SOU EU OU VOCÊ



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Um jato azul claro, quase transparente com flashes de várias cores disparou da varinha de Harry rumo ao espelho de Oderges e em uma explosão o estilhaçou. Assim que os cacos cairam ao chão a cicatriz de Harry explodiu em dor.
_Vai passar Sr.Potter - Aragone disse suavemente - Quer dizer que Voldemort sentiu um pouco de sua alma ser quebrada. Agora vocês devem seguir, Ohnos é o próximo espelho, está localizado na casa de um bruxo abortado na cidade de Surrey, na rua Largo das Magnólias, número noventa e três.
Harry com os olhos lacrimejantes com a dor em todo o corpo e principalmente na cicatriz desviou um olhar à Hermione e Rony.
_Todos sabemos que é muito próximo daonde o senhor morava Sr.Potter - Aragone disse - Penso que será uma surpresa o bruxo.
Hermione no momento seguinte extendeu sua mão direita dando-a a Rony e a esquerda a Harry. Fechando os olhos, Harry de forma extremamente fácil imaginou a Largo das Magnólias e assim com um novo solavanco caiu diante de uma casa de muro baixo, quadrada, uma plaquinha mais a frente.
_Bairro simpático Harry - Rony disse olhando ao redor com interesse.
_É, também gostei... - Hermione falou simples.
Harry seguindo até o baixo portão de entrada bateu palmas, ninguém atendeu, bateu novamente, ninguém apareceu. Conferiu o número em uma plaquinha ao lado do portão e adentrou pelo jardim, Rony e Hermione fizeram o mesmo. Bateu na porta e em seguida ela se abriu, para sua surpresa tia Petúnia surgiu, o olhando com extrema surpresa, indagou com a voz trêmula.
_O quê, mas, mas, o quê faz aqui?
_Rony, Hermione, essa é minha tia Petúnia, sei que já a viram no Expresso, mas nunca foram apresentados...
_É um prazer - Rony disse extendendo sua mão para que ela apertasse, no entanto, a não-bruxa somente olhou com nojo e se afastou.
_O que quer? - indagou ainda surpresa.
_Quem é Petúnia, se são vendedores, diga que não quero comprar nada - uma voz cansada de tagarela as costas de tia Petúnia disse surgindo do nada, era ninguém menos que a Sra.Figgs. Uma não-bruxa que Harry já conhecia há um bom tempo.
Ao ver que era Harry quem chegara falou, parecendo animada:
_Ah, sim, Harry Potter, Ronald Weasley, Hermione Granger, os esperava, por favor, entrem, sei o que vieram fazer.
Tia Petúnia se afastou com uma expressão de horror no rosto. A Sra.Figgs encaminhou Harry, Rony e Hermione até uma sala pequena que como toda a casa cheirava a gato molhado.
_Sentem-se - ela pediu mostrando um sofá verde musgo horrível - Sabe, é o Peixe Que Voa, meu sofá preferido...
Tia Petúnia e a Sra.Figgs no momento seguinte se sentaram no sofá defronte ao que Harry e os outros haviam se acomodado.
_Antes de levá-los à Ohnos, tenho de continuar a lhes contar a Lenda de Midna, creio que Aragone já lhe tenha adiantado algo não?
Hermione e Harry acenaram positivamente.
_Pois bem, logo que a lenda que dizia os caracteres do que provavelmente teria o orvalho lunar foi revelado, a família Midna criou duas pistas distintas guardadas por feitiços e encantamentos realmente poderosos. No primeiro, foi celado uma forma animaga que não sei se realmente existe, reparem.

´´O cão negro, suas habilidades revelara diante daquele em que o desejo de vingança se exaltar``

_Percebam, o cão nunca foi confirmado como forma animaga de Midna, nunca foi descoberto pelo menos algum bruxo que recebendo Midna se tornou cão.
A segunda pista no entanto, era mais clara...

´´No desejo de matar, a Lenda de Midna se revelara e naquele que a controlar seus poderes a usara``

_O que quer dizer afinal é simples. Todo aquele que usar a Lenda de Midna deve ter a capacidade de vencer as trevas, conscientimento entre a alma, o coração e a mente e ter desejos de vingança por motivos puros, no caso, a morte de seus pais.
Porém, a segunda pista levou à tona algo importante, além de tudo ter o que lhe disse, o bruxo tem de ter um desejo de matar e dessa forma, somente dessa forma poderá matar o seu oponente, pelo que me parece, somente lhe resta o conscientimento do coração, o restante já possui. Devo alertar também que sem uma das características, o real poder jamais será despertado, então, tem de despertar o seu coração primeiro, assim terá a Lenda de Midna, entende?
Harry balançou a cabeça positivamente.
_Agora, vamos até Ohnos...
Harry, Rony e Hermione se levantaram, Tia Petúnia no entanto, continuou sentada.
A Sra.Figgs levou todos até seu quarto, um local grande, com dois armários velhos e uma cama de casal mais ao canto, do seu lado um guarda-roupas com peixes desenhados.
_Aqui - ela disse indo até um de seus armários, um verde muito escuro. Se adiantando, abriu a porta do armário revelando uma saleta completamente escura. Adentrando, puxou uma porta do chão, um alçapão.
_Está logo abaixo - avisou descendo por uma escada de madeira.
Harry, Hermione e Rony a seguiram pela escada chegando a outra saleta escura, nesse cômodo tão frio e silencioso havia ao fundo um espelho, dourado, muito empoeirado, com Ohnos e uma frase invertida logo acima.

´´O sonho de uma coração é sempre fazê-lo sentir no momento certo``

_Harry já sabe, pode ir - a Sra.Figgs estranhamente animada falou. Harry apanhando sua varinha elevou-a rumo ao espelho enunciando:
_PRIORI INCANTATEM!
Um jato azulado com várias cores correu até o espelho estilhaçando-o; Harry no mesmo instante caiu ajoelhado, sua cicatriz explodiu em dor, muito pior do que quando destruira Oderges.
_Sra.Figgs, a senhora sabe aonde está Ojesed? - Hermione indagou enquanto Harry com a dor muito menos acentuada se ponha de pé.
A Sra.Figgs no momento seguinte se virou rapidamente na direção de Hermione e muito séria respondeu:
_Na casa de Tom Riddle, no vilarejo de Little Hangleton, lá serão recebidos...
_Por quem? - Harry perguntou em voz baixa, estava zonzo.
_Lá saberão.
Hermione e Rony no segundo seguinte extenderam suas mãos dando-as as Harry, fechando seus olhos, depois de tantas vezes ter sonhado com a casa de Voldemort facilmente seriam levados somente pelas lembranças.
Diferente de Surrey aonde estava de dia, em Little Hangleton o sol já vinha se pondo.
_Qual é a casa? - Rony perguntou olhando aos arredores com interesse.
Harry abriu seus olhos, estavam perto da entrada de uma casa quase toda destruída.
_Srs.Potter - uma voz disse mais atrás - Sr.Weasley, Srta.Granger, por aqui, por favor me sgiam.
Harry se virou, Rony e Hermione também. Estavam defronte a uma bruxa de cabelos negros longos, olhos verdes, expressão pálida, muito magra, alta e de vestes azuis berrantes, era muito jovem.
_Repito que me sigam.
_Quem é você?! - Rony disparou.
_Logo lhes direi, primeiro, venham comigo...
A jovem bruxa seguiu rumo a casa de Tom Riddle, seguia com tanta segurança que parecia conhecer tudo ali com precisão. Harry, Rony e Hermione não hesitaram diante do chamado da bruxa e logo poderam ser vistos dentro da enorme casa, apesar de destruída, dona de uma beleza atemporal.
Adentrando pela porta da cozinha, seguiram para o segundo andar aonde chegaram a uma grandioso quarto, muito próximo ao que Harry sonhara diversas vezes em seu quarto ano. No quarto que haviam adentrado estava o espelho de Ojesed, três cadeiras mais ao lado contrário, enconstadas em uma das paredes.
_Inflamari! - a bruxa disparou conjurando chamas rumo a lareira do cômodo que crepitando iluminou.
Como o quarto era coberto por vidraças que iam do chão ao teto, a aparência do cômodo era assustadora, sombria.
_Sentem-se - a bruxa disse conjurando mais uma cadeira idém as outras três - Pois muito bem - prosseguiu se sentando - Me chamo Libella Riddle e sou irmã por parte de pai de Tom Riddle...
Harry, Rony e Hermione se entreolharam, a bruxa fora extremamente direta e surpreendente.
_Sempre vivi com minha mãe por isso somente vi Tom nas férias, ele pouco deve se lembrar de mim, não nos vemos há algumas décadas, desde que tentou me amaldiçoar com Imperius, foi uma forma de tentar me forçar a ser um de seus Comensais da Morte, naquela época, ele só estava começando. Mas não importa, antes de destruir Ojesed, tenho de terminar de contar a Lenda de Midna...
Harry se endireitou interessado.
_Logo que as características e as duas pistas foram reveladas a poucos e selecionados bruxos secretíssimos, somente dois bruxos no mundo se encaixavam nos quesitos, Alvo Dumbledore e Tom Riddle...
Harry se afastou surpreso.
_Anos depois, Tom recebeu o orvalho, porém sem o conscientimento do coração e pouco, realmente pouco, pode usar do poder de Midna. Pouco tempo depois, foi a vez de Dumbledore, ele também se encaixava perfeitamente...
_Quem Voldemort queria matar? - Harry indagou não suportando conter a dúvida.
_A Dumbledore, era a única ameaça e é até hoje, Tom não o conseguiu matar...
_E Dumbledore - Hermione perguntou - Quis matar quem?
_A Tom, no ínicio Alvo se recusou a beber o orvalho com medo de que tivesse de acarretar o poder para sempre, algo que ocorre quando o bruxo atinge todas as características impostas pela Lenda, Dumbledore atingiu esse poder. Porém muito tarde, Tom enquanto tinha o orvalho em poder, prendeu um de seus Horcruxes no corpo, aproveitou o poder de Midna para aprisionar uma de suas Horcruxes em meio a uma magia muito poderosa, muito antiga. Ele também enfeitiçou três espelhos de magias distintas, esses espelhos protegeriam o Horcruxe, os três se chamavam Oderges, Ohnos e Ojesed. Com a magia negra realizada e concluída de forma extremamente poderosa Dumbledore não conseguiu destruir nenhum dos espelhos e assim, por vários anos sob o poder de Midna desistiu de enfrentar Tom, sabia que precisaria destruir as sete Horcruxes e como não conseguiu com os espelhos, mesmo se destruisse as outras seis, uma não conseguiria e tudo se tornaria inútil.
Com o passar dos anos, a mente, a alma e o coração de Dumbledore entraram em uma espécie de guerra contra o tão odiado poder de Midna preso em Dumbledore, passando alguns momentos difíceis, a lenda foi liberta e fechada até que alguém novamente capaz de deter às trevas nascesse, algo que ocorreu não muito tarde, algo que aconteceu com o senhor Sr.Potter, o senhor é o terceiro bruxo a ter o poder de Midna e o único que tem controle suficiente para destruir os espelhos e lutar realmente contra Tom Riddle, somente o senhor...
_Espere, espere somente um minuto - Hermione interropeu educadamente - Porquê você, Libella, chama V-V-Voldemort de Tom Riddle?
_Porque é assim que se chama Srta.Granger, nunca o chamarei por esse nome que criou, renegou a própria família, alma, coração. Um dos motivos que o levou a nunca ter o real poder de Midna...
_Espere mais um pouco, só mais um pouco - Rony dessa vez interrompeu - Algo não se encaixa na Lenda, eu me lembro que diz que um dos quesitos é ser capaz de deter às trevas, se Voldemort é as trevas, como se ia alto deter?
_Essa pergunta foi feita por bruxos poderosíssimos e sábios, ninguém soube responder, nem uma dica sequer..., bom, quebre Potter, torne a Horcruxe em Tom Riddle mortal, vamos, quebre Ojesed...
Harry, Rony e Hermione se levantaram das cadeiras, Harry que ainda tinha sua varinha em mãos foi até o espelho dourado de Ojesed com a frase e nome escrito inversos e elevando sua varinha diante do seu próprio reflexo bradou:
_PRIORI INCANTATEM!
O jato azul claro irrompeu da varinha estilhaçando o espelho, os cacos preencheram o chão de madeira de todo o quarto irrompido pela lareira e vidraças.
Harry se sentiu zonzo, sua cicatriz parecia rachar sua cabeça, estava perdendo os sentidos de todo o corpo, a dor extrema lhe fazendo desmaiar em uma pancada.
_Harry! Harry! - Hermione gritou correndo em meio aos cacos pelo rumo ao corpo de Harry.
_Espere Srta.Granger, ele deve acordar logo, sua cicatriz, já era esperado, deve estar no limite da dor, é questão de tempo...
_Você não entende! - Hermione vociferou - Ele nunca chegou a desmaiar de dor na cicatriz!
_Use o feitiço de animar - Rony sugeriu.
_O quê?! - Hermione retorquiu.
_O feitiço de animar - Rony repetiu - Não se lembra, o Flitwick nos ensinou...
_Ah...sim!
Hermione se pôs de pé e com sua varinha apontada para Harry se preparou para enunciar o encantamento, pronta a enunciar o encantamento foi surpreendida por um movimento do corpo.
_O q-q-q-quê... - Harry com a voz fraca gaguejou.
_Pronto Srta.Granger - Libella em tom pouco repreensivo falou - Está voltando ao normal...
Harry do nada se levantou assustado sob os olhares curiosos de todos, sua cicatriz queimava muito, parecia arder em brasa, algo havia mudado dentre de si, sentia que algo pior, muito pior do que a guerra em seu todo ocorrera. Uma devastação mortal...
_Deve ir Sr.Potter, agora é com o senhor, Tom já tem a Horcruxe de seu corpo vulnerável, poderá lutar...
_Hermione..., Rony... - Harry chamou e os dois no mesmo instante extenderam suas mãos.
Ambos logo apanharam as mãos e assim Harry fechando seus olhos imaginou com facilidade o terreno da guerra. No momento seguinte, sentiu o mesmo solavanco rápido de sempre. Em meio a volta antes mesmo que caisse no terreno de Hogwarts uma mão o puxou pelo braço direito com força, era a mão que Hermione segurava.
Rony e Hermione seguiram a aparatação, Harry, porém, retornou a sala do espelho de Ojesed, Libella o segurava pelo braço com força.
_Me esqueci Sr.Potter - ela disse com a voz abafada, o ouvido de Harry parecia ter ficado em Hogwarts, escutava berros de dor ao fundo. - O fim da Lenda de Midna...

_MORRA! - a voz de Voldemort explodiu em sua cabeça e com uma guinada de dor em sua cicatriz, Hermione conjurou um Estupefaça dando um berro de dor, alguém a matara, Voldemort a matara, Hermione estava morta, Voldemort a matara - Weasley!
Rony nem ao menos tentou se proteger, foi atingido e com um esganiçado grito chamando Harry caiu também morto, Hermione e Rony haviam morrido, Voldemort os matara.

_...dizia que quando o senhor das trevas for morto ou apenas ferido na alma, tudo aquele produzido por ele será desfeito, isto é a recompensa para o bruxo que possui o orvalho lunar, o ressuscitamento.
_Rony e Hermione! - Harry disparou com o coração acelerado - Voldemort os matou, VOLDEMORT OS MATOU! - Harry enfurecido berrou, Libella soltou seu braço imediatamente, ele não ouvira o que ela dissera, sua atenção estivera presa na morte de Rony e Hermione. Aparatando de volta à Hogwarts, seu maior desejo era matar Voldemort, ter a certeza de que o que ouvira não fora o que estava pensando, queria voltar e ver Rony e Hermione vivos, esperando-o.
Mesmo com a esperança que corria em seu corpo assim que caiu no terreno de Hogwarts tudo que havia morreu. A barulheira infernal desde que a guerra começara não existia mais e no seu lugar um silêncio triste e assustador dominara tudo.
Se pondo de pé, percebeu que estava nos portões de entrada de Hogwarts. Dali pode ver a cena mais horripilante de toda a sua vida.
Milhares de corpos, criaturas e destruição, muito sangue por toda parte. Os gramados antes verdes e bonitos, agora cobertos por corpos e vermelho-vivo, ninguém mais lutava, a guerra acabara, o céu antes coberto por criaturas voadoras ferozes estava negro e silêncioso.
O ar, gelado e mal cheiroso, por mais que não tentasse olhar para os corpos, tinha os olhos presos pelo terreno, estava em choque com a dor. Seguindo alguns passos esbarrou em algo, olhando para baixo já sabendo que deveria ser uma criatura ou um corpo caiu de costas, era o corpo de Hermione, seus olhos vidrados, abertos, estava morta e ao seu lado, Rony, um corte atravessado no peito provavelmente causado pelo feitiço que Voldemort conjurara.
_Já voltou Potter...
Harry se virou com o maior ódio de toda a sua vida e bradou, com o poder mais forte da alma, do coração e da mente:
_AGORA SOU EU OU VOCÊ!

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