Cap 6 (REV)
FAZ 16 ANOS
Os dias se passaram normalmente até o aniversário de Harry... Claro, houve boatos de diversos ataques de Voldemort, mas nenhum passou apenas de um mero boato. Harry passara o restante dos dias de férias, até o seu aniversário, na Toca. Nesse meio tempo, chamaram Mione para passar o restante das férias com eles.
Todos os habitantes da Toca estavam meio que misteriosos... Andavam pra lá e pra cá a toda hora, Molly saía diversas vezes por dia, os amigos mudavam de assunto quando ele se aproximava, Rony, Gina, Mione e os gêmeos pareciam um tanto ansiosos... Harry deduzira que estavam escondendo algo dele... Tinha quase certeza que estavam planejando uma festa surpresa... Mas os Weslley não tinham dinheiro para tanto... Ou tinham? Isso ele não soube responder. Sabia, ao menos que não queria que os Weasley gastassem seu dinheiro com uma festa. Mais: ele nem tinha motivo pra comemorar... Bom, tendo em vista que perdeu seus pais com 1 ano de idade, pra que comemorar 15 anos de solidão? Pra que comemorar uma vida de perdas? Pra que comemorar uma maldita profecia? Pra que comemorar a volta do Lorde das Trevas? Bom, era isso o que ele tinha pra comemorar... Pelo menos, tinha amigos... amigos que nem ao menos contavam pra ele o que acontecia... que nem sabiam o peso da profecia... Amigos que ele tinha que afastar.
No dia de seu Aniversário, Harry acordou às 6 da manhã (teve um sonho estranho: sonhou que Dumbledore estava jogando um feitiço que, mudava de cor, na lua, que explodiu... Depois o velho mago disse tchau e se matou atirando um relâmpago de luz verde nele mesmo). Sonhou com Hogwarts também... A escola foi sitiada por dementadores voadores... Estes voavam ao redor da escola, como numa órbita... Outro aviso. Ao acordar, o rapaz tomou um banho e se trocou. Desceu as escadas e foi até a cozinha... Lá ele rabiscou um recado num velho pergaminho dizendo que tinha ido caminhar. Assim o fez. Nunca saíra da Toca para explorar os arredores, por isso pegou sua varinha (lembrou-se que já poderia fazer magia) e seguiu em direção a um bosque próximo. O dia lá fora ainda estava um tanto escuro “Lumus”.
Quando começou a entrar no Bosque, se sentiu um tanto desprotegido... Lembranças do terrível fiasco da Copa Mundial de Quadribol; As silhuetas dos comensais se progetavam a sua mente... Harry ainda continuava com a varinha em mãos... De repente, o garoto sentiu como se estivesse em outro lugar... Desta vez não era sonho. Estava no cemitério onde jaziam os ossos da família Riddle... outra vez. O lugar estava completamente escuro, com nuvens negras pairando no céu. Agora: como ele foi parar lá?! E porque?! Enquanto ficava se perguntando, ele andava pelo cemitério como se visitasse aquele horripilante lugar todos os dias... Será que o visitava sem saber? Era como se já conhecesse todos os cantos do lugar detalhadamente... e tinha um certo pressentimento, no fundo de sua mente, sobre que lugar os seus pés o estavam levando.
Ao se dar conta que se distanciou imensamente do ponto de partida, notou que estava à frente do túmulo de Tom Riddle... Aquilo lhe trouxe à memória todos os acontecimentos daquela noite... da noite mais assombrosa da vida do menino que sobreviveu... A noite em que viu a causa de toda a sua infelicidade; a noite em que viu a morte sob seus olhos; a noite em que viu o Lorde ressurgir... Talvez fosse esse o motivo de estar ali... Relembrar das tristezas... e da escuridão. De repente, Harry começou a urrar de dor e medo... gritava sem ninguém para ouvir. Como se já não fosse suficiente, uma coisa nova aconteceu: além de sentir que alguém compartilhava a mesma dor, sua cicatriz começou a sangrar. Harry não entendeu e nem ao menos queria entender... estava sofrendo demais para querer pensar em outra coisa... O sangue escorria por sua face, sujando suas mãos que apertavam a cicatriz, como se isso pudesse aliviar a dor. As sombras começaram a entrar em seu coração. O ódio, a infelicidade, o rancor, a solidão... tudo se convertendo em dor... tanta dor que ele não sentia mais nada além disso... Seu espírito estava morrendo. Sua mente se enchendo de ódio. Harry Potter estava morrendo de dentro pra fora.
Subitamente, a dor cessou como por um milagre (Incrível milagre), o sangue parou de escorrer e a mente do rapaz voltou a funcionar. O que acontecera ali? Por que em frente ao túmulo do pai do Lorde das Trevas? Túmulo do progenitor da desgraça? Naquele momento, Harry sinceramente não sabia o que fazer... Estava num lugar terrivelmente distante de Hogwarts e da Toca. Estava perdido, sem ter para onde ir... fraco e imóvel. Raios começaram a cair, como se anunciando a sua desgraça, iluminando fantasmagoricamente aquela floresta de lápides e túmulos e logo em seguida, Harry foi transportado para o bosque onde caminhava tranqüilamente há algum tempo atrás caindo de joelhos naquele chão coberto de grama,ainda úmida de orvalho. Com dificuldade, devido ao cansaço de lutar consigo mesmo para conter a dor estonteante sentida ainda a pouco, levantou-se e voltou-se em direção a Toca.
Ao chegar lá e entrar na cozinha, viu no estranho relógio dos Weasley que os ponteiros de Arthur Weasley, de Fred e de Jorge estavam em trabalho e o da Sra Weasley e dos demais estavam em “Casa”. Provavelmente todos estavam dormindo... porque ainda eram 6 horas e... 10 Minutos da manhã! Era como se o período em que esteve no cemitério não tivesse existido! Ele levou mais ou menos esses 10 minutos somente para chegar ao bosque e depois voltar a Toca... o que isso queria dizer? Maluco ele não estava. Segundos depois, o rapaz ouviu passos descendo as escadas. Era Gina, que estava, ainda, vestida com roupa de dormir.
-Bom dia Harry! O que faz acordado tão cedo? – disse se dirigindo à mesa da cozinha. Harry a seguiu e se sentou.
-Bom dia pra você também! Bom, eu acabei de descer. – mentiu.
-Ah sei. E, por acaso já havia terra nas suas costas? Vai falando!
-É que eu fui dar uma volta... e entrei naquele bosque aqui perto. – disse Harry completamente vulnerável.
-E o que mais? – disse Gina com os braços cruzados
-E é só! Não tem mais nada.
-Aham... sei. Então porque você não me disse que foi ao bosque logo de início? Você tá me escondendo alguma coisa... anda, fala logo. – disse com um riso maroto nos lábios.
-Err... Ok. – e então Harry contou tudo com detalhes: a caminhada, a ida ao cemitério e o regresso. Contou também sobre a questão do tempo. – E foi isso.
Agora o rosto de Gina não mais esboçava aquele seu sorriso maroto mas sim estática. Boquiaberta, a caçula dos Weasley respirou fundo e começou a falar num tom assustado...
-O que foi isso exatamente?
-Bem que eu gostaria de saber. - “como ela consegue arrancar tanta informação de mim? Mulheres...”. Em seguida, tentando descontrair, o rapaz continuou. – Bom Gina, eu já disse porque estava aqui... agora é sua vez.
-Bom, é que eu... eu... é que... Ah, você sabe... Simplesmente perdi o sono – disse gina tímida com as faces coradas.
-Minha vez: Aham, Sei! Vou fingir que acredito! – os dois riram...
-Mas então... eu... estava aqui porque... eu... é que...
-Não precisa falar... deixa quieto. Se não quer abrir o jogo... pode ficar tranqüila que eu não vou insistir.
-Obrigada! Bom, a propósito, feliz aniversário! – disse Gina feliz e, em seguida, deu um estalado beijo no rosto de Harry – Vou subir e me trocar. Até logo.
Harry não entendeu absolutamente nada. Porque Gina desceu pra cozinha, mas não fez nada ali... De qualquer forma, ele gostou do beijo, fazia um tempinho que não recebia um beijo no rosto (N/A: nem isso hein?!) ... mas seria melhor em outro lugar da sua face...
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