Celular

Após o casamento de Gui e Fleur, Harry Potter não teve mais momentos felizes. Já estava acostumado com sonhos estranhos, misturando a morte de Dumbledore com Gina, Ron e Hermione. Ele não os entendia muito bem. Algumas vezes ele chegava a pensar que era Snape vasculhando sua mente, mas logo depois se lembrava que a Oclumência precisava de contato visual para ser realizada.
Não se sentia bem ao olhar para o antigo malão, o qual levava suas coisas para Hogwarts. Havia decidido, no ano anterior, que não não voltaria para a escola.
Além de tudo isso, sentia falta de Ron, Hermione e Gina... Já faziam dois meses que Harry não tinha contato com eles. Estava sinceramente apaixonado por Gina, mas sabia que Voldemort o tentaria atingir por ela e seus amigos.
Sua cabeça estava a mil e ele varria o jardim da casa número 4, na Rua dos Alfeneiros.
- Como é? Já terminou, eh? - berrou Tio Válter da jenela da casa.
- Termino a hora que eu quiser! E se berrar comigo mais uma vez te arranjo um par de orelhas a mais! - berrou Harry mais alto que o tio.
Com o grito de Harry, tio Válter recuou e bateu a cabeça no batente da janela.
- Ok, mas venha logo almoçar... - disse o tio.
- Eu almoço depois! Me deixa em paz!
Harry só pode escutar um ruído de desaprovação e continuou a tarefa. Preferia fazer isso a juntar-se aos Dursley no almoço, ainda mais agora que que Duda arranjara uma namorada: Rebecca Spencer, uma garota da classe dele, de cabelos encaracolados e com olhos verdes esbugalhados. Se não fosse pelo peso e tamnho da garota, Harry poderia pensar que ela fosse Luna Lovegood, com os cabelos alterados por algum feitiço -de Tonks, provavelmente. Duda só falava na garota.
...
Depois de almoçar os restos dos Dursley, Harry foi para o seu qurto. Pela primeira vez na semana, soltou Edwiges no qurto, que pousou sobre o armário.
Pegou uma pena e um pergaminho e, decidido, escreveu:
" Ron e Gina
Sinto a falta de vocês. Espero que possam me dar boas notícias, pois já sabem que a vida na casa dos Dursley é um tédio.
Com carinho, Harry."
Leu algumas vezes o que escreveu e disse para Edwiges:
-Sei que não está boa, mas não tenho mais o que escrever!
Amarrou o pergaminho na perna da coruja e disse-lhe:
-Entregue para Ron, ok? Cuide-se!
Edwiges deu-lhe uma bicadinha carinhosa e saiu voando pela janela aberta.
...
-Harry! Acorde! Sua coruja voltou! - disse Tia Petúnia, acordando Harry pela manhã, três dias depois de Edwiges ter levado a carta para Ron e Gina.
-An... obrigada tia... - disse Harry, pegando os óculos sobre o criado-mudo e levantando-se para abrir a janela. Edwiged trazia um pacote e um pergaminho.
-Alguma coisa boa? - perguntou tia Petúnia.
- An... não sei. - disse o garoto, estranhando a pergunta da tia - a Senhora deixe eu me trocar?
- Ah, sim... me desculpe- disse a mulher, e saiu.
Harry voltou-se ao embrulho. Um objeto pequeno e prateado, cheio de teclas e com uma pequena telinha de vidro havia sido cuidadosamente empacotado em um plástico. Anexo à ele, havia também um pequeno livrinho, onde lia-se "Manual de Instruções", e, ainda, um pergaminho muito pequeno, cuja caligrafia ele reconheceu:
"Harry,
Isso é para você. Aperte a tecla vermelha até a tela ascender. É um celular. coisa dos trouxas, mas é muito útil! Qualquer dúvido sobre o aparelho, consulte o manual.
Abraçoes, Senhor Wesley."
Na outra carta, Harry leu:
"Harry,
Também estamos com saudades. Meu pai te enviou um celular. É como um telefone, só que menor e mais prático. Digite 02 e aperte a tecla verde. Você vai estar discando para o meu celular. Gina e Mione também têm um, e seus números são 01 e 03. Te contamos as novidades assim que você ligar. A seguir a lista dos números dos membros da Ordem.
Com saudades, Ron Wesley."
Harry leu a lista duas vezes, tentando decorar os números.
"Por que Gina não me escrveu também? E por que ELA não liga primeiro?" Penxou Harry consigo.
-Quem sabe eu ligue depois... - disse o garoto, apertando a tecla vermelha do celular.

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