Petúnia Evans



Na rua Kensigton, nº 10, já era de se esperar o sr. e a sra. Evans se recordando de momentos de suas últimas férias. Vários lugares eram citados durante as longas conversas. Sentavam-se nos sofás da sala e ficavam horas e horas relembrando bons tempos. Porém Lílian Evans, a filha mais nova do casal, se sentia um tanto mal naquele dia. Ela tinha acabado de receber uma bronca da irmã mais velha, Petúnia Evans, por fazer sumir o seu diário. O problema é que Lílian nem tocara no diário, tão pouco o fez sumir. Só o olhara e, quando viu a irmã chegando, ficou tão nervosa que, quando se virou, o diário já havia sumido.

Lílian Evans era uma garota com cabelos ruivos e olhos verde-vivos. Sempre era motivo de admiração para os pais. Uma aluna excelente, Lílian costumava passar horas estudando. Porém sempre trocava essas horas de estudo por uma boa recordação de férias dos pais. Petúnia, o contrário, costumava chamá-la de esquisita, de certa forma, com razão. Lílian, quando não queria uma coisa, conseguia sempre cumprir seu desejo. Uma vez sua mãe pediu para ela sair numa foto em que ela não queria sair. Quando revelaram a foto, ela não saiu: queimou toda, enquanto todas as outras saíram intactas. Lílian nunca entendia por que, mas nunca se interessou. Petúnia se sentia irada, mas nada podia fazer.

Mas naquele dia Lílian Evans soube finalmente porque fazia tantas coisas estranhas acontecerem. Enquanto ela foi até a cozinha para beber água, uma coruja passou por ela e lhe deixou uma carta. Lílian abriu e estava escrito:

“Cara srta. Evans,

Temos o prazer de lhe informar que a srta. foi aceita para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.. (e toda aquela baboseira)


Lílian ficou sem ar ao terminar de ler a carta. Saiu correndo para a sala, onde entregou a carta para os pais. Ao terminar de ler a carta em voz alta, o sr. Evans explodiu de alegria, juntamente com a mulher:

_ Temos uma bruxa na família, não é ótimo? - falou o sr. Evans.

_ É maravilhoso - exclamou a sra Evans. - Nossa filha vai ser a melhor bruxa que existe na face da Terra.

_ Isso quer dizer que eu não vou receber uma bronca por ser... bruxa?

_ Claro que não, Lílian - disse a sra. Evans - Estamos orgulhosos de você.

_ Como? Ela é uma... bruxa. Como vocês podem sentir orgulho de uma esquisita como ela? - exclamou Petúnia.

_ Como você se atreve a falar de sua irmã assim, Petúnia Evans? _ disse o sr. Evans, se alterando - Ela vai ser motivo de orgulho para toda a família, e de esquisita ela não tem nada.

_ Será que só eu estou vendo a aberração que ela é?

_ Do que você me chamou? - perguntou Lílian, indignada.

_ Aberração! É isso que você é!

Lílian desabou em grande choro, e o sr. Evans disse:

_ Petúnia Evans! Se você se atrever a dizer mais uma palavra para a sua irmã, farei uma coisa que sinceramente não quero fazer.

_ Só estou dizendo a verdade, pai.

_ Então vá para o seu quarto agora! E não saia de lá até resolver pedir desculpas para a sua irmã.

_ Ficarei lá pra sempre, se for assim.

E desde lá Petúnia nunca mais falou com a irmã sem chamá-la de aberração. Todos os anos, durante as férias, Petúnia se trancava no quarto e evitava ver a irmã. Até que sete anos depois daquela discussão, justamente no ano em que Lílian ia se formar, as irmãs tiveram uma briga onde juraram nunca mais se ver. Petúnia, que tinha acabado de fazer dezoito anos, saiu de casa e decidiu se casar. Lílian, que estava com dezessete, ia casar com Tiago Potter, também bruxo. No dia de seu casamento, Petúnia ficou em casa, onde recebeu uma visita de um homem que estranhamente lhe perguntava e dizia:

_ Sei que gostaria de estar no lugar dela, não é? Eu posso te fazer de uma que nem nós. É só me ajudar...

Estranhamente, Petúnia nem perguntou quem era aquela pessoa. Simplesmente disse “diga-me no que posso ajudar e ajudarei.".

Tiago Potter, um bruxo de linha e poderoso, foi para Lílian uma pessoa muito especial. Preocupava-se muito com seus amigos e parentes, e uma dessas pessoas com que se preocupava era Willian. Sua relação com ele era muito diferente da de Lílian e Petúnia; e com ele, ela aprendeu que existiam boas relações com pessoas diferentes. Tiago ensinou tudo isso para ela. Um ano mais novo, Willian se mostrava um amigo e tanto de Tiago. Um bruxo também de linha e tão poderoso quanto o primeiro, tinha uma admiração por ele. Tiago se mostrava ser um tanto protetor de Willian. Lílian queria ter uma relação com Petúnia assim, mas nem imaginava o que acontecia naquele momento com a irmã.

Petúnia, depois daquela noite, evitava de qualquer forma a citação do nome Potter. Porém, escondia muito bem que sempre que podia buscava informações sobre a família. Mesmo não tendo notícias de Lílian, estava informada sobre o que acontecia com os Potter em geral.

Algum tempo depois, Willian se encontrou com Petúnia. Ela passou reto, mas depois o olhou e perguntou:

_ Com licença, o senhor sabe onde fica essa avenida aqui do papel?

_ Não, sinto muito.

_ Que cavalheiro. Imagino que tenha um trabalho impressionante.

_ É, tenho.

_ Mora por aqui?

_ Daqui a duas quadras.

_ Ah, sim. Bom, preciso ir, tenho muito que fazer. Com licença.

Petúnia andou até que se esbarrou com o homem que falou com ela naquela noite. Ela, sem dizer nada de novo, já contou sobre a conversa com Willian, até que ele soltou um grande riso e disse:

_ Trouxa burra!

E Petúnia desmaiou, enquanto o homem ia se afastando.

Depois disso, só se ouvia Willian correndo junto com a mulher e a filha, de quase um ano, e Lílian e Tiago Potter, dizendo: "Fujam, fujam!", mas quando a família tentou entrar no barco, Voldemort soltou um raio de sua varinha e houve uma grande explosão. A família sumiu, e Voldemort ria, ria, e ria...

Harry Potter estava na cozinha da casa dos Dursley, e acabara de acordar.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.