O teste de quadribol



Cap. 3 - O teste de quadribol


A primeira quinzena de aulas em Hogwarts passou rápida e Mandy logo se acostumou com os hábitos e regras britânicas. Agora, a garota já não era mais atingida por pergaminhos somente de Sirius. Uma garota pareceu ter aprovado a idéia, porque Mandy foi bombardeada por um pergaminho nada alegre durante as aulas, o que a fez ficar com um péssimo humor.

“Se manca, ta pensando que é o que? Só porque o chapéu seletor falou aquilo tudo de você, não quer dizer que você seja a melhor. E além do mais ele também disse defeitos, só que esqueceu de dizer que você é gorda.”

- AH NÃO! – Mandy levantou-se e berrou instantaneamente, fazendo o pote de tinta voar.
- Algum problema srta. Evans? – indagou McGonagal, ao mesmo tempo em que todos riam da cara de Mandy, que estava com o cabelo todo melado de tinta.
- Ah não, nenhum... Foi só um...Erro! Foi isso. Eu errei na hora de transfigurar o copo em xícara.
- Então, peço que da próxima vez não se exalte tanto.
- Sim, senhora. Não vai se repetir.
- Está bem então. Agora vocês todos, voltem já para suas lições!
Instantaneamente todos se concentraram em seus copos, enquanto Mandy controlava-se para não quebrar o seu de raiva.
- Mandy, não acredito que você vai se afetar por causa dessa ridícula!
- Eu sei que não deveria, mas é difícil. No Brasil, era assim também. Tava demorando pra começarem a me xingar. Não têm mais o que fazer não é?
- Mas Mandy, você não está gorda, sinceramente! – disse Kate
- Comparada aos seus 13 anos, você ta magérrima Mandy - falou Lily.
- Ah comparada aos meus 13 anos, sem comparar com nada eu continuo gorda.
Lily rolou os olhos e disse:
- Mandy é sério, você tem 15 anos! Cresceu, mudou, se desenvolveu. Se você fosse gorda, do jeito que os meninos são, não estaria fazendo sucesso.
- Lily, como você é ingênua! – riu-se a garota em tom de deboche - Será que você não percebeu que eu não estou fazendo sucesso pela minha aparência e sim por causa do que disse chapéu seletor?
Todas ficaram caladas, tinham que admitir que a amiga estava parcialmente certa.
- Maldita. E se eu for gorda mesmo? Pelo menos posso emagrecer... E ela que é umazinha ridícula? Nem que Merlin a enfeitiçasse melhorava aquela cara de Veela com raiva.
- Calma Mandy. Relaxa! Já disse que você não é gorda, ela que está com inveja porque o Sirius chamou você para sair e não ela – disse Lily – E a propósito, Limpar. – ordenou, retirando a tinta do cabelo da prima.
Mandy passou o resto das aulas resmungando e borrando os pergaminhos enquanto escrevia, mas as garotas não disseram nada para não magoá-la. Sabiam que estava assim por conta do pergaminho.
Enfim as aulas terminaram e Mandy começou a voltar ao seu humor normal.
Arrumaram suas coisas, rumaram para o salão comunal e sentaram-se nos lugares de sempre.
- 5, 4, 3, 2, 1... - começou Mandy enquanto as meninas se olhavam temerosas.
- Oi minha ruivinha!
- É EVANS POTTER! - gritou Lily.
- Calma minha ruivinha, só vim te dar um Oi!
- Então agora que já deu, pode se retirar fazendo um favor?
- O que foi que eu fiz pra você me tratar tão mal? - perguntou Tiago.
- NASCEU, MAIS PRECISAMENTE!
- É Pontas, acho melhor você não mexer com a Evans hoje - disse Sirius com um sorrisinho debochado.

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Mandy terminou o jantar novamente mais cedo e subiu para o salão comunal. Quando chegou, sentou-se na poltrona mais próxima a lareira e imediatamente Thor enroscou-se em seu colo. A garota acariciou o gato e passou a olhar salão.
Ainda não tinha parado para observar como o aposento era bonito. Grande e circular, com várias poltronas fofas, mesas e cadeiras de madeira maciça espalhadas por todo o local. Possuía poucas janelas, todas extremamente limpas, com contornos também de madeira. As inúmeras velas, juntas com os demais móveis antigos e conservados, davam ao salão uma atmosfera aconchegante e extremamente convidativa.
Mandy levantou-se para andar um pouco pelo salão, quando percebeu a presença de um Tiago inconformado, resmungando palavras inaudíveis a si mesmo.
- Hum... Oi? - iniciou Mandy.
Tiago parou de falar imediatamente e abriu um largo sorriso galanteador:
- Oi.
- Deve ser chato, não é?
- O que?
- Ser tratado assim tão mal por quem a gente gosta.
- É... - disse Tiago lançando um olhar sonhador pro nada, até que pareceu se tocar do que tinha dito – Que bom que eu não passo por isso.
- Ah, nem vem! Não adianta negar. Eu sei que você gosta da Lily.Mas ela te ama também. Mesmo te tratando tão mal, no fundo, eu sei que ela te ama.
- Francamente, a Lily? Nem que Merlin a enfeitiçasse!
- Claro que ama, do jeito dela, mas ama. Assim como você também ama a Lily e ta aí sem querer admitir!
- Que jeito mais diferente de demonstrar amor a uma pessoa...
- Você também não fica muito atrás não, Senhor Potter. Vive saindo com inúmeras garotas, o que piora muito a visão da Lily sobre você.
- Mas eu não posso fazer nada se ela nunca aceita os meus convites pra sair. Ela não gosta de mim, pronto. A gente vive brigando, aliás, ela vive brigando comigo.
- Existem muitos casais que brigam e se amam. Não ta na cara? Vocês são um desses! A Lily gosta de você, mas é orgulhosa demais pra admitir isso. Simples!
- Simples pra você.
- Veja bem, desde o primeiro ano vocês brigam, certo? Então desde o primeiro ano ela vem dizendo às amigas que te odeia e se ela chegasse agora de repente e dissesse que te ama, vai ser como dar o braço a torcer. Sem contar, que ela acha que você não presta, é um galinha metido, - disse Mandy - insensível e que se ela te der uma chance, você vai magoar ela.
- Mas eu não sou galinha! – protestou Tiago indignado.
- Ah sim claro. Se você não é galinha, o que é então?
- Eu...Eu apenas aproveito as oportunidades, é isso.
- Aproveita as oportunidades...Sei. Isto está me cheirando a desculpa esfarrapada de homem galinha, isso sim.
- Como você pode ter tanta certeza?
- Ah esse tipo eu conheço e parece que todos os homens resolverão ser assim.
- Não diga isso. Claro que existem homens que preste. Eu por exemplo!
Mandy soltou um pequeno riso.
- Desde quando homem galinha presta Tiago?
- Eu não sou galinha. Quem disse que sou galinha?
Mandy sorriu. Tiago era realmente uma figura.
- Melhor mudarmos de assunto. Isso aqui não vai dar em mais nada interessante.
- Pode dar se você quiser... – falou Tiago, enquanto bagunçava os cabelos e sorria marotamente.
- TIAGO!
- Esse é o meu nome. Bonito não?
Mandy sorriu mais uma vez.
- É, é bonito sim. Mas vamos mudar de assunto, prefiro.
- Mas que praga! Será que as Evans tomam vacina contra os Potter?
- Não, mas tomam vacina contra os galinhas, pode ter certeza – alfinetou Mandy.
- Ai, não precisa esculhambar também.
A garota riu da falsa indignação do garoto e tratou logo de mudar de assunto.
- E o quadribol? Soube que o seu time está precisando de um jogador.
- Está mesmo. No ataque. Você joga?
- Mas claro que sim!
- É... Bem que o seu corpo indica que... – iniciou Tiago olhando maliciosamente para o corpo de Mandy, que corou totalmente.
- TIAGO POTTER! PARE AGORA MESMO!
-... Você joga no ataque ou como apanhadora! Calma! Por que todo mundo leva as coisas pro pior lado?
- Não sei. Mas você com certeza é uma dessas.
- Hei! Isso aqui era pra ser uma conversa de amigos e amigos não se xingam dessa forma.
- Oh que peninha de você, Tiago. Agora me diz, quando é o teste pra seleção do artilheiro?
- Sábado, as 10 da manhã – respondeu ele prontamente.
Nesse instante, Lily e as meninas entraram no salão e Mandy despediu-se de Tiago, enquanto seguia para uma mesa com as meninas e iniciava suas tarefas.


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Mandy levantou cedo no sábado. Sempre que estava ansiosa por algo era assim, mas já estava acostumada. Tomou um banho demorado, colocou a roupa que usaria no teste de quadribol e desceu para o salão comunal, que se encontrava vazio.
Sentou numa poltrona qualquer e ficou planejando táticas para o teste de artilheira.
Não demorou muito e começou a perder a confiança em si mesma, como sempre fazia. Ela odiava isso nela, era insegura demais! E o chapéu tagarela parecia ter descoberto isso e havia feito o grande favor de espalhar para o colégio inteiro.
Já perdera muitas oportunidades por conta da sua insegurança e arrependia-se totalmente por tudo. A pior de todas, era ter dito não a um garoto que ela era completamente apaixonada, simplesmente por ter medo de que ele não gostasse do beijo dela ou algo parecido.
Outro defeito seu que ela odiava era o mau humor. Esse era um “amigo” que a visitava freqüentemente e quando vinha, infelizmente, gente inocente sofria com suas patadas e resmungos. Era incrível. Ela ficava mal humorada muito rápido. E com isso, também ia ficando melancólica e lamentava sua vida. Explorava seus defeitos, erros e tudo de ruim que tinha e simplesmente ignorava o que havia de bom.
Mas esse defeito só veio se desenvolver aos seus 10 anos de idade, quando ela cursava a 4ª série de um colégio trouxa. Lá ela era uma “Zé ninguém”, apenas a menininha anti-social, feia, chata, “nerd” e que desenhava bem.
Então, por ser desrespeitada pelos colegas foi ficando extremamente impaciente. Não tolerava uma brincadeirinha sequer. Tanto, que depois de um tempo as piadinhas ofensivas e sem graça começaram a parar, já todos tinham plena consciência que ela sabia dar boas respostas.
Ficou um bom tempo enumerando o que odiava em si, até que resolveu caminhar pelo castelo. Precisava conhecer o colégio e nada melhor do que conhecê-lo sozinha.
Gostava de ficar só.
Andou pelos inúmeros e extensos corredores durante muito tempo, enquanto se concentrava apenas em suas lembranças. Até que sem saber como, entrou numa sala muito diferente das outras que havia visto no colégio.
A sala era pequena e possuía um ar irreal, embora tudo aparentasse ser intensamente real. Não havia muita coisa ali, apenas algumas cadeiras confortáveis em volta de uma pequena mesa. Foi ai que Mandy reparou que não estava sozinha.
Dumbledore encontrava-se na sala, elegante e leve, tirando pequenos fios prateados da cabeça com a varinha e os levando até uma bacia de pedra com um liquido extremamente brilhante. O diretor direcionou os olhos a garota e disse docemente:
- Bom dia, Srta. Evans.
Mandy sentiu a face corar, era o seu primeiro contato com o diretor.
- Bom dia, diretor Dumbledore.
O diretor sorriu e dirigiu pela segunda vez a palavra a Mandy, novamente de um modo muito doce.
- Aproxime-se senhorita. Sei que minha aparência não é das melhores, mas por incrível que pareça não sou um bruxo maligno.
Mandy permitiu-se dar um leve sorriso e então deu alguns passos à frente. Nem de longe Dumbledore aparentava ser maligno. Ele passava muita positividade as pessoas, isso sim.
- Que bom que pensa isso de mim, senhorita.
Mandy corou profundamente. Mas achou interessante o fato do professor saber praticar a legilimência, já havia lido sobre o assunto em um livro. Porém resolveu mudar o rumo da conversa.
- Tem certeza de que não estou atrapalhando, diretor?
- Oh, claro que não está. Para falar a verdade não estou fazendo nada demais, apenas recordando alguns pequenos fatos – riu Dumbledore, encarando a garota de uma forma inteiramente acolhedora por detrás dos seus intrigantes óculos de meia-lua.
- E no que essa bacia ajuda? – perguntou Mandy sem conter a curiosidade, mas logo corou furiosamente ao se achar extremamente ousada fazendo aquela pergunta. Afinal o que o diretor fazia ou deixava de fazer nas horas vagas não era da sua conta.
Ele sorriu levemente da face corada da aluna e então respondeu:
- Chama-se Penseira. Nela escôo o excesso de pensamentos da mente, despejo-os na bacia com um feitiço simples e os examino devagar – disse Dumbledore sorrindo.
Mandy sentiu-se o interesse apoderar-se de sua mente.
- É muito útil, devo dizer. Ajuda a esvaziar a cabeça de vez em quando – comentou o diretor.
Devia ser realmente muito útil, pensou Mandy. Com certeza, precisava de uma.
- E essa sala? Estranha... Nunca vi uma parecida.
- Realmente ela é estranha, porém, confesso que é uma das minhas preferidas.
Antes que Mandy perguntasse o porque, Dumbledore prosseguiu.
- Chama-se sala Precisa, pois se transforma naquilo que a pessoa precisa no momento.
- E é preciso fazer o que para que ele se transforme?
- Deve-se passar pela parede em frente à tapeçaria do Barnabás, o Amalucado, três vezes concentrando-se no que deseja que a sala se transforme, fazendo assim com que uma porta apareça. – respondeu o diretor – Fascinante, não?
- Com certeza – disse Mandy surpresa – Este colégio está ficando melhor do que eu imaginava.
- Ah, você ainda não viu nada do que tem para ver, Srta.Evans. Hogwarts é elegantemente mágica.
Mandy sorriu, concordando com o diretor.
- Agora, a senhorita deveria ir tomar o café da manhã, a não ser que queria perder o teste de quadribol.
- Como sabe que vou ao teste?
Mas o diretor não respondeu, apenas sorriu e tornou a focar sua atenção na penseira. A garota deu-se por vencida e despediu-se.
- Então, até mais diretor – e saiu da sala.
- Boa sorte, srta. Evans.






*.*.*.*.*

- Bom dia, Mandy! – desejou Lily sorridente a prima que tomava o café da manhã extremamente nervosa. – Nossa... Acordou com o pé esquerdo hoje, foi?
- Tenho teste de artilheira daqui a 20 minutos.
- Não vejo graça em Quadribol – comentou Lily.
- Pois eu vejo e muito. É o melhor jogo do mundo! Não entendo como uma pessoa não veja graça nele...
- Não liga não, Mandy. No fundo a Lily gosta, mas o problema é que ela não joga nada bem e depois que o Tiago viu ela tentando jogar no terceiro ano... Bem... Fez ela ficar traumatizada. – disse Nicole entre risos.
- Ei! Isso é pura mentira... Eu não gosto de quadribol por causa do arrogante metido do Potter... Eu... Eu apenas...
- Ta bom, Lily, já sei. Não precisa explicar. Eu sei que é difícil admitir que está apaixonada pelo Tiago – disse Kate.
Lily corou furiosamente e tomou cuidado para não gritar.
- Eu... Não... Estou... Apaixonada... Pelo... Potter! Ouviu bem? Não estou!
- Ih Lily, calma! Depois fui eu quem acordou mal hoje! Foi só uma brincadeirinha... Mas se você se sentiu afetada, não podemos fazer nada! – explicou-se Mandy.
- A não ser achar que ela sente alguma coisa pelo Potter – Anne não resistiu em complementar.
- Discordo de você, Anne. Eu não sinto alguma coisa pelo Potter. Eu sinto VÁRIAS coisas pelo Potter... Eu...
- Demorou, mas você admitiu não é minha ruirivnha? Também te amo! – disse Tiago marotamente, que havia se levantado de seu lugar para vir falar com Lily juntamente dos marotos.
Lily por incrível que pareça não resmungou e nem rolou os olhos.
- Potter, você quer saber mesmo o que eu sinto por você? – sorriu Lily docemente para Tiago – Nojo, raiva e principalmente, ÓDIO! – completou secamente com um sorriso triunfante nos lábios.
- Eu vou ter isso como um elogio, meu lírio. Afinal, já diz o ditado: quem desdenha, quer comprar! – retrucou Tiago sorrindo e passando as mãos pelos cabelos, deixando-os mais bagunçados do que antes já estavam.
Lily levantou-se irritada da mesa e saiu do salão principal, resmungando intensamente.
- Um dia você consegue, Pontas. – disse Peter, dando leves tapinhas nas costas do amigo.


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O horário do teste de artilheiro finalmente chegou e Mandy, juntamente das amigas que resolveram ir para encorajá-la, rumou para o campo.
Havia oito concorrentes enfileirados ao lado de uma pilha de vassouras. Deviam ser para aqueles que ainda não tivessem uma, que era o caso da garota.
Lily, Anne, Kate e Nicole separam-se de Mandy e rumaram para as arquibancadas. A garota rumou para perto dos candidatos e quase caiu pra trás quando percebeu quem iria participar do teste também.
Sirius Black.
Sim, aquele Black ousado e sedutor, dos cabelos incrivelmente negros e brilhantes. Boca vermelha e convidativa... Braços fortes e...
Apressou-se em afastar os pensamentos da cabeça. O que estava acontecendo com ela afinal? Primeiro: estava nervosa por conta de um garoto insignificante e segundo: não tinha que ficar apreciando a beleza do Black se quisesse fazê-lo sofrer antes de sair com ele. E se saísse.
Ao ver Mandy olhando para ele, Sirius sorriu sedutor. Esta, por sua vez, ignorou e rumou para o fim da fila, ao mesmo tempo em que pegava uma vassoura e direcionava leves acenos a Tiago e as amigas na arquibancada.
Em poucos segundos postou-se ao fim da fila, onde talvez por ironia do destino ficou justamente atrás de Sirius. Enfim ouviu o som de um apito soar animado pelo campo, seguido da voz de Tiago dizendo autoritariamente aos candidatos:
- O goleiro do time já está em seu lugar. – e apontou para as balizas – Um a um, todos vocês terão direito de arremessar seis vezes a bola. O melhor entrará para o time. Vamos lá, então. Na ordem da fila, por favor.
E assim foi, o primeiro candidato não se saiu bem, acertou apenas 2 bolas das 6, enquanto o segundo acertou 3. O terceiro e o quarto, acertaram apenas uma bola e finalmente a vez de Sirius chegou.
Ele sorriu novamente para Mandy e colocou-se em seu lugar, na direção das balizas.
A garota não encontrou uma palavra para expressar o jeito com que Sirius jogava. Ele tinha uma elegância e força de dar inveja. Sentiu sua insegurança voltar rapidamente, mas manteve-se firme até o fim da vez de Sirius.
Ele simplesmente acertou espetacularmente 5 das 6 bolas que arremessou.
Mas nem tudo estava perdido... Ou estava?
Viu Sirius retornar ao gramado, vir em sua direção, entregar-lhe a goles e desejar-lhe sorte. Ignorou mais uma vez e levantou vôo.
A mão estava extremamente soada, o que fez a bola escorregar levemente. Tremia da cabeça aos pés. Não estava gostando nada daquele nervosismo todo e muito menos da presença de Sirius. Não sabia por que, mas de alguma forma ele o incomodava e a deixava mais nervosa ainda.
Concentrou toda a sua força e arremessou a bola. Mas parece ter exagerado na força, pois se desequilibrou e quase caiu da vassoura. E como se não faltasse, a bola pegou no rosto do goleiro com tudo, fazendo seu nariz sangrar fortemente.
- Desculpe, deixe-me ajeitar isso – pediu extremamente corada, enquanto se dirigia para perto do goleiro – Me desculpe, mesmo. Por favor.
- Não é nada! – respondeu ele entre caretas, mas ainda sim simpático – Pode deixar que me viro sozinho. – e conjurou um feitiço que fez o sangue estancar.
Mandy voltou ao seu lugar tremendo dos fios de cabelos à unha do pé. Aquilo não era o que se podia chamar de bom começo.
Segurou a goles firmemente em suas mãos e concentrou-se novamente. Arremessou a bola rezando para que dessa vez desse tudo certo.
E deu. A goles foi vista despistando o goleiro e marcando um gol para Mandy. Ela sorriu aliviada. Arremessou novamente e fez mais um gol.
Mas o pior ainda estava por vir. A garota resolveu olhar para baixo e viu um Sirius dando risadas, certamente de seu mau começo.
Aquilo a afetou e os outros 3 arremessos da garota, não resultaram em nenhum gol. O que fez com que Sirius entrasse para o time e ela não.
Ficou arrasada. Pousou, largou a vassoura de qualquer jeito no chão e rumou para o castelo sem se despedir de ninguém.
Sirius Black havia feito com que Mandy se afetasse fortemente e com isso, comprou uma guerra com a garota, que ela não desistiria tão cedo.
- Você pode ter ganhado uma batalha, Black – murmurou ela sorrindo triste e ameaçadora – Mas não a guerra.

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N/A: Muito obrigada pelos comentários queridas
Amei mesmo.. continuem lendo!

Taí mais um capítulo!
S/M Forever and Ever xDD

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