Um dia, Weasley, eu te pego!
“Uma porcaria de detenção. Era horrível aquela maldita detenção. Eu tinha que ajudar a cuidar dos malditos trestálios! Sem contar que eu também tinha que arrumar a sala de Adivinhação e fui arrancado do meu cargo de monitor-chefe. Aquilo era o de menos.”
-Vamos, Malfoy. Deixa de ser lerdo! Você sabe que não pode se atrasar!
-Eu não dou a mínima para isso, Granger.
-Pois deveria ligar! – ela parou de falar “Aleluia!” –Olha aqui, Malfoy, eu também não queria estar aqui com você! Mas não estou reclamando!
-Você poderia falar de boca fechada? – Draco reclamou enquanto começava a caminhar à sua frente. –É menos incomodante, e... obrigada por se calar por um minuto!
Draco parou de repente, haviam chegado. A sala da Profª Mcgonagall. Ele bateu na porta e recebeu um entre vindo de dentro da sala.
-Licença. – ele falou. –A senhora nos chamou aqui para que? – ele usou seu pior tom de voz.
-Bom, senhor Malfoy, você e a senhorita Granger são monitores. Você da Sonserina e a Senhorita Granger da Grifinória. Então, quero que avise aos alunos sobre o baile que Dumbledore fará...
-E que eu acho de extremo mal-gosto! – Snape, que estava num canto escondido da sala, falou.
Os três olharam para Snape, mas logo voltaram sua atenção ao baile.
-Devido à fatos ocorridos durante os séculos e séculos, nós decidimos fazer um baile. Com alunos da Grifinória e da Sonserina.
A expressão no rosto de Hermione virou uma mistura de terror, susto e desespero. Só não era pior que a de Draco.
-Como assim? Quer dizer que será um baile só para grifinórias e sonserinas?
-Sim. E também haverá um baile somente para corvinais e lufa-lufas.
-Isso é impossível! – Draco olhou para Snape como se pedisse ajuda. – Sonserinas e grifinórias se odeiam!
-Bom, é isso que nós queremos mudar. Ou pelo menos amenizar.
-O máximo que vão conseguir será o Salão principal dividido pela metade.
-É aí que você se engana senhorita, Granger. Os sonserinas terão que convidar alunas grifinórias e os grifinórias terão que convidar alunas sonserinas.
-Garotos convidam garotas... das casas opostas? – Draco começava a assimilar o fato, e chegou à uma conclusão. – É loucura!
-É o que será feito. E constará pontos. – Mcgonagall crispou os lábios. –É obrigatório. Os alunos que não participarem ou não foram acompanhados ao baile perderão 20 pontos para sua respectiva casa. O baile será daqui à duas semanas no sábado. Arranjem seus convidados e... boa sorte. Vocês vão precisar.
Snape levou os dois até a porta batendo-a logo em seguida. Hermione e Draco se encararam abismados. O loiro deu as costas à ela e começou a andar.
-Quem vai convidar, Malfoy? – ele ouviu ela gritar.
Draco fingiu que não escutou. Quem ele iria convidar? Bom, ainda não fazia idéia. Mas sabia de quem era culpa do baile. Ginevra Molly Weasley.
-Um dia, Weasley, eu te pego! – ele murmurou.
-E aí, Draco, o que houve lá? – era Pansy com o grupinho de colegas dela.
-Um baile, um maldito baile, culpa da maldita Weasley.
-Como assim?
-Aquela louca que saiu contando por aí que eu agarrei ela! Decidiram fazer um baile onde sonserinas vão com grifinórias! – ele continuou falando, bem mais preocupado do que deveria estar. –Quem não for, ou for desacompanhado, serão descontados 20 pontos da casa.
-É loucura! Não podem fazer isso! Seria totalmente fora de cogitação fazer um baile assim.
-Pouco importa. Mas, o que não entra na minha cabeça é ir à um baile com uma Grifinória. Meu pai vai saber disso. Aquele velho está ficando louco, caduco.
-Por que não convida a Weasley, todo mundo acha que você à agarrou mesmo!
-Eu nunca convidaria a Weasley, sua rata de laboratório. – Draco falou com uma das loiras que acompanhava Pansy.
-Errado. Você poderia até convidar, mas, ela nunca aceitaria! – a loira caçoou, fazendo com que as outras garotas dessem risadinhas. – E já que nosso amigo Draco tem medo tem medo de ser rejeitado...
-Eu não tenho medo de ser rejeitado. E sei que ela nunca aceitaria. Eu sou um Malfoy, e ela uma Weasley, isso já é o bastante!
-Pois eu duvido que você consiga convidá-la! – a loira levou uma cotovelada de Pansy. – E mesmo que convide e jogue todo o seu “charme” pra cima dela, duvido que ela aceite!
-Eu aposto... que não consegue. – outra garota saiu do meio do grupinho e lhe sorriu cinicamente.
Em pouco tempo, todas já haviam apostado com Draco, sem ele ter dado uma só palavra.
-Deixa eu ver se entendi. A aposta é: Eu convido, ela aceita. Eu à levo e não desgrudo dela. Fim da festa, eu ganho a aposta. Sem tocar, dançar ou beijar. Ok?
As garotas deram risinhos meio-que-histéricos, mas logo depois, Pansy se recompôs e falou.
-Sem dançar, beijar, acariciar, agarrar, amassar, mas que tipo de pessoa vai à um baile e não “toca” no par? – ela riu.
-O meu tipo de pessoa. –ele falou indiferente. -Se for só isso tudo bem.
-Ela é uma garota, Draco. Pode ser uma garota idiota, mas é uma garota.
Aposto que ela vai te convencer a “tocar” nela pelo menos para dançar.
Draco se virou e começou a caminhar na direção onde ia minutos antes, agora ouvindo os risinhos histéricos das garotas. Sim, ele estava ferrado. Completamente ferrado. Certamente não conseguiria nem ao meno convidar a Weasley fêmea para ir ao baile.
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