Cap. E tudo se desenrola
Capitulo 1
Passos podiam ser ouvidos nos corredores acompanhados dos sons de correntes sendo arrastadas. Acompanhando o dono dos passos estavam dois dementadores, sombras encapuzadas que não pareciam andar, e sim flutuar sobre o chão; o ar por onde passavam ficava gelado e tinha-se a impressão de que sugavam toda a felicidade do ambiente em que se encontravam.
O homem parou diante de uma porta dupla de carvalho, no meio de um imenso corredor escuro no Ministério da Magia.As portas se abriram e ele foi conduzido até uma cadeira localizada no centro de uma sala circular.As correntes que estavam presas aos seus pulsos foram atadas firmemente à mesma.
Os dementadores retiraram-se lentamente em direção à saída.Quando as portas se fecharam, as atenções voltaram-se para o homem acorrentado no centro da sala.Dezenas de bruxos e bruxas se encontravam nas arquibancadas próximas às paredes de pedras escuras.À frente dele se encontrava a maior de todas as arquibancadas, essa, sabia ele, era ocupado pela Suprema Corte dos Bruxos.Entre eles destacava-se um bruxo de barba branca, que foi reconhecido como Alvo Dumbledore.
Bartolomeu Crouch, mais conhecido como Bartô, levantou-se de sua cadeira, que se encontrava no centro das arquibancadas e, com uma voz firme e decidida, quebrou o silêncio que havia se instalado desde a chegada do homem.
- Sirius Black, você foi acusado de assassinar 13 trouxas, matar Pedro Pettigrew e por trair Lílian e Thiago Potter, entregando o paradeiro deles a você-sabe-quem.Por um pedido especial de Alvo Dumbledore, você está aqui para hoje para receber seu julgamento.
Foi decidido que terá que devera tomar a poção veritaserum para responder as perguntas feitas pela corte. Se por acaso se recusar, será levado diretamente para Askaban. Está de acordo com as condições?
O homem assentiu lentamente com a cabeça.
- Pois bem...-virou-se para Alvo, que prontamente levantou-se e tirou um vidrinho, com uma poção transparente, das suas longas vestes de bruxo. Depositou três gotas em um copo diante de si, desceu da arquibancada e postou-se diante de Sirius.
- Pronto? – concordou com um aceno; Alvo pôs o copo nos lábios de Sirius e o virou, com cuidado para não derramar nenhuma gota pelos cantos da boca do rapaz – Boa sorte ! – Murmurou de modo a somente Black escutar, e voltou ao seu lugar.
- Senhor Black, está ciente dos crimes de que é acusado?
- Sim.
-Então assume que entregou o esconderijo de seus amigos a Você-sabe-quem?
- Não – Houve um burburinho que se espalhou pelos presentes, mas foi rapidamente silenciado quando Crouch retomou a palavra.
- Existia um feitiço protegendo a casa dos Potter, conhecido como Fidelius.Creio que todos aqui saibam como esse encanto funciona? – olhou para os presentes com uma voz indagadora, e, diante do consentimento de todos, prosseguiu – Não era você o fiel do segredo deles?
- Não –Foi seguido de uma de um silêncio espantado pela multidão.
- Explique-se !
- No último momento, antes do feitiço ser lançado, eu convenci Thiago a usar outra pessoa para ser o fiel do segredo. Todos pensavam que seria eu , então decidi usar isso a nosso favor. Nunca pensei que esta pessoa pudesse nos trair.
- Então? Quem era o fiel?
- Pedro Pettigrew
As arquibancadas foram tomadas por exclamações do tipo “como isso aconteceu?” ou “nunca imaginei isso”, até o próprio Crouch deixou seu ar profissional de lado, sua face tomada por espanto. O único que parecia se divertir com isso era Dumbledore, que sorria alegremente, e não tirava nem uma vez os olhos de Sirius. Este estava decidido a olhar apenas para o chão. Quando os ânimos acalmaram-se , foi possível prosseguir com o interrogatório.
- Pettigrew está morto!
- Não, está vivo.
- Temos várias testemunhas que viram o senhor explodir metade da rua, treze trouxas e o próprio Pettigrew. Só conseguimos encontrar um dedo intacto no meio dos destroços e...
- Cale a boca!
Murmúrios de indignação foram ouvidos pelo salão, até serem cessados a pedido de Alvo, que fez um breve aceno com a mão para o acusado prosseguir.
- Pedro Pettigrew é um animago...
- O ministério tem o nome de todos os animagos , e Pettigrew não está entre eles!
- Pedro é capaz de se transformar em um rato.Pedro aprendeu a ser uma animago ainda na escola, clandestinamente – Disse, lentamente, Sirius.
- O quê?
-Acho que Black foi extremamente claro, Bartô.Um homem da sua categoria com certeza entendeu – Disse Dumbledore
- Claro...claro... – Disse Crouch – Prossiga.
- Pettigrew acusou-se de ter traído Lílian e Thiago, lançou um feitiço pelas costas, e fugiu com os outros ratos pelo esgoto
-MENTIRA!
- Poção veritaserum, Crouch, poção veritaserum.
- Testemunhas, Alvo, está cheio de DROGAS DE TESTEMUNHAS!
- Bartolomeu, você sabe como é ser trouxa, ver uma explosão, e falarem que é magia?
- O QUÊ? O QUE ISSO SIGNIFICA?
- Significa que você não vai poder prender ninguém hoje, Crouch – Disse, alegremente, Dumbledore
O pouco de cor que ainda restava no rosto de Crouch esvaeceu, fazendo-o ficar pálido como um porco.
- SIRIUS BLACK, CULPADO...
A sala foi invadida por vários murmúrios de “o quê?”
- ...POR TRAIÇÃO E SUJEITO A VERITASERUM ALTERADO!Levem-no! – E, assim, aparatou.
Os dementadores pegaram nos braços de Black e o desamarraram.
- Bartô...Bartô...Bartolomeu... – Disse Dumbledore, apontando a varinha ao pescoço
Com um baque, Crouch voltou à sala.
- O QUE É, DUMBLEDORE? – Bradou
- Você sabe que aquele veritaserum não está alterado.
Crouch pensou, pensou, tentando encontrar uma saída, mas...
- Ótimo...ÓTIMO!Soltem-no! – os Dementadores soltaram Black – Agora leve-o daqui, Alvo.Não vou pedir transporte a ... ele!
- Ok! – Disse, feliz, Dumbledore, levantando e aproximando-se de Black.Este achava-se jogado na desconfortável cadeira, as correntes agora jogadas sem vida ao seu lado.Dumbledore pegou um pequeno frasco com uma poção azul escura em seu interior.Delicadamente, ergueu o queixo de Sirius e o fez encara-lo nos olhos.
- Este é o antidoto do veritaserum – Esclareceu enquanto Black bebia o líqüido.
Cerca de uma hora mais tarde, quando Alvo teve certeza que a imprensa havia sido afastada, ambos sairam da sala circular, Sirius apoiado em Dumbledore.O primeiro estava tão fraco que ainda não conseguira absorver o fato que estava livre.
- Sirius!
Ambos, animago e diretor detiveram-se ao ouvir a voz do homem que se encontrava no meio do corredor, com os olhos lagrimejando.Sirius encarou Remus Lupin, com os olhos igualmente lagrimejantes.
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