A fuga




A cada dia que passava, a atmosfera no castelo se enchia com os aromas de final de trimestre.E o fato de Lufa-Lufa ter vencido Corvinal na partida no fim de Novembro, por uma diferença mínima, só reforçou a determinação do time da Grifinória em ser o melhor na copa de Quadribol.

Eram vistos treinando na garoa gelada que caia insistentemente.Volta e meia quando terminavam os treinos; Sirius e Ian os encontravam na beira do campo com canecas fumegantes de chocolate quente e observações sobre o time.

Naquela noite após um jantar nos aposentos da professora O’Hara, Harry ao olhar para a namorada sentiu um calor nas mãos e ao colocá-las em concha uma por cima da outra, ele fez uma flor de chamas azuis.Ian ao ver o feito ficou satisfeito e disse que tinha que falar com Dumbledore imediatamente, pois Harry estava pronto.

Tudo corria na mais perfeita ordem.E isso dava uma sensação estranha a Harry.Aquela sensação ruim, de que algo sério vai acontecer não o abandonava.

-Dezembro.Existe algo mais mágico do que este mês?- Alex falava enquanto seguiam para as estufas.

-Quero ver como faremos as compras de Natal.Estamos atolados de deveres e temos que treinar.- disse Nick, enquanto levantava mais a gola das vestes para se proteger do frio.

-Ah...Damos um jeito.- disse Alex, enquanto admirava as estufas enfeitadas com fadinhas que faziam uma coreografia.

-E eu e Gina vamos ter que passar o Natal em casa. – disse Rony tristonho, puxando uma carta do bolso.

-Porquê? Perguntou Harry.

-Mamãe diz que Percy fez as pazes com eles e que seria bom um Natal em família, já que Gui e Carlinhos estarão aqui.Não consigo perdoar o Percy e a Gina tá chateada também.Ela não acredita que ele tenha mudado como diz mamãe.Aposto que ele ta fazendo isso, pra ficar bem com a Ministra.- terminou Rony.

-Mas Rony, apesar do que ele fez, ele é seu irmão e seus pais estavam tristes com o rompimento.- disse Alex, tentando apaziguá-lo.

-Mesmo passando o Natal longe da Gina, eu acho que vai ser muito bom para a família se reunir.Poderão ver se ele mudou mesmo e acredite, se ele está querendo impressionar a minha tia, vai perder tempo.- disse Nick.

-E você Hermione? Vai ficar aqui?- quis saber Harry e Rony apurou os ouvidos.

-Vou passar o Natal com papai e mamãe no campo.


O dia de natal amanheceu branco e com o perfume de canela no ar.Harry acordou com os travesseiros atirados nele por Nick e Sirius cantava em alto e bom som: “Vamos celebrar belos anjos de luz, lála, lá, lá, lá, lá.....

-Acorda, cara, olha os presentes.Uuuuhhhu

Harry apanhou os óculos e começou a rasgar os vários pacotes aos pés de sua cama.Ganhou um suéter verde com uma Firebolt na frente e várias tortinhas de frutas, Nicolas também ganhou um suéter Weasley, o dele era azulão e tinha as letras N e B entrelaçadas.O garoto logo vestiu o dele por cima do pijama, e já mordiscava uma tortinha de frutas.

Logo Alex entrou no dormitório deles vestindo um suéter igual a do irmão, com as letras A e B entrelaçadas, e o coração de Harry bateu mais forte ao observar o riso descontraído da namorada, naquele rosto sonolento.Ela logo o abraçou para agradecer o pingente de em forma de coração que ganhou dele, enquanto ele abria o presente dela: um pomo de ouro.

-Para ajudá-lo nos treinos, querido.- disse baixinho e isto o excitou, deve ter transparecido em seu olhar para ela, pois ela mordeu o lábio inferior e ficou com as bochechas rosadas.

Depois de abrirem os presentes, recebidos de Hermione, Rony e Gina, desceram para o grande almoço no salão principal, que contava com poucos alunos e alguns professores.Felizmente, Snape não estava entre eles.E como nem tudo era perfeito, Malfoy sentou-se em frente à Alex e para espanto dos que estavam próximos puxou conversa.

-Feliz Natal Alexandra.Para você também, Black.- disse olhando para Nick, que só sacudiu a cabeça.

-Para você também Draco.- respondeu Alex.

Harry sentiu por alguns instantes o bichinho do ciúme, querer invadi-lo, mas como a namorada apertava sua mão, optou por ignorar Malfoy.

Dumbledore, para desgosto de Minerva conjurou bombinhas de estalo, e ao final do banquete todos voltaram para seus salões comunais carregados de presentes e com chapéus malucos.


Dois dias antes do fim das férias de fim de ano, estavam no salão comunal tomando o café, quando uma enorme coruja das torres entrou pela janela e entregou um pergaminho ao diretor.

No mesmo momento o salão recebia uma revoada de corujas com o correio.Dumbledore após ler a carta e cochichar algo com Minerva saiu acompanhado de Ian.

Harry virou para Alex, quando ela soltou uma exclamação abafada, enquanto abria frenéticamente o Profeta Diário.

-Eles fugiram...- e mostrou o jornal para que Harry e Nick pudessem ler a notícia:

”FUGA EM AZKABAN

“Os partidários de Você-Sabe-quem, Lucíus A. Malfoy, A.Nott, Rodolfo e Rabastan Lestrange, conseguiram empreender uma fuga da prisão de Askaban, guardada por um grande número de aurores do Ministérios da Magia.A Ministra Morgan N.O’Hara (ordem de Merlim 1ª classe, Sacerdotisa Druida, Curandeira, Xamã), esteve presente na prisão e ela própria socorreu muitos aurores feridos, antes que o St. Mungu, enviasse socorro, e a breve declaração que deu foi:

“Peço, que não haja pânico entre o nosso povo. Embora alguns partidários de (não nos atrevemos a publicar o nome de Você-sabe-quem) tenham escapado da prisão, nossos aurores reassumiram o controle de Azkaban e nada vai nos deter na luta contra o Mal.”


Harry observava Malfoy e o sonserino ia ficando pálido na medida em que lia as notícias do jornal, e a foto da primeira página estampava Morgan com as mangas arregaçadas conduzindo o socorro aos aurores feridos, e o borburinho no salão aumentava.


Minerva pediu silêncio e disse:

-Peço aos alunos que estão aqui, que não se aventurem a tentar sair do castelo.Os fugitivos de Azkaban são perigosos e podem estar escondidos em qualquer lugar.- e ela disse isso, com os olhos fixos em Harry, que não desviou o olhar da bruxa.

Harry, Alex e Nick voltaram ao salão comunal e passaram o dia tentando se distrair jogando xadrez de bruxo, Sirius volta e meia era chamado pelos fantasmas das outras casas, quando ouviram o som de um alto falante, próximo do fim da tarde:

-Atenção, todos os alunos se reúnam no salão principal agora. É urgente.- dizia a voz de McGonagall.

-Que será que houve?- quis saber Nick.

-É estranho, mas vamos ver o que é. - disse Harry.

Foram saindo, quando Alex lembrou-se:

-Droga. Esqueci minha varinha no meu dormitório.Eu os encontro lá.

-Eu te espero.- disse Harry.

-Não precisa, podem ir à frente, já os encontro.Seja o que for, eu posso precisar da varinha.

Ao chegarem no salão viram que os alunos estavam reunidos e o salão estava um pouco mais frio.

Não era o frio comum do inverno.Harry logo reconheceu a sensação de gelo absoluto em seu peito, quando sofreu os efeitos do ataque de um dementador.Minerva junto com os professores dizia:

-Estamos sofrendo um ataque de Dementadores, podemos repeli-los.Mas quero todos juntos no salão, onde possamos vê-los.

Harry notou que Amanda não estava junto dos professores e comentou com Nick:

-Onde está sua mãe?

-Ah, hoje é noite de lua cheia e ela foi fazer companhia ao Remo, já que o papai não pode ir.

Ouviam atentamente quando uma voz arrastada perguntou:

-Onde esta Alexandra?- disse Draco.

-Porquê quer saber?- respondeu Nick.

Harry ao ver o jeito apreensivo de Draco, respondeu:

-Foi buscar a varinha dela.

-Sozinha? Droga, Potter.- saiu correndo.

Harry e Nick olharam-se uns nos olhos dos outro estranhando aquela reação do sonserino, mas saíram atrás dele em disparada.

Logo o alcançaram, e Nick o agarrou pelas vestes:

-Fala o que está acontecendo ou te arrebento, Malfoy.- disse com o punho fechado a poucos centímetros do rosto do sonserino.

-Não podemos perder tempo, pode ser tarde demais.

-Para quê?

-Alguém vai levá-la daqui.

Nick e Harry correram o mais rápido e Sirius se juntou a eles:

-O que houve? Perguntou Sirius.

-O Malfou disse que alguém vai raptar a Alex, papai.- e Sirius rapidamente passou pelas paredes cortando caminho.

Harry, Nick e Malfoy ao se aproximarem do corredor que levava ao salão grifinório, deram de cara com Pirraça, que ria e gritava:

-Oh, mas a princesa foi seqüestrada, por um monstrinho malvado...

-O que foi que houve Pirraça?- disse Harry, enquanto seu estômago dava voltas.

Pirraça, olhou para os garotos de cima a baixo e zombou:

-Como o que houve? A Princesa foi pega pelo monstro malvado, quem será o cavaleiro que vai resgatá-la? E saiu gargalhando pelas paredes.

Sirius se reuniu a eles:

-Segundo os quadros do dormitório feminino, um bruxo a dominou e a levou daqui.

-Vou buscá-la.- disse Harry.

-Devem estar longe.- disse Malfoy e recebeu um soco no rosto de Nick.

-Isso é por ter ajudado a seqüestrar minha irmã.

-Eu tentei evitar que isso acontecesse.Fiquei de olho nela estes dias todos.Ou você acha que fiquei em Hogwarts por causa da comida?

Harry sentiu-se fora de órbita por alguns minutos e viu, um homem com o cocoruto careca se arrastando pela floresta e carregando alguém muito pálido em seus ombros.De repente ele parou, como se farejasse o ar e elevou a mão prateada e brilhante para o alto, a tocar alguma coisa e recomeçou a andar.Ele tentou se aproximar, mas um solavanco o trouxe de volta.

-Harry acorda.- dizia Nick, enquanto dava tapinhas no rosto do amigo.

-Que heróizinho patético.A namorada em perigo e ele desmaia.Covarde.- disse Malfoy com asco.

-Cala a boca, Malfoy.Não fale daquilo que você não entende.- disse Nick bravo e virou para Harry.

-Foi uma visão?

-Sim, estão levando a Alex para a Floresta proibida.Tenho que ir logo talvez eu consiga detê-lo, antes que ele a entregue a Voldemort.

-Vou com você.Mas precisamos nos agasalhar.Accio capas viagem.- e duas capas negras grossas vieram voando pelos corredores.

E puseram-se a andar o mais rápido possível, quando ouviram Malfoy se aproximar.Vinha com uma capa de viagem própria para o frio.

-Isto não diz respeito a você Malfoy.- disse Harry.

-Não pedi autorização para ir.- respondeu o sonserino.

Saíram do castelo e o ar frio do início do fim de tarde os fez tremer de frio.


*************

Remo havia passado aquele dia, trancafiado na Casa dos Gritos, embora houvesse sido convidado tanto pelos Weasleys quanto por Dumbledore, para o almoço de Natal, preferiu, ficar sozinho.Aquela seria mais uma noite de lua cheia.

Estava martelando uma tábua nas janelas, quando seus sentidos aguçados, pela iminente transformação, o alertaram de que não estava sozinho.Ele conhecia aquele perfume, e antes de sentir-se reconfortado pela presença dela, sentiu-se irritado.

-O que veio fazer aqui, Amanda?

Amanda sobressaltou-se, mas respondeu o mais firme possível:

-Vim fazer companhia Remo.Ninguém deve ficar sozinho no dia de Natal.

Ele virou-se devagar para ela, e ao olhar para aqueles olhos cinzentos, sentiu um turbilhão de emoções: alívio, irritação, carência, desejo.Mas ao falar sua voz era ríspida:

-Você não devia ter vindo.Devia ter ficado com seus filhos e Sirius no castelo.Não a convidei, retire-se enquanto ainda é seguro.

Ela perdeu a calma:

-Eu vou ficar Remo Lupin. Eu não sou criança, sei cuidar de mim mesma. E vim trazer uma dose da Poção Mata-cão para você.- enquanto se aproximava e estendia o vidro tampado.

O cheiro dela invadiu suas narinas e ele estava consciente de cada gesto, cada poro da pele dela.Sua parte humana reagiu fortemente a isto, acrescentando mais uma sensação dolorida em seu corpo.Para disfarçar, abriu o vidro de poção e a tomou rapidamente:

-Obrigado. Mas aviso que não serei boa companhia esta noite.

-Remo, não se preocupe.Preciso pensar em algumas coisas, e aqui me parece o lugar ideal...- não terminou de falar, pois seus sentidos ficaram alerta ao vê-lo retesar-se.Olhou para a janela e viu a enorme lua cheia, surgir no céu.Calmamente tocou, a varinha no bolso das vestes e transformou-se num cachorro de pelo claro e olhos cinzentos..

O último olhar humano de Remo, foi para a linda mulher à sua frente que se transformava num animal que lembrava um lobo. Depois tudo escureceu.




N.A.- Olá a todos!Em primeiro lugar peço desculpas aos que acompanham esta fic, pela demora.Eu estava me sentindo, sem inspiração para ela.Bloqueada mesmo.Por isso peço desculpas se o capitulo não ficou tão bom.
Já li o livro 6, odiei o que J.K. fez, e decidi que não vou mexer em algumas coisas, pelo menos por enquanto.Esta é a vantagem da fanfic, você viaja na maionese e muda os destinos dos personagens.
Obrigada, aos leram, e não gostaram.Apreciei sua boa vontade em ler ok?
E aos que gostam desta fic, um grande beijo.Valeu pelo apoio!

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