A dúvida
Capitulo 14
A dúvida
Harry acordara sentindo ainda muitas dores. Abriu seus olhos lentamente e notou que estava no Sant Mungus no mesmo quarto de Rony. Gina estava ali ao seu lado esperando pela hora em que ele acordasse.
O que aconteceu?- Perguntou Harry com certa dificuldade.
-Shshsh! Querido, não diga nada apenas descanse depois eu lhe conto o que aconteceu. -Disse Gina num tom carinhoso. –Por hora apenas descanse.
Por mais que Harry tentasse permanecer acordado isso não lhe foi possível. O sono lhe dominava, com certeza tomara alguma poção para isso, foi então vencido pelo sono.
Harry se encontrava em um lugar muito estranho. Uma densa névoa cobria o local impossibilitando-o de saber se era dia ou noite, a julgar pela escuridão aparente era noite, porém a nevoa brilhava o que só podia ser feito pela luz do sol, então era impossível de se saber se era dia ou noite.
Passou a rumar por aquele local mesmo sem direção, caminhou bom um bom tempo até que chegou a um lugar onde esferas do tamanho de uma goles flutuavam e brilhavam ele aproximou-se de uma esfera e pode ver o que haviam dentro delas eram lembranças meio difusas mas com certeza eram lembranças e isso só podia significar uma coisa. Ele estava dentro da mente de alguém agora de quem esta era a incógnita.
Tentou ver as lembranças, porém não pode. Quanto mais ele se aproximava mais difusas as imagens ficavam, começou então a preocupar-se se estava na mente de alguém significava que ele não poderia sair dali por vontade própria, pois ele não quis aquilo, ele somente sairia dali quando esta pessoa quisesse.
Continuou a vagar sem rumo até que uma imagem materializou-se a sua frente, era a de Totenkof o que só podia significar uma coisa ele estava em sua mente.
-Como eu vim parar aqui? -Perguntou Harry.
-Eu te trouxe, foi fácil você está fraco e não teve nem condições de se defender.
-O que você quer de mim? -Perguntou Harry a ele.
-Ora Potter matá-lo, mas eu não te trouxe aqui para isso e sim para poder buscar as informações necessárias em sua mente. -Respondeu Totenkof.
-Agora eu sei tudo sobre você Potter. –Completou rindo. – Não preciso mais de você na minha mente, até logo. -Dizendo isso Harry acordou, mais preocupado do que nunca, pois agora totenkof sabia de todos os seus segredos.
Harry acordou desesperado gritando “não”, Gina que estava ao seu lado assustou-se, ele então a abraçou bem forte e disse:
-Ele sabe de tudo Gi, de tudo, todos os nossos segredos, como driblar cada proteção Gi, ele sabe. -Disse Harry chorando nos braços de sua amada.
-Ele quem, Harry? -Perguntou Gina preocupada.
-Totenkof, Gi, ele me levou até sua mente e lá me extraiu tudo. -Respondeu Harry.
-Isso é preocupante. -Disse Gina mais para si mesma do que do para Harry.
-Nada vai acontecer, meu amor amanhã mesmo você sai daqui e irá para casa para proteger a gente, nada vai nos acontecer. Gina tentava tranqüilizar Harry.
-Você pode me contar o que aconteceu lá no parque de diversões trouxa? -Perguntou Harry já mais calmo.
-Bom pelo que me contaram, após você desmaiar o último comensal fugiu, assim que ele desapareceu as criaturas perderam seus poderes. Então eles te trouxeram para cá. Pelo menos foi o que o Rony conseguiu descobrir. -Respondeu Gina.
-Então ele já está bem? -Perguntou Harry.
-Novinho em folha. -Respondeu a ruiva.
-Há quanto tempo eu estou aqui? Pensei que só um dia havia se passado, mas vejo que me enganei, já que o Rony não está aqui.
-Faz três dias Harry você está a dois desacordado, nos deu um susto e tanto, mamãe estava desesperada porque você não acordava. -Respondeu Gina.
-Quando será que eu saio daqui? -Perguntou Harry.
-Não sei. Respondeu.
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Três dias após Harry já estava recuperado e teve alta do hospital, mal chegara do hospital quando recebeu uma coruja do seu chefe lhe autorizando fazer uma visitinha para Belatriz Lestrange em azkaban, decidiu então que faria aquilo o mais rápido possível, já que Totenkof sabia de seus segredos era a vez dele conhecer alguns dele.
Na manhã seguinte ele decidiu partir para azkaban com recomendações de Gina para não se esforçar muito pois ainda estava muito fraco.
Assim que chegou no ministério, passou brevemente na seção dos aurores aonde pegou sua capa do uniforme e rumou para o departamento de transportes mágicos na seção de chaves de portal onde pegaria um portal para uma cidadezinha ao norte da Inglaterra.
Após isso iria por um barco especial do ministério para chegar azkaban, que se guiava sozinho que era o único meio de se chegar naquela fortaleza, que era rodeada por perigosíssimos rochedos mortais tanto para bruxos quanto para trouxas que não se aproximavam da região não somente pelos rochedos, mas sim por um feitiço antitrouxas e outro de ilusão que fazia azkaban parecer um enorme vulcão.
Harry então pegou a sua chave de portal que era uma chaleira velha e após uma viagem não muito confortável chegou ao seu destino: Uma pequena cidade trouxa beira mar, lá ele encontrou uma loja de barcos, como ele fora instruído pelo seu chefe sabia o que fazer pedir ao vendedor o barco reservado em nome do senhor Wellington Tuddor, assim ele fez e logo já rumava em direção à prisão de azkaban.
Quando o barco parou, Harry desceu cautelosamente para se precaver contra alguma possível armadilha para evitar que os presos fujam, porém isso não ocorreu. Assim que o moreno colocou os pés para fora do barco o mesmo já rumou de volta para o outro lado da margem.
Não demorou muito para que um guarda da prisão viesse orientar o auror que, quando lhe explicou tudo recebeu somente a ordem de segui-lo.
Logo já haviam adentrado os enormes portões de azkaban e vagavam por seus corredores.
Harry se sentia muito mal ali, o lugar era muito sujo e um cheiro de podridão misturado ao cheiro do mar invadia o local, às vezes no meio do caminho encontravam corpos de animais mortos já podres, o lugar em si já transmitia infelicidade não era preciso nem os dementadores para que isso ocorresse. O estranho era que Harry ainda não havia avistado nenhuma cela, porém logo soube o porquê.
Assim que desceu as escadas para um corredor completamente sem luz, pode notar que ali ficavam as celas e com certeza aquele lugar era ainda pior que no andar superior, o cheiro de podre ali era insuportável, certamente aquele local nunca recebera sequer um raio solar. Os prisioneiros quase não faziam barulho, devido atmosfera do lugar que não lhes animava a fazer nada, Harry sabia o que era aquilo eram os feitiços que o ministério usou ali para substituir os dementadores, feitiços de desanimo, tristeza e vários outros para impedir os prisioneiros de rebelarem.
Desceram mais um andar então, haviam chegado na área de segurança máxima de azkaban. Havia um grande portão na entrada do corredor que só abriu-se quando o funcionário tocou-o com a varinha e pronunciou um encantamento, incompreensível aos ouvidos do moreno e assim que passou por aquele portão sua varinha instantaneamente apagou-se, somente a do funcionário permaneceu acessa o que devia ser fruto de alguma proteção.
Caminharam mais um pouco até que o funcionário parou em frente a uma cela que mais parecia um cofre de Gringotes. O funcionário ergueu a varinha e voltou a pronunciar mais encantamentos incompreensíveis conforme ele ia pronunciando barulhos de fechaduras abrindo-se eram ouvidos até que ele parou e a cela abriu-se revelando dentro dela uma Belatriz Lestrange mais velha, nem de longe parecia que um dia já fora muito bela, em seu rosto várias rugas já eram visíveis, tinha enormes olheiras, sua pele estava seca e seus cabelos agora grisalhos e ressecados.
-Olha quem veio me visitar, se não é Harry Potter. -Disse Belatriz num tom que misturava ódio com diversão.
-O que quer de mim? -Perguntou ela com rispidez.
-Preciso falar com você mais as sós. -Respondeu Harry.
-Existe algum lugar em que eu possa falar com ela a sós? -Perguntou Harry para o funcionário.
-A sala de interrogatório siga-me. -Respondeu o funcionário, já conjurando enormes correntes de ouro que prenderam-se nas mãos de Belatriz unido-as depois uma delas prenderam no pulso do próprio funcionário.
Após mais alguns minutos de caminhada eles chegaram na sala de interrogatório, que era completamente diferente dos outros lugares de azkaban, primeiramente a sala era limpa, possuía uma mesa de madeira no centro e nos cantos grandes sofás.
Ele entrou então com Belatriz na sala deixando o funcionário do lado de fora.
-TRANQUILATOS! Murmurou Harry apontando para a porta da sala tornando-a imperturbável.
-Me diga logo Potter o que quer de mim? -Perguntou Belatriz.
-Saber sobre Totenkof. -Respondeu Harry sendo direto.
-Não sei do que você está falando Potter. -Respondeu Belatriz num fingindo desentendimento.
-Não minta para mim Belatriz, você não precisa mais ser fiel ao Lorde. Eu o destruí o empurrei no véu negro, ele morreu não existe mais, vamos me conte o que você sabe sobre Totenkof Lestrange. -Pressionou Harry.
-Não jamais. -Ela continuava decidida.
-Bom como sabe eu sou um auror agora, posso usar a maldição que eu quiser ainda mais em você, se você não me contar por meio amigáveis serão por meios não tão gentis. -Ameaçou Harry já sem paciência.
-Vamos Potter tente, você será capaz de atacar uma pobre e velha senhora? O grande Harry Potter terá coragem. -Provocou belatriz.
-Por minha família sim e eu não estou brincando e para lhe provar isso Belatriz...
-CRUCIO! -Belatriz no mesmo momento caiu da cadeira e foi ao chão, tremendo e gritando de dor já não era mais a mulher jovem e poderosa que fora um dia o tempo e azkaban tiraram isso dela e agora ali recebendo aquela maldição imperdoável sentia o que suas inúmeras vitimas sentiam, após alguns minutos Harry cessou a maldição mesmo sua vontade sendo de continuar.
-Vai me contar Lestrange ou terei de arrancar isso de você? -Ameaçou Harry, mais uma vez.
-Pelo menos a minha oclumência ainda é boa Potter, arrancar isso de mim usando legilimêcia não será possível. -Disse Belatriz ao perceber Harry tentando invadir sua mente.
-Minha paciência se esgotou Belatriz. -Disse Harry em fúria. – DEFI...
-Não eu conto. -Disse Belatriz desesperada.
-O que você quer saber sobre Totenkof? -Perguntou Belatriz já se aprumando na cadeira.
-Ele é mesmo seu filho e foi treinado por Voldemort? -Perguntou Harry.
-Sim e sim. -Respondeu Belatriz.
-Mas por que você quer saber sobre ele? Ele se revelou? -Perguntou Belatriz o brilho já voltava aos seus olhos.
-Sim. -Respondeu Harry cabisbaixo.
-Finalmente a vingança do Lorde se realizará eu tenho certeza de que ele fará isso, eu tenho certeza. -Disse Belatriz o sorriso já voltando aos seus lábios, momentaneamente voltou a parecer com Belatriz Lestrange, a antiga comensal da morte fiel ao Lorde, poderosa e sem temores.
-Mas ele ainda não lutou contra você?-Perguntou Belatriz.
-Já lutou sim.
-Mas ele ainda não o matou, ele deve estar brincando com você pois se ele quiser poderá mata-lo rapidamente. -Disse Belatriz ainda feliz.
-Você já me foi útil Belatriz, agora poderá voltar para a sua cela. -Disse Harry com desprezo.
-Eu volto, mas tenho certeza que logo não estarei mais aqui meu filho virá me buscar com certeza. -Disse ela sorrindo mostrando todos os seus dentes podres.
-Pode ter certeza que eu não deixarei que isto aconteça, Belatriz eu não deixarei.
-Veremos Potter.
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Harry já estava de volta a sua casa, tomou um bom banho para tirar aquele fedor insuportável de azkaban e após isso foi junto de Gina e os filhos para a casa de Hermione aonde seria o jantar.
O moreno nem jantou direito não estava com fome. Estava muito preocupado com as palavras de Belatriz, se totenkof podia mata-lo tão facilmente por que ele ainda não fez isso??
-Então Harry o que Belatriz lhe contou? -Perguntou Hermione quando somente o quarteto fantástico se encontrava na cozinha.
-O que eu já suspeitava, se Totenkof quisesse ele já teria me matado facilmente. -Respondeu Harry meio mal humorado.
-Então por que ele ainda não o fez? -Questionou Gina mesmo sabendo que a resposta ainda era desconhecida a qualquer um deles.
Sinceramente, eu não tenho a mínima idéia. -Respondeu Harry desanimado.
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N/A: Está aqui mais um capitulo da fic espero que vocês tenham gostado, comentem por favor!!
Clow Reed
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