o amigo dando as devidas palmadinhas nas costas dele.
-Hei, tira a mão daí!!! Tá doendo, sabia? – E riram juntos.
Rony de repente ficou muito sério e perguntou:
-Mas tem uma coisa que não entendi... Como pude lançar a maldição se não sei lançar?
-Você estava enfeitiçado, Rony, com a maldição Imperius, então podia fazer tudo, até lançar o Avada Kedavra. – Um estremecimento percorreu o corpo de Rony. Ele colocou a mão no ombro de Harry e disse de uma maneira que nunca tinha falado antes.
-Harry... Escuta bem o que tô falando. Vou pegar a maldita de surpresa, acredite em mim... Eu te prometo. – Falou com uma segurança que surpreendeu a todos que ouviam o diálogo entre os dois amigos. Harry não conhecia essa faceta do amigo, e apenas ficou olhando para ele.
Gina correu para Harry, preocupada com os ferimentos que estava vendo.
-Você não falou que ia voltar inteiro?
-Mas não tá faltando nenhum pedacinho meu... – E sorriu para a namorada. – Só tô meio machucado, mais nada.
Molly, sempre prestativa, acudiu a todos com a ajuda da filha e de Hermione, aplicando ungüentos que aliviavam a ardência e a dor, fazendo curativos nos cortes, dando poções revigorantes a todos. Com certeza teriam grandes hematomas no dia seguinte nas regiões do corpo mais afetadas.
A hora do jantar foi quando calmamente contaram a todos do ataque. Quando todos já haviam terminado de jantar, Harry, abraçado com Gina, contou tudo o que tinha acontecido com ele na casa que fora de seus pais.
-Eu realmente me sinto completo. Não sei explicar o que é exatamente, mas parece que o buraco que tinha dentro de mim foi preenchido, dá pra entender?
-Dá para entender sim, Harry. – Falou Lupin. – Você hoje teve um contato mais direto com seus pais. Você esteve na sua casa.
-Depois de hoje, embora precise de vigilância constante, pense em tudo pelo que você passou, te ajudará a entender seus pesadelos. Você tomou a decisão certa em ir até a antiga casa dos seus pais. – Disse Arthur.
-É, acho que agora vou saber reagir melhor à maldade de Voldemort. Por falar nele, temos que ir a Hogwarts destruir o Medalhão e procurar a Medalha ou troféu que Gina comentou, ou ainda a Taça de Helga Hufflepuff que ele pode ter transformado em Horcrux. Mas dessa vez as meninas vão junto e Neville também. Acredito que para conseguirmos nosso objetivo temos que estar todos juntos, inclusive a Senhora Weasley.
-Eu? Mas no que eu vou poder ajudar, meu filho? Só sou dona de casa e mãe. Não sei fazer outra coisa.
-Mas é por isso mesmo, ser mãe. O amor que a Senhora tem por todos nós nos dá forças.
Inicialmente todos foram surpreendidos, mas aos poucos entenderam onde ele queria chegar e o que quis dizer. Molly olhou para ele muito espantada. Na verdade estava lisonjeada pelas palavras de Harry.
Ele lembrou-se das palavras de Dumbledore:
“O poder que tem nessa sala você o tem em grande quantidade”.
Agora ele sabia, era o poder do amor, o poder de quem é amado e de quem tem a capacidade de amar. Não precisava mais entrar na sala trancada no Ministério Magia. E desse poder Voldemort não tinha nada. O amor era a maior arma que Harry tinha, e com ela ele iria destruir o Lord das Trevas. Ficou em silêncio um momento, digerindo suas suposições.
Lupin olhou para Neville e comentou.
-Você até que não atacou mal, viu, Neville? Gostei de ver. Mas ainda tem muito a aprender. Você precisa melhorar essa pontaria de qualquer jeito.
-É. Eu sei. O que sei aprendi com a turma da AD. Antes de treinar com o pessoal eu não fazia nada direito. - O garoto ficou muito feliz com o comentário do antigo professor.
-Ãã. Professor Lupin será que esses ataques de você-sabe-quem não vão terminar nunca?
-Não sei Neville. Eles estão realmente audaciosos. Estou tão preocupado quanto os demais com isso também. Mas tenho a impressão que eles não vão parar tão cedo, não. Estou apreensivo. Na minha opinião esses ataques só estão começando. – Finalizou a conversa preocupado.
Carlinhos e Gui entraram na sede muito sujos e cheirando a bebida.
-Onde vocês estavam? – Eles não responderam, se dirigiram para o interior da casa.
***
Ola amiguinhos
Tai o cap 14, espero que você gostem. - Eu gostei, apesar de ser suspeita né? Quanto ao cap 15, não sei não...só tenho algumas linhas escritas mas to com a cabeça cheia de idéias, o que é muito bom. Vou começar a escrever semana que vem.
Gente, brigadinha pelos recadinhos... continuem escrevendo.
Ruby, Tulio, Viviane Ferreira, João Renato, Milah Evans, Eduardo Alberto, Lorena Barros, Miss Sweet ~* Lala*~ e Lena, muito obrigada pelas mensagens.
24/06/2006
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