Capitulo 02



Draco andava sem pressa para a aula de poções. O sinal acabara de bater e o pessoal da Soncerina havia sido liberado mais cedo da aula de vôo, e isso dava a ele um tempo a mais para pensar na vida. O jovem ainda estava com uma raiva imensa de Harry Potter pelo que acontecera com seu pai, mas ao mesmo tempo sentia-se aliviado da pressão de ser filho de um Comensal da Morte. Chegando mais perto da sala de Snape, o garoto pôde ver que uma aluna conversava com o professor na porta. Ela estava de costas, mas ainda assim Draco a reconheceu como sendo “a garota de Hogsmead”. “Ponto pra mim!”, pensou Draco, “ao menos agora eu sei que ela estuda aqui em Hogwarts!!”. Draco decidiu chegar mais perto para ouvir melhor a conversa, na esperança de decobrir o nome da garota:

- Professor, eu não entendi direito quantas gotas da água da infusão da Flor do Infinito se usa na poção do Morto Vivo, será que dava pra você me dizer quantas são? – indagou a jovem, segurando alguns livros contra o corpo e com uma bolsa no ombro
- Como assim, srta. Minyagon? A Srta. preparou a poção ainda agora na minha aula e não sabe quantas gotas se usa? – Snape estava quase tendo um ataque!!
- Er...bem.... na verdade eu chutei... – a voz dela era de alguém completamente sem graça
- Eu não acredito Srta. Minyagon!!! Como você pode chutar na minha aula uma da poções mais complicadas no sétimo ano, acertar e ainda Ter a coragem e a cara de pau de vim assumir isso pra mim???? E ainda espera que eu não fique furioso??? – Snape estava à beira de um ataque de nervos, e continha-se para não gritar
- É o que eu esperava desde o início... – disse apreensiva
- Eu não devia responder. Eu devia deixá-la procurando a medida correta por anos naquela biblioteca!!!! – agora sim Snape estava tendo um ataque dos nervos – além disso, mesmo tendo chutado, a Srta. acertou o número de gotas, já que poção saiu certa. Agora me diga, quantas gotas você usou?
- Bom.... assim pra falar a verdade.... eu não contei sabe....? Eu simplesmente enchi o conta gotas e joguei tudo no caldeirão....

Agora Snape começava a ficar medonho. Seu rosto ficou num tom púrpura extremamente estranho:

- Saiba Srta. Minyagon, que são exatas 27 gotas da água da infusão da Flor do Infinito, uma coisa que certamente eu não devia lhe dizer. Agora, suma!!!!!!!!!!!!! – Snape estava realmente medonho. A jovem saiu correndo sem pestanejar
- Professor Snape, quem era ela? – perguntou Draco, se aproximando
- Uma aluna minha do sétimo ano. Srta. Issl Minyagon.... uma de minhas melhores alunas, mas um tanto quanto atrevida.

Draco ficou parado na porta enquanto o professor entrava para arrumar a sala. Ele pensava profundamente.... “Quer dizer que ela é uma Minyagon e do sétimo ano... meu deus que que eu faço agora?” pensou Draco, meio que se dirigindo a uma força superior:

- Olha Draquinho, eu não ia falar, mas agora eu vou!! – interveio uma voz que parecia de uma adolescente – como dizem por aí, o futuro a Deus pertence... – ponderou a voz. Draco viu se materializando a sua frente duas fantasmas. A que falara com ele vestia um sobretudo com renda nos punhos. O figurino era todo escuro, típico de uma gótica, e cheio de correntes reluzentes
- E como nosso alter-ego nessa história é Deus, pode deixar que tudo será do jeito que deve ser!! – respondeu a outra, com um laptop preto na mão, escrevendo tudo que era dito. Seu cabelo era mais comprido que o da outra fantasma. Sua roupa também era de uma rockeira, mas não usava um sobretudo preto. Mas sim calças jeans pretas rasgadas, com uma camiseta preta e correntes.
- Quem são vocês? Por que se vestem assim? E por que você parece uma mendiga?????? – perguntou Draco
- Quanta ousadia!! Nós somos amantes do rock e nos vestimos de acordo! E isso não é uma roupa de mendiga, é uma roupa “estilosa”!!!!
- Bom, já que perguntou, eu sou Myunna Daewoo, uma das pessoas que decide o seu destino. – respondeu a fantasma de sobretudo
- E eu sou Lola, a outra pessoa que decide o seu destino.
- Alto lá! – exclamou Draco – quem faz meu destino sou eu!!!
- Claro...claro.... Draco. É bom você acreditar nisso. – disse Lola
- Vai nessa fofo. Se eu quiser que você tenha um troço nesse exato instante e morra isso vai acontecer. – disse Myunna Daewoo
- Mas não se preocupe, Draquinho querido, porque eu não vou deixar ela fazer isso. – interveio Lola – afinal nós somos veneradoras de nosso querido Deus Grego Draco Malfoy.
- Mas, vê se não enche muito a tua bola não viu? Senão nós mesmas te matamos pessoalmente.
- Quer saber? Vou sair de perto dessas duas fantasmas malucas.... essa loucura pode ser contagiosa!! – Draco falou consigo, indo para a sala de aula
- Tá! Tá bom!! Vai e não volta!!! – exclamou Myunna Daewoo desaparecendo
- Depois não diga que não avisamos!!! – advertiu Lola, antes de sumir

“Eu hein?? Acho que alguém me lançou um feitiço para eu Ter essas alucinações... daqui a pouco passa....”, pensou Draco.

*****

Era manhã do Sábado do primeiro jogo de Quadribol, que tinha como adversários Grifinória e Soncerina. Issl acordara mais cedo e por isso foi para o Salão Principal. Era o dia de sua estréia oficial como batedora ela estava um pouco nervosa. Ela sentia às suas costas os olhares raivosos de alguns jogadores da Soncerina, o que a fazia Ter certeza de que aquele não seria um jogo fácil. Agora ela recordara-se que no dia anterior Gina fora eleita capitã do time por unanimidade pelo pessoal... e também o quanto à garota parecia Ter ficado feliz.
Mais tarde, já na hora do jogo ela notou que Harry e Gina pareciam avoados em demasia... é, ela teria que ficar de marcação naqueles dois para nenhum deles ser atingido por algum balaço....:

- Bom dia a todos! Aqui quem fala é Dino Thomas, substituindo Lino Jordan nessa função!! Agora, vamos à escalação do time da Grifinória!!! – houve um aumento considerado no falatório da platéia. No vestiário da Soncerina, Draco apurou seus ouvidos para ouvir a escalação – Nos aros, Rony Weasley!!! Artilheiros: os irmãos Mckay Shane e Lorena junto com a capitã, Gina Weasley!!! Apanhador, Harry Potter!!! E pra fechar, os batedores Nathanael Angelô e Issl Minyagon.... que falemos a verdade, é uma gracinha!!
- Dino!! – exclamou e Professora McGonnagal, repreendendo o narrador
- Desculpe professora, mas a verdade deve ser dita.... sem falar que é solteira!!

Draco não ouvira mais nada depois do nome de Issl. Agora sim estava tudo acabado! Uma Grifinória e ainda por cima Minyagon.... certamente ele jogara pedra na cruz!
Issl voava ativamente pelo campo de quadribol, tirando os balaços de perto dos jogadores de seu time; sua performance era digna de um jogador de quadribol profissional. Num dado momento, atirou um balaço na direção de Draco, sem querer; a garota ficou meio mal com a olhada que Draco lançou nela após isso.
Noutro momento, Issl livrou Draco de um balaço (com a desculpa de que estava livrando Harry também...)... e assim o jogo foi seguindo, até que Harry capturou o pomo, levando o time da Grifinória à vitória. No vestiário...:

- Yeah! Time da Grifinória na área e se derrubar é pênalti!! Somos demais!!! – comemorava Shane – nós mostramos pro povo da Soncerina como é que se joga quadribol de verdade!!!
- Maninho... somos invencíveis! Ninguém pode contra a gente trabalhando em equipe!!! – e com isso, Lorena pulou em Shane, abraçando-o em seguida
- É... mas se não fossem por Nathanael e Issl Harry não teria conseguido pegar o pomo. – disse Rony, pensativo
- Aliás, Sr Harry... – começou Issl, abraçando-o pelo pescoço – o Senhor tava bem avoado, hein? Pensando o que da vida?
- Nada... nada... – disse Harry, ao passo que corava
- E a Gina também. – Observou Nathanael
- Povo, agora vou pular fora! Tô indo lá pra festa da vitória!! – e Shane foi saindo do vestiário, junto com Lorena
- Eu vou junto, Shane! – e Nathanael o seguiu – Issl, você vem?
- Daqui a pouquinho. – e sorriu
- Bora Harry, senão a gente perde a cerveja amanteigada. – e Rony e Harry deixaram o lugar. Gina e Issl permaneceram lá

Por mais que Gina tentasse disfarçar, um climão se abateu sobre o vestiário: ela simplesmente não suportava ver o quanto Issl era íntima de Harry. Percebendo o clima, Issl resolveu continuar com aquilo que havia planejado; a jovem tinha a curiosidade em saber o que se passava entre Harry e Gina:

- Então Gina, o que está acontecendo entre você e Harry? – começou Issl de uma forma inocente e curiosa – vocês estão com uma cara...... você e Harry têm algo?
- Por que quer Saber? Está interessada no Harry?? – retrucou Gina, de forma atravessada
- Calma Gina, só fiz uma pergunta.... – ponderou Issl
- E eu só fiz outra!!
- Ok! – Issl pareceu perder sua incrível calma – se quer mesmo saber, não, eu não gosto do Harry! Nem estou interessada nele! Ele é só um bom amigo!!
- Amigo? Como todos os outros garotos?! Pensa que eu sou cega? Pensa que eu não vejo você, abraçando Harry, dando beijinhos “amigáveis” nele? Eu não me conformo com você Issl! Você dá em cima de todos os garotos!! E, ainda tem a cara de pau de manter a aparência de certinha a ponto do Lino dizer que você é solteira!!!
- Alto lá! Se o Lino diz que eu sou solteira, é porque sou, ouviu bem?! – Issl elevara o tom de voz... Gina se espantou; nunca vira a garota daquele jeito! – eu trato Harry como eu trato todos os meus amigos, e não tenho culpa de mostrar minha afeição pelos meus colegas!!! Sou muito mais humana nesse ponto que você! – e preparou-se para sair do vestiário – ah! e se te serve de consolo, eu já gosto de outro garoto, que é o extremo oposto de Harry, então, fique calma; não vou tirar o Harry de você!!

No que Issl deixou o vestiário, deu um encontrão em Draco; O garoto ouvira tudo do vestiário da Soncerina. Issl mantinha um ar exasperado, mas seu tom de voz voltara ao normal, bem como seu jeito de ser, e mais uma vez, Draco ouviu-a pedir desculpas. Mas, estava decidido a não deixar a chance de falar com ela passar, e por isso a seguiu até o campo de quadribol, que agora estava deserto:

- Er... você tá bem? – Draco não conseguira pensar numa forma melhor de puxar assunto
- Mais ou menos. – respondeu Issl, de cabeça baixa – aliás, foi mal pelo balaço no jogo de hoje... não tive a intenção.
- Tudo bem, isso sempre acontece. – e sentou-se ao lado da elfa
- É Draco Malfoy, não é mesmo?
- Isso. E você é Issl Minyagon.
- Muito prazer em conhecê-lo – e com isso, cumprimentou Draco
- O prazer é todo meu. – e sorriu – mas, porque estava discutindo com a Weasley?
- Por um motivo bobo. Ainda não me conformo que ela pôde pensar mal de mim... logo eu, que nunca dei motivo nenhum pra isso...
- Seres humanos sempre tiram conclusões precipitadas... mas acho que isso não faz parte do dia-a-dia de uma elfa, não é?
- Não... não faz. E mais uma coisa: não sou elfa, sou meia-elfa.
- Ok...
- Mas, como pode dizer que não tiro conclusões precipitadas?
- Se tirasse, não estaria aqui, falando comigo. – e sorriu melancolicamente
- Por que você diz isso?
- Oras, porque sou um Malfoy, as pessoas costumam ficar longe de mim.
- Mas, você também é Draco... e para mim, seu primeiro nome contra muito mais que o segundo.

Issl sentia como se uma faca cortasse seu coração ao ver Draco, tão infeliz. Tanto que, nem percebeu quando seus lábios se encontraram, num profundo beijo... um beijo tímido e ao mesmo tempo apaixonante.
Issl não soube ao certo como agir depois... estava meio confusa, mas tinha certeza do que sentia por Draco, embora não soubesse se era correspondida ou não. Draco a fitou com sentimento de culpa: ouvira-a gritar a plenos pulmões que amava alguém... como podia roubar-lhe um beijo agora?:

- Issl, me desculpe. – e Draco se afastou
- Pelo o quê? – a jovem não compreendeu
- Esse beijo... foi um erro. Me desculpe.

Issl sentiu que seu mundo desabara por um segundo. Tudo que ela mais queria na vida era ouvir que Draco a amava, não que o primeiro beijo do casal era um erro. Num misto de tristeza e raiva, Issl deixou Draco sozinho no campo de quadribol.

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