Between Angels and Insects



Demoro mas a atualização chegoooooo xDDDD

tai, ispero ki gostemmmm

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Cap. 8 – Between Angels and Insects.

Ele acordou. O dormitório vazio. “Mas onde estão todos... Diabos! Hoje tem jogo de quadribol! E eu devia estar lá!” Pensou ele levantando-se e vestindo-se, apressado, para ir para o vestiário da Sonserina.
- Chegou, Malfoy! Achamos que a madame não viesse para o jogo. Temos que ganhar da Grifinória entende?- falou alguém, ele nem viu quem era. Colocou o resto das vestes de quadribol e pegou sua vassoura. O jogo começou.
Ele procurou Luna na arquibancada, até encontrá-la na arquibancada da Grifinória torcendo junto com Gina e Mione.
“Ela e esse leão gigantesco na cabeça...” pensou ele divertindo-se com o chapéu que a garota usava.
O jogo não estava muito bom para a Sonserina. Se Draco não pegasse o pomo, eles estariam fritos. Até que ele viu, Harry estava distraído, acima da cabeça de Luna, o brilho dourado do pomo. Voou o mais rápido que pôde, e fechou sua mão com a pequena bolinha dourada bem presa entre seus dedos. Havia conseguido. Ganhou o jogo para a Sonserina. A torcida explodiu em comemorações. Olhou para a arquibancada onde estava Luna, mas ela não estava mais lá. “Deve ter achado que eu tentei arrancar fora a cabeça dela...” riu ele em pensamento. Sonserina era só felicidade, todos entraram no salão comemorando. Draco avistou Luna. Ela torceu o nariz e olhou feio para ele. Ele não entendeu. Viu a garota levantar-se e quando ela foi passar por ele, ele a segurou pelo braço, fazendo-a gelar.
- E eu dedico essa vitória a ela aqui. Lovegood, porque se não fosse pela noite de ontem, eu não teria feito tudo isso...- ela arregalou os olhos para todos que começavam a cochichar.
- Ah, sim... Ele é irresistível, mas... Bem... Nada é bom o bastante... Ele tem um pequeno problema, sabem?- retrucou ela. Ele ficou roxo.
- O que diabos você quer dizer com isso?
- Ah, vai me dizer que não sabe o tamanho, ou a falta de, do seu problema?- disse ela, e todos no salão entenderam do que ela falava e começaram a rir apontando para Draco. Ele ficou vermelho e saiu puxando Luna para fora do castelo.
- Mas que história foi aquela?!- falou ele nervoso.
- O que foi Draco? Ficou envergonhado é?
- Agora a escola toda vai ficar rindo de mim por achar que eu tenho um pequeno, ah, você sabe!
- Antes do que rirem de mim por acharem que eu passei a noite com você!
- Você me paga Lovegood...
- Ah é? Vai fazer o quê?
- Você vai ver!
- Vou... Claro.
- Não provoque!
- Não estou provocando ninguém senhor irritadinho!
- Não comece com isso Lovegood!
- Vê se esquece que eu existo por pelo menos um dia Malfoy!
- Só depois que eu fizer você parar com essa teimosia de ficar falando que eu não sou irresistível!
- Não acredito que você inventou essa palhaçada toda só para alimentar seu ego!
- Algum problema?
- Sim, você. Você que é um completo idiota!
- Ah, não fale besteira Lovegood.
- Falo sim! Merlin! E achar que eu cogitei a possibilidade de...- ela parou de falar.
- De?
- Nada. Nada que seja do seu interesse.
- Termine a frase Lovegood.
- Não.
- Vou ter que te obrigar?
- Não vou terminar frase nenhuma. Principalmente porque não é da sua conta.
- Ah, é sim... Pode ir desembuchando.
- Não.- ela continuava na defensiva. Ele viu que ficaria difícil ela falar qualquer coisa.
- Então tá. Vou voltar para o castelo.
- Certo. “Ele vai desistir tão fácil?”
- Já que você não vai me falar...
- Não mesmo.
“Mas que diabos... Ela não vai falar mesmo!” pensou ele.
- Achei que fosse para o castelo.
- E vou.
- Então vai ué.
- Já to indo.
- To vendo.- disse ela e o garoto não se movia.- Bom, já que você não vai... Eu vou.- disse ela indo para o castelo. Quando estava na metade da escadaria, Draco entrou no salão, e ela virou-se, para ver a explosão de brincadeiras com ele. Bom, aquilo podia ter sido de mal gosto... Mas... Ele merecia. Ela só esperava que um Boogle não fosse entrar na sua cabeça a noite por causa disso. Continuou seu caminho, e foi para a sala precisa, como sempre, para fazer nada.
- Bosta... O que aquela louca da Lovegood foi me arrumar...- falou Draco entrando na sala precisa para fugir de todo mundo.- Ah, você aqui.
- Olá. Fugindo da escola toda?
- De certas forma sim. E você é a culpada disso estar acontecendo.
- Eu? Não... Você mesmo criou essa situação...
- Que seja, Lovegood. Agora eu vou ter que agüentar isso por semanas...
- Não posso fazer nada.- disse ela.- Bom, eu vou para o meu dormitório... Até mais.- e retirou-se da sala indo para o dormitório da Corvinal. Acabou cochilando enquanto lia um livro e acordou na hora do jantar.- Nossa... Preciso parar de dormir tanto.- disse ela vendo o horário. Desceu para o salão principal. Ao sentar-se arriscou uma olhada para a mesa da Sonserina, Draco não estava lá. “Ainda deve estar se escondendo...” pensou ela divertindo-se. Gina veio até ela.
- Você ficou sabendo?- perguntou a amiga.
- Sobre?
- A mãe do Draco... Todos estão comentando...
- O que houve?
- Ela já estava doente fazia algum tempo, e ontem a tarde ela morreu... O pai dele só o avisou hoje a tarde.- disse Gina.
- Merlin!
- É... Ele está indo embora logo depois do jantar, vai ficar uns dois dias fora, foi o que eu ouvi... Ah, sim... Dumbledore pediu para você ir até a sala dele o mais rápido possível.
- Ah, então eu vou agora mesmo... Deve ser importante.- disse a garota levantando-se e indo até a sala do diretor.
- Ah, senhorita Lovegood, boa noite.- disse o diretor quando a garota entrou em sua sala.
- Boa noite professor... Gina falou que o senhor pediu para que eu viesse o mais rápido, então...
- Ah, sim sim... Bom, como a senhorita sabe, a mãe de Draco Malfoy faleceu ontem a tarde, e ele não recebeu bem a notícia, como era esperado... E ainda não gostou por Lucio ter sido atrasado ao mandar a coruja...
- Imagino... Mas professor, o que isso tem a ver?
- Bom... Como a senhorita deve saber... A morte de uma mãe nunca é algo que possamos enfrentar sozinhos... Sem alguém conosco...- disse o diretor olhando por cima de seus óculos de meia-lua.
- O que o senhor quer dizer com isso...?- perguntou ela, imaginando a resposta.
- Bom... Dependendo da interpretação, isso pode ser uma sugestão ou apenas uma informação qualquer...- disse o diretor, a garota entendeu o que ele dizia. Ela levantou-se para retirar-se da sala.- O trem sairá em 20 minutos, senhorita Lovegood, mas isso também pode ser considerado uma informação qualquer...- disse o diretor.- Tenha uma boa noite.
- O senhor também.- disse ela. Saiu andando a passos rápidos para o dormitório da Corvinal. Chovia muito lá fora. Ela colocou um vestido preto, sem se dar conta da chuva, apenas estava com pressa. Se o diretor havia dado todas aquelas informações, ela iria usá-las. Correu para fora do castelo, sem passar pelo salão, para evitar perguntas. Avistou Draco de longe embarcando no trem. Correu mais um pouco e embarcou logo em seguida, evitando que o garoto a avistasse.
Após algumas horas, o trem parou na estação, próxima ao cemitério aonde Draco iria. Ele não viu a garota nem quando desceu do trem, ela seguiu-o. Ficou distante observando o garoto em frente a lápide da mãe. Lembrou-se de quando ela era mais nova, e estava no lugar dele. A chuva que caía e escorria pelo seu rosto misturou-se ás lágrimas que ela deixou escapar.
Draco nunca ligou em parte para sua família. Seu pai era a maior razão para isso. Mas agora, em frente ao túmulo da mãe, sentia-se mal por todas as vezes que a maltratou. E agora teria que voltar para a mansão Malfoy e ficar lá sem ninguém.
- Adeus, Narcisa.- ainda assim não conseguia chamá-la de mãe... Virou-se para ir embora, e deparou-se com uma garota conhecida.- Lovegood. O que você tá fazendo aqui?
- Bom... É uma longa história...
- Então pode guardá-la para si mesma.
- Mas... Ah, deixa quieto... Malfoy, você vai voltar quando?
- Depois de amanhã, por q... Não me diga que você vai ficar aqui até eu voltar.
- Bom, então não digo.
- Hunf... Anda logo... O carro tá esperando.- disse ele indo embora, ela foi atrás.
Após algumas horas de viajem chegaram em uma casa, que se encontrava um pouco afastada da cidade.
- Sua casa é bem... Grande.- falou Luna admirada com o tamanho da propriedade.
- Costumava ser o castelo da família. Vem, estão nos esperando com o jantar.
- Certo...- disse a garota seguindo-o.
- Boa noite menino Malfoy.- disse uma senhora quando eles entraram.- E...
- Essa é Luna Lovegood, ela vai passar uns dias aqui até voltarmos para Hogwarts.- disse Draco.
- Muito prazer, senhorita Lovegood.- disse a senhora.- Hm... o menino Malfoy arranjou uma namorada muito bonita.^.^
- Ah, eu não...
- Ela não é nada minha. Agora, se puderem providenciar um quarto para ela, eu agradeço.- disse ele seco.
- Certo... Agora, se quiserem o jantar está na mesa. Podem se servir.
- Obrigada...- falou Luna. Draco apenas dirigiu-se para a sala de jantar.- Você é sempre tão grosso assim com as pessoas?- perguntou Luna para Draco sentando-se a sua frente para jantar.
- Não lhes devo educação. São apenas criados.
- Mas são pessoas também.- disse ela censurando-o.
- Se não gosta do jeito que os trato, eu não tenho nada a ver com isso, ninguém reclamou até agora.
- Porque não querem ser mandados embora.
- Deixa de se incomodar com a vida dos outros por favor?
- Humpf. To sem fome.- disse ela levantando-se da mesa.
- É falta de educação levantar-se da mesa sem todos terem terminado de comer.- disse o garoto.
- Como se você se importasse.- disse ela dando de ombros e subindo as escadas atrás de um quarto.
- Ela me irrita... E muito.- disse Draco para si mesmo engolindo a comida com falta de vontade.
Luna achou o quarto que haviam separado para ela, pra variar, era em frente ao de Draco. “Ainda devem achar que sou namorada dele... u.u” pensou ela fechando a porta atrás de si. Estava faminta. Resolveu brigar com Draco e sair da mesa, e agora estava morrendo de fome. “Espero ele dormir e procuro algo pra comer..” pensou ela indo olhar o banheiro do quarto.
- Que banheiro... Exageradamente grande.- falou ela sozinha.
Passaram-se algumas horas, ouviu a porta do quarto de Draco fechar-se ali na frente e esperou algum tempo antes de sair atrás de comida.
Fuçou na cozinha até achar um pacote de salgadinhos. “Graças a Merlin...” pensou ela pegando o pacote e abrindo-o. Após praticamente devorar o pacote, ela resolveu andar pela “pequena” casa. Ao virar em um corredor viu a luz de uma sala acesa. Foi aproximando-se e ao espiar pela porta, viu Draco sentado na ponta de uma grande cama olhando para a pintura de uma mulher pendurada na parede.
- Essa era sua mãe?- perguntou ela entrando no quarto e fazendo-o se assustar.
- Era sim.
- Era uma mulher muito bonita ela...
- Todos sempre diziam isso...
- Vocês se parecem muito.
- Também ouvia muito isso...
- Eu não sei se já disse isso.. Mas... Sinto Muito...
- Ah.. Sim...
- Sabe, quando minha mãe morreu, eu sentia como se tivesse que sempre ficar sozinha... Então eu apenas ficava no jardim de casa, sentindo o vento da noite batendo no meu rosto... Era reconfortante... Você deveria tentar isso alguma vez... Só tome cuidado com os Elkies... Eles atacam pessoas desprevenidas a noite e...
- Certo Loveggod... Tentarei isso algum dia desses.
- E com o tempo eu percebi que não era bom ficar tão sozinha... Precisava de alguém comigo... Mas... Nunca tive ninguém, além de meu pai... Eu precisava de um amigo... Alguém que realmente me confortasse... Então, quando você for tentar isso... Não faça-o sozinho, certo?- disse ela, lágrimas formando em seus olhos por lembrar de como teve de enfrentar a morte de sua mãe.
- Lovegood... Não... Não precisa chorar e...
- Podemos ir lá fora?
- Acho que sim... Meu pai vai chegar a qualquer hora, então podemos ficar perto da piscina...
- Obrigada... =]
Os dois seguiram para o jardim, garoava um pouco, e Draco estava sem camisa (como ele dormia née..), pensando que poderia ficar doente estava quase querendo voltar para seu quarto, mas não pôde.
- Cuidado ai Lovegood, se você cair na água, eu quero só ver.
- Não tem problema...
- Vai ter se entrarmos e você estiver toda encharcada... Principalmente porque sua camisola é... *TCHIBUM!* .. Branca.
- Ah... Eu...
- Vem, eu te ajudo a sair.- disse ele estendendo a mão para a garota poder sair da água. Mas quando ela apoiou-se para subir, o pegou desprevenido e o garoto caiu dentro da piscina.- Ótimo, Lovegood...
- Sinto muitooo...- falou ela ficando envergonhada por tê-lo feito cair na água.
- Bah, anda logo, vamos... Droga, meu pai!- exclamou ele ao ver as luzes dos faróis do carro de Lucio aparecendo no meio da noite.- Fica ali no canto.- disse Draco pressionando Luna contra o canto da piscina para que não fossem vistos. Draco pôde ver seu pai saindo do carro, com cara de poucos amigos e entrando na casa.
- Ele já foi?
- Já...- disse ele olhando a garota para dar uma bronca nela, mas ficou sem ação. Estava com seu corpo grudado ao dela, ela estava ofegante, ele podia sentir a respiração dela.
- O que houve?- disse ela olhando-o.
- Nada... nada.. Eu só... Só tava olhando uma coisa..e...
Ele puxou a garota mais pra perto dele (mais ainda? xD) e foi aproximando seus lábios dos dela.
- D...Draco...
- Shh...
Ele beijou-a, e ela cedeu as carícias dele, correspondendo. Ele pressionava seu corpo contra o dela, como se quisesse mais que aquilo. Ele podia sentir que ela também queria. Ele foi descendo seus beijos para o pescoço da garota, e aos poucos tirando a camisola que ela usava. Desabotoou o sutiã dela, jogando-o para o lado de fora da piscina. Iria possuí-la ali mesmo, o que esteve esperando todo esse tempo, e ela não estava se opondo a nada. Faltava apenas uma peça de roupa, para ela ser toda sua, mas algo lhe veio a mente. Quando Harry contou para Luna que não havia acontecido nada entre eles. Draco estava em uma área não explorada dessa vez. Todas as garotas com quem já havia feito algo, já tinham feito isso antes, mas agora, era diferente.
- Luna... Sabe... O que...
- Deve ter imaginado o que Harry me falou aquele dia não é?- disse ela.
- Foi.
- Sabe, eu não me importo... Pra falar a verdade... Eu acho... Mas não sei se o momento certo seria... Bem... Este, sabe. Sua mãe acabou de morrer...
- Eu acho que... Pra mim não faz muita diferença... É só que... E você?
- Eu não estava reclamando até agora.- disse ela rindo.
- Eu acho que é melhor entrarmos... E... Terminarmos isso lá dentro.- disse ele.
- Verdade... Não estou com vontade de pegar um resfriado.- disse ela. Saíram da água e vestiram-se apressadamente. Ao chegarem na porta do quarto de Draco, ouviram passos vindo no corredor.
- Anda, entra logo.- disse ele entrando no quarto junto com a garota. Esperaram que os passos desaparecessem escada abaixo. Ela virou-se de frente para o garoto, e ele a puxou para beijá-la. Enquanto guiava a garota para a cama, as roupas iam ficando no caminho. Ele passeava as mãos pelas curvas da garota, e a beijava, seus corpos cada vez implorando mais ainda por aquilo que eles há tanto tempo esperavam. Ela sentia cada vez mais como se precisasse que ele a possuísse, como se seu corpo a obrigasse a isso.
- Você tem certeza que...
- Preciso fazer mais alguma coisa pra que você pare com essas perguntas?
- Acho que não...- disse ele, aquele sorriso conhecido formando-se em seu rosto.
Ela sentiu quando o membro do garoto penetrou-a, e ele pôde ouvir o grito abafado que a garota soltou quando ele foi mais fundo. A garota agarrou-se as costas dele, quando sentiu a dor.
- L...
- Não... Apenas... Continue... Eu... Estou bem.
Ele começou a mover-se, e ela o sentia dentro dela. Ela era dele, e naquele momento, nada poderia mudar isso.
Quando seus movimentos começaram a acelerar, seus corpos entraram em sincronia, e ela gemia alto, e ele sussurrava o nome dela, assim como ela o seu. As costas do garoto arranhadas, eles pingavam a suor, quando os dois atingiram o clímax juntos, deram fim aquilo. Ela apoiou sua cabeça no peito do garoto, eles estavam exaustos. Adormeceram. Quando Luna saiu da escola, vindo para ajudar Draco, não esperava que fosse acabar assim.
Amanheceu. Lucio foi até o quarto do filho, para acordá-lo, mas ao abrir a porta viu as roupas jogadas no chão, e a garota adormecida no peito do garoto. Mas então, algo acabou com sua felicidade. A mancha que havia no lençol. Era sangue? “Diabos. Aquele garoto não aprende...” pensou ele. Quando Draco acordasse, teria uma conversa com ele.
Draco abriu os olhos com calma, a luz entrava através de uma fresta em sua cortina. Luna ainda dormia apoiada nele. Olhou o quarto em volta. Viu um bilhete em seu criado mudo. “Precisamos conversar. Lucio.”
- Mas... O que...- Draco então viu o que havia enfurecido seu pai.- Droga.
- Ahn...?- resmungou Luna acordando.- Ah... Bom... Bom-dia... O que é isso?- perguntou apontando o bilhete que Draco segurava.
- Meu pai. Quer falar comigo.
- Eu fiz algo errado? Foi porque nós...
- Não.- cortou o garoto.- Fui eu. Não fique preocupada.
- Espero que esteja tudo bem...- disse ela.
- Vai ficar. “Eu espero...” É melhor eu ir logo... Irei pedir para trazerem algo para você comer.
- Ah, não se preocupe... Eu desço quando tiver fome...- disse ela sorrindo.- Boa sorte com seu pai.- falou ela quando ele terminou de amarrar o roupão.
- Obrigado... Vou precisar.- disse ele saindo e fechando a porta atrás de si. Soltou um longo suspiro e foi até o escritório do pai.- Queria me ver?
- Entre Draco.
- Diga.
- O que eu disse sobre dormir com garotas... v...
- Eu já sei. E não me importo.
- Isso é para você aprender a ouvir o que eu digo, melhor do que já ouve!- esbravejou Lucio acertando o rosto de Draco com a bengala de cobra, cortando o rosto do garoto.- E isto, é para aprender a não dormir com garotas assim.- disse dando-lhe outra porrada com a bengala, cortando o rosto de Draco mais uma vez.- Agora vá para seu quarto.
Draco saiu de lá, segurando as lágrimas de raiva, com um nó na garganta. Abriu a porta do quarto e encontrou Luna sentada no mesmo lugar olhando um retrato de Narcisa. A garota levantou os olhos quando ouviu a porta do quarto fechar.
- Draco! O que houve?!- falou ela levantando-se da cama com um dos lençóis em volta dela.
- Nada.
- Como nada?! Seu rosto, está todo machucado e cortado!
- Já disse... Não foi nada.- ele tentava segurar as lágrimas, que teimavam em querer escorrer de puro ódio do pai.
- Se não tivesse sido nada, seu rosto não estaria assim! É melhor cuidar disso...
- Não precisa...
- Eu não quero saber, vem, é melhor arrumar isso logo.- disse ela sentando-o na cama e indo atrás de algo para fazer um curativo.- Isso vai.. Arder um pouco.
- Não pode simplesmente fazer um feitiço?
- Não sou boa em feitiços... Prefiro assim.- disse ela esboçando um sorriso. Aquilo de certa forma acalmou o garoto. Ela terminou de fazer os curativos, e eles ficaram em silêncio. Ele ainda deitado no colo da garota, os materiais do curativo ainda do lado dela, e a luz do Sol entrando pela pequena fresta.
- Sabe... Uma vez me disseram que nós estamos sempre entre Anjos e Insetos, minha vida inteira, eu só pude ver os insetos que me rodeavam... Sempre me perguntei aonde diabos haviam se enfiado os anjos que deveriam estar ali comigo.
- Um dia nós os encontramos, apenas temos que ter paciência... Um dia eles aparecem, e nossa vida muda.
- É... Eu acho que começo a acreditar nisso.- disse ele olhando a garota nos olhos.
- Isso é bom.- disse ela sorrindo.- Ainda não me disse porque seu pai te bateu.- disse a garota depois de um tempo.
- Nada... Uma coisa que aconteceu. É melhor deixarmos isso pra lá...
- Eu acho que sei o porque... Mas... Talvez seja melhor, não saber se estou certa.
- Talvez... Seja mesmo...
- Bom. Eu vou tomar um banho... E depois acho que vou dar uma volta pelos jardins...- disse a garota.
- Eu também vou tomar um banho... Amanhã temos que voltar para a escola não é?
- Acho que sim... Eu acho que... Você deveria passar um tempo com a sua mãe... No cemitério, sabe...
- É... Verdade... Por que não vem comigo?
- Ah... Não sei... Sabe, é sua mãe e tudo o mais...
- Não quero te deixar aqui sozinha com Lucio em casa.
- Não se preocupe, eu sei me cuidar.- ela mais uma vez com aquele sorriso que o acalmava...
- É melhor me apressar então.
- Te vejo mais tarde.- disse ela saindo do quarto e indo para o seu. Após tomar seu banho e se trocar, ela saiu, quando estava na porta, Draco veio descendo as escadas, abotoando um sobretudo preto.
- Tome cuidado... Não confio nele.- disse ele despedindo-se da garota.
- Até.- disse ela. Saiu andando pelos jardins da propriedade. Chegou em uma espécie de praça, onde tinha alguém sentado lendo um livro. Pôde observar, pelos cabelos, que era Lucio.
- Ah, boa tarde, senhorita Lovegood.- disse ele ao notar a presença da garota.
- Boa tarde, senhor Malfoy.
- Meu filho foi visitar o túmulo de minha esposa?
- Foi sim... Eu o aconselhei a fazer isso. Achei que faria bem para ele.
- Bom.
- Bem... Eu vou indo... Estou com um pouco de fome... Nos vemos depois senhor Malfoy.-Lucio fechou o livro e aproximou-se para falar com a garota.- Algo errado, senhor Malfoy?
- Ah, não, nada... Só que... Bom, como sabe, meu filho apanhou de mim esta manhã... Me arrisco a dizer que ele disse para a senhorita ficar longe de mim, estou certo?- Luna não respondeu.- Foi o que pensei. Sabe senhorita Lovegood...- disse ele aproximando-se da garota, que afastava-se dele, mas ele aproximava-se cada vez mais dela, até deixá-la sem saída, encostada em uma árvore.- Tem coisas, que simplesmente, deveríamos ignorar... Infelizmente para a senhorita, essa não é uma delas.- disse ele.
- O... O que...
- Sabe, meu filho não vai voltar tão cedo... Então, estava pensando...- disse ele passando uma de suas mãos pelo rosto da garota que mostrava uma expressão assustada.- Por que não nos divertirmos um pouco?
- Por favor... Não... Não...- dizia ela, cada vez mais assustada.
- Shh... Tenho certeza que não vai ver problema algum.. Afinal, meu filho já fez o favor de me poupar de uma preocupação quando vocês dormiram juntos ontem...- disse ele. Uma de suas mãos puxou a garota pela cintura e a outra foi de encontro a um dos seios dela. Ela não tinha por onde fugir... Draco tinha que ter saído bem naquela hora? Ele tentou beijá-la, ela virou o rosto.
- Me larga!- gritou ela debatendo-se. Ela continuou a gritar, esperando que alguém a ouvisse.

Draco não sabia se havia sido uma boa idéia largar a garota com seu pai. Decidiu-se por voltar correndo para casa. Chegou bem a tempo de ouvir os gritos que vinham da praça da mansão.
- Por favor... Me deixa em paz...- a garota choramingava, e chorava.
- Pare de gritar, senhorita, tenho certeza de que não vai se opor a nada logo, logo....
- Largue ela, Lucio!- gritou Draco. Ele ficou aterrorizado com a cena.- Ela não te fez nada! Deixa ela em paz!
- Sabe.... Ele se mostra contra agora, mas quando eu fizer o que estou prestes a fazer, tenho certeza de que ele vai gostar...- sussurrou Lucio no ouvido dela.- Ele não é nada diferente de mim.
- Larga ela! Agora! O seu problema é comigo, da pra deixar de ser um cretino, ao menos uma vez na sua vida?!
- Ótimo Draco... Pronto, ela está soltinha, feliz agora?- falou Lucio largando a garota. Ela correu para dentro da casa.
- Você é nojento Lucio.
- E você não é muito diferente de mim... Não é, filhinho?
- Se você encostar um dedo nela de novo... Eu juro...
- Que vai fazer o quê? Fugir como sempre?- disse Lucio. Draco virou as costas e foi atrás da garota.
- Luna...? Eu sinto muito... Não deveria ter te deixado sozinha com ele...- disse ele tentando abraçá-la, mas ela o afastou. Ela chorava.- O que houve?
- E...Ele...Disse... Q...Que você,,,Você é igual a ele... Ele disse...
- E você vai acreditar no que ele falou?
- Eu não sei mais o que fazer! Eu... Você era tão parecido com ele antes, não sei se uma pessoa pode mudar tão rápido... ele... Ele disse que você iria gostar, se ele não tivesse parado e...e...- ela recomeçou a chorar, sentada no chão, no canto do quarto, e ele tentava acalmá-la.
- Luna. Olha pra mim!- gritou ele assustando-a e fazendo-a olhar para ele.- Eu não sou como ele... Lembra o que eu te disse sobre os anjos e os insetos?
- Isso não tem nada a ver!
- Claro que tem! Ele foi um dos piores insetos que eu já tive ao meu redor... Tentando sempre me fazer ser igual a ele... e tudo o mais!- ele não estava conseguindo acalmá-la.- Acho que é melhor te deixar sozinha um pouco... Se... Se precisar, eu estarei no quarto em frente...- disse ele levantando-se.

- Menino Malfoy, seu pai quer vê-lo no escritório.- disse a governanta abrindo a porta do quarto, Draco estava lá, sentado na cama olhando para o nada.
- Diga a ele que eu já vou.
- Certo.- disse a senhora fechando a porta. Draco deitou-se. Se aparecesse assim, seu pai faria novas marcas em seu corpo, além daqueles roxos que ele já tinha. Havia aprendido a nunca aparecer sem camisa, pois seu pai não lhe acertava o rosto. Levantou-se, colocou o roupão e foi para o escritório, esperando uma nova surra.
- Sabe, Draco, eu já não te disse que tem coisas que sempre que começamos temos que terminar?
- Já.- disse ele seco.
- Então. Creio que você não achou que eu fosse cometer o mesmo erro de deixar sua amiga gritar por ajuda duas vezes achou?- disse Lucio. Draco gelou.
- O que você fez com ela?!
- Sabe... Ela não queria colaborar... Então...- Lucio não terminou de falar, Draco saiu em disparada em direção ao quarto de Luna. A garota estava caída no chão, as roupas rasgadas.
- Ah... Por Merlin, Luna, o que ele fez com você...?!- disse ele desesperado tentando fazê-la acordar.
- Ahn... O que tá havendo...
- Luna? Luna! O que houve?!
- Eu não sei... do que você tá falando...
- Eu sei que ele voltou... Ah.. Merlin, o que ele fez?
- Sabe... as vezes um bom susto faz bem não é?- disse alguém atrás de Draco.- Isso foi uma prova de que eu poderia fazer o que eu quisesse com ela sem você ter nem percebido.- disse Lucio e saiu dali.
- Então... Ele, não te fez nada?
- Eu acho que não... Eu não sei...
- Graças a Merlin... Tente descansar... Eu te acordo na hora do almoço...
- Certo...Ela se levantou com certa dificuldade, e pôde observar direito as marcas no corpo de Draco.- Ele... Que fez tudo isso?
- Esse é meu pai... Infelizmente... Pela minha mãe, eu tinha que agüentá-lo.
- Isso é horrível...- disse ela.
- Eu sei... Agora, tente descansar. Eu ficarei bem aqui, para que nada de ruim te aconteça...
- Obrigada...- disse ela aconchegando-se no peito dele, e adormecendo. Isso o fez lembrar daquela noite. E como acordou no dia seguinte, satisfeito consigo mesmo. Não percebeu o tempo passar e acabou adormecendo junto com ela. Ela acordou na hora do jantar. Olhou para Draco que dormia ainda. Decidiu tomar um banho antes de ir comer algo.
Ele foi despertado pelo barulho do chuveiro sendo ligado. Viu que ela não estava mais ali. Entrou no banheiro e a encontrou sentada na banheira, apenas olhando para a água.
- Perdemos o almoço, não é?- disse ele despertando-a de seus pensamentos.
- Parece que sim...- o sorriso de sempre havia sumido do rosto dela.- Eu sinto muito por todos os problemas que causei...
- Não me importo com problema algum.
- Eu sei que se importa... Não precisa fingir que não.
- Mas não to fingindo... Olha...- ele encostou sua mão no ombro da garota, mas ela por reflexo afastou-o.- Sinto muito por tudo que eu causei, Luna. Você parece ter sido a mais prejudicada...
- Eu não sei se me importo também... Mas... Algumas coisas demoram para se esquecer.
- Não leve a sério o que ele te disse. Eu sou outra pessoa, não sou como ele. Pode acreditar...
- Eu queria, mas...
- Mas?
- Eu não sei...
- Acho que você já teve provas suficientes de que eu sou uma pessoa totalmente diferente dele!
- Eu acho que sim... É só que... Estou um pouco assustada com tudo que vem acontecendo... E...
- Olha... Por que não descemos para jantar, e conversamos depois?
- Certo.- disse a garota levantando-se da banheira e pegando uma toalha para se enrolar.- A propósito... Já trocaram o lençol da sua cama...?
- Ah, sim, foi trocado essa tarde... Não tem com o que se preocupar.- disse ele. A garota pegou qualquer roupa que viu por ali e vestiu-se. Desceram juntos, e a mesa já estava posta.- Onde está meu pai?- perguntou ele para um dos criados.
- Ele saiu para resolver um problema de negócios, disse que voltará daqui algumas semanas.
- Ótimo.
- Ah, sim, senhor, mandaram uma carta para a senhorita Lovegood.- disse o criado entregando o pedaço de pergaminho amassado.- Uma coruja muito desastrada, devo dizer.
- Errol.- disse Luna pegando o pergaminho e lendo-o.- Teremos um recesso semana que vem por causa de uma conferência, os alunos estão indo para suas casas a partir de amanhã. Gina me chamou para ir para a Toca. Disse que minhas roupas estão todas lá.
- Ah... Isso é bom...
- Vai haver uma festa, por isso estão me chamando.
- Isso é... Legal. Te levarei de carro até lá, e volto para te buscar quando você preferir...
- Talvez... Você devesse ficar na festa e depois voltamos para cá.- disse ela.
- Também parece uma boa idéia.
- Estou faminta, podemos jantar?- disse ela sentando-se a mesa.
- Sem meu pai aqui, não precisa se preocupar... Eu vou ficar de olho em você.- disse ele. Aquele sorriso havia voltado ao seu rosto.
- Não sei não...
- Veremos isso.
- Ao menos não teremos que voltar tão cedo para a escola...
- Uma pena. Estava morrendo para jogar na cara do Potter que nós fizemos o que ele tanto queria...
- Sem graça.
- Mas é verdade!- disse ele sem segurar a risada.
- Sei...Sei...
- Hm, melhor ainda seria jogar na cara dele que fizemos isso duas vezes!- disse ele.
- Não viaja Draco...
- Nunca se sabe o que pode acontecer a caminho da Toca...
- Nem em sonhos, Malfoy...
Terminaram de jantar e foram para o quarto dormir. Mas nenhum deles pegava no sono.
- Mas que droga... Meu sono foi embora...- disse ela nervosa.
- Se você quiser...
- Não inventa.
- Certo, certo... “Amanhã vai ser um longo dia...”



N/A tai um cap. grandinho pra vcs xDDD

o 9 jah está a caminhooo

bjoksss e obrigada pelos comentsss!!

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