Quando O Destino Nos Prega Uma
Tudo estava morto há sua volta, nada tinha vida e nada parecia sorrir. O mundo parecia ter ficado triste; só bastou uma noite e tudo mudou. Bastou só uma noite e toda a vida de Harry James Potter, mudou. Naquela noite um misterioso desaparecimento aconteceu: não havia explicação para tal ter acontecido e não havia pistas em lado nenhum. Naquela noite, Harry James Potter destruiu o seu pior pesadelo, mas destruiu também a vida dele próprio. Lord Voldemort desapareceu após uma enorme batalha, mas a pessoa mais importante na vida de Harry também desapareceu. Hermione Elizabeth Granger era uma rapariga com um QI altíssimo, sempre com um enorme sorriso no rosto e sempre pronta a ajudar quem precisava. Ela tinha um enorme coração, cheio de amor para dar e vender e possuía, também, uma beleza natural. Ela desaparecera na noite em que estava a proteger Harry, de Voldemort; ela desaparecera e Harry vivia agora com um enorme sentimento de culpa e perda. Esse sentimento era tão forte que Harry passara os primeiros tempos a beber e a perder o sentido da vida uma vez que, segundo ele, já não valia a pena viver. Na verdade, Harry tentara suicidar-se mas Ron impedira-o, relembrando-o que Hermione estava viva, mas que eles precisam de a encontrar e que era para esse fim que Harry deveria parar com as suas ideias e começar a pensar numa forma de trazer a amiga de volta para casa.
Dumbledore juntara-se com Sirius, Remus e muitos outros na busca de pistas que levassem até Hermione; nenhum deles queria desistir, pois sabiam que ela não podia estar morta. Era certo que ela tinha levado com o Avada Kedavra e o transfortacio (feitiço que modifica uma pessoa fisicamente, enquanto a transporta para outro lugar), mas ela desaparecera em vez de ter caído no chão sem vida, como todas as outras vítimas da mesma maldição. Já haviam passado dois anos e as buscas continuavam, mas a esperança perdia-se cada vez mais, até que numa noite fria de inverno, Dumbledore recebeu uma mensagem anónima dizendo para não perderem a esperança e que Hermione estava viva. A mensagem nada mais dizia, mas isso foi o suficiente para todos reacenderem a chama da esperança e continuaram a procurá-la. A chama da esperança também despertou em Harry, que começou a ajudar nas buscas, assim como os seus quatro grandes amigos: Ronald Weasley, Virginia Weasley, Lavender Brown e Draco Malfoy. No primeiro ano de buscas, Sirius casou-se com uma senhora da sua idade chamada Mónica Rich, de onde nasceram, nove meses depois: Mathew e Caroline. No segundo ano, Ron e Lavender casaram e tiveram um casal: Mark e Susan. Eles sabiam que ainda era cedo para terem filhos, mas era o que eles mais ansiavam e realizaram o seu sonho. Mark e Susan tinham a cor do cabelo do pai: ruivo flamejante, os olhos deles eram uma mistura dos olhos dos pais: azuis acastanhados e ambos tinham sardas no rosto. Draco e Ginny casaram-se um ano mais tarde ao nascimento de Mark e Susan, mas resolveram esperar pela época indicada para terem filhos.Quanto Harry, ele desejava poder formar uma família com Hermione e viver para sempre com ela.
Já haviam passado seis anos desde o desaparecimento de Hermione e finalmente em Novembro (do sexto ano) Ginny, que trabalhava no Profeta Diário, descobriu que era bem possível Hermione estar a morar perto da Diagon-Al e, consequentemente, perto deles (os cinco amigos combinaram que iriam viver na mesma casa até encontrarem Hermione. Então os cinco mais os filhos de Ron e Lavender, agora com cinco anos, viviam num enorme apartamento de dois pisos, perto de Gringottes, o banco dos feiticeiros). É aqui que a história começa: uma semana mais tarde após Ginny ter dado essa notícia, uma semana mais tarde quando o destino resolve pregar uma partida aos nossos queridos amigos...
Os cinco amigos encontravam-se a jantar (Mark e Susan estavam na sala a ver televisão) quando, de repente, Ginny sai a correr da cozinha e vai para a casa-de-banho. Draco coloca o garfo e a faca sobre o prato e dirige-se para a porta da casa-de-banho, que estava fechada:
-Ginny, estás bem?
-Sim, foi só um enjôo. Isto já passa.
Draco volta para a cozinha e senta-se, levando as mãos ao rosto:
-Passa-se alguma coisa, Draco? - pergunta Lavender
Draco tira as mãos do rosto e olha para ela:
-Eu não sei, mas acho que sim. Ultimamente a Ginny anda muito enjoada, com tonturas e cansada. Eu acho que ela está a ficar doente, mas ela diz que não é nada.
Lavender olha para ele desconfiada:
-Enjôos, tonturas e cansaço?
-Sim. - responde Draco - Porquê?
-Eu volto já. - Lavender levanta-se e vai para a casa-de-banho. Os três rapazes trocam um olhar, como a perguntar se algum deles podia explicar o que se estava a passar. Enquanto isso, Lavender bate há porta - Ginny, é a Lavender. Posso entrar?
-Claro!
Lavender abre a porta e vê Ginny sentada no chão, com a cabeça encostada há parede. Ela baixa-se ao lado de Ginny e olha para ela:
-Tu estás bem?
-Óptima, foi só um enjôo, mas já passou. Porque perguntas?
-Por nada em especial, mas há quanto tempo te tens sentido assim?
Ginny pensa um pouco:
-Um mês, um mês e meio, ou talvez até mais. - olha para Lavender - Porquê?
-Minha querida, acho que tu e eu temos que ir ao S. Mungos.
Ginny abre imenso os olhos:
-Para quê? Eu já disse que não estou doente!
-E alguém disse o contrário? - pergunta Lavender com um sorriso. Ela levanta-se e estende uma mão a Ginny - Amanhã vamos ao S. Mungos, eu não te digo nada só porque não tenho toda a certeza.
-De quê? - pergunta Ginny levantando-se - Desembucha, estou a ficar assustada.
Lavender larga um suspiro e depois sorri:
-Mas olha que eu não tenho a certeza, mas eu acho já passei pelo que tu estás a passar.
-O que queres dizer com isso?
-Ginny, eu acho que tu estás grávida.
Ginny leva a mão há boca:
-O que queres dizer com isso? Como "grávida"?
-Eu acho que não preciso de dizer os procedimentos para uma mulher ficar grávida, não é verdade? - Ginny cora e Lavender continua - Mas, os enjôos, cansaço e tonturas acontecem sempre que uma mulher está no início de uma gravidez, mas isso não quer dizer que possa ser outra coisa qualquer. Por isso, amanhã vamos as duas ao S. Mungos e tirar essas dúvidas, combinado?
Ginny leva uma mão há barriga:
-Achas mesmo que eu estou há espera de um bébé?
-Essa dúvida vamos tirar amanhã. - responde Lavender, abrindo a porta da casa-de-banho - Mas não digas nada ao Draco, ao Ron ou ao Harry. Eu vou telefonar para o hospital e marcar uma hora. Até já.
-Até já. - quando Lavender sai da casa-de-banho, Ginny olha para a sua barriga - Será que vou ser mãe? - ela abana a cabeça e vai para a cozinha, onde os três rapazes estão, ainda a tentar compreender o que estava passar.
Draco levanta-se, assim que vê Ginny, e vai ter com ela:
-Tu estás bem? Definitavemente, eu vou levar-te ao hospital. Isto não é normal.
Ginny dá-lhe um pequeno beijo:
-Não é preciso, eu vou com a Lavender. Ela convenceu-me a ir, por isso, - dá-lhe outro beijo - não te preocupes.
-Tens a certeza? - pergunta Draco, levando-a até há mesa
-Absoluta. Agora, vamos mas é comer antes que a comida esfrie.
-A Lavender? - pergunta Ron, olhando envolta
-Foi marcar uma consulta para mim, no S. Mungos. - responde Ginny e, nesse exacto momento, Lavender aparece:
-Ouvi o meu nome. O que é que estavam a conspirar contra mim?
-Nada, querida. - responde Ron - Estava só a perguntar, a onde é que tinhas ido.
-E eu já-lhe respondi. - continua Ginny
Lavender olha para a sala e vê que os seus dois filhos estão quase a dormir no sofá. Ela olha para Ron:
-Muito bem, Ron vem ajudar-me a levar o Mark e a Susan lá para cima. Eles estão quase a dormir.
Ron levanta-se:
-Com certeza, madam.
Lavender sorri e os dois vão para a sala. Harry olha para Ginny e Draco:
-Eu vou deitar-me, boa noite.
-Boa noite. - respondem Draco e Ginny ao mesmo tempo
Harry levanta-se e vai para o seu quarto. Ginny olha para Draco:
-Eu gostava de ver o Harry sorrir, como antes.
-O que queres dizer com isso? - pergunta Draco, sem compreender
-Tu sabes muito bem o que eu quero dizer. O Harry não é o mesmo sem a Hermione. - ela larga um suspiro - Eu gostava de encontrar a Hermione e voltar a vê-los juntos.
Draco dá-lhe um beijo na bochecha:
-Nós vamos encontrá-la, tenho a certeza.
-Espero bem que sim. - responde Ginny - Espero bem que sim.
Enquanto isso, Harry está deitado na sua cama a olhar para o tecto. Era há noite, fechado no quarto, que ele deixava as suas raras lágrimas cairem livremente no seu rosto. Após seis longos anos, ele continuava a culpar-se pelo desaparecimento de Hermione, pelo o que lhe aconteceu quando ela o tentou proteger. Ele gostava de ter uma segunda oportunidade, ele gostava de poder voltar a encontrar a sua cara-metade e pedir-lhe perdão por tudo o que acontecera. Então, sem se aperceber, Harry adormece com o rosto ainda marcado pelas poucas lágrimas derramadas.
No dia seguinte, Lavender e Ginny levantaram-se cedo, vestiram-se e sairam de casa, sem fazerem barulho para não acordarem os cinco belos adormecidos, que tinham ficado a dormir. S. Mungos fica um pouco afastado do apartamento onde eles moravam, mas as raparigas preferiam caminhar a usar a materialização. Meia hora mais tarde, elas estão na entrada de S. Mungos. Lavender vai para a recepção, enquanto Ginny se senta numa cadeira e leva a mão há barriga: «Será que eu vou ser mãe? Será que eu estou preparada para isso? Será que o Draco está preparado?»
-Ginny? - chama Lavender, tirando Ginny dos seus pensamentos. - Vamos?
Ginny faz que sim com a cabeça e as duas vão para o terceiro andar, do hospital. Lá, vão ter com a secretária e Ginny olha envolta, enquanto Lavender fala com a funcionária:
-Drª Fontez, por favor. É para Virgínia Malfoy e Lavender Weasley.
-Só um momento. - a funcionária levanta-se e vai para uma porta, ao fundo do corredor. Ela entra e segundos mais tarde sai, aproximando-se de Lavender e Ginny:
- A Drª Fontez, pede para entrarem. Sigam-me. - a funcionária leva-as para a porta de onde saira e abre-a - Drª Fontez: Virgínia Malfoy e Lavender Weasley estão aqui. - ela dá-lhes passagem e depois vai-se embora, fechando a porta atrás de si.
Uma senhora levanta-se por detrás da secretária:
-Por favor, sentem-se.
Lavender e Ginny ficam paralisadas, elas trocam um olhar e depois olham de novo para a senhora há sua frente:
-Hermione?!! - exclamam as duas
-Perdão? - pergunta a senhora, levantando a sobrancelha. A senhora há frente de Lavender e Ginny tinhacabelo preto, com algumas madeixas naturais de castanho escuro, abaixo dos cotovelos cheio de caracóis bem definidos e incríveis olhos castanhos-esverdiados, mas a sua feição facial, assim como tudo o resto, fazia lembrar às duas amigas a pessoa que elas procuravam por tanto tempo. Lavender olha para a Ginny e faz que não com a cabeça, então ela olha para a senhora:
-Desculpe Drª Fontez, pensá-mos que era outra pessoa.
A senhora sorri:
-Não faz mal, mas por favor, sentem-se. - ela aponta para as das cadeiras há sua frente e tanto Lavender como Ginny apressam-se a sentarem-se nela, ainda a recuperarem do susto que tinham tido. A senhora volta-se a sentar e olha para as duas - Qual de vocês é a Mrs Malfoy?
-Sou eu. - responde Ginny
-Pois bem, mas antes de mais, deixe-me que lhe diga que esta não é bem a minha função. Mas como a minha colega ficou doente, eu tive que vir susbstituí-la. Esteja descansada, que eu também estudei esta parte da Medicina.
Ginny faz um pequeno sorriso:
-Acredito que sim.
-Bem, vamos tratar dos exames? Ah, outra coisa, agora os resultados dos exames saiem mais rapidamente do que antes por isso, se quiserem, podem vir buscá-los esta tarde.
-Com certeza. - responde Ginny - Nós só queremos ter a certeza.
-Pois bem, acompanhe-me. - a médica levanta-se, assim como Ginny e olha para a Lavender - Só só uns minutos, não se importa de esperar?
-Claro que não, estejam há vontade.
A médica faz sinal a Ginny para a seguir para uma porta, do lado oposto há de saída.
Lavender fica a olhar para a janela: «Não, não pode ser a Hermione. Desde quando é que ela tem o cabelo loiro e os olhos verdes? Não, não é ela. Para além disso, ela teria-se lembrado de nós.» A linha de pensamentos de Lavender é interrompida, quando a porta do escritório se abre e entra uma menina:
-Mamã? - chama uma vozinha. Lavender olha para a porta e vê uma menina, a espreitar:
-Olá! - exclama Lavender
A menina olha para ela, abre a porta e entra. Lavender pode ver que a menina tem cabelo castanho escuro que lhe caia sobre os ombros, olhos verdes muito brilhantes, como duas esmeraldas, e que deveria ter por volta de seis anos:
-Quem é a senhora? - pergunta a rapariga - Onde está a mamã?
«Ela deve estar a referir-se há Drª Fontez.», pensa Lavender antes de fazer um pequeno sorriso:
-Eu sou a Lavender, a tua mãe já vem, ela está a trabalhar.
-Oh! - exclama a menina, olhando para os pés
Lavender sorri:
-Porquê? Precisas de alguma coisa?
-Não.
Antes de Lavender conseguir dizer alguma coisa, a porta onde estava Ginny abre-se e a amiga, seguida pela Drª Fontez aparece. Assim que vê a mãe, a menina corre para ela:
-Mamã! Mamã!
-Angel, que estás aqui a fazer? - pergunta a médica, baixando-se
-A minha tia não me pôde levar.
-Não te pôde levar? - pergunta a médica, sem compreender - Ah, ao infantário! Então, isso quer dizer que sou eu que tenho que te levar, não é? - a menina faz que sim com a cabeça - Bem, vai ali para o sofá que eu já trato do teu problema, ok? - a menina faz um pequeno sorriso e vai para o sofá, onde fica quieta. A Drª levanta-se e olha para a Lavender e Ginny - Desculpem.
-Oh, não faz mal. - responde Lavender a sorrir
A médica volta a sentar-se e olha para Ginny:
-Pois bem, os resultados devem sair por volta das dezoito horas, se quiser vir buscá-los, venha ter comigo.
-É o que faremos. - responde Ginny, levantando-se - Muito obrigada, Drª Fontez.
-Ashley. - responde a médica - Agora que a consulta acabou, pode chamar-me por Ashley.
Ginny sorri e aperta-lhe a mão, assim como Lavender:
-Então, até logo...Ashley.
-Até logo, Mrs Malfoy e Mrs Weasley.
-Ginny e Lavender. - responde Lavender - Agora que a senhora se apresentou, nós também nos apresenta-mos.
As três sorriem e vêem a menina a aproximar-se da mãe:
-Mamã, vai levar-me?
-Claro, Angel. Deixa-me só tirar a bata, a mãe não pode sair assim. - ela olha para Lavender e Ginny - Então, até logo.
-Até logo! - exclamam Ginny e Lavender
Elas saiem do escritório, trocam um olhar e, quando estão fora do hospital, materializam-se em casa:
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