Arte do coração
Nanan nanan nan
Nanan nanan nan
Nanan nanan nan
Nana nananan
-É, mais uma vez... – Ela respirou fundo, já estava virando costume.
Sonhar com... *Ele*. E isso a irritava, o que, afinal de contas significava aquilo?
Agora depois de anos, adquiriu *misteriosamente* o dom da adivinhação? “Acho que não!”.
Ela levantou-se da cama zangada consigo mesma. Mas o por quê de estar tão irritada? Eram sonhos inocentes com um amigo, não tinha nada demais...
O problema não era só esse, ela de uns tempos pra cá, se sentia diferente diante *dele*, não sabia mais como se portar frente *dele*, era estranho, ela que sempre fora tão natural... *sentia* o cheiro dele, observava o porte dele e até... Até suspirava por ele! Não, não podia ser normal. Pelo menos ela pensava assim.
Não tinha pensado
Em me apaixonar,
Mais um dia e como *ele* estava uma gracinha...
-Tudo bem, eu admito. Pequei, pequei sim. Mas olhar não tira pedaço né?! – Disse colocando as mãos no rosto.
-O que? Você foi ao banheiro dos meninos no fim do jogo de quadribol?!-
Ela assentiu.
-Não, eu não ouvi direito! – Quase gritou Parvati. – E não me chamou!? Como pôde? Sua... Sua egoísta. – Hermione a olhou incrédula.
-Parvati! É proibido! A Lilá entrou em um lugar proibido!
-Deixa de ser chata Mione! – Hermione fechou a cara. – O gostosão Harry tava lá?! Você viu? – Lilá as olhou maldosa, pra não dizer satisfeita e com um riso de canto a canto da boca.
-Eu não quero nem ouvir! – Hermione ia saindo. Por alguma razão sentiu-se mais irritada quando citaram seu *amigo*...
-Nem qual era a cor da cueca que ele estava usando?
-O que?! Por favor, Lilá! Assim você me ofende. Ele é meu amigo.
-E daí? Ele também é meu amigo.
-Ah! Relaxa Herm, e senta ai! – Disse Partavi apontando pra cama. – E então qual era a cor?
Hermione não se sentou, ficou olhando feio, muito feio, pras duas jovens que tagarelavam como Harry era lindo, forte, lindo, gostoso, lindo, inteligente, lindo, a cor da cueca dele. E lindo de novo...
-Vocês já cansaram de falar disso?
-Nãooo! – Disseram entre risadinhas.
Hermione revirou os olhos e resolveu descer pra almoçar, no mínimo, seria mais vantajoso... “Coisa mais feia espiar! Como a Lilá é louca... Mas amarela*?!” Ela balançou a cabeça antes que pensamento obscuros se espalhassem por toda ela.
* * * *
-Cara! Tô exausto!
-Pelo menos vencemos. – Disse Harry se servindo.
-Verdade! – Disse feliz da vida.
-Pensei que não conseguiria pegar o pomo.
-Você e sua modesta... – Harry corou. - Mas mudando de assunto... Você percebeu como a Mione tá diferente?
-Diferente como? – Disse Harry bebendo suco.
-Não sei. Ela tá... Estranha.
-Igual quando você falou da Lilá te olhando ou da Parvati querendo te bater?
-Deixa de ser palhaço! Tô falando sério. – E enfiou um monte de comida na boca.
-Ah! Claro que está. E conversando civilizadamente também. – Disse sarcástico.
-Seu ridóculu! – Ele disse com as orelhas vermelhas e tentando não cuspir tudo o que tinha na boca, sem sucesso.
-Engole primeiro Rony! – Disse Harry rindo e colocando a mão na frente do rosto pra evitar ser cuspido.
Rony massageava a garganta.
-Eu disse: Seu ridículo.
-Sei o que você disse! Mas não entendo onde você quer chegar com *estranha*.
Rony estava começando a falar tudo e seus palpites sobre o *problema* da amiga, quando Harry de repente lhe dá uma canelada.
-Por que fez isso?! – Ele reclamou.
-Isso o que? – Rony gelou, era Mione.
-Hum nada... Nada. Ele comeu o último pedaço de torta. E eu queria muito.
-Não acredito que vocês estão brigando por comida!
-Ei! Eu não. – Harry exclamou. – O Rony que é um fominha.
-Entendo... – Disse olhando pra eles desconfiada de algo. Harry sempre achou que ela tinha um faro aguçado pra mentiras, pras mentiras *deles*, melhor dizendo.
-Então o que faremos hoje?
-Eu vou dormir! – Disse Harry prontamente. – Estou cansado e meus olhos estão lacrimejando. – Ele se espreguiçou.
-E você, Mione? Mione?! Hermione!!!
-Quê? – Ela estava distraída com alguma *coisa*, que acho que se chama... Harry. – Pára de gritar Rony! Eu não sou surda ok?! Ou não era até agora!
-Você não estava prestando atenção.
-E o que você falou?
Rony virou a cara pra ela.
-Ele perguntou, - Tentando conter o riso, como às vezes eles eram tão infantis? Tinham dezessete anos e algumas horas parecem crianças. – O que nós vamos fazer hoje. E eu respondi que vou dormir. E agora ele quer saber o que você vai fazer.
-Eu? Bem... Er... Eu, eu acho que vou estudar. – “Nota mental: Lembrar de me chutar no salão comunal”
Ai Rony se meteu.
-Herm! É sábado! Você não faz nada além de estudar?! – Foi a vez dela virar a cara pra ele.
-Não enche ela Rony. Se ela gosta! – Disse Harry com um sorriso. – Né, Mione?! – Já havia acostumado de ver a amiga lendo e estudando horas e mais horas.
Ela corou e assentiu.
-Bem eu vou subir. Até mais tarde. – Ele deu um beijo no rosto dela e “bateu” nas costas de Rony.
-Até... – Ela tava meio boba ou era impressão do Rony? “Provavelmente impressão minha”. – Acho que eu também vou pro salão.
-Mas você quase não comeu nada!
-Não estou com muita fome. – Disse pegando algumas torradas e saindo.
* * * *
-Hermione, mas já aqui?
-É, não queria ficar e discutir com o Rony...
-Entendo. – Ele sorriu. – Senta aqui. Vai fazer o que?
-Estudar acho, um pouco mais.
-Certo então. Posso te acompanhar?
-Pode. Mas sei que não gosta de poções. – Disse sorrindo. Ele fez uma careta:
-Poções?! Hum... Acho que dá pra agüentar.
-Ok. – Ela pegou um livro de couro e capa muito negra. Ela sentou no sofá que tinha no meio do aposento. Harry fez o mesmo, sentou-se ao lado dela. Mione olhou pro lado. – Você vai mesmo ficar me olhando?
-O que tem de mais?
-Nada. – Ela voltou-se pro livro e depois pra Harry novamente. – Assim não consigo me concentrar. Pode parar?!
-Não estou fazendo nada.
-Você está me olhando.
-Sabe, eu tenho olhos pra isso... – Disse sarcástico.
-Eu pensei que só serviam para encontrar pomos de ouro. –Disse irônica.
-Não. Também servem pra te olhar.
-Pra *me* olhar? Acho que você quis dizer para *olhar*, não?!
-Não ponha palavras na minha boca. Eu disse o que quis dizer. – Ela o olhou em confusão.
-Não entendi. – “Tá. Ele disse que disse o que queria dizer, mas o que ele queria dizer é que eu não sei... Será que ele achava que eu entenderia o que ele queria dizer?” [Alguém entendeu?].
-Não? Bem, eu desenho pra você. – Ela o olhou com raiva. – Tô brincando Mione.
-Ótima brincadeira. Me fazer de idiota.
-Eu não quis isso... Desculpe.
-Mas fez! – Ela se virou de costas pra ele.
-Não vai fazer igual o Rony, não é mesmo?! – Ela não respondeu. – Vamos! Eu já me desculpei. –Sem resposta. – Arre! Se é assim. – Ele calou-se.
Depois de algum tempo calados, Hermione não sabia se ele ainda estava lá então resolveu verificar.Ela virou-se e se deparou com um Harry a alguns centímetros do seu rosto, ela prendeu a respiração, contudo não saiu do lugar.
-Pensei que ficaria de costas por mais tempo. – Ele disse olhando diretamente em seus olhos, isso provocava uma sensação estranha na garota. – Ainda está irritada?
-Estou. – Ela falou quase que inaudível.
-Sei como fazer você se irritar mais. – Ele disse maroto. Ela só ergueu uma sobrancelha.
-É mes... – Ele a calou com um beijo. Ela não o empurrou, retrucou ou bateu nele, simplesmente fechou seus olhos e... Aproveitou o momento.
Hermione acordou de seu sonho totalmente suada e agitada. Ela deu um sorriso fraco e decepcionado ao perceber que fora somente um sonho.
Mas quando a gente sonha
E não quer mais acordar
-Certo, - Ela se olhava no espelho. – Fale, fale agora! Você sabe que não é normal. Fale! É tão simples. – Ela falava pra si mesma, no banheiro de monitora. -Hum... Eu, eu...- “Assim, você consegue...”. – Eu, euestouapaixonadaporharrypotter, meu melhor amigo. – Falou depressa. “Não, com mais calma. Não entenderiam nada”. Ela respirou demoradamente. – Eu... Estou... Amando... O... Harry. – Disse pausadamente. “Ótimo! Mas não precisa falar assim, vão pensar que você é demente” – Lhe disse uma voz muito parecida com a da Partavi Patil, que vinha de sua cabeça. Hermione pensava que as besteiras da amiga grudavam de tal modo em sua cabeça que não saiam mais e depois lhe dava conselhos sobre coisas muito *necessárias*. – O que eu vou fazer com isso agora? – “Sei lá! Mas esse é o primeiro passo...” – Ótimo! Primeiro passo... – “Ei! Eu não tinha terminado ainda! Por que você não fala pra ele?” – Pirou?! Eu não. – “Então vai fazer o que agora que descobriu? ¬¬” – Guardar pra mim? – “Não vou falar nada...”.
* * * *
-Hermione? Você está bem?
-Muito bem, Por que?
-Não, nada. Você não está estudando e eu pensei que...
-Hoje é domingo Rony.
-Mas você sempre fala que...
-Eu só resolvi me dar um descanso. Posso?
-Claro. Eu só perguntei.
-Ronald! Ronald!
-O que está acontecendo?!!! – Rony se levantou rápido.
-Você sabe onde o Harry está? – Hermione que estava olhando entretida o salão, pára.
-Vi não. E você Mione?
-Hum... Não. – Ela seu um sorriso pra menina a sua frente “E mesmo se soubesse não contaria...”.
-Se vocês o verem digam que eu preciso parar com ele, assunto de monitor.
-Monitor? Então pode falar comigo. – Rony disse. A menina corou.
-Monitor – chefe.
-Então fale comigo. – Hermione prontamente falou.
-Er... Hum... Você sabe... Er... Deixa pra lá. – A menina saiu com a cara mais vermelha que um tomate. Hermione riu vitoriosa.
-Você entendeu alguma coisa?
-Não.
-Mas onde será que o Harry se meteu?
-Eu não sei, Rony. Deve estar dormindo.
-Ou se agarrando com alguém... – Rony falou displicente.
-Quê?!
-Ora Mione. Você não ouviu? Não eu disse *se agarrando* por ai.
-Harry não é assim. Rony!
-Ele é um garoto! É normal.
-Mas ele é diferente! – Disse exasperada.
-Ele quem?
-Ah! Harry. Nada não.
-Nada não o que! Eu estava dizendo que você estava se agarrando com alguém por ai. – Harry corou. – E a Mione disse que não, que você devia estar dormindo.
-Devo dizer que nenhum dos dois errou... Eu estava dormindo e agarrado a alguém. – Hermione arregalou os olhos e Harry não pode reprimir o riso. – Estava com meu ursinho Teddy. – Rony começou a gargalhar. E Mione ficou supersem - graça. – Agora sério. Eu só estava tomando café e me perguntando onde vocês se meteram.
-Ah! Eu tomei o meu mais cedo.
-E eu também.
-Tudo bem, todos mesmo me deixam de fora. Por que vocês seriam diferentes? Só porque são meus melhores amigos? Não, que isso! – Ele balançou as mãos.
-Deixa de fazer drama. O que vamos fazer hoje?
-Que tal um jogo?
-Qual?
-Esconde - esconde.
-Ótimo. Que tal Mione?
-Sai dessa! – Hermione riu. – Temos dezessete anos! Não somos mais crianças.
-E dái?
-Garotos de onze anos estão brincando lá fora!
-Ah! Vamos! Vai ser divertido. – Disse Harry.
-Nem pensar. Que tal Xadrez bruxo? – Ela tentou. Rony pareceu tentado a dar mais uma “lavada” na menina.
-Eu prefiro esconde – esconde.
-Ah, Não...
-Se a Mione não for eu também não vou. – Disse Harry.
-Ah! Mione por favor! Por favor, Eu juro, - Rony pensou. – Eu juro que não te irrito por um dia inteiro! - Como se fosse muito...
-Não...
-Deixa de charme! – Disse ele. – Vai! A gente nunca mais brincou... – Ele implorava com uma criança que queria brincar na neve.
-Ah, não... Não quero.
-Então eu também não vou. – Disse Harry sentando no chão.
-Ah! Cara... – Rony fez cara feia. – Eu não acredito! Ah! Não! E agora tá nevando!!! Eu quero! Eu quero ir lá fora!!! – Harry sorriu.
-Mione, o que custa? – Harry perguntou vendo Rony quase se debater no chão.
-Não. Não vou não. Vocês podem ir.
-Mas o Harry não quer ir sem você!
Hermione suspirou, Harry fez uma cara tão pidona que ela não agüentou:
-Certo. – Rony gritou feliz. – Mas eu não vou brincar.
-Tá! Tá bom. – Rony disse e depois quando Hermione estava um pouco à frente. – É o que veremos. – Cochichou pra Harry.
É hora de ter coragem pra poder encarar
E abrir meu coração
Não posso mais segurar
Se perguntassem como Hermione começou a brincar, ela não saberia dizer. Mas a verdade é que não eram só os três que brincavam, era todo o sétimo ano da grifinória... Hermione se perguntava como “galalaus” como aqueles ainda brincavam feito guris, e as meninas, então? Nem se fala, Lilá e Parvati esqueceram que tinham dezessete anos e pareciam crianças. Era fato que Mione também estava se divertindo. Agora era a vez do Harry ser o “pega”.
Estavam todos escondidos. Rony com Dino e Lilá; Simas e Neville; Hermione e Partavi estavam juntas. O objetivo era bater na árvore que eles (o trio) sempre usavam para estudar (ou pelo menos Mione...).
-Lá vou eu! – Harry gritou depois de contar até cem (muito rápido, por sinal).
Ele Andou pelos arredores. A Floresta proibida, bem, não era proibida. Mas Harry não queria ir lá porque duvidava que alguém tivesse ido.
As regras eram as seguintes: quem fosse o primeiro e último a serem pegos (batidos) tirariam par ou ímpar pra ver quem seria o próximo “pega”. Era proibido se deixar ver pelo pega, feitiços de invisibilidade, capas ou qualquer feitiço. Os que foram pegos podiam ajudar os que ainda não foram.
-Vamos Mione, ele tá olhando pra o outro lado.
-Não! Deixa ele se distanciar mais, ele é muito rápido conseguiria nos pegar com facilidade.
-Cansei, eu vou sim. – Partavi correu e como previsto por Mione, foi pega (batida).
-Eu já bati a Parvati! – Harry gritou.
-Eu vou ver se encontro alguém. – Ela disse e foi pra orla da floresta.
O Harry estava indo pra perto da cabana de Hagrid, mas ouviu um movimento perto das árvores de onde Partavi saiu, decidiu ir até lá.
Hermione que achava que seria sua chance, tapou a boca quando o viu se aproximar. Pensando rápido, ela decidiu correr, era melhor ser batida tentando chegar lá que não tentar. Ela saiu correndo, mas era impressão de Harry ou ela era mais rápida que ele? Ele se impressionou, mas antes de se atrasar muito, saiu em disparada atrás dela, não conseguiria chegar na árvore primeiro, então decidiu ir atrás da *própria* garota.
Ela nem olhava pra trás, era muito engraçado, ela começou a rir e estava perdendo as forças. Quando se rendeu, virou-se pra trás e parou. Foi seu erro, Harry vinha igual um jato pra cima dela, o resultado foi uma trombada...
Eles, neste instante estavam no chão, Harry sobre Hermione.
-Por que você parou? – Ele fracassando na tentativa para parar de rir.
-Eu não... Estava... A... A... Agüentando mais andar... – Ela começou a rir lembrando da queda.
-Você se machucou?
-Acho que não. – Ela sorriu um pouco sem graça ao perceber que estava entre árvores e com Harry em cima dela, “isso seria uma boa notícia pr’aquela repórter ordinária”.
Por alguma razão o ar ficou raro-efeito pra eles, que ainda não tinham saído daquela *maldosa posição*...
-Er... – Hermione disse ou tentou dizer. – Você pode... – Ela parou, ele estava a olhando estranho, tinha algo em seu olhar que a hipnotizava. Eles estavam se aproximando, seus rostos estavam quase colados. Então Harry percebeu o que estava fazendo, ou melhor, o que ia fazer.
-Me desculpe... Eu, eu sinto muito. – Ele saiu de cima dela. – Me desculpe Mione. Eu...
-Tudo bem, Harry. Não aconteceu nada.
-Mas eu ia te beijar! – Ele disse como para tirar qualquer dúvida.
Ela abriu a boca pra dizer: “mas não aconteceu, tá tudo bem”. Mas ao invés disso, pegou-se perguntando: - Você acha que é tão mal assim?
-Não! – Ele disse sem pensar e depois corou, ela também corou. – Quero dizer, que, que... – O que ele queria dizer?
-Eu entendi. – Ela disse olhando pra baixo.
-Não, não entendeu! – Ele segurou os braços dela, a fazendo o olhar. Seus olhos travaram novamente nos castanhos dela. – Eu quis dizer, - Ele respirou fundo. - Que é claro que eu não acharia ruim te beijar... Você é demais, linda, inteligente, esperta, amiga. Você, você é puramente Hermione Granger, a garota que eu não deixo ninguém magoar, ferir ou trair, mesmo sabendo que ela é capaz de fazer isso por si só. – Ela não reagiu, ficou a contemplar os olhos dele, como se lá encontrasse tudo que era necessário ou que pudesse mergulhar lá e se perder pra sempre. – Você, você é... Você é... – Ele se calou. Ele não conseguia mais falar. Talvez ela tivesse ouvido o suficiente, porque os dois novamente estavam a uma distância nada aconselhável pra quem queria continuar em sua amizade platônica...
Mas desta vez, Harry não se lembrou do que faria, ele estava muito concentrado nos olhos da jovem pra pensar em algo mais do que como eles eram brilhantes e ternos. Ele ainda pôde vê-la fechar os olhos quando, lentamente, se aproximavam. Ele fechou os próprios um pouco antes de seus lábios se tocarem. A realidade sumiu imediatamente, qual dos dois se importava que os outros estavam os procurando? Tinham esquecido do próprio nome... Só existiam eles naquele momento tão mágico e apaixonado, pra que mais gente?
Hermione sentia-se mais que satisfeita por estar ali. Era inacreditável o tanto de emoção que ela pusera naquele beijo. Uma de suas mãos estava no cabelo revoltado do rapaz, a outra estava na nuca dele.
Harry estava sentindo-se leve, há quanto tempo sonhava com isso?! Ele já não lembrava, nem queria saber. O importante, pra ele, era aquele momento. Estava mais feliz do que podia imaginar por pensar em um beijo, por senti-lo. Suas mãos agora se encontram envolvendo a moça.
Quando se ama não dá pra disfarçar,
A gente brinca de esconde,
Qualquer um vai notar
Pra quê guardar um segredo
Se não quer esconder?
Eles ainda estavam com os lábios juntos e olhos fechados quando ela sussurrou:
-Eu te amo, Harry.
Ficou meio que chocante para ele, realmente havia passado uma corrente elétrica entre eles?!
-Eu também te amo, Mione. Sempre soube que tinha uma afeição especialmente de você, mas vim descobrir a pouco tempo que o que sentia de especial era amor.
Não sei se você me ama
Mas eu amo você
-Onde vocês estavam? Procurei por todo conto. – Rony perguntou, já no salão comunal.
Eles se olharam:
-Estávamos almoçando.
-Não estavam não. Eu estava no salão principal e não vi ninguém. – Lilá falou.
-Vocês não devem ter procurado direito. Estávamos lá! – Eles disseram com convicção.
Lilá e Rony pareciam que tinham visto “a luz”, como se algo acendesse em suas cabeças.
-Deve ser. Eu acho que não procurei muito bem. – Lilá disse sorrindo sonsa. – Rony, me acompanha na ida pro salão principal?
-Será um prazer! – Disse imediatamente. – Juízo, hein?! – Ele deu uma piscadela.
-Digo o mesmo pra você. – Disse Harry sorrindo.
Não era segredo que Rony e Lilá andavam... Enrolados.
-Acho que se não havia nada, agora, estamos praticamente casados.
-Certamente, Sra. Potter. – Ela sorriu:
-Hum... Será que combina?! Hermione Granger Potter?
-Não tem ajuste melhor. – Disse lhe dando um beijo no rosto.
-Sabe, eu me considero de sorte.
-E eu mais ainda.
-Por que?
-Por ter você comigo.
-E eu me considero de sorte por estar assim com você. – Ela o abraçou.
Nanan nanan nan
Nanan nanan
Quando se apaixonada a gente fica assim
Nanan nanan nan
Nanan nanan
Qualquer hora ia acontecer pra mim
-Acho que vou me acostumar rápido com minha nova posição.
-Por isso eu gosto de você. Você me faz sorrir, além de ser lindo e me fazer ser como sou.
-Farei de tudo pra você continuar assim, sempre feliz.
-E eu a você. – ela disse lhe dando um selinho, como para selar o pacto.
-E que história de gostar de mim por que sou lindo?
Ela riu:
-Você é lindo.
-Então você só está comigo por que sou lindo? – Ele perguntou dando uma risada.
-Em parte. – Falou maldosamente. – A outra é porque você beija muito bem.
-Como você sabe?! Você nunca provou... – Disse maroto.
Os olhos dela se iluminaram:
-Não por isso...
Se os olhos brilham quando vêem alguém
Sente um frio e um calor que vai e vem
Mas não sabe bem o que essa sensação
Isso é uma arte do seu coração
*Fim*
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