Aluado, Rabicho, Almofadinhas
N/A: Poxa gent dexa comentário aí... sniff sniff.... mesmo com a falta d consideração d vcs , aki ta o p´roximo cap, espero q gostem...
Bjos
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Cap 3 – Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
- Você não pode fazer isso Jenny, afinal ele é seu pai. – falou ele em tom risonho.
- É acho que você tem razão, mas de qualquer maneira eu tenho o ano todo para resolver o que vou fazer, acho melhor nós irmos dormir agora.
- Hum... OK. Boa noite Jenny. – falou ele se levantando e indo até a menina para abraça-la – vê se melhora essa carinha amanhã, está bem?! – completou ele dando um beijo na testa dela.
- Boa noite Tiago. – respondeu ela com um sorriso brincando em seus lábios.
Ambos subiram para seus respectivos dormitórios e foram direto para cama, aquele fora somente o primeiro de muitos dias de aulas.
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- Nossa Jenny, o porque dessas olheiras? – perguntou Mari, que acabara de sair do banho, à amiga que se levantava.
- Eu fui dormir muito depois de vocês.
- De novo, vai começar tudo de novo?
- São situações diferentes Lily, ano passado eu tinha pesadelos, dessa vez eu só queria pensar. – respondeu ela emburrada – será que eu posso ir tomar banho agora? – perguntou ela indo em direção ao banheiro, e antes de entrar lá, lançou um olhar sobre a cama mais próxima à porta do banheiro. – A Darchwood já saiu?
- Quando eu acordei, ela já não estava mais. – respondeu Lílian que fora a primeira a acordar.
- Hum... Ok! Me esperem?
- Ah não Jenny.
- Por favor.
- Ok, a gente te espera lá embaixo.
- Ta.
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- Então Tiago, o que você ficou fazendo ontem? – Sirius se encontrava ainda de pijamas e estava debruçado sobre o maroto recém-acordado.
- Hã, que?
- O que você ficou fazendo ontem no Salão Comunal?
- Ah eu... eu tava conversando com a Jenny.
- Só isso? – Sirius parecia desapontado.
- Aham!
- Ela tava lá... quer dizer... quando a gente chegou? – perguntou Remo.
- Estava – respondeu Tiago desinteressado – Não se preocupe, ela não ouviu nada comprometedor – acrescentou apressado ao notar que o amigo ficara pálido.
- Ah ta, que bom.
- É melhor eu ir tomar meu banho, agora que o Sirius já me acordou.
- Nem pensar. – antes mesmo que Tiago pudesse sequer levantar, Sirius correu como um raio para o banheiro e trancou a porta.
- VÊ SE NÃO DEMORA! – gritou Tiago.
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O dia passou rapidamente, sendo substituído pela noite e um novo desaparecimento dos Marotos, que não passou despercebido por uma certa morena de olhos azuis que sabia exatamente o que eles estavam fazendo. Os dias que seguiram foram normais, Lílian estudava muito, Tiago a cantava, Sirius “ficava” com “toda a Hogwarts”, e os Marotos continuavam a desaparecer pela noite, enquanto Jennifer esperava-os sem ser percebida.
Amanheceu. Finalmente o primeiro final de semana do ano se iniciava. Os alunos (grande parte deles) se deram ao luxo de acordar tarde àquele dia, inclusive 4 garotos da Grifinória que não dormiam direito à dias. A conseqüência foi que eles “acordaram” na hora do almoço com insistentes batidas na porta do dormitório.
- Eu não acredito que vocês estão dormindo até agora. – uma morena com ar risonho adentrara o quarto e abria cada um dos cortinados negros, fazendo com que as camas fossem iluminadas pelo sol – Levantem seus dorminhocos!
- A gente, deixa a gente dormir! – Sirius de virou na cama e voltou a adormecer.
- Acontece que vocês já dormiram mais que a cama e se dormirem mais um pouco irão perder o almoço. – como se ela tivesse dito palavras mágicas, Pedro pulou da cama e corre para o banheiro, mas nenhum dos outros marotos se mexeu. – Parece que terei que ser drástica. – dito isso ela enfeitiçou a cama dos outros três para que a própria os expulsassem.
- Ei, assim é golpe baixo. – Remo com o cabelo desgrenhado, o pijama torto, a voz embargada e os olhos colando, levantou do chão e foi em direção do banheiro, bem na hora em que Pedro saia de dentro do mesmo e gritava “Vou comer!!!”
- Bom menos dois. – pensou Jenny em voz alta enquanto analisava suas opções. – Bem, é hora de partir para o ataque.
Jennifer andou até o local onde Tiago estava deitado no chão só de calça e camiseta, se debruçou sobre o maroto e começou a lhe fazer cócegas na barriga, onde, ela sabia, era o ponto fraco dele.
- Ahahahahaha.... pára..... Jenny para..... Ahahaha.... para.... – ele ofegava com o esforço de parar de rir para tentar – Para... eu já acordei. Cadê os outros? – o moreno se sentou, ainda com lágrimas de riso nos olhos.
- Pedro desceu, assim que eu falei que já era hora do almoço, Remo ta no banheiro, ele acordou quando a cama os derrubou.
- Você enfeitiçou a cama par que nos derrubasse? – perguntou ele, só agora notando que estava no chão.
- Exatamente.
- Doida. Por que você resolveu nos acordar?
- É divertido. – ela deu de ombros e se levantou das pernas do maroto, onde estava desde então. – O Pedro foi de todos o mais fácil, achei que o lance da cama iria acordar o Sirius também, mas, ou ele ta fingindo que ta dormindo, ou ele é pior do que você, já que ele não sente cócegas.
Tiago virou-se para olhar Sirius deitado no chão.
- Ele ta dormindo mesmo. – falou ele virando-se para Jennifer.
- É, ele dorme mais que pedra. – Remo acabara de sair do banho, já arrumado. – Vocês me desculpem, mas eu não pretendo perder o almoço.
- Não esquenta Remo. Eu vou pro banho.
Jennifer foi até o cortinado aberto do último maroto, sentando-se na cama dele e passando a observá-lo dormindo, enquanto pensava. Antes que pudesse perceber, ela já se admirava com a beleza do maroto, nunca antes havia parado para observá-lo de verdade. Conhecia-o desde antes de Hogwarts, quando ele era um garoto muito mais infeliz e vivia isolado de tudo e todos. Nunca havia, realmente, reparado em sua beleza, tratava-o como um irmão, assim como tratava Tiago. Sua mente vagou então para sua infância, quando brincava com os dois marotos e em como ela ficava irritada quando eles a impediam de brincar com eles. Esse pensamento fez com que ela sorrisse e se ajoelhasse ao lado de Sirius, para afagar-lhe o cabelo. O barulho do chuveiro sendo ligado trouxe-a de volta ao presente, e ainda deu de bandeja uma idéia para acordá-lo. Ela se levantou, e com um aceno de varinha conjurou um balde e ordenou um encantamento:
- Aguamanti.
O balde se encheu de água e, com outro aceno de varinha o conteúdo do balde foi derramado no maroto e o balde desapareceu.
- Quem fez isso? – ele sentou-se bruscamente e com suas roupas (leia-se cueca samba-canção) encharcadas – Por que você fez isso? – ele acabara de notar Jennifer parada ao seu lado.
- Você precisava acordar, todos os outros...
- Vocês perderam o almoço. – Remo acabara de adentrar o quarto.
- Ah, droga viu, agora que ficarei com fome. – falou ela emburrada, sentando-se na cama de Sirius.
- Oh, não se preocupe nós podemos ir à cozinha pegar algo para comer. – disse Tiago saindo do banheiro.
- Eu não posso, prometi à Lílian de me encontrar com ela depois do almoço.
- A gente leva alguma coisa pra você. – falou Tiago terminando de secar o cabelo e catando uma blusa para usar. – Sabe Sirius, é melhor você ir se trocar, tem damas no recinto. – Sirius ficou levemente corado ao notar que sua cueca estava grudada nas “pernas” dele.
- Humpft, dá pra me dá licença. – falou ele emburrado para Jenny, que ainda estava em sua cama.
- Eu já estava indo mesmo, Tiago traga lasanha, ok?! – ela piscou o olho para o maroto e saiu saltitante do quarto.
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- Jenny, você perdeu o almoço.
- Eu sei, eu fui acordar os marotos, eu te avisei.
- Eles tavam dormindo até agora? – perguntou Marian espantada.
- Eles tem dormido tarde, e algo me diz que a hora em que eles chegam no dormitório, eles não vão direto dormir. – respondeu ela, e logo em seguida deu um sorrisinho maroto.
- Ei, que sorriso é esse? O que você aprontou para eles? – perguntou Lílian curiosa.
- É que eu os acordei de uma forma que só eu sei acordá-los.
- A é, e como foi isso? Me explica.
- Eu só me utilizei do ponto fraco de cada um deles, por exemplo: todo mundo sabe que o ponto fraco do Pedro é a barriga, foi só eu falar que eles iam perder o almoço que ele pulou da cama e foi correndo pro banheiro.
- Hum... interessante, continue.
- O Remo detesta dormir no chão, então eu enfeiticei a cama deles para que os pusessem no chão.
- Uau! Que imaginação.
- O Tiago foi fácil, eu só tive que fazer cócegas na barriga dele, é o ponto fraco dele. Mas o Sirius eu tive que dar um banho nele.
- Como assim?
- Eu joguei um balde com água nele, ele acordou na hora.
As duas garotas explodiram em risadas imaginando a cara do maroto. E estavam rindo de se acabar quando Tiago e Sirius desceram do dormitório, sendo que o segundo ainda tinha os cabelos molhados e estava extremamente emburrado.
- Rindo do que, garotas? – Tiago se aproximou da mesa onde elas estavam.
- Eu acabo de contar a elas como eu acordei vocês. – respondeu Jennifer.
- Hum... entendo, a cara do Sirius foi realmente algo memorável. – falou Tiago com um sorriso no rosto.
- Potter, onde está Remo?
- Nossa Lily, assim eu fico com ciúmes!
Lílian bufou e voltou sua atenção para o livro à sua frente.
- Ele falou que já vai descer. – respondeu Sirius ainda emburrado. – Que tal nós irmos logo para cozinha, eu estou morrendo de fome.
- Ok, tchau meninas.
- Tiago, não se esqueça da minha lasanha, ok?
- Certo.
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Tiago e Sirius andavam calmamente pelos inúmeros atalhos em direção às cozinhas.
- Sabe, a gente precisa começar a pensar nos apelidos.
- Apelidos?
- É a gente não pode simplesmente assinar o mapa com nossos nomes, se for parar nas mãos de um professor, logo saberão quem somos.
- É você tem razão.
- Eu sempre tenho razão. – falou Tiago estugando o peito.
- Humilde. – falou o outro irônico.
- Pombas, continua mal-humorado?
- Humpft!
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- Obrigada Tiago. – falou Jennifer ao receber em seu colo uma bandeja com dois generosos pedaços de lasanha à bolonhesa e um copo de suco de abóbora. – Mas que ótimo, vejo que se lembraram da minha preferida.
- Na verdade foi o Sirius quem se lembrou.
- Então o agradeça por mim, onde ele está?
- Subiu pro quarto, algo relacionado à voltar a dormir.
- Sei, sente-se. – Jennifer apontou com o garfo para uma poltrona.
Lílian bufou e se escondeu atrás do livro que estava lendo.
- Algo de errado, querida Lily?
- Será que é pedir de mais pra você parar de me chamar de Lily, é um apelido íntimo demais, e você não é, e nem nunca será íntimo para usá-lo.
- Nossa como está estressada, a ruivinha.
- É a sua presença que me irrita.
- Como isso pode ser possível se quando eu entrei você já estava com a cara amarrada.
Sem saber o que falar e vermelha feito uma pimenta, Lílian fechou o livro com estrépito e levantou-se ligeira, indo trancar-se no dormitório.
- E aí, o que houve com ela?
- Ela pegou o Alex beijando a Summer, da Corvinal.
- Entendi tudo.
- O namorado dela a traiu.
- Ela tava com o Alex Brandon do 7o ano?
- Até parece que você não sabia. Sou capaz até de apostar que foi você quem planejou tudo.
- Ei como você pode pensar isso de mim? – ele mal conseguia esconder o sorriso maldoso que brotava em seus lábios enquanto se lembrava da tarde anterior.
Flashback
Tiago estava no meio de um corredor escuro do 3o andar. Eram 2:25 da tarde, e todos os outros alunos se encontravam nas salas de aula. Após mais 5 minutos, uma garota aparece na parte leste do corredor e vai andando a passos firmes em direção ao maroto. A garota era alta, com curvas perfeitas, seus longos cabelos caiam como uma cascata cacheada e dourada até o meio de suas costas, seus olhos que normalmente eram mel, agora estavam esverdeados e inexpressivos. Ela trajava uma saia um tanto curta, uma blusa branca com os primeiros botões abertos, fazendo aparecer a curva de seus seios fartos, e uma capa preta com o escudo da Corvinal esvoaçava enquanto ela andava altiva.
- O que você quer Potter?- ela parou em frente a ele e esperava uma reação.
- Desde quando eu virei Potter? – Tiago usava sua voz mais sensual, enquanto se aproximava gatunamente da garota.
- Desde que você terminou comigo e pegou a Giovanna no dia seguinte. – disse ela com a voz que era puro gelo.
- Ora vamos, deixe de besteira. – ele se aproximou um pouco mais, sensual, e a observou desfazer o beicinho. – Eu preciso de um favor seu.
- E o que eu ganho em troca?
- A gente pode relembrar os velhos tempos – ele sussurrou no ouvido dela – dar uns amassos por aí – ele encurralou-a contra parede segurando sua cintura e distribuindo beijos pelo pescoço dela enquanto ela suspirava – quem sabe a gente podia até voltar, – ele levantou a cabeça e beijou-a, de um jeito de tirar o fôlego. – o que acha?
- Hum... pode ser, o que você quer que eu faça?
- Bem... – ele se afastou antes de prosseguir, ouvindo-a soltar um murmúrio de insatisfação por não ter mais o corpo do moreno grudado ao seu – eu quero que você de um beijo no Brandon da minha casa, na hora que a Evans estiver passando.
- E pra que você quer isso? – perguntou ela desconfiada e puxando-o de volta pela gravata.
- Não importa... e então, vai fazer? – ele perguntou, o hálito batendo no rosto da loira que fechava os olhos para apreciar a sensação.
- Sabe o que é Tiago, – ela falou com a boca quase encostando na boca dele – eu sempre quis ter uma pulseira de ouro com golfinhos, e ...
- Eu providencio uma pra você – ele estava impaciente, e a proximidade de suas bocas não o agradava nem um pouco. Nunca gostara daquela garota, era só mais uma com quem ficara, mas sabia que ela seria a única que aceitaria a proposta dele, além do que era muito gostosa, e seria perfeita para o papel da “outra”.
- Então esta bem, eu a quero na semana que vem. – ela beijou-o, e em seguida saiu do corredor, deixando-o absorto em pensamentos.
Fim do Flashback
Ele se lembrara a maldita pulseira, como iria conseguir. Ele não fazia a menor idéia de onde ficava a joalheria de Hogsmeade, e além do mais, uma pulseira como aquela tinha que ser encomendada e levava cerca de um mês para ficar pronta. Só havia uma solução, e ela brilhava no pulso da pessoa na sua frente.
- Tiago, você está bem? – ele estivera olhando fixamente nos últimos segundos para o pulso de Jennifer.
- Er.... sim. Escuta Jenny, eu posso ver q sua pulseira?
- Ah claro. – ela retirou do pulso e a entregou a Tiago.
Tiago segurou a pulseira na altura dos olhos e passou a observar o constante movimento dos golfinhos na pulseira.
- Quanto custou?
- A pulseira?
- É.
- Mais ou menos uns 155 galeões.
- Você que comprou?
- Não, ganhei do meu pai no ano passado.
- Preciso dela.
- Como assim?
Ele explicou por alto a situação em que se encontrava.
- Nem pensar.
- Por favor, eu te dou o dinheiro para comprar outra igual. Por favor. – ele se ajoelhou aos pés dela, juntou as mãos como se estivesse rezando e fez cara de cachorro abandonado.
- Certo, mas com uma condição.
- Qualquer coisa.
- Você vai elaborar agora o pedido da pulseira e mandar para a joalheria ainda hoje. E se não chegar até o mês que vem eu vou até a Summer Preston e pego a minha pulseira de volta.
- Como quiser.
- E então, o que esta esperando, devolva-me a pulseira para que eu possa botá-la no estojo e vá fazer o pedido.
- A quem eu devo endereçar?
- Marie’s Ouro e Diamantes.
- Certo, até mais tarde.
- Até.
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Sábado transcorreu sem mais delongas. Lílian passou o dia todo chorando, Jennifer e marian se alternavam para consolar a amiga. Os Marotos fizeram de tudo, desde atazanar outros estudantes até, por incrível que pareça e muita insistência de Remo, colocar em dia os deveres de casa. Assim anoiteceu e logo a noite deu lugar para mais um dia, o primeiro domingo do ano escolar.
- Certo, perdemos o café da manhã de novo. – um Tiago sonolento descia as escadas do dormitório masculino acompanhado de seus três amigos, e ia em direção a um grupo de três garotas e um garoto.
- Se vocês dormissem mais um pouco perderiam o almoço, está quase na hora. – fala Jennifer prendendo o riso.
- Engraçadinha.
- Lily, quem são?
- Ah, me desculpe, eu não os apresentei. Alex, estes são Remo, Petigrew, Black e Potter – o último nome ela praticamente cuspiu – Marotos, este é Alex, meu namorado.
- Prazer. – falou Alex se levantando e estendendo a mão na direção dos marotos. Gesto esse que só foi retribuído por 2 deles, Tiago e Sirius se recusaram a fazê-lo.
- Você desculpe os meus amigos, eles têm problemas mentais. – falou Remo cordial.
Alex deu um sorriso desconcertado e voltou a se sentar, passando a mão em torno da cintura da namorada, recebendo um olhar ameaçador dos dois únicos marotos que continuavam de pé.
- Jenny.
- Sim, Tiago. – ela virou-se para o maroto de pá.
- Vem cá, eu quero falar com você.
- Vocês me dão licença. – Jennifer se levantou e acompanhou Tiago e Sirius até um canto em que não pudessem ser ouvidos.
- O que significou aquilo? – perguntou Tiago com o tom baixo, porém nervoso.
- Ué, será que não deu pra perceber, eles voltaram.
- Isso eu percebi, mas por quê?
- Ontem a noite eles conversaram, e quando ela chegou no dormitório nos explicou o que aconteceu e a gente chegou a conclusão de que ela deveria dar uma segunda chance para ele. E eu quero minha pulseira de volta.
- Droga Jenny, você arruinou o plano.
- Deixa de palhaçada Tiago, foi melhor assim, se ela soubesse que foi você que armou tudo, você ia descer ainda mais no conceito dela. Sem falar que é deprimente vê-la daquele jeito.
- Isso não é motivo, também é deprimente ver o Tiago desse jeito, correndo como um cachorrinho atrás da Evans.
- Ei, o cachorro aqui é você Sirius.
- Eu te defendo e você ainda reclama, assim não dá.
- Sem querer interromper a discussão das crianças, mas Tiago você vai precisar de mim novamente?
- Não, se quiser pode ir.
- Obrigada.
Ao cair da noite, Jennifer volta de um passeio pelo castelo e nota que os quatro marotos estão reunidos conversando baixinho com um pergaminho aberto entre eles, e se aproxima sorrateiramente em busca de saber sobre o que conversam.
- ... eu ainda acho que Aluado é o apelido perfeito pra você, Remo.
- Mas eu aço que da muita bandeira, Sirius.
- Que bandeira que nada, você vive sonhando acordado, com a cabeça sabe-se lá onde. Ta mais do que justificado. Você por um acaso está apaixonado, está?
- Eu... er... não diga besteiras, Sirius. – falou Remo corado.
- Remo ta apaixonado, Remo ta apaixonado. – cantarolou Sirius.
- Não estou não. – Remo amarrou a cara.
- Gente, isso é um assunto para um outro dia. Então o Remo vai ser Aluado. – falou Tiago anotando num pergaminho.
- Ei Tiago, eu tenho o apelido perfeito pra você, Perninha.
- Cale a boca, Sirius.
- Na verdade, Pontas é muito melhor. – Jennifer se manifestou fazendo os quatros se virarem para ela extremamente pálidos.
- Hã... há quanto tempo vo-você está aí? – gaguejou Remo.
- Acabei de chegar. – mentiu ela displicente. – Sabe, Pontas é o apelido perfeito por causa do seu cabelo espetado.
- Er... valeu. – falou ele incerto.
- Jenny, você já fez o dever de DCAT? – gritou Lílian do outro lado do Salão.
- Já! – gritou ela de volta.
- Me ajuda aqui, tem uma coisa que eu não to entendendo.
- Ok! – ela se virou para os marotos – Bem, se vocês me dão licença. – ela saiu de perto deles provocando um suspiro de alívio nos quatro adolescentes.
- Você acha que ela ouviu algo comprometedor? – perguntou Remo, a cor começando a voltar para o seu rosto.
- Acredito que não, meu amigo. – falou Tiago olhando de soslaio para a garota que se afastava.
- Eu tava pensando Tiago, Pontas é um bom apelido, ele tem uma desculpa plausível e também serve para a sua forma animaga.
- É, pode ser. – “E á isso que me preocupa.”.
- Escreve aí.
- Ah, é. – ele escreveu o nome no pergaminho. – Bem só falta você e o Pedro. – falou Tiago com um brilho maroto nos olhos.
- Vê lá hein.
- Que tal Lambão?
- Não diga bobagens Pontas, vai ser Almofadinhas.
- Nem pensar que meu apelido não vai ser Almofadinhas, e muito menos Lambão, ouviram?
- E o que você sugere? Vossa Majestade?
- Rei é uma boa, mas eu me contento com Senhor.
- Ok, então será Almofadinhas. – falou Tiago anotando.
- Ei, eu disse não.
- Ninguém disse que você tinha que gostar. – falou Remo com um sorriso no lábios.
- Até tu Remus. – fala sirius teatralmente fazendo os outros rirem.
- Certo, agora só falta o do Pedrinho. – fala Tiago.
- Então não falta nada. – responde Remo pomposo.
- Por quê?
- Muito simples Almofadinhas, me ocorreu o apelido perfeito. Rabicho.
- Ei, por quê?
- Elementar, meu caro Rabicho, caso você não tenha notado, a sua forma animaga é um rato, mesmo que você ainda não tenha conseguido atingi-la por completo, e sendo assim você tem aquele rabinho pelado pra lá de esquisito.
- Mas e se perguntarem do por que do apelido?
- Aí nós dizemos que é porque ele é baixinho.
- Sendo assim, vai ficar Rabicho. – decretou Tiago.
- Pontas, e o mapa?
- Bom ano passado a gente colocou todos os tipos de “antis” que pudemos imaginar. Esse ano só falta a poção pra nossa personalidade ser colocada no mapa.
- Eu até agora não entendi essa poção.
- Pela milionésima vez Rabicho. Essa poção, quando combinada á um pedaço do nosso corpo se torna uma espécie de essência da nossa personalidade. Foi uma poção como essa que criou o Chapéu Seletor.
- Ah.
- Eu estive pensando, não é melhor o Remo começar logo a poção enquanto a gente ajuda o Rabicho com a animagia?
- Pode ser, começo amanhã mesmo. Agora é melhor irmos nos deitar, esse ano vai ser duro e o máximo que pudermos dormir, melhor.
- Pode ser.
- Eu vou dar uma passada na cozinha.
- Até mais tarde Rabicho.
- Tchau.
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