Aniversário e Vingança.
**Drika Granger, usando a capa de invisibilidade, que pediu emprestada para o Harry, entra devagar na Floreios e Borrões fazendo de tudo para não esbarrar em ninguem. Entra na 4° fileira da esquerda e pára diante da 4° pratileira, pega um livro, não muito gasto, de capa marrom com detalhes em ouro, abri a última pagina e escreve:
- DESCULPA! Não foi minha intenção fazê-los esperar tanto por esse cap. so q eu, simplesmente não tinha tempo. Deu a louca e arranjei um trabalho! e tipo: estudar e trabalhar ñ dá certo! experiência própria! Esse cap tava pronto ha 4 dias, mas... Desculpa!
Fecha o livro devagar e pega o bêco!**
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Agosto transcorria estonteante, quente, tudo parecia muito mais bonito que no ano anterior, mas, para uma pessoa, essa exuberância que a natureza ostentava só a fazia deixar mais triste e com mais raiva. Desde quando ele fora embora, dificilmente a viam fora do quarto, dificilmente ouviam sua voz, dificilmente a viam sorrir. Mas, tentavam não tirá-la a força desse mundo sem ele que ela havia esquecido. Mais um dia passava e nada de Comensais da Morte e nada de cartas. Mas um dia chegava e sua primeira reação era descer ate a cozinha, pegar o Profeta Diário das mãos do pai e o devorar com tanto fervor as notícias que na medida que o jornal ia chegando ao fim, e não encontrava nada sobre Comensais da morte, murchava como uma linda rosa que teve seu momento de apogeu e agora desfalecia com o fim da estação, afundando na cadeira. Não interessava a ela os dias, a ida ao Beco Diagonal para fazer compras da escola, ao tempo que faltava para a sua ida a Hogwarts, diferente do irmão e da amiga que não viam a hora de voltar mesmo sem o eterno companheiro. Não queria voltar à escola porque seria pior estar lá, pois não o veria pela manhã sentado à mesa da Grifinória tomando seu café, não o veria bagunçar aquele cabelo rebelde, não veria aqueles lindos olhos verdes vivos revirando de tédio por mais uma briga dos melhores amigos, não o veria sentado naquela poltrona perto da lareira recebendo sermões da amiga estudiosa, não o veria voar esplendidamente, não o veria pegar o pomo de ouro e mostrar o sorriso mais lindo que já pôde presenciar...
- FELIZ ANIVERSÁRIO! – Foi retirada desse “martírio” aos berros por várias cabeças ruivas e uma castanha que sorriam estonteante para ela, que apenas deu um meio sorriso ao ver um pequeno bolo de glacê rosa nas mãos da mãe.
- Nem me lembrava que hoje era o meu aniversário. ‘Brigada!
- Isso mesmo, Gininha, é o seu aniversário e vai logo tirando...
-...Essa cara de enterro que ta mostrando ai e você pode não ter lembrado, mas nos sim! – disso Jorge tomando a deixa do irmão gêmeo que já ai colocando uma caixa branca com um laço, muito bem feito, em tom de roxo na frente da irmã que puxou os irmãos pelas mãos depositando um beijo no rosto de cada um.
- Você não vai abrir filha? – perguntou o Sr. Weasley afagando os cabelos muito vermelhos dela após a mãe ter feito o mesmo além de beijar sua cabeça.
- Depois eu faço...
- Como assim depois, Gina? Eu to morrendo de curiosidade! – dizia Rony já desmanchando o laço, quando Hermione lhe deu um cutucão. Os dois pareciam ter feito as pazes com a intenção de não deixar o clima da casa mais triste com a ida de Harry, porém, Hermione parecia um pouco tranqüila em relação às poucas brincadeiras sem graça tiradas por Rony.
- Ta, ta bom! Eu abro. – Gina se empertigou na cadeira e desfez o meio laço deixado por Rony e abriu a caixa. Dentro havia um embrulho em papel ao lado de outra caixa menor. Gina procurou os olhos dos irmãos que a incentivavam a abrir o presente. Com um olhar de espanto tirou um belo vestido, de cinco camadas, cada uma em um tom de rosa que ia do mais claro para o mais escuro, na altura dos joelhos, de alças finas. Hermione e a Sra. Weasley deram gritinhos de entusiasmos. – No-Nossa! Não sei nem o que dizer! Ah Fred... Jorge... Obrigada mesmo!
- Que bom que gostou desse... – disse Fred estampando um enorme sorriso olhando paro o vestido.
- Mas ainda não terminou. – continuou Jorge indicando com um aceno de cabeça a caixa menor. Com um pouco de empolgação e curiosidade lhe invadindo, Gina pegou rapidamente a outra caixa e com outro suspiro de surpresa pegou com as mãos delicadas um par de sandálias, em tom de rosa, de salto fino, não muito alto, apenas de colocar os pés, de tiras finas com uma pedra de cristal pequena. Gina olhou para a mãe e amiga de olhos arregalados e no instante seguinte enfiou os sapatos e o vestido de qualquer jeito na caixa maior tampando-a e afastando em direção aos irmãos.
- Não posso aceitar! – disse séria, mas com os olhos cobiçosos para a caixa.
- Co-como assim Gina? Que isso? Por que não pode aceitar? – perguntou Fred.
- Por que não! Isso... Isso deve ter sido muito caro e não aceito que vocês gastem o dinheiro da loja de logros comigo.
- Hahaha... Por favor, Gina! Isso é o mínimo que eles podem fazer depois de todos esses anos que os aturamos...
- Rony! – cortou-o Hermione lhe lançando um olhar fuzilador. – Desculpa Gina, mas não posso concordar com você. Apesar de que... Nossa! Não acredito que eles tenham escolhido isso sozinhos. Mas presente é presente.
- Infelizmente, concordamos com Hermione...
- Em todos os sentidos...
- E presente é presente... E queremos que você use nossos presentes hoje à noite!
- Por que? O que vai ter essa noite...
- Gina é seu aniversário... Teremos que comemorar sua maioridade... No entanto, você continuará sendo nossa Gininha, nossa caçula, não é Arthur? – A Sra. Weasley lançou um olhar carinhoso ao marido que o retribui da mesma maneira. Gina pensou reconsiderar por um momento olhando para caixa fechada, por fim disse:
- Vamos fazer o seguinte: eu aceito o presente dos gêmeos...
- Era burra se não aceitasse... – Hermione deu outro cutucão em Rony, porem, com mais força.
- E não tem festa! – disse pegando a caixa no colo.
- Ahhh coe Gina! Se comprarmos o presente justamente pra isso, pra que você usasse na sua festa de aniversário. – Brigou Fred se largando em uma cadeira ao lado da irmã. Hermione e Rony fizeram o mesmo, já sabiam que convencer a ruiva seria muito difícil.
- Mas eu não quero festa! – exasperou-se a ruiva colocando a caixa com estrondo na mesa. – Não quero, não to afim de festa, não...
- E onde você ta pensando que vai usar esse vestido... Como foi que a mulher disse? Ah sim! Chiqueterrimo! Aonde? Em Hogwarts? Ou aqui em casa desgonomizando o jardim?
- Concordo! – disseram Rony e Hermione que se olharam e automaticamente ficaram vermelhos desviando o olhar.
- Não importa onde eu vá usar... Já que o presente é meu, então faço com ele o que bem entender... E não adiantar falar alguma coisa mãe, eu não quero festa, não to em clima de festa! – dizendo isso, a ruiva pegou a caixa e rumou para seu quarto em passos firmes.
Os Weasley e Hermione trocaram olhares significativos sabendo o motivo da ruiva não querer festa alguma. Pra falar a verdade, no fundo, eles também não estavam em clima de comemoração, o fato de Gina estar sentindo falta de Harry, fazia com que sua tristeza invadisse cada um na casa, ate os gêmeos que apareciam de vez em quando e Gui, Fleur, que haviam trazido Charllote, a filha de 9 meses deles, pela primeira vez à Toca e Carlinhos que passaram duas semanas de férias com eles, ao deixarem a casa o já conhecido sentimento de tristeza parecia que havia aumentado.
Ao ver a cara de choro que a Sra. Weasley fazia encostada no ombro do marido, Hermione se levantou bruscamente fazendo com que Rony, com o susto, caísse da cadeira, suprimindo uma imensa vontade de rir da cara que ele fizera rumou para a escada. Sabia muito bem o que fazer para que a ruiva mudasse de idéia.
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Com passos firmes a ruiva entrou no quarto, sentando-se na cama colocou a caixa ao seu lado. Não entendia como poderia ter esquecido seu próprio aniversário que em épocas passadas fazia questão lembrar a todos os dias que faltavam para sua chegada se tornando chata por isso. Mas, em compensação, teve uma leve depressão uma semana antes e depois do aniversário de Harry sendo que no dia 31 de julho, além de velar o lindo colar que lhe dera no dia que partiu, antes de dormir, abriu a janela e olhando para um lindo céu de verão, repleto de estrelas e uma lua intensamente brilhante, cantou baixinho um “Parabéns pra você!” E sem saber o porque sentiu no seu íntimo que ele havia escutado. Pensando nisso abriu a primeira gaveta da mesa de cabeceira e ao lado de um pergaminho muito bem enrolado pegou uma caixinha de veludo preto e de dentro tirou o colar que ganhara dele. De frente para o espelho do quarto pos se a admirar a beleza da jóia e com um pulo de susto ver Hermione entrando decidida no seu quarto e se aproximando da mesa de cabeceira.
- Posso saber o que você pensa que ta fazendo Hermione? – mas amiga não respondeu, apenas pegou o pergaminho de dentro e desenrolando começou a lê-lo em voz alta.
- Ah aqui! “Aproveite bastante sua vida, cada momento, porque quando eu voltar, juro que a sua liberdade acaba”. – terminando de ler olhou para a ruiva inquisidora.
- O que foi Hermione? Dá pra me explicar o motivo de ter entrado assim no MEU quarto e mexer sem permissão nas MINHAS coisas? – perguntou ela sustentando o olhar de Hermione e com uma das mãos acariciando o colar no seu pescoço.
- Desculpa, mas eu precisava fazer isso. Posso perguntar o motivo de você não querer festa?
- O quê que a carta do Harry tem haver com isso?
- Poderia responder a minha pergunta primeiro? – pediu ela se sentando na cama. Gina se aproximou dela muito seria e serrando os dentes respondeu.
- Já falei que não estou em clima de festa... Será que não perceberam que nem do meu aniversário lembrei...
- Tudo isso por cauda do Harry não é? – falou Hermione baixando o tom de voz.
- Claro que é! Não tenho vontade de fazer nada... Ta sendo tão difícil... Às vezes me da vontade de parar de viver só pra não sentir essa tristeza, essa angústia, isso que aperta meu coração toda vez que penso que tive ele só pra mim duas vezes e que do nada eu o perco... Eu tenho vontade de não viver ate ele voltar... Se...
- Se você gostasse realmente dele não estaria fazendo isso... – Gina ia abrindo a boca para falar, mas a amiga aumentou o tom de voz não permitindo - Não ficaria pensando besteira Gina... Se gostasse levaria a serio tudo que ele escreveu nessa carta.
- Não entendi. Como assim levar a sério tudo...
- Queres que eu repita...? – interrompeu Hermione, mas sem esperar resposta continuou – “Aproveite bastante sua vida, cada momento, porque quando eu voltar, juro que a sua liberdade acaba”. Isso! O que você acha que ele diz ai? Com certeza não é pra você se trancar no seu quarto ignorando tudo e a todos, deixando seus parentes e amigos de mãos atadas sem saber o que fazer pra mudar um pouco isso... Gina nos estamos com tantas saudades dele quanto você... Ah Gina! Não chore! – Hermione a pegou em um abraço consolador enquanto Gina chorava copiosamente.
Ao ouvir essas palavras ditas com tanta rudeza pela a boca de Hermione, Gina sentiu como se estivesse levado uma bofetada... Não! Um soco, no meio da cara que a fez pensar no que ele havia escrito e no que ela havia feito desde sua ida. E percebendo que fizera totalmente o contrário que havia lhe prometido sentiu-se péssima.
- Ah Mione! Des-desculpa! Eu-eu... Mas sinto tanta falta... Tanta!
- Eu sei Gi! Todos nos sentimos! E peço desculpa pela maneira que invadi seu quarto e de como falei com você... Mas eu espero que tenha feito você mudar de idéia e cumpri o que você mesma prometeu a ele.
- É o que vou fazer agora! – disse a ruiva levantando-se, enxugando o rosto com as mãos esboçou um sorriso para carta de Harry ainda na mão de Hermione e desceu. A amiga sorriu.
- Só você mesmo Harry! – e sem segurar deixou-se chorar silenciosamente a saudade de um grande amigo.
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Momentos depois toda aquela tristeza que emanava da ruiva e invadia a casa desapareceu dando lugar a uma confusão de gente falando e andando pela casa sem parar. Os gêmeos empolgados com a decisão da irmã resolveram não trabalhar para preparar outra “surpresa” pra ela, sempre paravam de cochichar quando ela chegava perto que revirava os olhos de raiva. Percebendo que não conseguiria nada com eles resolveu ir ao Beco Diagonal com a mãe e Hermione comprar o que faltava para a festa. Como há muito tempo seu quarto era o seu mundo achou tudo muito diferente, pois a última vez que visitou aquele lugar não se via as vitrines das lojas cheia de coisas coloridas ou animais, mas sim vários cartazes roxos do Ministério da Magia mostrando rostos de Comensais da Morte foragidos.
- Oh Deus! São amigas de Harry Potter! – gritou uma mulher segurando várias sacolas com uma mãe e com a outra segurando a mão da filha que logo em seguida deu um largo sorriso para Gina e Hermione.
- Aonde? Nossa! Eu fiquei perto da casa de vocês esperando vê-los... – Disse um Homem moreno com uma barba enorme que sustentava um pequeno sino. E do nada muitas pessoas fizeram uma enorme roda em torno das três mulheres que não entendiam nada do que estava acontecendo, todos falando ao mesmo tempo e sustentando grandes sorrisos quando davam abraços ou apertavam as mãos das garotas ou faziam as duas coisas sendo que elas só davam sorrisos assustados.
- Agora sei como Harry se sentia! – disse Gina ao ouvido de Hermione enquanto a Sra. Weasley tentava abrir caminho sem sucesso.
- Tudo isso por causa de Voldemort? – perguntou Hermione que não recebeu resposta da ruiva porque essa olhava para um ponto acima e distante com um largo sorriso, Hermione ao olhar para o mesmo ponto levou as mãos à boca soltando uma exclamação e seus olhos brilhavam. – Hagrid!
- Saiam todos! Com licença! Por favor, as deixem respirar! Molly quer ajuda? – perguntou o meio gigante abrindo espaço e se aproximando delas.
- Oh Hagrid! Claro que sim... Nem lembrava de que isso poderia acontecer!
Que bom que você apareceu... – dizia a Sra Weasley, mas foi interrompida por Hagrid.
- Mas Arthur sim... Ele pediu para que eu as acompanhasse!
- Ah! Mas...
- Ah! Ola Hermione... Gina... – disse se aproximando das duas e mais ainda da última – Eu sei que hoje é seu aniversario... Mas não vou lhe dar os parabéns aqui, só se você quiser um bando de desconhecidos cantando... - Ele não terminou de falar ao ver a cara de espanto que Gina fizera fazendo com que ele risse. Após Hagrid receber um abraço de Hermione começou a conduzir as mulheres a compras, mas foi muito difícil, haja vista, que sempre paravam para receber comprimentos. Chegaram a uma loja de artigos para festas, com a intenção de não demorar, a Sra. Weasley foi em busca das coisas que faltavam para a festa de Gina enquanto que as duas amigas andavam pela loja.
- Mione, vem cá ver isso aqui! – chamou Gina rindo.
- Quê? – perguntou Hermione e não conteve os risos. Gina segurava nas mãos uma miniatura de Hermione, Rony e Harry empunhando varinhas que das pontas saiam um fio de pavio, feitos de cera caramelizada. Logo em seguida pararam de rir olhando para uma estante enorme que tinha na parte superior os dizeres “Faça com que Harry Potter e seus amigos participem de sua festa!”, em todos os lugares da estante encontravam-se Harry’s Potter’s, família Weasley’s, Hermione’s Granger’s, Hogwarts’s... De todos os tamanhos, tipos, formas e cores. Dentre várias imagens uma chamou muito a atenção de Gina que, sem hesitar, pegou o objeto, uma miniatura de quase 15cm de um Harry de mãos dadas com uma Gina, vestidos com roupas de casamento... Uma lágrima percorreu o rosto da ruiva chegando a seus lábios que exibiam um fraco sorriso.
- Será que pode acontecer um dia?- falou ela, bem baixinho. Hermione que ainda olhava suas próprias miniaturas vira-se para ela e, ao notar o objeto, sente um aperto enorme no coração, sabendo que aquilo poderia levar a baixo toda a auto-estima que ela, com a “ajuda de Harry”, implantou na amiga tenta mudar de assunto.
- Meu cabelo não é tão cheio assim... e nem você é tão feia – Disse ela amostrando outra miniatura das duas, mas, Gina sequer a olhou - Éh!... Gina? – Chamou Hermione, Gina que parecia ter despertado do transe a olhou enxugando o rosto. Hermione ficou mais triste ainda – Eu queria te pedir uma coisa.
- Fala!
- Eu queria perguntar se eu posso... Se posso convidar uma pessoa para sua festa?
- Quem? – perguntou Gina erguendo uma sobrancelha.
- Um amigo! Posso... Não é ninguém de quem você não vá gostar de ver...
- Será que você não esta falando de...
- Pode ser... Posso? – perguntou sorrindo.
- Você quer fazer isso mesmo? – disse Gina olhando profundamente para amiga.
- Gina, eu não sou uma pessoa vingativa, mas sim de palavra. – e dizendo isso, Hermione saiu da loja deixando uma Gina atônita que por fim pensou “Isso não vai dar certo!”.
Quase uma hora e meia depois, ao passarem pelo salão de beleza onde Gina insistiu em mudar um pouco o visual, com todas as compras e Hermione, que voltara radiante, mas um pouco preocupada do correio coruja, ela, Gina, a Sra Weasley e Hagrid voltaram para mais uma sessão de acenos, sorrisos e apertos de mãos, quando por fim atravessam a parede do Caldeirão furado.
- Muito obrigada Hagrid! Espero você em casa essa noite. – disse a Sra.
Weasley.
- Oh sim! Claro já ia me esquecendo... Parabéns Gina! – falou o meio gigante para Gina, afagando os cabelos dela sem cerimônia que ficaram completamente bagunçados.
- ‘Brigada Hagrid!
- Bom então é isso! Nos vemos hoje à noite Hagrid... E Obrigada mais uma vez! – dizia a Sra Weasley a procura de um lugar para aparatar.
A noite estava muito bonita, as estrelas no céu brilhavam com intensidade e uma lua minguante fechava esse cortejo. Várias pessoas se faziam presente na casa dos Weasley que por um feitiço criado pelo senhor da casa, especialmente para aquela noite, ela parecia bem maior do que o normal. Profa. Macgonagal, Remo Lupin e Hagrid conversavam a um canto enquanto que Fred e Jorge, volta e meia, entoavam um “Parabéns pra Você” do nada só pra irritar sua mãe. Fleur se acomodava em uma poltrona segurando no colo sua filha Charllote, escutando a conversa animada entre Gui, o Sr. Weasley, Carlinhos e a nova namorada, chamada Ananda, uma brasileira de tirar o fôlego, que fora transferida para o Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas mágicas, onde Carlinhos arranjara um estágio, sobre a temporada de quadribol. Neville Longbontton, Luna Lovegood, irmãs Patil, Lilá Brown, Simas Finnigan, Justino Finch-Fletchley, Dino Thomas, Cátia Bell, Angelina Johnson e mais outros estudantes de Hogwarts faziam presença, jogando conversa fora, alguns bebendo cerveja amanteigada e rindo. Nem parecia que alguns deles haviam sofrido perdas próximas ou não na Guerra. Estavam todos a espera de Gina que, aceitando a pressão dos irmãos gêmeos, não foi receber seus convidados com a intenção de causar espanto ao verem que aquela menina tinha se transformado em mulher. Isso era o que ela pensava já os gêmeos queriam que todos prestassem atenção nos presentes que deram pra irmã.
- Vamos Gina... Ta todo mundo esperando já! – falou Hermione apressando a amiga.
- Calma Mione! Ta gatona viu! – disse Gina olhando para amiga que corou um pouco dando um sorriso de satisfação. Hermione usava uma bota de cano longo branca, uma calça comprida jeans claro, com a barra enrolada ate os joelhos e uma blusa de malha fria em corte V. os cabelos em um perfeito rabo de cavalo deixando solto, o franjão que cobriam um pouco aqueles olhos transformados – Olha! Seu convidado ta chegando... acho melhor você descer para esperá-lo, se o Rony...
- Ele vai demorar um pouco ainda... quis comprar um presente pra você...
- Pra mim? Acho que esse presente é pra você amiga. – Gina riu ao ver Hermione revirar os olhos. – So espero que você tenha feito a coisa certa.
- Se é certo não me importa... So que...
- A Vingança é um prato que se come cru, frio e sem sal, ouviu?- Gina se olhou no espelho mais uma vez e viu em Hermione um semblante pensativo, sorriu. Por fim deu uma última olhada no colar que Harry lhe dera e saiu do quarto deixando Hermione para trás que se apressou para alcançar a amiga.
Ao ver que a irmã descia a escada, Jorge e Fred começaram a entoar mais uma vez um “Parabéns pra você ”, mas quando a figura da Ruiva se fez presente ao todo, eles pararam na mesma hora assim como algumas pessoas que os acompanhavam e a fitaram impressionados. Gina descia elegante a escada velha da casa, o vestido e os sapatos lhe caíram muito bem, mostrando todas suas curvas que eram escondidas pelas vestes de Hogwarts, os cabelos presos em um displicente coque deixando algumas mexas flamejantes e douradas caírem sobre seu rosto, sustentando um sorriso simples e singelamente triste. “Eu queria que ele me visse assim!”.
- Oh Gina! Filha! Você ta linda! – disse a Sra Weasley colocando as mãos no rosto e examinando a filha dos pés a cabeça.
- Encantadora! – falou Remo Lupin sorrindo preocupado olhando para seu relógio de pulso. Gina não gostou daquele sorriso.
- Eh! Ficou realmente lindo... Mas – a Ruiva olhou para Dino Thomas que a olhava de boca aberta – Não sou nada em extinção pra vocês ficarem me olhando desse modo... Eu to ficando com vergonha já! – terminou ela rindo e ficando vermelha tirando sorrisos de todos ali que logo em seguida fizeram uma roda ao seu redor lhe desejando parabéns e lhe dando abraços.
- Que colar lindo Gina! – disseram as irmães Patil olhando cobicosamente para o colar da ruiva.
- Maravilhoso não é? Foi Harry quem me deu... – Gina olhou para a cara das três que ficaram nauseadas – De aniversário... Olhem como é aqui no final... – Gina virou de costas mostrando as inicias e pode ouvi as garotas soltarem exclamações – Lindo não!
- Foi ele que mandou fazer? – perguntou Lilá, Gina confirmou com um movimento de cabeça virando-se para as amigas, pode ver que Dino tinha revirado os olhos e saído de perto delas, porem tinha um sorriso cínico nos lábios.
Ao fim de uma enxurrada de felicitações a ruiva pode enfim, curtir a sua festa, mas na medida que ia passando olhar por todas aquelas pessoas rindo, conversando ou dançando não pode conter um pingo de tristeza que ia crescendo dentro de si, apesar de todos aqueles sorrisos o que mais desejava ver não estava lá. Sentiu seu sorriso sumir com esse pensamento e no momento seguinte seus olhos se encontraram com o de Remo Lupin que lhe sorriu e estendeu a taça a ela como se fosse fazer um brinde, logo depois verificando as horas no seu relógio. Gina não sabia porque, mas aquele sorriso lhe deixou incomodada, não era um sorriso entusiasmado como dos outros convidados, mas sim preocupado e cansado, de repente um turbilhão de pensamentos invadirão sua mente todos voltados a seu amado e diferentes atrocidades que poderiam ter ocorrido com ele, arregalou os olhos sentindo um aperto no coração e quando ia se aproximar de Lupin sente ser puxada pelo braço.
- Gina ele chegou! – mesmo sem olhar para a dona da voz sabia que era Hermione, soltou um bufo de raiva. “Por que justamente agora?”.
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Hermione parou de repente perto da porta com um largo sorriso malicioso no rosto, fazendo com que Gina esbarrasse em si. “Essa é minha vingança Ronald Weasley!”.
- Oi Victor! – disse ela olhando para um homem alto, cabelos e olhos negros, com uma expressão séria e ao mesmo tempo jovial no rosto, nem parecia aquele campeão da Drumstrang no tornei Tribuxo quando tinha “18 anos”.
- Ola Hermionini. Como você esta? – perguntou Victor Krum, seu inglês já estava bem pronunciável, entrando na casa e depositando um beijo no rosto de Hermione que fez o mesmo.
- Você não aprende o meu nome mesmo! – sorriram – Espero que não tenha sido difícil chegar aqui.
- Não quando se sabe aparatar. Então... Onde esta a aniversariante? – perguntou ele passando o olhar pela casa sorrindo para algumas pessoas que o olhavam com espanto.
- Quem me chama? – disse Gina sorrindo saindo de trás da amiga.
- Ah! Está aqui! Parabéns srta Weasley, é... Não sei se vai gostar... – disse ele amostrando uma pequena caixinha – Mas a culpa não será minha já que foi Hermionini que deu a idéia. – terminou sorrindo e tirando gargalhadas delas.
- A sua presença já é um grande presente... E me chame de Gina, só Gina, ok?
- É você quem manda!
Passados alguns minutos conversando os três se distanciaram da porta para um lugar que houvesse menos barulho como sugeriu Hermione, mas Gina sabia muito bem o que a amiga pretendia fazer e teve certeza quando ela passou na frente de Rony que estava conversando com Simas, Dino e Neville, e deu uma gargalhada desnecessária que espantou ate mesmo Krum chamando a atenção dos quatro. Rony ficou petrificado deixando que o copo com cerveja amanteigada caísse de suas mãos, fazendo um barulho imperceptível para ele, os outros pegaram um susto, logo em seguida Dino reparou o estrago. Os olhos do ruivo seguiram Hermione e Krum que agora era puxado por ela pela mão ate pararem de frente pra ele conversando e rindo bastante. Gina olhava da cara do irmão para os dois ao seu lado e pensou “Isso, com certeza, não vai dar certo!”.
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- Aquele... Aquele é Victor Krum? – perguntou Neville.
- O próprio. – respondeu Dino – Só não sabia que ele era amigo de Gina. – continuou ele voltando-se para Rony que ainda parecia petrificado com o que via. – Rony? Rony ‘cê ta bem cara?
- Hãn? Quê? O que você falou? – disse Rony “despertando”, porém sem tirar os olhos do casal.
- Ih ta viajando é? Falei que não sabia que Gina era amiga do Krum...
- Eu vou matar a Granger! – falou o ruivo interrompendo Dino.
- E o que a Hermione tem haver com isso? – perguntou Simas.
- Não interessa!
- Ahhh... Eu acho que o Krum veio por causa da Hermione e não por causa da Gina. Vocês se lembram do nosso 4° ano? – perguntou Dino, olhando de esgoela para Rony, sem ligar para a cor rubra que a pele dele tomava.
- A Hermione foi com ele ao baile de inverno não foi? – falou Neville.
- Anhan! Foram. E vocês acham que não aconteceu nada depois?
- Como o quê? – perguntou Simas sorrindo malicioso.
- Ahhh! Vocês sabem do que to falando! – respondeu Dino sorrindo também.
- Não fale o que você não sabe Dino! – falou Rony fuzilando o amigo com os olhos.
- E você sabe do que ta falando? Eu não teria tanta certeza... – Dino ria olhando para o casal as gargalhadas.
Rony deu um passo em direção a Dino, mas foi interrompido por Neville que o segurou pelo braço e pela cintura dizendo:
- Não estrague a festa de sua irmã! - Rony respirou profundamente, fechando os olhos, Simas não tirava um olhar assustado de cima do ruivo, no entanto, Dino parecia não perceber nada. Já recuperado Rony deixou a companhia dos amigos, mas sem antes dar um escorão em Dino que deixou cair seu copo olhando feio para o ruivo.
Passou pelos convidados sem olhar para aqueles que lhe chamavam e saiu daquele lugar que se tornara tão abafado e pequeno indo para o jardim da casa, pensar em tudo que tinha acontecido em tão pouco espaço de tempo. Em um momento estava empolgado pela irmã e por ter encontrado vários amigos antes de voltar a Hogwarts e no momento seguinte mudou totalmente seu humor, já tinha sentido raiva antes de Hermione, mas não tanto como sentia agora, se pudesse a mataria ali mesmo, na frente de todas aquelas pessoas, na frente dele...
- AAAAHHHHHHHHHHH QUE DROGA! – Soltou um grito de fúria puxando os cabelos com força, mas não sentia dor - O que to pensando? EU NUNca que A matarIA! Nunca! – deu a volta na casa e sentou no chão, á luz da cozinha que saia pela janela. – Como ela pode? Ela não poderia ter feito isso... não isso! Por que ele? Por que trazer ele pra cá? – se perguntava arrancando o capim muito bem cuidado pela Sra. Weasley, ate que veio uma lembrança em sua mente. Ele olhando nos fundos dos olhos dela, falando coisas que nunca pensou que diria, principalmente pra ela, e logo após levando um tapa na cara e vendo a fúria sair daqueles olhos castanhos que tanto amava.
- É isso! Essa é a vingança dela! – disse ele olhando para o buraco no chão que havia feito e sem perceber esboçou um sorriso largo no rosto e sentiu aquele sentimento ruim ser trocado por uma grande felicidade. – É essa a vingança? Hahaha... Essa? – levantou-se do chão rindo e começou a dar pulos de alegria – Ah! Hermione! Porque justamente o Krum? Por que ele? Claro que evidente que você só quer me afetar... – parou de pular ofegante e começou a andar de um lado para o outro – Se... se essa é a sua vingança... se o bobão Krum é a vingança... e você sabendo que ele me afeta... então, sendo o Krum um homem... pelo menos ate onde sabemos... – gargalhou – Então... você quer me afetar com um homem, ou seja... – gargalhou mais ainda – Ta querendo fazer ciúme pra mim... É! Hahaha! Ta fazendo ciúme pra mim e se... se ta fazendo isso é por que... go-gosta de mim... VOCÊ GOSTA DE MIM...!!!
- Rony? Você ta ficando doido? – Rony virou-se rapidamente para a janela da cozinha e viu que Gina e Hermione o olhavam espantadas. O olhar de Rony encontrou com o de Hermione e mais uma vez ele esboçou um sorriso que a deixou desconcertada que a fez sair do ângulo da janela. – Rony, posso perguntar o que você ta fazendo ai fora gritando que alguém gosta de você?
- Eh! Eu? Nada! – mentiu ele querendo esconder um sorriso sem sucesso. Gina o olhou por alguns segundos e logo depois sorriu. – O que foi?
- Nada! Agora entra e ajuda a gente aqui. – mandou a ruiva ainda sorrindo e balançando a cabeça negativamente.
Gina, Rony e Hermione estavam na cozinha há 15 minutos, mas a única que falava era Gina dando ordens aos dois. Rony continuava estranho, de vez em quando era pego pela irmã olhando para amiga e depois trocavam sorrisos. Hermione estava perdida em pensamentos e não notava a cumplicidade dos irmãos. “Não to entendendo nada! Não era pra ser assim! Por que ele parece tão feliz? Será que ele ainda não viu o Victor? Ah! Não tem como, passei com ele na frente dele. Tem alguma coisa errada ai... ou... será que o Victor não afeta mais ele? Não, isso não! Rony não mudaria sua opinião sobre Victor em tão pouco tempo. Ou mudaria?”.
- Mione? Você ta bem? – Hermione olhou para quem a tirou dos devaneios e deparou-se com lindos olhos azuis, de imediato sentiu o rosto corar e o virou rapidamente.
- To Ótima!
- Mas não parece já que pedi esses lenços que estão ai do seu lado e você nem...
- Aqui! – Hermione pegou os lenços e jogou em Rony que revirou os olhos.
- Estressada!
- O que você falou?
- Que você ta um pouco estressada e eu acho...
- Você não acha nada e não tem o direito de achar nada de mim OK! – Disse ela fazendo levitar algumas taças.
- Calma Mione! Só tava querendo dizer que acho que o Krum não vai gostar nada de ver você estressada sendo que você mesma quem o convidou pra festa de Gina. – Rony já tinha juntado todos os lenços do chão e só ficando de pé olhou para Hermione que o olhava espantada e furiosa. Gina assistia tudo do outro lado da cozinha.
- Q-quê que você falou?
- Ah Hermione, por favor? Vai dizer que foi a Gina quem convidou o Krum?Ah! Conta outra! A Gina nunca teve nenhum tipo de amizade com ele... – dizia ele calmamente terminando de forrar uma imensa travessa com os lenços.
- E te interessa saber se foi eu ou não quem convidou o Victor? – Hermione não tirava os olhos de Rony e sua calma a deixava mais irritada.
- Você errou em pensar que convidando o Krum iria me afetar, a sua vingança esta indo por água abaixo. – disse ele sorrindo entregando a travessa para Gina que estava de boca aberta, e saiu da cozinha. Hermione respirou fundo e disse:
- A minha vingança ainda nem começou!
A Festa corria solta, os convidados faziam questão de não ir embora. Há meia hora da noite fora cantado o famoso “Parabéns pra você!”, horário em que Gina havia nascido para o mundo, que sempre era interrompido quando ia chegando ao final pelos gêmeos que começavam tudo de novo tirando sorrisos dos outros que também entravam na brincadeira, mas passado um momento foi ficando desgastante ate que a Sra. Weasley deu uma bronca nos filhos os levando pelas orelhas para a cozinha. Ate que enfim Gina apagou as velas, antes de contar se realmente havia 17 delas e começou mais uma sessão de abraços e felicitações, no momento seguinte se viu sozinha mais uma vez. Olhava ao redor, e os convidados estavam comendo, ou melhor, devorando as delícias que a Sra. Weasley havia feito e percebeu que desde a hora do almoço não havia comido nada, porém não sentia fome, ultimamente fome era o que menos sentia mesmo sabendo que isso afetaria a sua saúde. Pegou um susto quando sentiu alguém colocando alguma coisa na sua boca.
- Que merda é essa! – disse depois de cuspi a comida na mão.
- Olha que a sua mãe pode ouvir! – disse Dino Thomas olhando sorridente pra ela.
- Por que você fez isso? Ta louco?
- Desculpa Gina! Mas você tava muito engraçadinha perdida em outro mundo e com a boca semi aberta... não pude resistir!
- Eu odiei isso! Da próxima vez, se controle... E se... se eu quisesse realmente comer alguma coisa não pediria ajuda, muito menos essa. – Disse a ruiva entre dentes controlando a raiva.
- Já pedi desculpa! E você ta muito bonita. Linda na verdade! – Dino olhou para ela dos pés a cabeça. Gina sentiu-se desconfortável e o rosto corar. Não entendeu o porque daquela situação. Nem quando o namorava ela sentia o rosto corar. “Amiga, acorda! Não é sempre que te chamam de linda OK!” Disse uma voz no seu consciente.
- Ah! Obrigada! Presente dos gêmeos...
- E o colar também? – perguntou ele olhando para o colar.
- Não! Foi de Harry! – Gina disse firmemente. Dino levantou o olhar e encarou Gina. Mais uma vez o desconforto, porém viu simplicidade, cumplicidade e carinho naquele olhar, apesar da cor negra daqueles olhos, sentiu-se olhando pra lindos olhos verde-esmeralda. Ficaram ali se olhando, perdidos naquele momento ate que Gina piscou e baixou o olhar, sentiu uma lágrima descer e uma dor insuportável lhe invadir, uma mistura de saudade e traição, traição da parte dela.
Dino deu a volta e ficou atrás da ruiva e se aproximando do seu ouvido disse:
- Ficou perfeito... foguinho! – e saiu.
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Tudo que ela mais queria não aconteceu. Não entendeu nada da reação do ruivo em relação a sua vingança. Então onde estaria toda aquela raiva que ele sentira só pelo fato dela ter recebido uma carta de Krum? Não queria lembrar daquele dia, porem, era inevitável para poder seguir com a sua vingança. Mas será que valeria a pena mudar o rumo do que tinha planejado há dias fazer, mesmo sabendo e ouvindo da boca do autor das ofensas que não esquecia, que não se importava em nada com a vinda da peça central da vingança? “Deus! Como... como eu puder fazer isso com ele? Como pude usar o Victor pra uma coisa tão baixa?”.
- Hermione? Hermione?
- Quê? – perguntou ela ainda olhando para o copo de cerveja amanteigada em sua mão.
- Você esta se sentindo bem? – perguntou Krum a olhando examinador.
- To! To bem sim! Ah, não! Não to nada bem não! – ela virou-se para ele com uma feição de puro descontentamento. – Victor, preciso... preciso pedir desculpas pra você...
- Não entendo! – disse ele franzindo o cenho.
- Eh! Va-vamos sair daqui. Vamos lá fora? – pediu ela e sem receber resposta foi logo puxando o moreno pelas mãos em direção a porta da sala. Enquanto eles passavam muitas cabeças os acompanhavam e não foi diferente com uma vermelha pertencente ao mais novo dos Weasley.
Já do lado de fora Hermione soltou a mão de Krum de costas para ele, que apenas colocou as mãos no bolso esperando alguma reação da amiga. Antes de vira-se, Hermione respirou fundo de olhos fechados, soltou o ar abrindo os olhos e virou-se para ele que a encarava sério.
- Não posso enganar você Victor como não posso me enganar... – ele não disse nada, ela continuou – Eu fiz uma coisa muito errada, mas, felizmente, tenho tempo para mudar isso.
- Ainda não entendo nada. O que você fez de errado? – perguntou ele ainda sério.
- Não quero que fique com raiva de mim, a sua amizade é tão importante quanto à de Harry e... e Rony...
- Então?
- Quero lhe pedir desculpas por uma coisa que fiz... – ela dizia ao mesmo tempo em que a sua voz ficava embargada.
- Hermione, por favor, diga o que esta acontecendo! – ele tirou as mãos do bolso e cruzou os braços.
- Eu... eu usei você! Desculpa, mas...
- Eu posso saber como e pra que? – perguntou ele calmamente levantando o rosto de Hermione pelo queixo delicadamente, que ela havia abaixado por vergonha. Ela confirmou com a cabeça.
- Foi... foi... mas você me perdoa? Por favor!
- Não antes que você me conte o motivo disso tudo.
- Claro! Você tem o direito de saber – ela enxugou algumas lagrimas que haviam rolado pelo seu rosto sem permissão – Usei você para afetar o Rony. – ele arregalou os olhos. – É! Foi por isso que chamei você para a festa de Gina, não que eu não quisesse você aqui, mas foi mais por causa disso.
- Deixe-me ver se entendi: você me chamou para a festa de aniversário da sua amiga pra fazer ciúmes para o irmão dela. É isso? – falava ele como se estivesse tentando entender como dois mais dois é igual a quatro.
- NÃO! Não ciúmes! Eu prometi uma vingança para ele por ele ter feito uma coisa horrível comigo e eu sabendo que ele não vai com a sua cara desde o nosso quarto ano e como você era o que estava mais perto de uma vingança ótima pra mim e péssima pra ele, nem pensei duas vezes em encaixar você no meu plano.
- Então eu fui uma peça fundamental em seu planinho de vingança? – confirmou ela com a cabeça mesmo sem entender o motivo dele estar tão calmo.
- Desc...
- Você pode me contar o que ele te fez pra você pensar em uma coisa tão absurda quanto essa? Não digo de me usar, mas sim de planejar uma vingança pra ele? – ela o olhou descrente e viu que ele sorria.
- Mas antes disso, posso perguntar porque você esta sorrindo? É tão surreal assim?
- Pode e como já perguntou não vou responder agora, só depois de ouvir o seu motivo de tanta raiva, ai eu conto o meu de estar sorrindo. – ele sorriu mais uma vez. Hermione percebeu que a culpa que sentia diminuiu um pouco com aquele sorriso e, também, que não levaria uma bronca e, pior, não perderia a amizade dele. Sorriu e começou a contar a historia desde o dia em que recebera a carta dele e a reação de Rony.
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Enquanto isso, um ruivo sentia o corpo contorcer de tanta curiosidade em saber o que Hermione e Victor ex-muito-queridinho-do-quadribol Krum estariam fazendo fora da casa no momento em que a festa se tornara mais divertida.
- Aê Rony! – falaram os gêmeos aproximando-se do irmão mais novo.
- Que? Que foi? – perguntou ele bobamente olhando para a porta da sala.
- Ah! Não diga que ainda não reparou? – disse Fred passando o braço direito pelo ombro do irmão.
- Não reparei no que?
- Na sua... ex... – disse Jorge passando o braço esquerdo pelo ombro do irmão.
- Ela não para de olhar pra você...
- Ta te secando Roniquito! – falou Jorge cortando o irmão.
Rony olhou em direção a um grupo de garotas não muito longe deles que era composto por: Lilá Brown, as irmãs Patil, Angelina Johnson e Kátia Bell. Quando Lilá percebeu que o ex-namorado há estava olhando virou o rosto em direção as amigas, mas o olhava pelo canto do olho soltando risadinha que foram percebidas por Parvati que olhando para o ruivo começou a sorrir também.
- E ai o que você vai fazer? – perguntou Fred sorrindo.
- Nada! – respondeu Rony indiferente.
- Como assim nada? Indignou-se Jorge.
- Nada de nada. Já é passado... – disse Rony.
- Se fosse passado...
- Ela não estaria te secando! – os gêmeos sorriam. Rony olhava para a ex estudando o que os gêmeos lhe falavam.
- Ela não é linda...
- Mas também não pode ser considerada uma filha de trasgo...
- Ou seja...
- Ela não é de se jogar fora! – terminou Jorge. Rony ainda ficou um tempo olhando-a enquanto ela sorria e jogava os cabelos longos pra um lado e depois para o outro, no momento seguinte não era Lilá Brown que estava ali, mas sim Hermione Granger. No mesmo momento que a imagem da “amiga” invadiu seus pensamentos sentiu um friozinho gostoso no estômago. Sorriu bobamente baixando a cabeça.
- E por falar em não ser de se jogar fora, já percebeu a Cátia? – perguntou Jorge para o irmão gêmeo como se Rony não estivesse entre eles.
- E a Angelina? – disse Fred olhando para a ex-amiga de turma e logo depois voltou-se para Fred que piscou para ele e disseram juntos.
- Gostosas!
Rony sentiu os irmãos o largarem e os acompanhou com o olhar. Pararam junto do grupo das garotas. Lilá desfez um sorriso quando percebeu que Rony não se juntara a elas. Fred disse alguma coisa no ouvido de Angelina por trás, colocando as mãos em sua cintura, que a assustou fazendo, logo depois, a garota dar gargalhadas, porem seu irmão gêmeo, Jorge, foi mais além. Pegou Cátia pelo braço fazendo com que ela ficasse de frente pra ele, colocou as mãos na cintura dela e deu-lhe um beijo, um beijo quente e avassalador que foi muito bem retribuído por ela, mas, talvez, percebendo quem era ou onde estavam soltou-se rápido e ofegante dos braços dele, deu-lhe um tapa e saiu pisando firme entre os outros convidados que se puseram a rir do ocorrido. Jorge já ia atrás dela, mas Fred o segurou pela camisa e disse alguma coisa em seu ouvido, mas sem tirar a outra mão da cintura de Angelina que parecia gostar do toque, já que não fizera nada semelhante ao que a amiga fez. No momento seguinte Fred e Jorge bateram na mão um do outro e rumaram para o meio do salão onde se posicionaram para falar.
- Boa noite a todos! – começou Fred abrindo os braços em um gesto que lembrava o antigo diretor de Hogwarts, Dumbledore.
- Muito obrigado por virem aqui em nossa humilde casa... – disse Jorge imitando o irmão.
- Que nunca foi tão grande, graças a papai! – Disse Fred cortando o irmão dirigindo olhar para o sr. weasley, algumas pessoas riram.
- Para celebrar conosco a maior idade de nossa queria irmã...
- Que continuara a ser a nossa pequenininha caçula...
- Ou seja, que nenhum marmanjo se atreva com ela. – falou Jorge para os garotos ali presente com a cara fachada.
- Então chamamos... GINA!
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Gina ainda estava perdida em pensamentos, parada ali próximo á mesa do bolo, olhando para o chão. Logo após ouvir aquelas palavras, aquele apelido tão carinho que ganhara e não compartilhara com ninguém, sentiu o sangue se esvair de seu rosto e a sua respiração ficar pesada, ao mesmo tempo em que algo explodia dentro si, mas, não sabia o que era ainda. “Não pode ser ele!”. Sentiu-se tirada desses devaneios por duas grandes mãos, cada uma em cada braço seu que a puxavam para algum lugar. Levantou o olhar e viu seus irmãos gêmeos falando alguma coisa com lindos sorrisos estampados em seus rostos, ela forçou um sorriso, sem sucesso.
Puxou Fred pela camisa enquanto Jorge falava e perguntou:
- Fred, você viu o Dino?
- Quê?
- O Dino... Dino Thomas, você o viu?
- O que...
- Então, como somos irmãos exemplares preparamos uma surpresinha para a irmã que mais amamos... – Falou Jorge puxando Gina de perto de Fred e a abraçando pela cintura.
- Eu sou a única irmã de vocês! – disse ela indiferente.
- Ainda bem! – brincou Fred.
- Agora, por favor, vamos todos para fora, que a surpresa é lá. – convidou Jorge.
Mas uma vez Gina sentiu-se puxada para algum lugar e já estava se irritando com isso.
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Todo os convidados prontamente atenderam ao mandato de Jorge e seguiram para o jardim da casa. Rony notando que essa era a oportunidade de ver o que acontecia entre Hermione e Krum se adiantou para porta, mas quando chegou lá ela estava meio que bloqueada, empurrou algumas pessoas para poder passar, no entanto foi puxado pela camisa e ouviu dizerem em seu ouvido.
- Deixe de ser mal educado Rony! – reconheceu a voz de seu irmão Carlinhos. Revirou os olhos em sinal de tédio e esperou que os convidados passassem a contra gosto. Percebendo que o fluxo tinha diminuído, segundos depois, rumou para o jardim. Olhando para todos os lados em busca do casal não acreditou no que viu, esfregou as palmas das mãos nos olhos e voltou o olhar para o canto direito da casa perto do logo. Hermione e Krum estavam se soltando de um abraço e trocavam sorrisos carinhosos e cúmplices. Rony ficou ali parado olhando sem se importar se eles o veriam ou não, queria mesmo era que o vissem ali com aquela feição de que a maldição cruciatus seria pouca para que eles sentissem a mesma dor que ele sentia vendo a cena que não queria imaginar. E seu pedido foi aceito quando o casal viu que varias pessoas haviam saído da casa e o olhar de Hermione, que se aproximava das pessoas para saber o que estava acontecendo, encontrou com o de Rony, parando instintivamente de andar. Nunca tinha visto tanto desprezo e tristeza naquele olhar e não entendeu o porque, de repente olhou para o homem ao seu lado e voltou a olhar para Rony e entendeu que ele entendera tudo errado.
- Rony não...! – Foi tudo o que Hermione conseguiu dizer porque Rony já
havia se movido para junto dos convidados.
- Por que você não vai falar com ele? – perguntou Krum ao seu lado.
- Falar o que? – disse ela baixando a cabeça e depois olhando para ele.
- Que você gosta dele. – Krum falou colocando as mãos no bolso tentando distinguir entre as risadas dos convidados o que os gêmeos diziam.
- O q-que? Eu? Gostar... ah! Não, fala serio! – disse ela voltando a andar sorrindo descrente.
- Eu não posso acreditar que você ainda vai negar que gosta dele depois de ter me contado tudo aquilo? – ela parou de andar e voltou-se para ele com um dedo erguido.
- Essa historia não tem nada haver com o que eu sinto ou não por Rony. – ele riu.
- Ah! Por favor! Você esta fazendo com que eu me arrependa de ter perdoado você. – dizia ele parado no mesmo lugar, Hermione ia abrindo a boca pra falar, mas ele a interrompeu – Sabe o que mais me atraiu em você? – ela balançou a cabeça negativamente. – A sua inteligência, sua iniciativa, seu poder de domínio e de nunca se deixar influenciar pelos outros. Mas, acho que estou começando a ver que você não é tudo isso que eu pensei. – Hermione ouvia tudo calada, era tão horrível ouvir aquilo, não tanto quanto ouvir uma bronca da mãe, que eram poucas, e nem de Harry e Rony, mas sabia que aquilo tudo era verdade. – Porém, tenho certeza de que você é inteligente o suficiente pra notar que o quê esta fazendo é o contrário do que realmente quer.
- E o que você acha que quero? – perguntou ela baixinho se aproximando dele.
- Tenho certeza que o quê você mais quer e ir ate ele e pedir desculpas pelo o que fez ate agora, no mínimo.
- Você tem razão!
- Eu sei que tenho, assim como sei que nunca lhe tive de verdade. Nem no torneio Tribruxo, eu tive você. Percebi isso quando recebi sua primeira carta e que falava dele...
- Mas, eu também falava de Harry...
- Mas era diferente. Do Potter você falava algumas vezes, citava o nome dele aqui e ali, mas do Weasley era um parágrafo inteiro de você falando de suas brigas com ele. – riu e Hermione também. – Então o que você ta fazendo aqui...
Não terminou de falar, pois sua voz foi interrompida por uma imensa explosão dando lugar a uma chuva de luzes e quando percebeu Hermione não estava mais perto.
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Gina estava maravilhada com a surpresa que os gêmeos prepararam pra ela. Já não importava mais o pouco de frio que sentia assim como saber onde Dino estava ou não. Parecia que os fogos foram feitos exclusivamente para seu aniversário já que palavras de felicitações e com o seu nome formavam no ar e quando se chocavam, as faíscas se transformavam em uma chuva de rosas e confetes. Gina olhou para os irmãos e riu mais ainda com a postura deles, estavam com os peitos estufados e sorrisos vitoriosos, olharam para a irmã e deram, cada um, um beijo, em cada lado do rosto dela.
- Fogos da Gemialidades Weasley! – Disse Fred em alto e bom som virando-se para os convidados.
- A mais nova novidade... – falou Jorge fazendo os outros rirem enquanto admiravam os fogos.
- Os fogos Filisbuteiro iram falir!
- Você descobriu a nossa ambição, Hagrid! – falou Jorge tirando mais risadas dos outros.
Seus pais, seus irmãos, sua cunhada, mesmo que não gostasse dela, e sua sobrinha e seus amigos de Hogwarts estavam todos com ela ali no jardim de sua casa presenciando um momento único criado, justamente, pra ela. Estava fazendo 17 anos, entrando na maioridade bruxa, ganhando a liberdade de usar magia sem medo e começar sua vida, uma nova vida ao lado de quem gosta... ao lado de quem gosta... Gina sentiu, mas uma vez, uma dor que já tinha virado costume, o nome era saudade. Agora que era maior de idade podia fazer muita coisa, mas, infelizmente, não podia estar ao lado de quem amava. “Por que justamente comigo? É muito injusto!” Pensou.
Aqueles fogos já não estavam mais tão brilhantes, nem a festa estava mais tão animada. Olhou em volta e sentiu uma tristeza ainda maior e ficou com raiva de si mesma por ser tão egoísta. Seus pais estavam abraçados atrás de si. Gui e Fleur curtiam a filha que dormia no colo da mãe. Carlinhos estava abraço com Ananda. Fred abraço com Angelina. Jorge ouvindo de cabeça baixa, mas sorrindo, uma bronca de Cátia que parecia muito irritada, porem tentava não rir. Ate Luna e Neville pareciam estar se entendendo muito bem a um canto. Lilá olhava sonhadora para um Rony pensativo com uma cara de enterro. Uma coruja muito branca em uma árvore. Parvati... “Quê?” Gina voltou a olhar para uma árvore próxima a procura da coruja muitíssimo branca que vira, mas ela não estava mais lá, começou a procurá-la nas outras árvores e nada. Não podia ser invenção da sua imaginação, tinha visto Edwirges. “E se não fosse ela?” Perguntou uma vozinha no seu consciente “Era ela! eu tenho certeza!” “Eu acho que foi imaginação sua!” “Eu não estou louca! Ou estou?” Pra ela aquela festa tinha chegado ao fim. Se ela saísse ninguém perceberia já que os fogos das gemialidades estavam prendendo a atenção de todos ali. A noite estava perfeita, mas não pra ela. Rumou para a casa calmamente e percebendo que ninguém tinha percebido sua fuga, correu, entrou na casa, a sala já não era tão grande como aparentava ser, subiu a escada rapidamente, parando no último degrau, tirou as sandálias, massageou um pouco o pé esquerdo e foi para seu quarto, seu canto, seu mundo. Chegando lá colou as sandálias perto do guarda-roupa e se jogou na cama, estava tão cansada e sentia fome, porém não tinha nenhuma intenção de ir ate a cozinha comer alguma coisa, mesmo por que os convidados poderiam voltar a qualquer momento e não queria dar explicações sobre querer ir dormir. Levantou-se e abriu as janelas permitindo a entrada das luzes dos fogos iluminando, descontinuamente, seu quarto. Ficou um pouco de tempo admirando aquele brilho, soltou os cabelos, virou para seu quarto e pegou um susto. Uma coruja muito branca estava na sua cama estendo uma das patas mostrando que ali havia um envelope.
- Eu sabia que não estava louca! – disse Gina com um sorriso largo no rosto.
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(N/A): Como sei que ninguem ta a fim de ir para Azkabam... hehheheh....
Ta ai + um cap.! + um de ligação!!!
Bom, não foi um dos melhores q escervi, mas eu gostei dele...
Vamos aos coments:
->Molly: Q bom q gostou... ta ai + um cap. espero q tenha gostado!!! b-jusss e sorry pela demora!!! Ahhh comenta tbm viu!! =P
->Priscila Louredo: ahh concordo com vc, tadinha dela msm!! + ahhh eu tinha q fazê-los sofrerem neh... hehhe... Deixá-los separos por muito tempo? hummm.... ñ sei! vamos ver!!! hehhehe b-jusss e espero q tenha gostado do cap.
->MarciaM: ola! e ai gostou do cap? espero q sim!!! ahh adorei sua ideia dos finalmentes e os gêmeos de 3 anos... hehhehheh... pensei nisso!!!
Bom ta ai espero q tenham gostado e b-jus e + b-jus pra todos que xegaram at aki comigo... Prometo ñ demorar p/ postar o 20 ja q nem trabalhando eu to + ! =***** e so p/ ñ prder o costume COMENTEMMMMM... =p
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