Um inferno de vida
Gênero: Comédia/Romance
Classificação: NC-17
Shipper: Draco/Gina
Observação: Pós-Hogwarts
Disclaimer: Bom, eu acho isto desnecessário, but… as personagens, lugares, e afins dessa fic não me pertencem, são da tia Jô e afiliados… Exceto, é claro, as personagens originais, os lugares que eu invento e toda essa história que sai da minha triste cabeça…
A minha vida é um inferno! Eu diria até que a ideia de Inferno se torna agradável aos meus ouvidos quando eu olho realmente para a minha vida. Dá para imaginar como é trabalhar debaixo do mesmo teto com a pessoa que você mais odeia? Pois é, imagine eu, Virgínia Weasley, secretária pessoal do dono da “Malfoy Corporation”. Nem preciso dizer quem é, ‘né? Aquele idiota, canalha, de nome Draco Malfoy… Ai, como eu o odeio! Para que ele me contratou, se eu sou uma advogada e o trabalho que ele me faz exercer é pura e simplesmente cuidar da vida dele? Sim, da vida dele! Ele me faz levantar a meio da noite só para me perguntar se deve escolher a loira ou a morena para transar, ele me manda comprar roupa dele, ele até já me fez interromper o ginecologista para eu escolher entre gravata cinzenta-escura ou cinzenta-clara! Eu tento, tento controlar a raiva que cresce no meu peito quando ele me faz de idiota, mas a verdade é que eu não consigo. E só Merlim sabe o que me custou aceitar esse emprego! Se não fosse os cinco meses de atraso do aluguel do meu apartamento, eu, com certeza, não teria aceitado. Mas, fazer o quê? Fui demitida da empresa de advogados mais conceituada do mundo bruxo porque, “sem querer”, verti o meu café quente por cima do meu chefe depois de uma discussão sobre constituição com o mesmo. Ninguém merece! E depois de um meses tentando trabalhar por conta própria, sem sucesso, eis que me aparece ninguém menos que um dos subordinados daquele traste para me oferecer um emprego. Eu ainda me pergunto: porquê? Porquê ele escolheu a mim para aquele trabalho? É, eu sei que um dos grandes homens com quem ele negociava (e infelizmente ainda negoceia) tinha uma certa queda por mim, e sei também que ele fechou negócio, não inteiramente graças a mim, mas eu ajudei. Contudo, eu ainda continuo naquele maldito trabalho com aquele inferno de patrão. A minha vontade é que ele exploda! Exploda de uma vez por todas! Mas, se isso acontecesse, eu passaria a ser uma pobre desempregada… de novo. Bem, pensando melhor, talvez não. Eu, com certeza, me veria livre daquele maldito contrato de trabalho que me obriga a continuar trabalhando nesta empresa e arranjaria algo melhor. Bom, pelo menos eu conheço algumas pessoas relativamente simpáticas nesse escritório. Pronto, eu admito que até me dou muito bem com a Leslie e o Vladimir e, sem querer exagerar, eles tem sido os meus melhores amigos nesses últimos tempos. Mas, qualquer das formas, aturar a besta do Malfoy não é, de todo, suportável. Que inferno!
Leslie Stamour arrumava alguns pergaminhos que se encontravam desordenadamente em sua mesa, quando ouviu um estrondo e, subitamente, a porta do escritório se abrindo. Por ela, entrou uma ruiva completamente encharcada e com uma maleta preta, igualmente encharcada, em suas mãos. Nesse momento, Leslie soltou uma longa e estridente gargalhada que despertou a atenção de várias pessoas, incluindo Vladimir. Era, sem dúvida, uma visão fora do comum. Gina estava com as roupas completamente molhadas e amarrotadas, os cabelos incrivelmente bagunçados e uma respiração ofegante, enquanto se segurava na ombreira da porta a fim de se conseguir acalmar.
-Merda! – gritou a ruiva – Merda, merda, merda! E vocês? Do que estão rindo? – reclamou olhando Leslie e Vladimir se contorcendo com o riso.
-Nada, nada! – disse Leslie entre risadas – Nós apenas… nós… Ai, Gina, é tão cómico!
-Cómico? A minha vida é um autêntico inferno. Um I-N-F-E-R-N-O! – vociferou Gina irritada – Não faço a mínima ideia do que isso possa ter de cómico.
Leslie e Vladimir que agora se encontravam relativamente perto, cessaram as risadas que os havia possuído durante alguns instantes para encarar a cara furiosa, mas ainda cómica, da ruiva. Definitivamente, ela não deveria estar tendo uma manhã perfeita ou algo que se assemelhasse a isso. Mas era, definitivamente, engraçado.
-Mas, afinal, o que aconteceu? – perguntou Vladimir com o seu sotaque proveniente de um país do leste da Europa, nomeadamente da Eslováquia, o seu país natal.
-O que aconteceu? – perguntou ajeitando as suas roupas – O que aconteceu foi… ah, eu nem vou dizer! Vocês vão rir de mim…
-Gi, a gente já riu de você… acho que isso agora não tem tanta importância, tem? – perguntou Leslie, se arrependendo logo em seguida, ao ver o olhar furioso que Gina lhe lançou – Bom, o que eu quis dizer é que… a gente não vai rir de você, não é mesmo, Vlad?
Esse assentiu com a cabeça, se sentando em seguida na cadeira em frente da sua mesa, fingindo ajeitar uns papéis que não estavam, de forma alguma, fora do lugar. A ruiva ainda ficou alguns segundos parada, pensando em se diria alguma coisa ou se escolhia, simplesmente, sentar-se na sua cadeira sem dizer nada. A segunda opção lhe pareceu mais sugestiva e então, sem uma única palavra, se sentou de frente a um monte de pergaminhos que lhe lembravam um dia especialmente cansativo pela frente.
-E então, vai nos contar ou não? – insistiu Leslie para o desagrado da ruiva.
Sem outra opção, respirou fundo e decidiu contar. Não poderia ser assim tão mau, poderia? Eles são meus amigos… Com certeza não vai tirar uma com a minha cara!, pensou.
-‘Tá bom, eu conto. – declarou, arrancando um sorriso de Leslie e um olhar atento de Vlad. – Eu levantei, tomei meu café como sempre faço todos os dias, tomei banho, me vesti…
-Conta algo que a gente não saiba, Gi! – pediu Leslie, som um suspiro de aborrecimento.
-‘Tá, como vocês queiram! Bem, eu aparatei na praça como sempre faço, já que o idiota do Malfoy faz questão que não se possa aparatar aqui…
-Mas ele tem motivos suficientes para isso. Lembra daquela vez em que sabotaram os projetos do Hotel?
-Ai, Vlad, me deixa falar, ‘tá? – pediu, quer dizer, ordenou Gina com aborrecimento – Continuando, eu aparatei e, olhando aquela sorveteria do canto, vocês sabem, eu não resisti! Então, eu fui lá e comprei sorvete de chocolate com pedaços, o meu preferido. Mas quando olhei o relógio e vi, para minha infelicidade, que eu estava atrasada, eu comecei correndo.
A essa altura, Leslie já ria baixo, tentando disfarçar. Era realmente engraçado imaginar Gina correndo que nem uma louca pela rua, tentando chegar o mais rapidamente possível à empresa. Mas, o que ainda não entendera era o motivo da ruiva estar toda encharcada. Dando uma pequena espreitadela pela janela, pode constatar que o sol raiava com bastante intensidade e o céu estava encantadoramente azul. Nem um sinal de chuva.
-Eu reparei alguns olhares curiosos, já que parece que não é todos os dias que se vê uma ruiva parecendo uma louca correndo pelas ruas – continuou, agora com um pequeno sorriso – Mas o pior estava para acontecer. Eu estava tão desatenta que não reparei num menino pequeno que brincava na rua e eu, bem… pronto, eu tropecei no carro de brincar dele.
Sem conseguir se conter mais, Leslie explodiu em gargalhadas descontroladas, enquanto Vlad apenas ria um pouco, balançando a cabeça negativamente. A ruiva respirou fundo mais uma vez, a fim de acabar logo aquele infeliz relato sobre a sua manhã que havia sido mais desastrosa do que o comum.
-Parem de rir! – pediu também sorrindo – Bom, depois eu cai mesmo ali, na frente de todo o mundo! E o meu sorvete ficou todo esborrachado no chão! Merlim, eu mereço… Tentei me levantar com a melhor cara de indiferença que consegui – Leslie ria ainda mais alto, atraindo os olhares mais longínquos de alguns colegas de trabalho, enquanto Vlad tentava acalmar a morena – mas, alguns passos mais à frente, e o que acontece? Eu, com a minha triste sorte, escorrego no que restava no sorvete e caio, nada mais, nada menos que dentro da fonte que fica no centro da praça! E para de rir, Lê!
Leslie estava incontrolavelmente consumida pela vontade de rir. Aquilo era demais para o seu pouco auto-controle. Imaginar Gina passando por tudo aquilo era demais! A morena, obviamente, não desejava o mal à sua amiga, mas, qualquer das formas, pagava alguns galeões para ter visto aquela cena que deveria ter sido, no mínimo, caricata.
Alguns instantes depois de se acalmar, Leslie limpou o restante das lágrimas provocadas pelo riso que ainda caíam pelos seus olhos castanhos-mel. Olhou Gina de novo, que lutava com a maleta, tentando abrir. Riu mais um pouco da situação, mas logo parou ao reparar que a ruiva ainda permanecia molhada. Com um gesto simples, pegou na sua varinha e murmurou um feitiço que rapidamente secou, não só as roupas, mas também a pele e o cabelo dela.
-Obrigada, Lê! – agradeceu Gina com um sorriso.
Momentos depois, já nenhum dos curiosos que haviam parado para olhar naquela direção enquanto Gina relatava os recentes acontecimentos pareciam tomar atenção. Cada um estava, como era o normal, virado para o seu trabalho que, infelizmente, nunca era pouco. Gina suspirou e se voltou para o monte de pergaminhos que se encontrava na sua mesa. Iria ser um dia cheio e cansativo, ela tinha certeza. Sem muita vontade, começou separando alguns pergaminhos sobre a modificação e aquisição de alguns terrenos para a empresa, a fim de construir uma enorme cadeia de hotéis, parques, shoppings e afins, que iria claramente abrir novas portas à empresa.
Draco Malfoy era dono de uma das maiores companhias que trabalhava com turismo bruxo. Existiam agências, hotéis, campos de golfe, de ténis, cassinos e mais uma série de diversões e lugares de lazer em seu nome, ou melhor, em nome da empresa. E, incrivelmente, tudo isso dava um lucro tremendo. Gina não entendia porque é que uma pessoa como o Malfoy, que, pelo que se sabia, tinha uma fortuna imensa, queria uma empresa daquela envergadura para ganhar tanto dinheiro. Com certeza, seria um ganancioso da pior espécie, ela pensava. Sacudiu a cabeça e voltou a tomar atenção nos pergaminhos, até que o seu telefone tocou.
Naquela época, os telefones se tornaram algo também imprescindível para os bruxos, mas eles usavam de forma diferente. Eram objetos enfeitiçados e não requeriam dinheiro para se poder ligar seja para quem fosse, onde estivesse. Funcionava com números, assim como os trouxas, mas eram bastante mais simples. E nas empresas eram indispensáveis, visto que a comunicação era muito mais prática e rápida dessa forma.
-Bom dia, Malfoy Corporation, em que posso ser útil? – atendeu a ruiva com um tom aborrecido.
-Bom dia, Weasley! – respondeu a última voz que Gina queria ouvir – De bom humor?
-Malfoy… - constatou, revirando os olhos – O que você quer? Chatear o meu juízo?
-Como se você tivesse! – provocou ele, com uma voz absurdamente sexy, embora Gina tentasse, sem sucesso, ignorar esse fato – Eu quero que você venha aqui ao meu escritório. Ah, e pare de me chamar Malfoy! P’ra você, querida, é Sr. Malfoy.
-Deixa de ser cínico, Malfoy. – disse com desdém, quase cuspindo o nome - Eu sempre te tratei assim e sempre vou tratar! E porque não ligou a linha 1? Assim eu sabia que era você e escusava de fazer figura de idiota, não acha?
-Você é idiota, Weasley! É de família mesmo…
-‘Tá, eu vou já para aí, sim? – disse antes de desligar o telefone com o máximo de força que conseguiu – Idiota!...
-Psst! Gina! – chamou Leslie – Você ainda vai se ferrar tratando o Malfoy assim.
-Ele que se dane! – respondeu com tom de fúria na voz.
Sem esperar muito, pegou um copo de água e bebeu tudo de uma vez antes de se virar para a porta do escritório de Malfoy, que ficava mesmo ao lado da sua mesa. Com o mínimo de delicadeza, abriu a porta e entrou com cara de poucos amigos.
-Weasley, não precisa ficar tão contente de me ver! – ironizou Malfoy, com um sorriso malicioso.
Gina olhou furiosamente na direção daquele homem loiro, incrivelmente atraente, de olhos cinzas intensamente brilhantes e, ao mesmo tempo, frios como o gelo.
O Malfoy até que fica bonitinho de camisa preta… Mas que raios ‘tou eu pensando? Sacudiu a cabeça na tentativa de expulsar todos esses devaneios e tentou se concentrar no que era realmente importante: o seu trabalho.
-O que você quer, afinal? – perguntou ela, tentando parecer calma e indiferente.
-É um assunto importante, na verdade. Feche a porta. – pediu em tom de ordem, olhando sério para a ruiva.
Ela obedeceu a contra gosto e, assim que fechou a porta com o máximo de calma possível, se dirigiu à mesa do patrão a fim de descobrir o que de tão importante tinha ele para falar, ou mandar. Estava inevitavelmente curiosa, visto que ele, como idiota chapado que era, raramente lhe dava algo de real importância para fazer, mesmo sendo ela a sua secretária pessoal e advogada da empresa.
-Diga logo o que tão importante tem a dizer, Malfoy!
-Primeiro de tudo – começou ele, ajeitando-se na cadeira e se inclinando mais para a frente – eu já disse um milhão de vezes que, para você, eu sou Sr. Malfoy.
-Ah, ‘tá certo! As vagabundas que você leva p’ra cama também te chamam assim? – perguntou com desdém.
-Claro que não! Elas costumam me chamar de gostoso, perfeito, deus grego, entre outras coisas – Gina o olhou com mais desprezo ainda – Mas porquê? Você quer ser uma delas? – perguntou, levantando levemente uma sobrancelha. Gina odiava quando ele fazia isso porque… bem, ele ficava irritantemente sedutor.
-Nos seus sonhos, Malfoy! – respondeu furiosa.
-Nos meus pesadelos, quer você dizer! E pela milésima vez, me chame de Sr. Malfoy!
-Vai me dizer porque me chamou aqui? – perguntou Gina, ignorando a exigência de Malfoy.
-Ah, claro! Weasley, o assunto é o seguinte: eu arranjei uma nova namorada e eu queria levar ela para jantar – Gina franziu as sobrancelhas. – Mas eu não faço ideia se ela prefere comida italiana ou japonesa… o que você acha?
Gina rolou os olhos e respirou fundo, num ato de tentar segurar a restante calma que ainda possuía, que, na verdade, não era quase nenhuma. Era aquele o assunto importante? Como ele queria que ela soubesse as preferências gastronómicas da nova namorada dele? Ao ver o sorriso cínico no rosto do loiro, Gina ainda se enfureceu mais, estando quase disposta a sair disparada dali para fora, sem qualquer satisfação. Ela sabia que ele não gostava particularmente das opiniões dela. Apenas adorava irrita-la ao extremo, com aqueles assuntos inconvenientes que sempre deixavam a ruiva fora de si. EU NÃO TENHO QUE CUIDAR DA VIDA DESSE IDIOTA!, pensou com raiva.
-Malfoy, é o seguinte: - falou Gina, tentando se manter calma - eu não sei, nem quero saber da porcaria de comida que a sua nova vad… namorada gosta ou não. Eu nem a conheço e, se quer saber, não pretendo conhecer! Por isso, me deixe em paz com esse tipo de coisa, ‘tá? Tenho muito trabalho me esperando.
Dizendo isso, se levantou bruscamente da cadeira e começou caminhando até à porta, mas antes que pudesse sair, ele puxou o seu braço.
-Weasley, eu sou o seu patrão! É preciso te lembrar isso todo o santo dia?
-Malfoy, para sua informação, eu sou advogada, você sabe o que isso significa? Quer que eu soletre? A-D-V-O…
-Chega, Weasley! – gritou ele visivelmente irritado – Eu sei perfeitamente o que é um advogado! Mas você aqui exerce o cargo de minha secretária pessoal, lembra? Eu tenho o direito de te ordenar tarefas além das suas funções de advogada.
-Acontece que eu NÃO SOU sua babá! Cuide você da sua vida e das suas namoradas ou vagabundas ou seja lá o que elas forem…
-Você não tem o direito de falar assim comigo! – disse Malfoy, quase gritando – Eu só fiz uma pergunta simples que requeria uma resposta simples. Só isso, Weasley.
-Você interrompeu o meu trabalho, que por acaso não é pouco, para me fazer uma pergunta idiota dessas – respondeu com o mesmo tom irritado – Mas, se você faz tanta questão, eu prefiro comida italiana. Satisfeito?
Sem mais palavras, se desenvencilhou da mão dele e saiu rumo à sua mesa de trabalho, que ficava praticamente à porta do escritório do patrão. Pela sua cara irritada parecia prestes a explodir de raiva. Leslie e Vladimir se entreolharam, dando ombros. Quando Gina estava assim, o melhor mesmo era não dizer nada.
Olhando para o seu relógio de pulso, Gina pode constatar que já passava das seis da tarde e ainda estava presa àquele inferno de pergaminhos que se encontrava na frente de seu nariz. Milagrosamente, Malfoy não a tinha chamado mais uma vez que fosse ao seu escritório. Isso era estranho, muito estranho. Ele sempre a chamava, pelo menos, umas 30 vezes por dia àquele escritório. Pronto, não exagerando, umas 28 vezes. Porém, naquele dia apenas tinha ido lá uma vez. Teria ele ficado chateado? Ahh, ele que se dane!, pensou enquanto juntava os pergaminhos que lhe faltava analisar. Poderia deixar isso para o dia seguinte, visto que já passava do seu horário de trabalho. Na empresa, apenas restavam umas três ou quatro pessoas, pelo menos naquela parte da empresa, visto que o edifício dos escritórios era enorme. Entre essas pessoas estava Leslie, que se encontrava concentrada na leitura de um pergaminho.
-Ainda vai ficar ai, Leslie? – perguntou Gina, vestindo o seu casaco fresco de Verão.
-Não muito tempo. – respondeu sem emoção – O que você vai fazer, assim que sair daqui?
-Nada de especial! Talvez ligue ao Harry e vá jantar fora com ele. Isto, se ele tiver tempo para mim, o que eu duvido!
-Ah, Gina, você fala do Harry com tão pouca emoção… - afirmou a morena – Eu se tivesse um homem daqueles agradecia a Merlim todos os dias da minha insignificante vida, que não seria tão insignificante com um homem assim!
-Não viaja, Lê – disse Gina, sorrindo – O Harry é o maior tapado que eu já conheci. Eu já insinuei várias vezes que gostava de me casar e até hoje, nada! Para não falar que ele não tem tempo absolutamente nenhum para mim e que não tem iniciativa em nada…
-Você quer dizer… no sexo? – perguntou Leslie, curiosa.
-Talvez essa seja a única coisa em que ele tem algum entusiasmo – respondeu Gina com uma risada – Mas de resto, ele passaria a vida sentado no sofá, agarrado a um jornal ou até aquela coisa trouxa, a TV! Isto quando ele não está fora, com os Chudley Cannons.
-É, talvez ele não seja tão perfeito assim. – concluiu, pensativa – Mas, desculpe a sinceridade, o Harry é dos homens mais sexys e gostosos que eu já conheci, Gi! Se não o mais. Quer dizer – disse ainda mais pensativa, abrindo um sorriso maroto – talvez só perca mesmo para o Malfoy – segredou.
-‘Tá louca, Lê? Aquele Malfoy não tem nada além de estupidez acumulada no cérebro, para não falar do orgulho, da idiotice e mais um monte de defeito.
-Bom saber o que você pensa de mim, Weasley! – falou uma voz totalmente inesperada, que fez Gina estremecer e Leslie quase cair da cadeira.
-Nunca lhe ensinaram que é falta de educação escutar a conversa dos outros? – perguntou Gina, se voltando na direção de Malfoy.
-Nunca lhe ensinaram que falar mal dos outros pelas costas também é falta de educação?
-Eu não tenho problemas nenhuns em dizer tudo isso na sua cara, Malfoy!
-Você tem sempre resposta para tudo, Weasley? – perguntou com mais desdém.
-Para uma pessoa idiota como você, Malfoy, eu sempre vou ter resposta! – Gina pegou na sua maleta preta enquanto Malfoy praguejava qualquer coisa num tom quase inaudível, ajeitou o casaco e se dirigiu ao elevador, mas antes, se virou de novo para ele – Tenha um bom jantar com a sua querida! E boa noite, Leslie!
Assim que as portas de elevador abriram, a ruiva deixou para trás um Malfoy irritado e uma Leslie surpreendida pelo atrevimento de Gina. Nunca na sua vida a morena seria capaz de falar naquele tom e dizer todas aquelas coisas ao chefe. Afinal, ele podia simplesmente despedi-la, certo? Mesmo assim, a ruiva se arriscava, aparentemente sem medo absolutamente algum.
Assim que as portas se abriram novamente, revelando a entrada do edifício, Gina suspirou de alívio e se encaminhou para fora daquele lugar, aparatando em seguida no seu apartamento. Com um misto de irritação e cansaço, a ruiva se deixou cair no sofá e assim ficou durante longos minutos. Estaria condenada àquele inferno de vida para sempre? Afinal, que mal tinha feito ela a Merlim para ter tão pouca sorte? Essa pergunta preenchia a sua mente muitas vezes em apenas um dia. O seu trabalho era infernal, a sua relação com o Harry tinha virado monótona, não tinha muito tempo para se divertir e, quando tinha, quase nunca arranjava companhia. Quem dera que acontecesse algo de novo na minha vida!, desejou, recriminando-se logo de seguida vezes sem conta por ter pensado isso com a ideia de homem novo, o que lhe custou um bom peso em sua consciência. Ela amava Harry… pelo menos era essa a sua vontade. Mas, a verdade é que ele se havia tornado muito distante. Não passavam muito tempo juntos e, quando passavam, era quase sempre desinteressante. Ou tinham noites de sexo, ou Gina assistia Harry colado ao seu sofá. Não havia muita troca de palavras entre os dois e era sempre ela que tomava iniciativa para fazer qualquer coisa, fosse isso jantar fora ou dar um passeio pelo parque. Harry era irritantemente desinteressante. E só Merlin sabe como Gina desejava que ele mudasse repentinamente e, um dia, chegasse ao seu apartamento e a devorasse, a enchesse de presentes, a levasse a sítios desconhecidos, novos e excitantes, lhe fizesse surpresas e tudo o mais. Era como se a chama entre eles estivesse morrendo. Gina sacudiu a cabeça e tentou, de novo, afastar esses pensamentos absurdos da sua mente. E, num impulso, com um sentimento de culpa, decidiu fazer o que havia dito a Leslie: telefonar para Harry.
-Oi, meu amor! – disse assim que percebeu que ele havia atendido.
-Ah, Weasley, eu sabia que você um dia iria confessar o seu amor por mim…
-Malfoy? Caralho, você me persegue! – disse irritada, vendo o número para o qual havia telefonado. Merda, era mesmo o do Malfoy. A sua triste sorte (leia-se azar) sempre a perseguia. Tal como o Malfoy.
-Olha lá como fala, Weasley! E eu diria que você me persegue. Afinal, não fui eu que liguei para você, não é mesmo?
-‘Tá, eu me enganei! Agora, se me dá licença, eu vou desligar.
-Toda, meu amor. – ironizou Malfoy.
-Idiota.
-Irritante.
-Estúpido
-Pobretona.
-Isso porque você não me aumenta o salário.
-Nem vou aumentar, Weasley! Você nem uma simples escolha entre comida italiana e japonesa sabe fazer.
-Eu escolhi italiana!
-E espero que ela goste, senão eu baixo o seu salário.
-Você não pode fazer isso, seu canalha!
-Posso sim, e para você é Sr. Malfoy, Weasley!
-‘Tá bom, Sr. Malfoy canalha.
-Você não ia desligar?
-Ia e vou! – respondeu a ruiva, desligando em seguida.
Era incrível como aquele ser tão desprezível a conseguia tirar do sério apenas em poucos segundos. Deixou suas costas caírem brutamente contra o sofá e, pela milésima vez naquele dia, inspirou fundo várias vezes tentando recuperar a calma. Será que estava destinada a aguentar aquele traste toda a santa hora do dia? Estava tão fora de si que, por momentos, esqueceu de telefonar para Harry, atirando o celular para cima da mesa de centro sem cuidado. Mas esse instante de desatenção logo se quebrou com o toque, nada discreto, do celular. Com uma certa raiva, a ruiva constatou que o número era privado e o melhor seria atender.
-Alô? – disse com aborrecimento.
-Odeio essa sua mania irritante de dizer a última palavra.
-Malfoy, você de novo? – a situação estava ficando critica. Critica não, estava fora de controle. Gina tinha vontade de matar Malfoy com as suas próprias mãos.
-É, querida, não tenho nada melhor que fazer… Chatear uma Weasley é sempre uma boa opção – disse com um tom de voz falsamente doce, soltando uma pequena risada que ainda irritou mais a ruiva.
-Vá ver se está chovendo, idiota! – respondeu amarga - E pare de me importunar, eu já não suporto ouvir mais essa sua voz falsa e dissimulada.
-Oh, é precisamente por você não suportar ouvir essa minha voz, como você disse mesmo? Ah.. sexy e excitante, que eu adoro te importunar.
-Prepotente! Eu não disse nada disso! – exclamou Gina, profundamente irritada.
-Mas você pensou, não é? – provocou ele, mais uma vez. – Tenha uma noite agradável, Weasley! – disse antes de desligar o celular na cara de uma ruiva completamente irritada e mais fora de si do que em qualquer outra altura, se isso fosse mesmo possível.
Era o cúmulo! Ela até podia conseguir suportar tudo nele, mas deixa-lo com a última palavra era inadmissível. Nesse momento, sentiu-se transbordando ódio por todos os poros existentes do seu corpo. Não, não podia continuar assim! Sem perder mais tempo, Gina pegou o celular e ligou para Harry, obrigando-o quase a marcar um encontro entre os dois. Por sorte (ou não), o jogador de quadribol estava disponível e aceitou o convite da ruiva. Tinha de descarregar a raiva com alguém, e Harry parecia apropriado.
Seguido de um jantar nada descansado, onde a ruiva despejou, “sem intenção”, o vinho do seu copo numa loira que estava, nitidamente, se fazendo a Harry e onde também quebrou seu salto enquanto saía furiosa do restaurante, os dois aparataram no apartamento de Gina.
Harry havia se tornado um homem bastante atraente e cobiçado por muitas mulheres, e o fato de ser o menino-que-salvou-a-humanidade contribuía bastante para isso. Os seus cabelos estavam mais rebeldes, caindo desordenadamente pela sua face, dando um ar sensual. O seu corpo não se comparava em nada com o corpo do menino de onze anos que descobrira que era bruxo. Agora ostentava um porte sexy, com músculos definidos e braços fortes. Ele era, sem dúvida, um dos bruxos britânicos mais atraentes.
Porém, mesmo com o crescimento louvado pela comunidade feminina e o amadurecimento forçado por toda a sua experiência de vida, Harry achava que nunca iria aprender uma coisa: lidar com Virgínia Weasley. Sempre que se encontravam, o moreno não fazia ideia se iria encontrar uma ruiva extremamente doce e sensual, ou uma ruiva irritada prestes a explodir. E, por vezes, chegava a temer as reações dela. Nunca se esqueceria de um dia que a ruiva fizera um escândalo por uma fã lhe pedir um autógrafo ou até mesmo o ataque de choro da ruiva aparentemente sem sentido que o levou ao extremo da aflição, que ele mais tarde descobriu ter sido causado por um filme romântico que ela via naquela coisa trouxa que tinha em sua casa. Gina era, sem sombra de dúvida, a mulher mais complicada que ele algum dia conhecera.
Naquele momento, vendo Gina totalmente esgotada de raiva se sentando com força no sofá, Harry não sabia como aborda-la. A verdade é que tinha saudades de estar de uma forma mais íntima com a sua namorada, mas naquele estado duvidava que o poder de persuasão que possuía fosse suficiente para convence-la disso. Mas, quem sabe tentando…
-Gina, relaxa… - sussurrou ele no ouvido da ruiva – Quer que eu faça uma massagem? Você vai adorar.
-Harry, eu… - Gina estava disposta a mandar Harry embora, mas olhando a cara de cachorro abandonado que ele fazia, não dava para recusar. Talvez uma massagem não fosse má ideia – ‘Tá, pode ser.
Harry lançou um sorriso lascivo e sexy a Gina, antes de esta se deitar de costas voltadas para cima no sofá.
-Porque não vamos para o seu quarto? – A ruiva virou a cara para o olhar com reprovação – Não é isso, Gina, é que na sua cama temos mais espaço… para a massagem, claro!
Com uma expressão de desconfiança, Gina concordou, abandonando a sala em direção ao seu quarto e sendo seguida por Harry. O seu quarto não era muito grande, mas era sem dúvida acolhedor. Tinha uma cama de casal, bem confortável – na opinião de Harry – com um edredon vermelho, que a tornava mais apelativa – novamente na opinião de Harry. Mais à frente da cama, existia uma janela que dava acesso a uma pequena varanda. Janela essa coberta por longas cortinas brancas e vermelhas. Havia alguns móveis, nada que não fosse normal, mas Harry, na verdade, não queria prestar muita atenção nisso. Aquele era, sem dúvida alguma, o cômodo da casa de Gina preferido do moreno.
Gina se deitou exausta na cama, de barriga para baixo. Aquele tinha sido, sem dúvida, o pior dia dos últimos tempos. Não sabia se algo mais iria acontecer, mas, qualquer das formas, não queria se preocupar com isso. Talvez a massagem funcionasse e, quem sabe, o dia acabasse bem melhor do que começara. Sentiu as mãos de Harry deslizarem pelas suas costas, retirando a blusa que vestia, e nesse momento, desejou ficar assim para o resto da eternidade.
-Então, está gostando, querida? – perguntou perto do ouvido dela.
-Aham! – respondeu Gina, de olhos fechados – Divinal, Harry!
-Que bom – falou ele, sentando-se por cima dela.
Gina, a principio, quis protestar, mas ele estava fazendo uma massagem tão agradável que não pode reclamar. Deixou isso para lá, até que Harry começou desapertando o seu soutien delicadamente, depositando alguns beijos perto do pescoço, meigamente. Harry sorriu, ao arrancar alguns gemidos da ruiva.
-Harry… Você não perde oportunidade! – reclamou a ruiva, sorrindo.
-Sabe, não são muitas. Temos de aproveitar bem as poucas que temos… - sussurrou, enquanto tentava furar com as mãos entre a barriga da ruiva e o edredon.
Subitamente, Harry virou a ruiva ao contrário, surpreendendo-a com um beijo doce e inesperado. Antes que pudesse reclamar ou recusar, Harry aprofundou o beijo e continuou a dança de carícias que suas mãos insistiam em fazer em cada pedaço da mulher deitada por baixo do seu corpo. Até que ele, suavemente, desceu seus dedos vagarosamente até à saia curta que Gina vestia e, sem que ela tomasse muita atenção, puxou o ziper e se livrou dela. Nessas alturas, Harry dava graças a Merlim por ter conhecido aquela garota, que outrora havia sido até desinteressante, mas os anos tinham se encarregue de a tornar numa mulher e tanto, embora ela soubesse esconder bem seu corpo nas roupas que costumava usar. Enquanto a ruiva arranhava levemente as costas dele e se livrava da sua camisa, Harry subiu de novo as mãos pela pele sedosa dela, se encontrando de novo com o soutien, já desapertado e fora do lugar. Retirou-o sem demoras e, assim que deixou a boca e o pescoço da ruiva para se aventurar nos seios volumosos e bem contornados dela, a campainha tocou.
-Merda! – gritou Gina, visivelmente furiosa – Só faltava agora isso!
-Calma, se você quiser eu vou abrir a porta.
-Não! Fica aqui – ordenou ela, vestindo um roupão que lhe chegava perto dos joelhos – Eu volto num instante.
Saiu do quarto praguejando baixo e amaldiçoando com todos os palavrões possíveis a pessoa que tivera a brilhante ideia de interromper aquele momento. Estava tão furiosa que nem apertou o roupão direito, deixando a parte central um pouco descoberta, revelando um pouco das curvas dos seus seios. Assim que chegou à porta, nem ao menos espreitou para ver quem era e, sem delicadezas, abriu a porta com severidade. Não foram necessários mais do que alguns segundos para a cara de Gina se transformar num misto de surpresa e ódio, avistando um loiro com o casaco ao ombro encostado na sua porta.
-Weasley, eu… - Draco parou de falar alguns instantes para contemplar a ruiva que se encontrava na sua frente. Cabelos despenteados, olhar furioso, mas, o mais interessante: apenas vestia um roupão curto e mal apertado. O loiro sentiu-se um pouco desconfortável olhando Gina daquele jeito. Ela estava absurdamente… sensual. Ela estava incrivelmente atraente. Draco levantou o seu olhar de novo para o rosto da ruiva, levemente corado e visivelmente raivoso, e logo sacudiu todos os pensamentos ruins – pelo menos ele considerava isso – da sua mente.
-Malfoy, será possível que o meu dia infernal acabou de se tornar pior por sua causa? – perguntou, quase gritando, e quase disposta a dar um soco naquele loiro aguado que se encontrava na sua frente – Aliás, você está quase sempre relacionado com as coisas más que me acontecem. Eu não entendo, que mal fiz eu a Merlim?
-Que mal fiz eu a Merlim… - murmurou Draco extremamente baixo, quase inaudível, ainda com cara de sonhador olhando aquela visão do decote de Gina.
-Malfoy, você está passando bem? – perguntou ainda mais furiosa.
-Claro, claro!... – respondeu ele saindo do transe – Weasley, na verdade eu vim aqui porque o Roger me pediu uns papéis urgentemente e eu não sei onde eles estão! Você procura p’ra mim?
-O quê? – perguntou Gina indignada – Malfoy, o meu dia foi infernal, sabia? Primeiro eu escorrego, caiu na merda de fonte que se encontra naquela puta de praça, graças a você ter proteção anti-aparatação naquela porcaria de empresa. Depois, você atrapalha meu trabalho para saber que merda de comida eu prefiro para você levar a nova vagabunda cega que caiu nas suas armações! – Draco a olhava completamente atónico – Como se não bastasse, você fica escutando as minhas conversas atrás da porta. E eu chego a casa, pensando que teria alguma paz e como estou tão traumatizada com você, claro que me engano no número e ligo p’ra você em vez do Harry! Mas não, isso ainda não era suficiente, e no jantar com o meu namorado uma vadia qualquer se mete com ele, sendo eu obrigada a despejar o meu vinho que não foi barato por cima daquela oferecida! – nesse momento a vizinha da frente, uma mulher idosa, abriu sua porta para levar o lixo para a rua – Então, como o meu comportamento não foi exemplar, eu tomo a merda de iniciativa de dar o fora daquela porcaria de restaurante e, nisto, o meu salto quebra e eu, mais uma vez, caiu na frente de todo o mundo. Depois eu chego a casa, e quando estou na cama com o meu namorado você vem aqui e estraga tudo PARA EU PROCURAR UMA MERDA DE PAPÉIS? Sabe que mais? MORRA, Malfoy! MORRA DE UMA VEZ POR TODAS.
Draco abriu a boca mas, de repente, foi como se todas as palavras tivessem sumido. A pobre mulher idosa arregalou os olhos para Gina, balançando negativamente a cabeça e saindo com reclamações do tipo “a geração de hoje em dia não tem educação!”. Já a velhinha havia desaparecido e Malfoy continuava com a cara mais atónica que Gina alguma vez vira. Por sua vez, ela respirou bem fundo a fim de recuperar todo o oxigênio que perdera naqueles segundos de desabafo. Agora que se apercebera das palavras que dissera, sentia algum desconforto, mas olhando a cara de Draco não sabia bem como pensar. Tinha dito algo assim muito ruim? No mínimo, era para ele xingá-la, não? Mas ele continuou olhando como se nunca a tivesse visto antes.
-Você… espera lá, você disse que estava na cama com o Potter? – perguntou ele, com uma cara de nojo.
-É, Malfoy! – respondeu Gina, ruborizando. – Eu estava na cama com ele, não estou mais graças a você.
-Você quer destabilizar a minha sanidade? Não me faça imaginar uma coisa dessas!
-Não tivesse vindo, seu idiota! – respondeu com severidade – E, caso você não tenha percebido, as outras pessoas também têm direito a uma vida sexual!
-Weasley, você podia escolher qualquer um para transar, mas o Potter? – franziu a sua sobrancelha e a olhou com desagrado – Você desceu mais uns pontos na minha consideração. Melhor, você desceria se eu tivesse consideração por você!
Gina o olhou irascivelmente e, para não se precipitar e dar uma surra naquele maldito homem que se encontrava na sua frente, fechou brutamente a porta, deixando um loiro furioso e confuso plantado na entrada do seu apartamento. Furiosa, saiu a passo acelerado até ao quarto e, sem olhar para Harry, despiu o roupão, vestiu uma camisola e se deitou na cama sem proferir qualquer palavra. Harry ainda a olhou, confuso e desapontado. Afinal, a ruiva o havia deixado na vontade, mas percebendo a fúria de Gina, o melhor era não dizer nada. Deitou-se ao seu lado, sem nem arriscar colocar o braço sobre ela e em pouco tempo adormeceu.
Gina ainda estava completamente cheia de raiva. Como poderia Malfoy estragar sempre tudo? Podia ter tido uma noite fantástica com um homem fantástico, o contrário de Malfoy – pelo menos a ruiva pensou naquele momento -, mas não, o idiota do patrãozinho tinha de estragar tudo. Se recostou na cama mais uma vez esperando o sono, que se recusava a vir. Não podia continuar assim. Caso contrário, um dia desses estaria internada num hospício. Que inferno!, foi a última coisa que pensou antes de adormecer.
N/A – Oiii gente!! Bom, eu não sei se esta fic está, pelo menos, aceitável, mas pelo menos eu me esforcei! =)… O capítulo ficou um pouco grande (na minha opinião), e compreendo que até esteja um pouco cansativo, mas eu achei necessário escrever isso para explicar como era o dia-a-dia da Gina, quer dizer, um típico dia mau da vida dela. E desculpem a “má educação” dela, mas ela estava realmente nervosa^^ aquele texto do inicio e narrado pela gina, deu pra entender ne? Acho que vou fazer isso todos os capítulos..
Grande parte da fic vai ser focalizada no ponto de vista da Gina, mas não apenas no dela, como já deu para perceber dá para ver as reacções internas e o que vai na cabeça de outros personagens… Também quero pedir desculpa por não ter caraterizado o Vladimir fisicamente e só ter dito algumas coisas da Leslie, mas mais para a frente isso vai ficar mais explicito… Agora só espero que comentem, ‘tá? E me perdoem se tiver erros mas é que de momento nem tenho beta… bom, na verdade, nunca tive…
E pronto, só peço que deixem comentarios para eu me motivar a escrever…
N/A2 – Só mesmo para dizer uma pequena coisa… Essa fic pode, e vou frisar, pode ter parecenças com um filme que se chama “Amor sem aviso” (pelo menos aqui em Portugal), mas são apenas algumas coisas que me deram uma forte vontade de colocar, ok? Essa fic não é uma cópia fiel do filme, nem nada que se pareça, por isso o desenrolar da história não será igual ao do filme e eu vou só pegar emprestado algumas ideias ^^
N/A3 – a segunda N/A me fez lembrar outra pequena coisa. É que eu sou de Portugal e, por isso, podem encontrar pequenas, pequeninas coisas que podem achar estranho, mas eu me esforço ao máximo para deixar tudo o mais “brasileiro” possível. ^^
N/A4 – só pra dizer que se acabaram as N/A’s… XD
N/A5 – Ah! Afinal tem mais uma… normalmente, o que aparece em itálico são os pensamentos da Gina…
N/A6 – Agora sim, nada de mais N/A’s (respirem de alivio!)
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