Arrumando as malas



Arrumando as malas

Pela manhã Harry voltou para a Rua dos Alfeneiros nº. 4. Ele se despediu do Senhor e da Sra. Weasley que foram deixar eles junto com Rony, Tonks, Lupin, Hermione e Moody. Ao chegar encontrou seu tio Válter sentado no sofá junto com Duda. Os dois olharam para ele e Harry foi tomado de surpresa por sua tia que correu para perto dele e lhe deu um abraço forte fazendo os óculos de Harry ficarem tortos. Duda e Válter ficaram de boca aberta.

- Harry. Você está bem?

- Es... Estou.

- Que bom. Fiquei sabendo do que aconteceu. Sei que não fui uma boa tia esses anos todos. Dumbledore me mostrou o quanto eu estava errada com você. Você é a única lembrança que eu tenha da sua mãe, de Lílian.

- Eu não estou entendendo.

- Mãe. A senhora está bem? – Duda perguntou não conseguindo acreditar no que estava ouvindo.

- Estou Dudinha.

- Tia Petúnia eu ainda continuo não entendendo.

- Harry, deixa pra lá. É melhor você ir tomar um banho. Deve estar exausto. Vou preparar alguma coisa pra você comer.

Por um momento Harry continuou para diante daquela nova tia Petúnia que estava na sua frente acariciando os seus cabelos desarrumados, então, voltando dos seus pensamentos que se perdiam freneticamente em uma tia repartindo seu cabelo e passando perfume que nem fazia com Duda, ele subiu e foi para o seu quarto deixando-se cair sobre a cama.

- O que você acha Edwiges? – A coruja de Harry, que estava na gaiola em cima do armário, soltou um leve piu – Alguém pode ter lançado a maldição Imperios nela. Não, claro que não. Porque então será que ela está me tratando desse jeito?

- Harry, querido, desça pra comer. Já esta pronta. – Harry ouviu Petúnia gritar lá de baixo.

- É. É bem melhor ela assim do que ela pegando no meu pé. - Harry trocou de roupa, como já havia tomado banho lá na Toca ele nem se preocupou, desceu e foi pela primeira vez, em toda a sua vida, se juntar com seus tios e seu primo na mesa.

- Bom. E como estão as coisas com seus amigos, garoto? – Válter estava tentando puxar assunto com Harry e quebrar o silêncio que se mantinha quando Harry sentou-se à mesa.

- Estão bem.

- Harry, aceita torradas? – Petúnia lhe estendeu uma vasilha cheia de torradas.

- Hurum. Obrigado.

- Eu comprei umas roupinhas novas pra você. Achei que essas do Duda já estavam velhas. – Harry olhou para a tia e depois para o Duda.

- Como assim você comprou roupas novas para ele? E pra mim, você comprou? – Duda fez uma cara de pidão.

- Não seja desagradável Dudinha. Você já tem um guarda-roupa cheio de roupas novas.

- Mais não é o suficiente.

- Pois eu acho que é. – Era a primeira vez que Harry via Petúnia discutir com Duda por causa dele – E vamos parar com isso, depois eu vou pensar se compro algo pra você.

Duda fechou a cara e Válter ficou estupefato com a reação de Petúnia com o filho que tanto mimava. Todos terminaram o café e Harry subiu mais uma vez para o quarto, antes recebendo um beijo na testa de Petúnia. Daqui a alguns dias iria ser o aniversário de Harry, 31 de julho e depois, ele iria decidir o que iria fazer. Se continuaria em Hogwarts ou iria atrás das horcruxes, o que era que mais desejava, mais, ainda não sabia por onde começar. Harry estava pensando em passar por Godric’s Hollow, só para ver o lugar onde morara quando pequeno.

- Eu acho que deveria ir mesmo. Vai ser bom pra pensar no próximo passo. – Harry pensou consigo mesmo se levantando para soltar Edwiges e a deixar ir voar um pouco.

Passaram se quatro dias e Harry, por incrível que se pareça, estava se sentindo em casa. Petúnia o estava tratando ainda mais amavelmente e para surpresa de Harry até seu tio havia maneirado com ele e Duda também, mais, este passava mais tempo fora de casa passeando com seus amigos. Harry estava mais decidido do que nunca do que deveria fazer em primeiro lugar, decidindo então, mandar uma mensagem para Hermione e Rony, pegou um pergaminho e começou a escrever.

Para Hermione.

Sei que você talvez não aprove minha decisão mais estou indo para o lugar onde nasci, pelo amanhecer. Não darei mais informações, pois, temo que esta carta antes de chegar a você, passe por mãos inapropriadas. Espero que entenda.

Harry.

Harry escreveu uma carta quase igual para Rony, mais, nessa não disse aonde ia, ele entregou para Edwiges lhe disse para quem entregar e desejou toda a sorte do mundo para a sua coruja que já estava com ele há tanto tempo. Harry não sabia que Hermione estava na Toca só planejando como iriam pega-lo para comemorar seu aniversário com eles.

- Não acredito que ele vai fazer isso. – Hermione fez uma cara de horrorizada após Edwiges chegar com a mensagem, dois dias depois – Ele está louco e ainda por cima, pelo que eu reparei na mensagem, ele não chamou nem Tonks, Lupin ou qualquer um que pudesse acompanhar ele. Parece que ele mandou uma carta pra você também, Rony.

- É, mandou sim e é quase a mesma coisa que esta escrita ai com você. Acho que ele vai mesmo.

- Nós temos que fazer alguma coisa. – Hermione abaixou o tom ao ouvir um barulho vindo lá de cima – Vamos até ele, ou melhor, vamos com ele.

- Você está maluca? Temos que pelo menos chamar Tonks ou algum auror, sei lá.

- Não seja tão medroso Rony. Até parece que não sabe se cuidar.

- É claro que eu sei. – Rony estufou logo o peito fazendo pose de machão.

- Então está decidido, nós vamos com ele e temos que indo arrumando logo nossas malas, qualquer coisa que fomos levar.

- Mais e enquanto a mamãe? O que vou dizer pra ela?

- Diga que vamos para minha casa. Eu dou um jeito nos meus pais.

- O que você vai dizer?

- Sei lá. Que eu vou para a casa de Harry. Eu não vou precisar mencionar o seu nome.

- Então esta certo. Vamos arrumar as coisas então?

- Vá primeiro falar com sua mãe.

- Ta.

Bem longe dali um garoto arrumava suas coisas para ir em busca do seu destino no dia seguinte pela manhã. Harry falou para sua tia que iria fazer uma viagem e ela lhe deu um forte abraço lhe desejando cuidado, coragem no que for fazer e lhe dando uma de suas bolsinhas floridas.

- Tome. Talvez precise. – Ela disse olhando meigamente para Harry.

- Há, tia, homens não costumam usar bolsas floridas!

- Eu sei, mais, usam o que tem dentro da bolsinha florida. – Ela lhe deu um beijo na testa e se retirou. Harry abriu a bolsa e viu uma quantia de dinheiro trouxa. Não tinha pensado que talvez em Godric’s Hollow ele fosse precisar usar dinheiro trouxa e pensando agora ele percebeu que teria de comprar as passagens de trem com o dinheiro. O dia passou e Harry se retirou para o seu quarto depois de um longo dia de mimos de sua tia. Edwiges já havia chegado e Harry estava pensando no que encontraria em uma cidade que desde pequeno não pisara mais lá. Será que alguém o reconheceria? Ou ninguém iria notar que o menino que teve os pais mortos quando pequeno estava ali, em sua cidade. À noite Harry teve sonhos freqüentes de pessoas tentando pega-lo em Godric’s Hollow o fazendo dormir só de madrugada. Quando finalmente amanheceu Harry desceu suas coisas, com Edwiges em seu ombro e a gaiola nas mãos, as colocou na sala e encontrou com Petúnia, Válter e Duda lhe esperando.

- Queremos nos despedir. – Disse Petúnia lhe dando um abraço e logo em seguida vindo Válter e Duda.

- Cuidado garoto.

- Terei.

- Sentirei saudades de brigar com você. – Disse Duda lhe apertando a mãe e logo depois lhe dando um abraço – Ainda continuo sendo mais forte que você.

- Não mesmo. – Os dois riram. Era a primeira vez que brincavam um com o outro. Harry estranhou tanto acolhimento.

- Será que eles sabem de alguma coisa da profecia? – Pensou Harry.

- Harry, querido, fiz uma trouxinha de comida pra você não ir de estomago vazio. Tem um táxi lá fora esperando. – Disse Petúnia.

- Muito obrigado, tia. – Válter e Duda ajudaram Harry a levar suas malas para o carro e ficaram acenando ao ver Harry ir embora no táxi. O caminho até a estação de trem não demorou muito. Quando chegaram Harry foi direto a bilheteria e comprou uma passagem para Godric’s Hollow.

- O trem já está ai. – Informou a moça da bilheteria.

- Muito obrigado. – Harry saiu e seguiu para a plataforma cinco. Ao chegar lá Harry parou de repente. Hermione e Rony se encontravam parados ali, na porta do trem, a sua espera. Harry caminhou até eles e ainda surpreso abraçou os dois.

- Como vocês sabiam que eu ia hoje?

- Se você não tivesse usado um, pelo amanhecer na sua carta, até poderíamos ficar sem saber o dia da sua partida. – Disse Hermione com um grande sorriso.

- Terei mais cuidado da próxima vez.

- Você ia mesmo sem a gente? – Perguntou Rony.

- Não queria que vocês se pusessem em risco por minha causa.

- Estaremos com você sempre para o que der e vier. – Falou Hermione tendo a aprovação de Rony. Os três amigos entraram no trem e foram atrás de um vagão vazio. Durante a viagem Harry, Rony e Hermione conversaram sobre as horcruxes e sobre onde supostamente poderiam se encontrar.

- Eu pesquisei em algumas bibliotecas bruxas e não encontrei nenhum nome importante com as iniciais R.A.B. – Disse Hermione.

- Talvez tenha sido algum conhecido de Você-Sabe-Quem. – Falou Rony.

- Quem poderia ser? – Harry perguntou olhando de Hermione para Rony.

- Talvez Rodolfo Lestrange, o marido da Belatrix Lestrange.

- Acho que não Rony, ele está em Azkaban e só tem o R como inicial.

- Hermione tem razão. Não tenho a mínima idéia de quem pode ser...

Os três ficaram conversando mais sobre o assunto. O trem se dirigia lentamente pelas enormes montanhas levando nossos heróis para mais uma aventura em Godric’s Hollow.

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